Quarta-feira, 27 de dezembro de 2023 - 16h59
É preciso de liberdade
para ser metafísico?
É preciso ser livre para se identificar com a perda da
liberdade?
Ou, curiosamente (num abcesso de estupidez), pedir a
supressão da liberdade, para então ser livre, torna livre o ser metafísico?
Como é que se é livre apoiando quem prega o fim da
liberdade?
Tem
alguma coisa semelhante à inteligência mediana que se identifica com sua
própria anulação – ou isso é só metafísica do pesadelo?
Haveria
alguma ficção trágica, distopia, semelhante à nossa, em que indivíduos
manifestam um “orgulho de ser idiota”?
Que
diabos de identificação com o chorume é essa?
Resposta:
não há ficção ainda para esse tipo de identificação e do “orgulho de ser
imbecil”. O Brasil continua desafiando os mais notáveis especialistas do mundo.
E seguimos sem respostas muito racionais.
Estranha
metafísica é a nossa, muito criativa na hora de se criar identificação profunda
e adoração com mito caído e pregador do “orgulhe-se da sua estupidez”.
Será
que os metafísicos sabem que passam por essa lavagem cerebral? Será que sabem o
tamanho da ignorância em que se encontram? Aliás, será que sabem o que é
inteligência e o que é idiotia?
Um
bando de metafísicos desse tipo de gente agora se autointitula o Movimento dos
Liberdade. Estranho isso, mais estanho ainda, porque essa claque precisa
conjugar melhor seus cantos e hinos – nosso título tem esse problema, mas é
proposital, para que eles criem alguma identificação e também leiam. Só que não
sei o quanto vão entender, decifrando a ironia.
Para
facilitar, iremos chamar apenas de “Os liberdade”: é o cara que prega
(livremente) o fim da liberdade. Aliás, é bom que se deixe claro, até mesmo
para ser idiota é preciso ser livre – os caras mais metafísicos, dentre os já
adoradores do mito caído e do amplo grupo dos PITA’s (portadores de
inteligência totalmente artificial), dizem abertamente que precisam de mais
liberdade para manifestar sua idiotia social.
Talvez
o país tenha desenvolvido uma nova categorização social, outra sociologia, como
os antigos fizeram com a inteligência social, a empatia, a Interação Social
(que é a excelência do Objeto da Sociologia), a “anomia social”, a entropia
social e, inclusive, uma física social (A. Comte). Nós estaríamos presenciando,
vendo destilar diante de nós, a fina flor da “Idiotia Social”. Seria um tipo de
defesa pública, escancarada, sobretudo pelo PITA e “Os liberdade”, para que
toda a sociedade brasileira “adira ao mito caído” e assim identifique-se com o
maior número possível de idiotas sociais.
E para
que não reste nenhum preconceito quanto à idiotia social e o “direito de ser
idiota”, lembro, por fim, que idiotia vem do grego “ídion”: os sem condição
mental, moral, de participarem da Ágora, do espaço público, das decisões
importantes para a Política do país. Política vem de Polis, como uma cidade da
política, do “fazer-se política”, em que o “ídion” é proibido de entrar.
A
“raça” deles – de acordo com o racismo que adoram praticar – é do tipo Creonte:
duas caras, meia inteligência rasa. São os que viajam do lado de fora do
para-brisas de um caminhão ou rezam para o pneu do mito caído. A subespécie é
do tipo PITA, uma herança aprumada, evoluída dos “mínions”: um ser minúsculo
desprovido de inteligência e seguidor da mesma geração apoiadora do mito caído.
Eram praticantes do esporte nacional chamado, em 2018, de “prática livre da
desinteligência”. Os “ídions”, como sabemos, além de terem todas essas
características, em 2023/2024, serão os maiores propagadores do “orgulho de ser
idiota”. Ou seja, seguem e seguirão perfeitamente alinhados com “Os liberdade”.
Enfim,
nossa última aventura terrestre parece confirmar que subvertemos a lição
política dos gregos antigos, pois, não só “inserimos” os idiotas adoradores do
mito caído (como uma cepa de PITA), como ainda proibimos a inteligência de
fazer parte do jogo político.
Se
você duvida, espere por 2024 e as projeções dos “eleitores ídions” do mito
caído. O PITA é cabeceira nessa aposta e a soma é absolutamente zero em ganhos
políticos.
Como
são privatistas, adoradores do mercado livre da carne dos trabalhadores, se
você disser ao “PITA-ídion” que o ideal é o LIMPE, o cara vai limpar a privada.
Tamanha é a associação que possuem com a esfera privada das coisas.
O
“Pita-ídion” não sabe que LIMPE é um preceito da coisa pública (sendo esta oposta
à privada), um dos mais valiosos, porque obriga à “legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência” (art. 37 da CF88). Os Liberdade, por sua
vez, querem muitíssimo mais liberdade para, precisamente, submeter e
transformar a legalidade no seu contrário.
O
Brasil precisará de uma exopolítica daqui por diante, porque todo o mundo já se
pergunta freneticamente como/quando foi que os “ídions” acabaram abduzidos pelas
sondas de ozônio.
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