Quinta-feira, 6 de setembro de 2007 - 18h15
O recrudescimento dos altos índices de criminalidade, com ocorrências cada vez mais selvagens, motivou entidades representativas da sociedade civil organizada a reunir o Fórum Permanente pela Paz e Contra a Violência na Ordem dos Advogados do Brasil. Representantes das faculdades, da Maçonaria, de Conselhos Profissionais, de sindicatos e do comércio, manifestaram a inquietação da sociedade (população) com a grave onda de assassinatos, violência no trânsito e, como se não bastasse, o surgimento de grupos justiceiros, como o massacre perpetrado por taxistas contra um cidadão com quem um deles tivera uma desavença momentos antes.
O Fórum Permanente pela Paz e Contra a Violência é um movimento apartidário e reúne entidades e pessoas que queiram compartilhar a cultura da paz em todos os seus aspectos e lutar pela redução dos índices de criminalidade.
Na reunião desta quarta-feira, o principal recado transmitido pelos representantes das entidades foi a indignação da sociedade quanto a falta de planejamento e de estratégias das autoridades policiais para cumprir com o seu dever de garantir segurança pública efetiva, sobretudo às regiões mais carentes onde o crime ataca com mais força. O advogado José Gomes Bandeira Filho, conselheiro da OAB, observou que estado precisa apresentar seu plano estratégico de enfretamento da violência.
"Pelas estatísticas que estamos presenciando, está comprovado que não basta comprar viaturas e contratar policiais para debelar a violência. É preciso planejamento e disposição para o trabalho", disse o conselheiro.
O Fórum Permanente pela Paz e Contra a Violência é um comitê das entidades da sociedade civil para estudos, debates e enfrentamento da violência. No ano de 2005 chegou a reunir quase cinqüenta instituições e entidades numa caminhada pela paz nas principais ruas do centro de porto Velho. Na ocasião, as lideranças do movimento entregaram ao Governo um documento cobrando a responsabilidade do Estado no cumprimento do artigo 144 da Constituição Federal (a segurança pública é um direito do cidadão e dever do Estado).
Os representantes da maçonaria, do Sindicato dos Trabalhadores em educação, das faculdades São Lucas, Ulbra, Faro e Uniron, Conselho regional de Psicologia, Sindicato dos Médicos, Câmara de Diretores Lojistas e Conselho Regional de Contabilidade reunidos na OAB discutiram que ações devem ser implementadas pelo Fórum e marcaram nova reunião para o próximo dia 21.
Fonte: OAB-RO
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