Terça-feira, 18 de fevereiro de 2020 - 12h24
O estado aposta todas as fichas na construção do novo hospital de urgência e emergência, comprovadamente indispensável, considerada a dramática incapacidade do João Paulo II de atender à demanda sempre crescente, especialmente em função do número de acidentes com motoqueiros. Mas a principal vilã da saúde pública é, de longe, a falta de saneamento básico, maior responsável pelas internações hospitalares, principalmente de crianças, vítimas preferenciais da associação de fatores ambientais - poços domésticos e fossas - com desnutrição e ausência de cuidados básicos.
A obra, para a qual o governo do estado proclama já ter conseguido R$ 100 milhões do Ministério da Saúde, somada ao alívio trazido pelos resultados negativos dos dois casos suspeitos de infecção pelo coronavirus, pode robustecer, embora provisoriamente, as perspectivas eleitorais do secretário Fernando Rodrigues Máximo como candidato a prefeito da capital com o apoio do governador. Mas alguns nós precisam ainda ser desatados, entre os quais a paquidérmica estrutura da lavanderia hospitalar instalada no Hospital de Base.
A precariedade do serviço, foco potencial de infecções hospitalares, é objeto de pedido de informações que deverá ser apresentado ao plenário pelo deputado Jair Montes, membro da Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Assembleia. Está certo que Nossa Senhora de Nazaré tem operado milagres no setor, mas é preciso dar alguma ajuda ao trabalho da santa.
Vale lembrar que a capital rondoniense escapou milagrosamente da epidemia de cólera que aportou no Cai Nágua no início dos anos 90, para encontrar aqui o ambiente ideal para propagação. Somente a intervenção da padroeira pode explicar. O mesmo aconteceu na enchente de 2014, quando novos casos de cólera chegaram a ser registrados, mas ficou apenas nisso.
Mas a população, em especial as crianças de até cinco anos - 53% das internações hospitalares do país, graças a fatores ambientais, segundo a OMS - não está, de forma alguma, imune à incidência quase pandêmica de inúmeras doenças que já estão até incorporadas ao cotidiano de uma cidade que ostenta o título de pior capital brasileira no quesito saneamento. São assustadoras as estatísticas da malaria, dengue, chikungunya, leptospirose e leishmaniose. Além das diarreias, estão presentes a febre tifóide, febre paratifóide, shigeloses, hepatite A, amebíase, giardíase, poliomelite, ancilostomíase (amarelão), ascaridíase (lombriga), teníase, cisticercose, filariose (elefantíase) e esquistossomose.,
A verdade é que, embora de custo elevado, o saneamento básico tem reflexo direto na economia em saúde pública. Cidades bem atendidas em água e esgoto economizam recursos com saúde e seus cidadãos são mais saudáveis, sobretudo as crianças. Enquanto isso, Porto Velho gasta muito em internações e condena os cidadãos ao convívio com toda aquela diversidade de doenças.
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