Sábado, 10 de junho de 2023 - 16h54
Sem falar na educação
elementar (bom dia, obrigado), onde puseram a educação formal?
O tal do
"novo" ensino médio não retirou 40% da carga horária de ciências,
português, matemática, história e geografia?
Não é verdade que
colocaram "educação financeira" para jovens sem emprego, renda ou
expectativa? A criança que vai à escola atrás da merenda vai economizar o que?
A fome cobra com juros e correção.
Será fantasia uma
disciplina chamada "o que rola por aí "?
Pois é, além disso tem
o kit robótica, comprado com ágio de 500%.
Com quantas
matemáticas, furtadas da escola pública, fizeram essas compras?
Antes de passarmos a
outro ponto da curva na cultura brasileira, cabe lembrar que pais e filhos
repudiam vacinas, acreditam na terra plana, porém, também tem "ensino
religioso".
Ninguém sabe que a
Constituição Federal de 1988 desenhou o Estado Laico. Só que reza não falta, na
escola pública.
Aliás, é difícil
encontrar uma excrescência como essa.
Em todo caso, ainda
temos um tipo de adoração, alucinação tecnológica. É pior do que fetiche, a
sanha dos adoradores de "marca" de celulares.
Com consumo em alta,
que enaltece o endividamento, somos pessoas alegres (robôs alegres).
Um por cento da
população deve saber diferenciar governo e Estado, mas 99% tem redes
antissociais.
0,001% deve conseguir
distinguir autonomia de soberania, porém, milhões querem se livrar de sua
liberdade.
Mas, tem briga pra ter
ensino religioso.
Tem dessas brigas no
atual Ministério da Educação, também.
Apesar da Damaris já
ter ido embora, junte-se a esse pacote o cultivo nazifascista no Sul/Sudeste.
Sobretudo nas redes
antissociais, com kit robótica e sem ética, o pavor não tem xerife.
Kit cibernética
Hoje, lemos muito, mas
com recortes que não fecham, parcialidades, mais ainda nas redes sociais e
lemos pouco mais do que os títulos. Consumimos centenas de pedaços de
informações diariamente, sem organicidade.
Isso explicaria em
parte as Fake News, porque, sem método, não transformamos informações (quando
as temos com qualidade) em conhecimento.
Acrescente-se o fato de
que o pós-moderno tem por essência a fragmentação, a descontinuidade e a razão
imagética, ou seja, é o século das imagens e dos efeitos: a própria comunicação
é assemelhada ao marketing.
Alguém já disse que
"a notícia precisa virar notícia", criando-se suspense hoje para que
a informação de amanhã seja bem "consumida": tudo é mercadoria.
Esse conjunto ainda
explicaria uma outra "possível característica": um retrocesso nas
capacidades cognitivas.
Em parte, seríamos
"menos inteligentes" do que a geração anterior porque nossa linguagem
(escrita e falada) é mais simples, menos sofisticada; então, quase não há
esforço de entendimento: tudo nos vem mastigado, preferencialmente com
ilustrações, desenhos.
Às vezes pedimos por
textos com figuras, como as crianças.
Será exagero??
Por outro lado,
crianças e jovens "debulham" qualquer celular com uma agilidade e
facilidade incríveis.
Nós mal diríamos o que
foi feito. Dizemos que parece que nasceram plugadas.
É sem dúvida uma
"inteligência tecnológica" maior do que a minha, que vivi mais tempo
no mundo analógico do que digital.
É curioso, instigante,
pensar como nossa capacidade de invenção e de adaptação é infinita.
Assim como há múltiplas
inteligências, num só ser humano.
Lembrando ainda que, o
mundo dos antigos era muito menos complexo do que a atualidade.
Mais do que uma era de
transição, vivemos o "olho do furacão" de um processo revolucionário.
Tal qual a Segunda
Revolução Industrial do mundo antigo.
Penso como Rousseau
escreveria o seu Contrato Social usando o ChatGPT (inteligência artificial) e
diante dos problemas climáticos, ameaça de uso de armas nucleares, extrema
desigualdade, Império do capital financeiro - em que se produz (e consome) mais
subjetividades (dados, perfis, informações) do que se modifica a base material
do capital.
Sem dúvida, vivemos o
século em que "o sólido desmancha no ar", em que "todo sagrado
será profanado" (Marx, no Manifesto), todavia, como ainda cremos que o
comunismo é obra do capeta, não ensinamos sociologia na escola pública.
Preferimos o ensino
religioso, especialmente a teologia da prosperidade (do pastor), é claro.
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