Quarta-feira, 27 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Política

GillettePRESS comenta


 

 

 

 

Dia da Amazônia
Cortada pela linha do Equador, a Amazônia corresponde à área de 30% da América do Sul, abrangendo partes dos territórios do Brasil, Guiana Francesa, Suriname, Guiana, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia.

Há grandes vazios populacionais, e a densidade demográfica é estimada em apenas dois habitantes por km2 . A região é coberta pela floresta Amazônica, que com seus 5,5 milhões de km2 é a maior floresta tropical úmida do planeta e a mais rica em biodiversidade. Em uma áreas de 2 km2 de mata virgem chegam a ser encontrada 300 espécies de vegetais diferentes. Também, há grande variedade de animais, especialmente, aves, insetos e primatas.

O solo não serve para exploração agrícola intensa ou para a pecuária, já que, rapidamente, perde a fertilidade após a derrubada da vegetação. A principal atividade é o extrativismo vegetal.

 

O maior do mundo
A região é cortada pelo Rio Amazonas, que nasce no Peru, na Cordilheira dos Andes e deságua no Atlântico, depois de cruzar todo o norte do Brasil. Com seus 6.868 km, ele é o principal da maior bacia hidrográfica do mundo.

A maior parte da floresta Amazônica está no Brasil, cerca de 3,3 milhões de km2. Cobre 74% da Amazônia Legal, criada pelo governo em 1996 e que compreende os estados do Maranhão, Pará, Tocantins, Amapá, Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia e Mato Grosso, e abrange uma área de 4,9 milhões de km2, 60% do território nacional, onde mais de 500 mil árvores são derrubadas por ano, usadas para a fabricação de  móveis - 264 espécies de interesse para a indústria, estão sendo promovidas pelo Instituto Osvaldo Cruz e pela Companhia do Desenvolvimento Tecnológico, evitando a destruição da floresta, e preservar as espécies da ameaça de extinção.

           
Devastação

O extrativismo mineral, também, é importante. A instalação de grandes empreendimentos - as estradas Transamazônica e Perimetral Norte, a execução de projetos - Calha Norte, Grande Carajás, Jarí, Polonoroeste e os alargamentos para implantações de usinas hidroelétricas - Tucuruí, Balbina e Samuel - também contribuem para a devastação da floresta.

O mercúrio, utilizado nos garimpos para a extração do ouro é responsável pela contaminação dos rios. Para fiscalizar a floresta, foi implantado o programa Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam), constituído por uma rede integrada de telecomunicações que recebe imagens por meio de satélites, visa controlar o tráfego aéreo e atividades ilícitas, mapear as bacias hidrográficas, e jazidas de minérios, e contribuir para a proteção ambiental da floresta.

 

Lixo sob o tapete senatorial
No afã de prestar serviço ao Planalto, o presidente do Senado, Renan Calheiros,  mantém na gaveta mais de 600 vetos impostos por Lula a leis aprovadas no Congresso. E, vem sonegando a deputados e senadores a oportunidade de analisar os vetos. A manobra deve render-lhe uma ação no STF.  A maioria expressiva dos deputados (257 dos 513) e dos senadores (43 dos 81) assinou requerimento que exige de Renan a votação imediata dos vetos que Lula impôs à lei 11.182, de 2005. Trata-se da lei que criou a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

O autor do requerimento é o deputado Raul Jungmann (PPS-PE). Ele logrou reunir as assinaturas dos colegas no curto intervalo de duas semanas. Somando-se os deputados e senadores que apuseram o jamegão no documento, chega-se à marca de 300 congressistas. Se Renan insistir em manter a tática protelatória, Jungmann e seu partido irão protocolar no STF um mandado de segurança, num esforço extremo para forçar o senador a incluir na pauta de votações os vetos presidenciais.

 

Perda de mandato
Entre os vetos que Jungmann quer ver apreciados, com o apoio dos colegas, está o que foi imposto por Lula ao parágrafo primeiro do artigo 14 da lei de criação da Anac. Rezava o seguinte: "(...) Será causa da perda do mandato (dos dirigentes da Anac) a inobservância por diretor dos deveres e proibições inerentes ao cargo, inclusive no que se refere ao cumprimento das políticas estabelecidas para a aviação civil pelos Poderes Executivo e Legislativo".

Para Jungmann, o trecho vetado arrancou da lei um parágrafo que, se houvesse sido mantido, permitiria ao governo afastar os dirigentes da Anac que, no curso da crise aérea, revelaram-se inaptos, por desconhecimento técnico e incompetência, para o exercício de suas funções.

 

A lei
No Brasil, o direito do presidente da República ao veto está previsto na Constituição. O veto pode ser total – quando alcança todo o texto da lei aprovada no Congresso - ou parcial - quando retira da lei artigos ou parágrafos específicos. Dá-se ao presidente um prazo de 15 dias úteis, contados da data da aprovação da lei, para o exercício do direito ao veto.

 

Lei. Que lei?
Reza, também, a Constituição que, optando pelo veto, o presidente precisa comunicar sua decisão ao Congresso em 48 horas. Os congressistas podem, então, manter ou derrubar o veto do presidente. O quórum exigido para a derrotada de um veto presidencial é o de maioria absoluta dos deputados e senadores.

Sob Renan, mesmo que desejassem, os congressistas não teriam como questionar os vetos de Lula. O senador esquiva-se de levá-los ao plenário. Além de dirigir o Senado, Renan preside o Congresso. Pela lei, cabe a ele convocar as sessões mistas do Legislativo – com a presença de deputados e senadores. A convocação deveria ocorrer 30 dias depois do anúncio de cada um dos vetos presidenciais. Renan dá de ombros para a lei. E a coisa vem ficando por isso mesmo.

