Quinta-feira, 26 de dezembro de 2013 - 07h12
As festas de final de ano estão chegando e, nesta época, são comuns os fogos de artifício, buzinas e carros de som com altos volumes - além do som alto dentro das casas, apartamentos, restaurantes - tudo para celebrar a entrada do novo ano com muita alegria. Mas todo esse barulho pode prejudicar a audição, se as pessoas estiverem próximas à fonte do ruído.
“Ficar longe dos fogos de artifício, carros de som e caixas de som nas festas pode evitar que a audição sofra algum dano. Esses equipamentos têm uma potência alta, que permite ouvi-los a uma grande distância. Então, o melhor é manter-se um pouco mais afastado”, aconselha a fonoaudióloga Isabela Gomes, da Telex Soluções Auditivas.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia (SBORL), a exposição a sons intensos é a segunda causa mais comum de deficiência auditiva. O excesso de barulho, ao longo do tempo, pode levar à surdez. “A exposição de pelo menos meia hora por dia em lugares muito barulhentos – não significando somente lugares fechados, mas também nas ruas, em trios elétricos, festas e micaretas – pode contribuir para a perda auditiva gradual, pois os ruídos elevados são capazes de afetar diretamente a audição", lembra a fonoaudióloga da Telex.
Além de danos à audição, ansiedade, alterações de humor, irritabilidade e hipertensão arterial também são consequências de um longo tempo de exposição ao som alto. De acordo com a especialista, ruídos acima de 85 decibéis já são prejudiciais. Quanto mais repetitivo ou mais alto for o barulho, maior será o dano às células ciliadas da cóclea (órgão responsável pela audição sensorial).
“Um ruído próximo a 85 decibéis equivale a um grito”, compara Isabela Gomes. Ao longo do tempo, o indivíduo percebe que está perdendo a audição - e esse tempo pode ser aos 35, 40, 50 ou 60 anos, de acordo com a predisposição do indivíduo e a exposição a esses ruídos.
Em shows, boates e baladas, a música alta atinge normalmente mais de 100 decibéis, o que é muito prejudicial aos ouvidos. Segundo o England’s Royal National Institute of Deaf, três em cada quatro frequentadores assíduos de boates e danceterias estão sujeitos e desenvolver surdez precoce.
Muitas pessoas já podem ter alguma alteração na audição e não perceber de imediato o problema. Por isso, Isabela Gomes aconselha a consulta a um médico otorrinolaringologista uma vez ao ano; e nos casos de surdez genética, é essencial fazer logo o diagnóstico. “O mais importante é procurar um otorrinolaringologista para avaliar se há alguma perda ou complicação. Em muitos casos, o uso do aparelho auditivo resolve o problema”, conclui a fonoaudióloga.
Fonte: Cristina Freitas / Ex-Libris Comunicação Integrada
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