Quarta-feira, 27 de junho de 2007 - 19h35
Depois de 34 anos de abandono, o complexo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (EFMM) vai finalmente ser recuperado. É que o Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (IPHAN) aprovou o projeto de restauração do complexo elaborado pela Prefeitura da Capital. Na próxima segunda-feira (02/07) começam as obras de recuperação do complexo.
O anúncio foi feito pelo prefeito Roberto Sobrinho na tarde desta quarta-feira (27), durante visita ao local em companhia do diretor do Departamento de patrimônio Material e Fiscalização do IPHAN, Dalmo Vieira Filho.
As obras iniciam pelos dois galpões onde hoje funcionam o museu e a antiga oficina da ferrovia. Pelo projeto será mantida a estrutura original do segundo galpão e, para isso, parte da estrutura, que precisa ser reposta, receberá peças do primeiro galpão, que serÁ reconstruído de acordo com a estrutura original. Os recursos, no valor de R$ 1,2 milhões, do Ministério do Turismo, serão utilizados nesta primeira etapa da obra.
Depois de reformado, um galpão abrigará dois restaurantes e uma praça de alimentação; o outro contará com salas para oficinas de artesanato e um espaço para exposição dos trabalhos dos artesãos. Outra parte do projeto que deverá iniciar num prazo de 15 dias, conforme anunciou o prefeito, é a urbanização da Farqhuar, a partir do trecho que compreende toda a área da EFMM, passando pela vila dos Ferroviários. Na próxima semana, a obra deverá ser licitada, cujos recursos, de R$ 2 milhões, também do Ministério do Turismo, serão utilizados para o alargamento da Farqhuar, na área onde funcionará o estacionamento, em frente ao Mercado Central. Mais adiante, serão construídos seis quiosques, num espaço totalmente urbanizado, com iluminação adequada e vista para o Rio Madeira.
O prefeito informou ainda que a outra parte do projeto, que compreende a área central e o local onde ficam as barracas, já foi selecionada pela Suframa, faltando apenas o empenho para a liberação de R$ 4,9 milhões. A partir daí, então, se procede a licitação e o início da restauração do espaço.
Uma das grandes dificuldades para se conseguir recursos para a restauração da Estrada de Ferro, é o fato de que muita gente dizia que ia restaurar, mas não apresentava projetos. Nós apresentamos um projeto aprovado pelo Iphan. Foram feitos todos os ajustes sugeridos pelo instituto e hoje temos a grata satisfação de iniciar esta obra tão importante para a preservação da nossa história, enfatizou Roberto Sobrinho.
O diretor do IPHAN, Dalmo Vieira, reconheceu que o instituto tem um débito com a EFMM, mas que o instituto através do projeto da prefeitura, procurou colaborar para que a restauração garanta a autenticidade deste importante patrimônio que é um legado excepcional que precisa ser preservado e isso começa a acontecer hoje.
O diretor regional do Iphan, Beto Bertagna, lembrou que os ajustes feitos foram conseqüência das complexidades do projeto. Não estamos tratando de uma restauração simples. Tudo indica que os obstáculos foram vencidos e que o projeto elaborado pela Prefeitura vai garantir a preservação do patrimônio e o uso do espaço, prevê Bertagna.
Fonte: Ascom
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