 

Sob manto de Lula
Envolto em suspeições, prestes a arrostar no plenário do Senado um pedido de perda de mandato por quebra de decoro parlamentar, Renan esforça-se para preservar o apoio de Lula. Não vê razões para fustigar o Planalto com a abertura das comportas da represa de vetos. É nesse cenário que a maioria do Congresso, materializada na enxurrada de assinaturas apostas ao requerimento de Jungmann, tenta levar Renan a fazer por pressão aquilo que não faz por obrigação.

 

De vendedor de vacas a touro de abate

O escritor Ernest Hemingway sintetizou com maestria o espetáculo da tourada. "O que acontece na arena", disse ele, "não é a competição do touro com o toureiro. É uma tragédia reservada àqueles que aceitam o pressuposto de que o touro só está ali para perder".

Em meio às dúvidas financeiro-agropecuárias que o enredam – do manejo de "laranjas" à comercialização de vacas - Renan Calheiros freqüenta a arena, há mais de dois meses, em situação constrangedora. Nos últimos dias, aceitou o papel de touro. Um touro acuado.

 

Desembestado

Primeiro, ameaçou investir contra colegas de Senado. Mirou na direção de José Agripino Maia (RN), que espetara em seu dorso a bandarilha da obstrução legislativa. Recuou. Depois, desembestou, espumando, no rumo da Editora Abril, que edita a revista Veja.

A estratégia de Renan, implementada a esmo, padece de um vício de origem. A desqualificação dos toureiros não atenua as culpas do touro. Ou ele desmonta, com argumentos e documentos críveis, o cerco em que se vê metido ou continuará sendo toureado. Até definhar.

 

Estilo & moda

O touro Renan está na arena para perder, eis o que se deseja realçar. Há uma única e escassa dúvida: o espetáculo do Senado terá um epílogo ao estilo espanhol ou o desfecho será à moda portuguesa?

Em Portugal, proibiu-se, em 1762, sob o reinado de D. José I, o sacrifício dos touros. São humilhados, mas não morrem. O que, no caso de Renan, significaria perder a cadeira de presidente do Senado, mas preservar o mandato de senador.

Na Espanha, até os dias que correm, mata-se o animal, para delírio da platéia. Um procedimento que, se repetido na arena de Brasília, significará a perda da presidência e do mandato. Serviço completo.

 

Dom Lula

Se atender aos apelos da arquibancada, o Senado tratará Renan como um touro espanhol. Prevalecendo a vontade de D. Lula II, o senador será beneficiário das vantagens concedidas ao touro português. Numa ou noutra hipótese, arrastará para dentro de sua biografia um enredo de perdedor.

 

Calheirices

Renan se diz injustiçado. Pagou a pensão da filha com o dinheiro das vacas, não da Mendes Júnior. Não usou testas-de-ferro para adquirir emissoras de rádio em Alagoas. "Nunca roubei", disse, categórico, da tribuna do Senado.

O mais sensato, convenhamos, seria dar crédito à tese da orquestração. Melhor engolir o lero-lero de que Renan é vítima de complô do que conviver com a idéia de que um Calheiros qualquer tenha produzido tantas calheirices, durante tanto tempo, sem que ninguém se desse por achado.

 

Para refletir

"Se Renan for, mesmo, o Calheiros, que andam pintando, será difícil explicar a nós mesmos o fato de ter chegado tão longe – líder de Collor, ministro da Justiça (!?!?!) de FHC, presidente do Senado, com os auspícios de Lula. Melhor nem pensar. O homem é inocente. E ponto. Seu sacrifício não decorre da culpa. É mera conseqüência da máxima de Hemingway: o touro só está ali para perder." - Josias de Souza.

Fonte: roquevha@hotmail.com

Gente de OpiniãoQuarta-feira, 27 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Deputado Maurício Carvalho e Sebrae/RO unem forças para impulsionar o empreendedorismo rural em Rondônia

Deputado Maurício Carvalho e Sebrae/RO unem forças para impulsionar o empreendedorismo rural em Rondônia

Em encontro realizado no dia 26 de novembro em Brasília/DF, o deputado federal Maurício Carvalho, o Presidente do Conselho Deliberativo Estadual do

Deputado Alex Redano propõe ampliação do atendimento para 24h na Delegacia da Mulher em Rondônia

Deputado Alex Redano propõe ampliação do atendimento para 24h na Delegacia da Mulher em Rondônia

O deputado estadual Alex Redano (Republicanos) apresentou a Indicação Nº 9655/24 ao Poder Executivo do Estado de Rondônia, sugerindo a ampliação do

Deputado Alex Redano destaca importância de campanhas educativas para a proteção das mulheres em Rondônia

Deputado Alex Redano destaca importância de campanhas educativas para a proteção das mulheres em Rondônia

O deputado estadual Alex Redano (Republicanos) apresentou a Indicação nº 9654, que sugere ao Poder Executivo, em parceria com a Secretaria de Estad

Alero aprova reestruturação e Plano de Carreiras dos servidores do Poder Judiciário de Rondônia

Alero aprova reestruturação e Plano de Carreiras dos servidores do Poder Judiciário de Rondônia

Os deputados estaduais da Assembleia Legislativa de Rondônia aprovaram, durante a sessão desta semana, dois importantes projetos que promovem mudanç

Gente de Opinião Quarta-feira, 27 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)