Quinta-feira, 17 de maio de 2012 - 06h47
O trabalho intenso realizado em várias frentes pela prefeitura de Porto Velho vem diminuindo cada vez mais a incidência de dengue na cidade. Dados divulgados nesta terça-feira (15) pelo Departamento de Vigilância Epidemiológica da secretaria municipal de Saúde (Semusa) mostram que o número de casos suspeitos atendidos nas unidades de saúde da Capital nos quatro primeiros meses de 2012 reduziu em quase 100% comparado com o mesmo período de 2011.
Conforme a diretora do Departamento de Vigilância Epidemiológica, Rute Bessa, de janeiro a abril de 2011, a Semusa registrou 238 suspeitas de dengue. Já em 2012, o número reduziu para 122, o que significa 116 casos a menos. Se comparado ao mesmo período de 2010, quando houve uma epidemia da doença em Porto Velho, a diferença é ainda maior. Naquele ano, a Semusa registrou 6.230 casos suspeitos da doença transmitida pelo mosquito aedes aegypti.
Rute Bessa atribui a redução drástica dos casos de dengue na capital rondoniense às inúmeras ações realizadas pela prefeitura, através da secretaria municipal de Saúde. Uma das principais é feita em parceria com a secretaria municipal de Educação (Semed). Nesse caso, técnicos da Semusa vão para as salas de aula trabalhar a conscientização de crianças com até dez anos de idade, capacitadas para serem agentes mirins de combate à dengue.
Depois de serem treinadas, as crianças (agora agentes mirins) levam panfletos explicativos para entregar aos pais, contendo orientações sobre como eliminar possíveis criadouros dos quintais. Levam também um questionário, onde irão marcar com “X” a existência de objetos nos quintais que de alguma forma possam acumular água e tornarem-se criadouros do mosquito, a exemplo de tampas de garrafas, pneus, cascas de ovos e vasos de plantas, dentre outros. “Esses questionários servem de parâmetros para a ação dos nossos técnicos”, afirmou Rute Bessa.
Além do esforço realizado pelos agentes mirins, a diretora da Semusa atribui a redução da dengue ao trabalho dos agentes comunitários de saúde, agentes de controle de endemias e a aplicação de inseticida (fumacê) em todos os bairros da cidade, especialmente nos que apresentam os maiores índices de casos suspeitos, nos três primeiros meses do ano. “Outro ponto importante é o preparo dos profissionais que atuam nas nossas unidades de saúde e os mutirões realizados para orientar a população e eliminar possíveis criadouros, em parceria com a Semusb”, completou.
Risco
Conforme o último índice de infestação predial, realizado em fevereiro deste ano, Porto Velho ainda apresenta alto risco de sofrer novo surto ou até epidemia da doença, como ocorreu em 2010. De acordo com Rute Bessa, o motivo é a falta de conscientização de muitos moradores, que insistem em manter os quintais sujos e caixas d’água destampadas. “Ação intensa da prefeitura impediu que a doença avançasse, mas é preciso que a população também faça a sua parte, retirando dos quintais tudo o que possa se tornar em criadouro do mosquito transmissor”, conclamou.
Fonte: Augusto José
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