Segunda-feira, 28 de novembro de 2022 - 18h24
Inicio alertando para o fato de que não sou popular
Muito menos populista
Sou branco, sim
Não tenho orgulho
Nem pesar
É só a genética, que nem o sol esconde
Tive um irmão branco
Mais popular
Nada populista
Como Vinicius de Moraes
Algo assim:
" Branco de alma negra"
(Não precisaria explicar, mas vou: trata-se de uma opção social, ideológica, de identificação com os não-brancos)
No mais, com a força identitária da absolvição, bartar-me-ia dizer que sou Filho de Ogum.
Num país tropical
Miscigenado, a duras penas
Penas de punição
Penas da escravidão
Como nos escreveu Florestan:
"O negro do mundo dos brancos"
E alguém lhe disse
"Somos brancos no mundo dos negros"
Porém, há os que querem um mundo só de brancos
Uma supremacia genética, desbotada
Descolorida
Esses são populistas
Os populistas da descoloração
E são populares
Entre suas fraquejadas
Orgulhosos dos netos "mais esbranquiçados"
Eugenia importada
Para um mundo sem negros
Sem cor
Com muita dor
Sem pena
Mundo daltônico
Pior do que preto e branco
Nem é binário
É unitário
Na genética de um só
São populares
São os populistas
Dos irmãos brancos
Nesse mundo-país,
Que ainda exala
A impopular Senzala
É isso o populismo dos irmãos brancos
De alma espessa
Espessura de casca
Casta dos irmãos brancos
Castelo de areia movediça
Fosso das carnes não-brancas
Fóssil do pior
Supremacia genética da ignorância
Isso é o populismo dos irmãos brancos
Sigamos
Eu sigo aqui
Irmão, do meu irmão
Branco de alma negra
Irmão de todos que combatem as Senzalas
Irmão de todos os não-brancos
Criando quilombos
Calombos na consciência,
- dos irmãos brancos que não querem ver negros
Nós estamos te vendo
Um dia desses aí, você não passará
Vocês sairão
Populistas dos irmãos brancos
Quero ser um soco, de mão branca
Na sua consciência pálida
- por vezes, até parda
Racistas patológicos
Doentes
Vocês precisam ser cancelados
Todos vocês,
- que querem cancelar os não-brancos
Populismo dos irmãos brancos,
É o teu cercadinho de capitão
- popular entre os capatazes
Capitão do mato
-- nas ruas, estradas, cavernas, casernas
Mesmo sendo absolutamente incapazes
Incapazes de todo gênero,
-- são os populistas dos irmãos brancos
Fascistas!!
Populistas dos irmãos brancos
Populares entre o Mal
Vós que exterminais a população
Capitão do mato
Somos os Capitães da Areia
Que não é movediça
Apenas se move
- porque comove
Somos Capitães da Areia
Do Seu Jorge
De Jorge Amado
Somos amados
A ciência que não muda só se repete, na mesmice, na cópia, no óbvio e no mercadológico – e parece inadequado, por definição, falar-se em ciência nes
A Educação Constitucional do Prof. Vinício Carrilho Martinez
Introdução Neste texto é realizada uma leitura do livro “Educação constitucional: educação pela Constituição de 1988” de autoria do Prof. Dr. Viníci
Todos os golpes no Brasil são racistas. Sejam grandes ou pequenos, os golpes são racistas. É a nossa história, da nossa formação
Veremos de modo mais extensivo que entre a emancipação e a autonomia se apresentam realidades e conceitos – igualmente impositivos – que suportam a