Quarta-feira, 25 de março de 2020 - 13h41
Não é a Brasília que o presidente da Assembleia, Laerte Gomes, deve encaminhar sua queixa contra o estado de conservação das rodovias federais em Rondônia, que classificou de "uma vergonha" em entrevista ao radialista Fábio Camilo, do programa "A Hora do Povo", da rádio Rondônia. Ele deve se queixar ao juiz da 3ª Vara Federal de Porto Velho, induzido ao erro por denúncia comprovadamente falsa da Polícia Federal, conforme atesta análise técnica especializada, produzida, com fartura de detalhes, pela Dynatec do Brasil, de capacidade internacionalmente reconhecida.
A denúncia que deu origem à "Operação Mão Dupla", em 04/07 2019, partiu da engenheira Fabiana Griz de Góes Cavalcanti, logo após o despacho de 01/07, que determinou seu afastamento da coordenação do contrato de supervisão da Geosistemas Engenharia e Planejamento Ltda, por insuficiência de capacitação técnica. Acatadas, precipitadamente e sem qualquer investigação, pelo delegado Juliano Fumyo Yamakawa, as acusações foram agora totalmente desmentidas. Ele lastreou as acusações de organização criminosa, peculato, falsidade ideológica e corrupção ativa, exclusivamente na denúncia forjada por vingança pela engenheira. E alimentou a sanha punitiva e antropofágica do público com a reputação dos acusados.
A justiça negou a prisão preventiva, mas determinou o afastamento dos acusados. Com isso, a coordenação da superintendência rondoniense ficou acéfala e acabou submetida às decisões de Manaus, com paralisação das obras em andamento e supressão de projetos em tramitação. Pelo menos quatro meses de trabalho fora do período de chuvas foram perdidos e os resultados são sentidos agora. Tudo isso em função do açodamento de um delegado que não se deu nem mesmo ao trabalho de consultar, no SEI/DNIT, pelo menos os inúmeros despachos contra a denunciante. E agora? A quem responsabilizar pelos buracos, atrasos, acidentes, vítimas e prejuízos? Quem vai pagar pelo linchamento moral dos técnicos do órgão?
Como não considerar que até agora, passados nove meses do tonitroante anúncio da Operação Mão Dupla, a investigação da Polícia Federal não avançou um milímetro nessa estrada, porque claramente embasada em denúncia falsa. O relatório pericial, sobejamente documentado com fotografias em rigorosamente todos os trechos rodoviários objeto de contratos de manutenção e recuperação, demonstra, por exemplo, ser absurda a denúncia de camada asfáltica de apenas dois centímetros anunciados à imprensa pelo delegado.
O relatório da daynatest é de domínio público e qualquer pessoa pode acessá-lo no sei-DNIT/consultapublica. O documento mostra que em todas as rodovias inspecionadas os serviços de reparos localizados (remendos e tapa buracos) têm espessura variável entre 5cm e 10cm, rigorosamente dentro do que estabelecem as normas técnicas do DNIT. Ou seja: a simples verificação preliminar do conteúdo da denúncia teria comprovado a falsidade das informações. E não seria corrompido o trabalho de combate à corrupção.
Você, leitor, já ouviu falar do “Efeito Dunning-Kruger”? Trata-se do princípio definido em 1999, a partir do estudos de dois psicólogos americanos,
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