Terça-feira, 18 de julho de 2023 - 09h27
O Núcleo de Formação de Professores, da UFSCar, em
parceria com o canal do Youtube “A Ciência da CF88” promove mais um curso de
extensão – a partir de setembro de 2023. As inscrições estão abertas, no
formulário que você confere aqui: https://forms.gle/5RDaE1tgHag2QCPd7.
Mas, do que se trata nesse curso? basicamente, abordaremos
os aspectos essenciais que promovem uma relação, igualmente essencial, entre
Educação, democracia e direitos humanos.
Educação, democracia e direitos humanos formam
um conjunto único, como se não pudessem ser desligados. Formam um conjunto
único porque são a articulação entre recursos, meios, valores essenciais de
qualquer sociedade moderna e organizada socialmente para promover a
inteligência social. Esses também são os objetivos, as metas e os meios
(direitos fundamentais) e recursos (garantias) previstos na Constituição
Federal de 1988.
Não há como vivermos, de forma socialmente equilibrada e
de acordo com os interesses sociais, se não tivermos as garantias democráticas
necessárias bem definidas e respeitadas, só há pacificação social se formos
regulados democraticamente.
Só faz sentido falarmos em vida social se o conjunto dos
direitos humanos for acolhido, reconhecido, protegido e promovido
integralmente. Por isso é um conjunto complexo, uma vez que é um conjunto
unificado entre saúde e educação, tanto quanto cultura e meio ambiente. A
própria democracia é definida como direito humano pela Declaração Universal dos
Direitos Humanos, de 1948, em seu artigo 21. Portanto, é evidente que se
articulam (essencialmente) democracia e direitos humanos.
A melhor maneira de compreender toda esta articulação é
por meio da educação, porque é o momento em que somos chamados para
compartilhar do conhecimento técnico, jurídico e político, bem como nos
colocamos diante da reflexão – como instrumento de mediação entre o ideário dos
direitos humanos e nossa própria realidade. Também é óbvio que essa mediação só
poderá ocorrer se for nos moldes democráticos – ou seja, mais uma vez se
apresentam unificados, como um só conjunto: a Educação, a democracia e os
direitos humanos.
É importante ressaltar, ainda que de forma inicial, que
falamos em Educação para a democracia e em Educação em direitos humanos, por
razões lógicas, metodológicas e epistemológicas. Educação para a democracia
intui que a democracia é o nosso alvo, nossa meta maior e que começa a se
apresentar depois que entendemos e acatamos suas regras gerais. A democracia é
uma construção constante, não apenas um alvo ou meta, é um projeto em
construção.
Ocorre, porém, que essa construção se apresenta mais
sólida depois que entendemos e praticamos os próprios caminhos democráticos. A
democracia é um constructo que se apresenta cada vez mais complexo.
Historicamente falando, a democracia atende ao princípio da perfectibilidade –
sempre tendente à perfeição.
A Educação em direitos humanos, por sua vez, tem na
terminologia do título a indicação (desde os principais documentos da ONU) de
que se trata de um exercício cotidiano, como valor encarnado na realidade, na
mentalidade, nas práticas sociais. De modo direio, pode-se concluir que se
trata de uma educação que se põe em prática, como uma “educação em se fazendo
humana”. Não se resume apenas a um conjunto de retórica conceitual, balizada
por conhecimentos técnicos das declarações de direitos humanos. Trata-se de uma
educação que alça os direitos humanos como condição essencial em sua prática
social.
Portanto, só se educa em direitos humanos na prática – o
que não significa que a teoria mais sustentável dos direitos humanos não
precise ser conhecida profundamente, reconhecida como elemento de validação da
própria construção social. Ocorre, isto sim, que a prática dos direitos humanos
(como a solidariedade, a crença e a partilha democrática) será o fator de
checagem desse ideário de direitos humanos que anunciamos.
E este também é o nosso maior objetivo, quando propomos
reflexões e extensões de nós mesmos mediante uma proposição aprofundada entre
Educação, democracia e direitos humanos.
A ciência que não muda só se repete, na mesmice, na cópia, no óbvio e no mercadológico – e parece inadequado, por definição, falar-se em ciência nes
A Educação Constitucional do Prof. Vinício Carrilho Martinez
Introdução Neste texto é realizada uma leitura do livro “Educação constitucional: educação pela Constituição de 1988” de autoria do Prof. Dr. Viníci
Todos os golpes no Brasil são racistas. Sejam grandes ou pequenos, os golpes são racistas. É a nossa história, da nossa formação
Veremos de modo mais extensivo que entre a emancipação e a autonomia se apresentam realidades e conceitos – igualmente impositivos – que suportam a