Quarta-feira, 12 de setembro de 2007 - 13h33
Jesualdo Pires critica paralisação do Gasoduto de Urucu e propõe audiência pública para discutir importância da obra para o Estado
O deputado Jesualdo Pires (PSB-Ji-Paraná), no uso da tribuna da ALE, na última terça-feira,questionou a decisão, que ele colocou como abrupta, do Governo Federal em interromper o início das obras do Gasoduto de Urucu-Porto Velho, que estava prevista para os próximos 60 dias, e pediu uma explicação, já que o início da construção do complexo do gasoduto, dependia apenas do licenciamento ambiental, que já foi aprovado, de acordo com o parlamentar.
“Venho nesta tribuna questionar e tentar explicar e entender o porquê da abrupta decisão do Governo Federal em não mais priorizar o Gasoduto Urucu-Porto Velho e o que é mais grave, simplesmente em nos informar que tal gasoduto não é viável economicamente. Derepente o Governo Federal se colocou contra a construção do Gasoduto” disse Jesualdo Pires.
“Diante deste fato tive o cuidado, senhor presidente e nobres parlamentares, de pesquisar sobre esta questão me informei que desde o final da década de 70, quando foram descobertas reservas de gás de Juruá que a Petrobrás definiu como metas a ampla utilização do gás natural como matriz energética da região amazônica. Estudos têm sido feitos há muitos anos provando que a viabilidade do consumo de gás da região seria a melhor alternativa, tanto em termos econômicos, como em termos de impacto ambiental” afirmou o parlamentar.
“O que se discuti hoje e este é o tema do meu discurso, é a viabilidade ou não do gasoduto até Porto Velho. Em primeiro lugar, quero salientar que os dados aqui apresentados são todos técnicos e retirados de pesquisa em órgão dedicados ao setor de gás natural. As reservas de gás natural de Urucu são da ordem e 78 bilhões de metros cúbicos, isto significa 16 % das reservas provadas do país.” Argumentou Jesualdo e continuou: “Urucu reinjeta cerca de 9 milhões de metros cúbicos por dia, ou seja, o gás não aproveitado. O consumo de cerca de 5,5 milhões de metros cúbicos de Manaus mais cerca de 2,5 milhões de metros cúbicos para Porto Velho, perfaz um total de cerca de 8 milhões, no total por dia, se dividirmos as reservas atuais, teríamos no mínimo a produção para 26 anos de forma contínua” argumentou.
Licenciamento ambiental
“O que me intriga é que o Projeto Urucu-Porto Velho dependia apenas do licenciamento ambiental que demorou alguns anos para ser liberado. O ministério Público Federal entrou com ação para embargar tal licenciamento, mas em julho de 2.004 o MPF removeu a ação e novamente entrou no plano da Petrobrás a sua construção” disse Jesualdo.
“O Gasoduto tem participação de 50 % do capital privado e 50 % da estatal brasileira, da iniciativa privada 25% vem da El Paso e 25% da CS.O principal consumidor de gás natural vem das térmicas I e II, que hoje consomem 1.300.000 de litros de óleo diesel todos os dias. São cerca de 40 carretas de óleo diesel todos os dias sendo queimados e poluindo nosso meio ambiente” alertou o parlamentar.
“Segundo o senhor Paulo Andrade, diretor da Rongás, claramente falta vontade política para tal empreendimento e parece que a Eletrobrás tem como metas, apenas construção de linhas de transmissão em detrimento ao gás mais barato e que obviamente polui muito menos. O que falta, ainda segundo o diretor da Rongás, é que a Petrobrás defina o preço de venda do gás lá em Urucu e a Eletrobrás defina quanto pode pagar pelo gás” disse.
Audiência Pública
“Hoje dependemos no mercado do Centro-Oeste e Centro-Sul, do gás boliviano, que cujo preço varia em função do humor diário do presidente boliviano. Pagamos muito mais pelo gás boliviano quando podemos ter gás natural de reservas brasileiras. Recentemente a Petrobrás divulgou que pretende retomar a exploração de gás na bacia do Rio Solimões que compreende os campos de Juruá, Jaraqui e São Mateus. O que nos deixa preocupados é como um projeto estratégico, anunciando e planejando durante anos a fio, pode simplesmente de uma hora pra outra se tornar inviável” criticou Jesualdo Pires.
“É evidente que tais respostas não satisfazem e estou propondo uma audiência pública para discussão deste tema que é fundamental para o nosso estado. Convidarei o Sindicato dos Engenheiros de Rondônia, o CREA-RO, a Associação dos Engenheiros da Petrobrás através do seu presidente, engenheiro Heitor Pereira, a Rongás, a Petrobrás, a Eletronorte e todos os segmentos participantes deste grande empreendimento que precisa ser retomado” disse o deputado.
“A matriz energética de Rondônia tem que ser ampliada e seremos dentro desta perspectiva, os grandes produtores de energia para a região norte do país, com as usinas hidroelétricas e as térmicas com o gás natural” finalizou o parlamentar.
Fonte: Decom
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