Quinta-feira, 17 de abril de 2025 - 14h39
A Assembleia Legislativa de Rondônia
(ALE-RO) realizou sessão extraordinária, na tarde desta quarta-feira (16), no
Plenário Lúcia Tereza, para a leitura oficial e votação do relatório final da
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Reservas Ambientais. Ao final da
sessão, o relatório final da comissão foi aprovado por 17 votos favoráveis e
nenhum contrário.
O presidente da CPI foi o deputado
estadual Alex Redano (Republicanos), que também presidiu os trabalhos da
sessão. Além dele, os outros membros são: Jean Oliveira (MDB) – vice-presidente;
Pedro Fernandes (PRD) – relator; Lucas Torres (PP) – membro; Cirone Deiró
(União Brasil) – membro; e Taíssa Sousa (Podemos) – membro.
Também estavam participando da
sessão os parlamentares: Rosangela Donadon (União Brasil); Alan Queiroz
(Podemos) online; Ismael Crispim (MDB); Delegado Camargo (Republicanos); Cássio
Gois (PSC) online; Luís do Hospital (MDB); Ezequiel Neiva (União Brasil);
Lebrinha (União Brasil); Luizinho Goebel (Podemos) online; Ieda Chaves (União
Brasil) online; Laerte Gomes (PSD) online; e Jean Oliveira (MDB). O deputado
Federal Lebrão também prestigiou a sessão.
A comissão iniciou os trabalhos em
abril de 2023, e o objetivo era o de investigar possíveis irregularidades na
criação de 11 unidades de conservação ambiental durante a gestão do
ex-governador Confúcio Moura (MDB). As apurações abrangeram também os contratos
firmados com as empresas Permian Brasil Serviços Ambientais Ltda e Biofílica
Investimentos Ambientais S.A., relacionados a projetos de compensação ambiental
e créditos de carbono.
O presidente Alex Redano afirmou
que o relatório da CPI foi feito para provar que os decretos que criaram as
onze reservas, na calada da noite, pelo ex-governador Confúcio Moura, são
ilegais.
“Não obedeceu
ao devido processo legal! Pessoas que vieram depor aqui e nós perguntamos se
tinham ido a determinado lugar, elas respondiam que não haviam ido. Não tem
validade a criação dessas reservas. Vou chamar uma reunião com o
Ministério Público, bancadas de deputados federais e estaduais para uma reunião
visando dar uma solução a esse problema. É uma bola de neve de problemas que
vai refletir para todos. Hoje, quem paga toda as despesas em Rondônia, é o
homem do campo. Mas hoje está ao contrário, quem trabalha é perseguido. Se o
homem do campo cruzar os braços e parar, acaba o estado de Rondônia. Nós,
deputados, estamos com uma oportunidade de usar o poder, para fazer o bem.
Contem comigo de verdade”, declarou Redano
Empresa Irregular
Vários
agricultores das áreas afetadas pela criação das reservas acompanharam a sessão
de leitura e votação do relatório. O relator da CPI, deputado Pedro Fernandes
fez a leitura de um resumo do estudo, onde destacou alguns pontos.
Entre esses,
ele leu que o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia, Edson
Rigole, que também foi ouvido pela CPI sobre a empresa contratada pelo Estado,
em 2010, para que fizesse o georreferenciamento da área de Umbirizal, no valor
de mais de R$ 3 milhões.
“A empresa que
fez o estudo tem sede no Pará e não contem os nomes da equipe multidisciplinar
que fizeram o estudo. O presidente do Crea, Edson Rigole, informou que a
empresa não possui registro de profissionais e nem expediu ART para a
realização de serviços em Rondônia. Então, não poderia prestar qualquer tipo de
trabalho de engenharia em nosso Estado. Os profissionais não eram habilitados”,
disse Pedro Fernandes.
O presidente
da CPI, Alex Redano, ao final da leitura do relatório, abriu a sessão para que
os demais parlamentares pudessem discursar sobre o relatório da criação das
reservas ambientais. O primeiro a falar foi o deputado estadual Delegado
Camargo((Republicanos) que acusou o senador Confúcio Moura (MDB) pela confusão
em torno da criação das reservas ambientais.
“No apagar das
luzes do governo Confúcio criou-se as onzes reservas e hoje estamos nos
debruçando para solucionar esse problema. Quero parabenizar a todos os meus
colegas da CPI pelo trabalho maravilhoso que fizeram”, disse.
Caminho
da Verdade
O deputado
Cirone Deiró (União Brasil) também fez uso da palavra, quando disse aos
presentes que estará do mesmo lado na busca de uma solução. Ele lembrou que na
década de 70, as pessoas eram estimuladas pelos governos a desmatar.
Deiró observou
que a criação dessas onze reservas não seguiu os trâmites legais e a CPI está
buscando a anulação desses processos. Ele ressaltou que apesar de toda essa
situação, é necessário acreditar.
“Não percamos
as esperanças. Nós temos aqui, comprovado, que essas reservas foram criadas de
forma irregular. Precisamos que essas pessoas continuem nessas áreas. Não
podemos permitir que tirem essas famílias de qualquer maneira. Precisamos
buscar a solução”, afirmou.
A deputada
Drª. Taíssa também discursou e afirmou que durante as audiências públicas
realizadas pela CPI, os agricultores não sabiam o que fazer e estavam sem uma
orientação de como agir.
“O que nós
fizemos com essa comissão foi buscar um caminho com verdade, busca de provas
com questões técnicas para dar um resultado positivo para o povo rondoniense.
Não estamos para brincadeira, até porque, é uma responsabilidade social que nós
temos. Estamos buscando uma saída técnica e jurídica e levá-la para o
Judiciário. O que depender de nós, essas onze reservas não perduram em
Rondônia. Foram criadas do dia para a noite e não tem validade jurídica
nenhuma”, declarou.
O deputado
delegado Lucas Torres ressaltou que a luta da CPI é uma luta de todos os
rondonienses. Ele frisou que hoje a briga é contra a criação dessas reservas,
mas, em outra oportunidade pode ocorrer o mesmo em outras áreas do Estado.
“Essa união
tem que ser de todos. Eu ouvi alguém mencionando que citamos muito as reservas
Soldado da Borracha, Rio Pardo e Resex que são áreas maiores, que têm uma
população maior e um apelo popular maior. Mas nós tratamos todas com a mesma
responsabilidade de importância. Onde estiver uma família rondoniense sendo
injustiçada, essa assembleia se insurgirá contra quem quer seja que esteja
fazendo essa injustiça”, frisou.
Quem foi
convidado a também fazer uso da palavra foi o ex-deputado estadual e,
atualmente, federal, Lebrão (União Brasil). Ele, que atuou no parlamento
estadual por quatro mandatos, elogiou os parlamentares pelo relatório da CPI
das Reservas e afirmou que essa atual bancada estadual é uma das mais bem
preparadas juridicamente que a Assembleia Legislativa já teve.
Ao final,
ocorreu a votação do relatório da CPI, que foi aprovado pela maioria dos
parlamentares. Foram 17 votos favoráveis e nenhum contra. O documento, agora,
será encaminhado ao Ministério Público que deverá se manifestar a respeito.
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