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Vinício Carrilho

Educação em Direitos Humanos


Vinício Carrilho Martinez – Cientista Social - Gente de Opinião
Vinício Carrilho Martinez – Cientista Social

Em razão das quase 1100 inscrições no curso de Extensão “Educação em Direitos Humanos”[1] e dos já 1100 inscritos no nosso canal político-jurídico, acadêmico, do Youtube (A Ciência da CF88), hoje faremos um podcast especial – aqui segue um breve texto para avançarmos nessa questão.

         Em linhas gerais, seria como afirmar a necessidade de pautarmos de modo crítico e responsável a exposição, divulgação, da Ciência – especialmente as Ciências Sociais –, nesse tipo de repositório digital.

         Também seria interessante discutirmos “O que é Virtual”, em 2022 – portanto, três décadas depois que foi escrito pelo filósofo francês Pierre Lévy –, porém, para isso, precisaríamos de um evento ou de um curso inteiro.

         Uma seara ainda pouco explorada nos traria a referência de que os Direitos Humanos de quinta geração – ou fortemente vinculados ao ideal revolucionário francês da “solidariedade” – não estão prontos na imensa maioria das consciências e das mentalidades (subjetividades). Por uma razão simples: ainda temos muito que avançar nos direitos fundamentais mais essenciais, como a alimentação, a saúde e a educação pública.

Isso é compreensível, mas – sempre tem um mas – o mundo globalizado e virtualizado, assim como nós indivíduos também somos, ocupa-se cada vez mais desse incremento de substituição trazido pela exposição, modelagem e controle crescentes do assim chamado plano Virtual: a própria democracia, os direitos fundamentais, estão cada vez mais atordoados com as formas prevalecentes de uso/abusivo dos recursos tecnológicos.

         Em todo caso, esse é um capítulo dos Direitos Humanos, o outro, retomando o lema da Solidariedade Revolucionária de 1789, nos incita a pensar os Direitos Humanos como um conjunto complexo que se harmoniza numa lógica simples, mas de enorme dificuldade em sua execução. Trata-se de buscar o vínculo humanitário no contexto da “Unidade na Diversidade”.

         A primeira barreira que se agiganta no Brasil da fome e da miséria humana, por exemplo, revela que qualquer ideal deixou de ser uma bússola moral para se converter em luta contra o retrocesso moral e social.

O ideal, nesses termos, seria não mais usarmos senhas em celulares ou aplicativos – se houvesse civilização –, bem como esse mesmo ideal nos aproximaria do dia em que as cotas, as ações afirmativas, seriam desnecessárias, porque as desigualdades atuais teriam sido reconvertidas em meras diferenças. Basta-nos, então, pensar no quanto isso é ilusório, como Utopia sem lugar na realidade mais prosaica que nos enreda.

         Contudo, firmemente articulados nesse propósito de lutar pelo reconhecimento, defesa e promoção dos Direitos Humanos, no dia 28.7 já embarcaremos nessa aventura comum às voltas da nossa própria Unidade na Diversidade.


Vamos ler?


LÉVY. Pierre. As Tecnologias da Inteligência: o Futuro do Pensamento na Era da Informática. Rio de Janeiro :Editora 34, 1993.

______ Os perigos da “máquina universo”. IN : PESSIS-PASTERNAK, G. Do caos à inteligência artificial: quando os cientistas se interrogam. São Paulo : Editora da UNESP, 1993b.

______ O que é o virtual? São Paulo : Editora 34, 1996.

______ Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.



[1] Acesse por aqui e faça sua inscrição no canal: https://www.youtube.com/watch?v=qWESVtacA30

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