Quinta-feira, 13 de outubro de 2022 - 21h55
A reunião da
Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social (CSPAS), da Assembleia
Legislativa desta terça-feira (11), reuniu várias autoridades da área da saúde
pública de Rondônia para discutir temas como, orçamento destinado a cirurgias
oftalmológicas, situação estrutural de unidades de saúde no estado e sobre o
retorno das obras do Hospital Regional de Guajará-Mirim.
A reunião foi
solicitada pelo vice-presidente da Comissão, deputado Dr. Neidson (Podemos),
que comandou os diálogos que também contaram com questionamentos da presidente
da Comissão de Saúde, deputada Cássia Muleta (Podemos), do deputado, membro
suplente da CSPAS, deputado Chiquinho da Emater (Podemos) e participação do deputado
Jesuíno Boabaid (PSD).
Compareceram à
reunião a diretora-geral da Secretaria de Estado da Saúde, Semayra Gomes, o
adjunto da pasta, Maxwendell Gomes Batista, a secretária executiva do órgão,
Michelle Dahiane Dutra, o diretor-geral do Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro,
Rodrigo Bastos, o diretor-geral do Hospital João Paulo II, Madson Alves, o
diretor do Hospital de Retaguarda Regina Pacis, Flori Menezes, o diretor da
Policlínica Osvaldo Cruz (POC), Christopher Rosa, o diretor do Hospital
Infantil Cosme e Damião, Sérgio Pereira e a coordenadora da Gerência de
Regulação (Gerreg), Sâmia Carolina Reis e Silva.
O deputado
Dr. Neidson destacou que vários questionamentos já foram feitos aos diretores e
secretários da área da Saúde, mas a falta de respostas e medidas de
providências justificam o convite para mais uma reunião de prestação de contas
aos parlamentares, que segundo o deputado, são constantemente cobrados pela
população rondoniense.
“No HB, por
exemplo, ainda não vimos muitas respostas, embora, alguns problemas já foram
sanados. No Centro de Diagnóstico por Imagem, por exemplo, só funciona o raio-x
e a ultrassonografia. Já o tomógrafo e ressonância magnética não estariam
funcionando porque estão passando por manutenção para poder voltar o serviço, que
aliás, foi inaugurado em junho deste ano. Por sorte ainda podemos contar com o
serviço terceirizado que supre esses exames”, informou Dr. Neidson.
As cirurgias
cardíacas também foram tema da reunião que, de acordo com o deputado, é uma
necessidade que vem sendo cobrada, há tempos, do Governo do Estado.
“Precisamos que
essas cirurgias sejam retomadas e que os pacientes não sejam encaminhados para
o Tratamento Fora de Domicílio (TFD), pois demanda de uma espera muito longa,
já que estamos falando de tratamentos em outros estados”, comentou o
parlamentar.
O
secretário-adjunto da Sesau informou que já não existe mais uma espera longa
para a realização dessas cirurgias. Segundo ele, processos estão sendo montados
e, em razão de muita burocracia, a pasta ainda não conseguiu adquirir os
materiais necessários para as cirurgias cardíacas.
Sobre os
marcapassos, segundo o deputado, o problema foi “parcialmente resolvido” e
pacientes com problemas de bloqueio cardíaco já estariam recebendo os
dispositivos para monitoramento contínuo.
Com relação às
cirurgias ortopédicas, os parlamentares foram informados que os arcos
cirúrgicos já foram instalados em seis salas do Hospital de Base.
Detalhamentos das
etapas do projeto de construção do Hospital de Emergência e Urgência de
Rondônia (Heuro), localizado em Porto Velho, também foram abordados durante a
reunião da Comissão. Segundo Dr. Neidson, de acordo com a ordem de serviço de
lançamento da obra, a primeira etapa da construção era para ser entregue, em
funcionamento, no último mês de setembro.
De acordo com a
secretária da Sesau, Semayra Gomes, a macrodrenagem da obra já foi iniciada e
que, em até 30 dias, parte da construção da estrutura física do hospital também
seria iniciada.
“Esperamos que
isso realmente aconteça, mas o que nos assustou foi a questão da manutenção do
hospital. O contrato prevê R$ 2.800.000,00 milhões, mensais, com relação a
construção e os serviços de manutenção chegam a R$ 27 milhões mensais, ou seja,
que R$ 30 milhões por mês para pagar o hospital, durante 30 anos, com
manutenção e em pleno funcionamento. E após esse período, o hospital será
transferido para o estado de Rondônia, com todos os equipamentos em atividade”,
explicou Dr. Neidson.
E sobre “a grande
novela”, como se referiu o parlamentar, o Hospital Regional de Guajará-Mirim
foi outro ponto abordado na reunião. Dr. Neidson lembrou que o governador
Marcos Rocha (União) se comprometeu, durante debate eleitoral, a retomar a obra
no final de setembro passado ou no início deste mês de outubro.
A equipe da Sesau
informou que todas as licenças da obra já foram providenciadas e que em 30
dias, a construção será iniciada. A secretária Samayra, foi convidada a, nesse
prazo, voltar a se reunir com os membros da Comissão de Saúde para dar a
notícia oficial da retomada das obras do Hospital Regional de Guajará-Mirim.
“Estamos há dois
mandatos fazendo muitas cobranças para que o HRG saia, de fato do papel, e se
torne uma realidade para a nossa região de Guajará-Mirim, mas até hoje, nada
foi feito. Esperamos que essa novela não se torne um longa-metragem que,
finalmente, seja concluída, embora, acreditamos que não é a obra do HRG que
resolverá o problema de saúde de Guajará-Mirim. O que resolve é a gestão do
hospital, com servidores qualificados, equipamentos funcionando e destinação de
recursos necessários para garantir o bom funcionamento do hospital”, concluiu o
parlamentar.
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