Terça-feira, 21 de janeiro de 2025 - 13h19
DESCARTADO
Como esta coluna previu ano passado, a deputada federal Sílvia Cristina
tomou de Ivo Cassol o Diretório Regional do PP sem maiores esforços. Os
caciques nacionais da legenda perceberam que com Cassol inelegível em 2026, o
partido poderia sofrer uma debandada e perder a única parlamentar no estado.
Com ela na direção do PP há chance de emplacar uma vaga senatorial. Cassol é
carta fora do baralho em 2026, embora insistam que ele seja candidato. E mesmo
que estivesse apto a concorrer sua força não é tão vigorosa quanto vinte anos
atrás, apesar do ego ainda ser superlativo.
PTB
Há conversações em andamento visando uma revoada do União Brasil em
direção ao PTB rondoniense, inclusive com ingresso de parlamentar. Nilton
Capixaba, atual presidente da sigla trabalhista, se reúne ainda esta semana com
algumas lideranças próximas ao governador Marcos Rocha (UB) quando definirá as
filiações dos governistas insatisfeitos com o União Brasil. Não há ainda
nenhuma indicação de que o governador acompanhe seus liderados ao PTB. A
tendência é que permaneça no UB. O certo é que há um grupo no entorno do
governador atritado com Junior Gonçalves (atual presidente do UB) e em razão
disto está disposto a cair fora da legenda.
CENÁRIO
Quem deverá deixar o União Brasil é o deputado federal Fernando Máximo
que vem sendo instado por auxiliares próximos do governador a ser o candidato
deste grupo à sucessão de Marcos Rocha. Outra possibilidade é uma candidatura
ao Senado Federal. Neste caso, seguiria para o PL para compor uma chapa liderada
por Marcos Rogério. São cenários que começam a se desenhar nos bastidores de
Rondônia. Máximo hoje é de fato um forte candidato a cargo majoritário. Vai
depender das escolhas que terá que tomar.
FICA
Embora esteja sob fogo cruzado por membros do próprio governo, Junior
Gonçalves, Secretário da Casa Civil, não deverá ser defenestrado do cargo como
andam plantando por aí. A coluna apurou que a briga interna nas hostes
governamentais não é capaz de derrubar o mais articulado dos auxiliares de
Marcos Rocha, embora sejam pressões fortes para substituí-lo por Elias Rezende,
seu principal desafeto no Governo de Rondônia.
TRAMA
A substituição do secretário Junior somente ocorreria na hipótese de um
eventual problema de ordem legal que, aliás, não está, neste momento, nos
radares investigativos. O que existe de fato contra o secretário são críticas
feitas por dois deputados estaduais que almejam a liderança governamental no
Poder Legislativo, três colaboradores de Marcos Rocha insatisfeitos como a
forma centralizadora com que atua no Governo de Rondônia e a disputa por
espaços no poder de pessoas amigas do governador. A trama para derrubar o
aprendiz de coathing (Jr) não é nova. Em outras oportunidades a mesma trama foi
engendrada, ele balançou, mas não caiu.
GRAVAÇÃO
Toda carga para desgastar Junior Gonçalves esconde interesses
contrariados de ex-aliados que veem no chefe da Casa Civil um obstáculo a
projetos empresariais frustrados. Nesta relação conflituosa dizem que o
secretário teria sido gravado por um advogado conhecido nos meios sociais pela
peraltice com que cola nos poderosos. Segundo consta, não existem revelações
tão bombásticas, embora sejam capazes de causar constrangimentos nas antessalas
palacianas.
CHANTAGEM
Pelo menos uma fonte que garantiu ter ouvido o áudio, informou a este
cabeça chata que a gravação constrange, no entanto, não revela nada concreto
capaz de ligar o governo a malfeitos. O problema é que o advogado continua
ameaçando tornar público o conteúdo e fazendo novas chantagens.
SAI
Quem deverá deixar o cargo no governo é o atual Secretário de
Agricultura Luís Paulo Silva, esposo da ex-deputada federal Jaqueline Cassol.
Outra pasta que pode mudar de titular é a da Saúde, visto que há conversas
avançadas entre o governador e a família Carvalho para que Mariana, candidata
derrotada a prefeita da capital, seja indicada para o cargo. Embora ainda
esteja sendo conversada essa eventual troca, Mariana é nome certo para deputada
federal nas eleições 2026, substituindo o irmão Maurício Carvalho.
NEGOCIAÇÃO
Comenta-se nos bastidores que um grupo educacional esteja sendo
negociado para sócios ligados à política estadual. Esta negociação talvez seja
o principal fato de uma briga comercial com reflexos na política.
PACIFICAÇÃO
Por algumas oportunidades esta coluna teceu críticas à forma como a
OAB-RO se silencia com fatos políticos de relevância, evitando se confrontar
com poderosos, mas a colaboração dada pela entidade na pacificação de Porto
Velho merece nosso respeito e elogios. Para quem tem memória curta é bom
lembrar: quinze dias atrás a capital estava completamente sitiada e tomada pelo
terror das ações criminosas que atearam fogo no patrimônio público e
assassinaram um policial.
FALHA
Foram dias tensos para uma população indefesa que foi abandonada por um
chefe de Governo que optou por se refrescar nas praias nordestinas quando a
cidade e o estado pegavam fogo. A intermediação da OAB-RO foi a solução na
pacificação, uma vez que as forças de segurança falharam em não antever o
terror que se instalou na capital. Após a ação da Seccional os políticos
apareceram para cantar de galo.
INCONGRUÊNCIA
Rondônia talvez seja o estado com o número maior de policiais exercendo
cargos eletivos. Temos um governador coronel, um deputado federal coronel,
outro delegado de polícia, mais dois delegados deputados estaduais, além de um
outro oriundo da polícia penal. Sem falar no número expressivo de prefeitos das
mesmas categorias, e nem isso inibe o crime organizado de aumentar sua
influência criminosa no estado. Como diz o adágio: casa de ferreiro, espeto de
pau. Salve-se quem puder.
BARRADOS
Depois de muita polêmica em torno da decisão do STF que barrou a ida de
Jair Bolsonaro à posse de Donald Trump, nos USA, a ex-primeira-dama Michelle
Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) ficaram de fora da
Rotunda do Capitólio dos Estados Unidos, onde foi realizada a posse do
presidente americano nesta segunda-feira, 20. Os dois foram barrados em ocupar
o espaço reservado para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e tiveram que
acompanhar a cerimônia em um estádio de basquete e hóquei localizado na capital
americana.
IGNORADOS
Já os congressistas brasileiros que também foram à posse, incluídos aí o
Coronel Crisóstomo e Fernando Máximo, sequer conseguiram ingressar nas dependências
do Congresso Americano, onde a posse de Donald Trump foi realizada. Foram
ignorados pelos colegas congressistas americanos e foram obrigados a acompanhar
a posse pela televisão. Os gastos com a viagem pagos pelo erário demonstram o
caráter perdulário dessa trupe, uma vez que se era para assistir pela TV a
posse do presidente americano seria melhor pela TV brasileira, visto que a
maioria desses parlamentares não falam inglês. Alguns sequer conseguiram
acessar a área destinada aos americanos num estádio esportivo.
DESDENHANDO
No primeiro contato com a imprensa que cobre a Casa Branca, perguntado
como será a relação com o governo brasileiro e a América Latina, Trump
tripudiou ao responder de forma lacônica que os Estados Unidos não precisam dos
países latino-americanos e que são os latinos que precisam deles. Quem assistiu
à entrevista percebeu que Trump desdenhou dos países do nosso continente. Os
bolsonaristas esperavam que o presidente estadunidense aproveitasse o ensejo
para atacar o presidente brasileiro, o que não ocorreu. Por enquanto.
EXTREMISMO
No discurso Donald Trump repetiu tudo o que havia falado na eleição e
não surpreendeu ninguém que acompanha a política americana. Quem acreditava que
a divisão política entre extremos acontece apenas no Brasil, viu que na sociedade
americana este acirramento é bem maior. Os extremos ideológicos dominam
atualmente todos os continentes. Uma realidade política que infelizmente
teremos que conviver daqui para frente, com doses cavalares de intolerância.
CONCORRIDA
Foi bem concorrida a posse do Procurador Heverton Aguiar no
Ministério Público Estadual. O empossado merece todos apluasos pela bela história
profissional que construiu.
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