Quinta-feira, 3 de dezembro de 2020 - 09h06
O Governo do Estado de Rondônia, por meio da Agência de Vigilância em Saúde (Agevisa) alerta que a luta contra o inimigo invisível continua, a partir das diversas ações de enfrentamento contra a Covid-19, onde o Governo também conta com a conscientização de toda a população quanto às medidas adotadas para a prevenção de contágio. O mundo inteiro está lidando com uma doença altamente infecciosa causada pelo novo coronavírus. É por essa razão que os cidadãos rondonienses precisam estar atentos às formas de contágio e, claro, manter os cuidados de higienização, reforçados pelo médico infectologista Armando de Freitas Nogueira.
As evidências disponíveis atualmente apontam que o vírus pode se espalhar através do contato direto, indireto (pelas superfícies ou objetos contaminados), ou próximo a pessoas infectadas por meio de secreções como saliva e secreções respiratórias e até mesmo, de suas gotículas respiratórias, expelidas quando uma pessoa tosse, espirra, fala ou canta. É importante estar atento às pessoas que têm contato muito próximo com uma pessoa infectada. O ideal é, pelo menos, dois metros de distanciamento físico. Caso contrário, há um sério risco de a pessoa ser contaminada, através dessas gotículas infecciosas entrando na boca, nariz ou olhos.
O infectologista Dr. Armando de Freitas Nogueira ressaltou a atenção em ambientes hospitalares, quando em alguns procedimentos médicos é possível produzir gotículas muito pequenas, as chamadas aerossóis, capazes de permanecer suspensas no ar por longo períodos. “Apesar de todos os cuidados necessários e fazendo uso correto dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), ainda assim, o fato de estarmos lidando coma doença extremamente veloz, quando é realizado algum procedimento, no ambiente hospitalar com um paciente infectado, esses aerossóis podem conter o vírus causador da Covid-19. Por isso, um dos EPIs de extrema importância para os profissionais da saúde é a máscara N–95, que faz uma boa filtração do ar. E é muito importante o uso correto dos EPIs. Os visitantes não devem ser permitidos a estar em áreas onde ocorrem esses procedimentos médicos, como na Unidade Intensiva de Terapia (UTI), por exemplo”, detalhou.
Mesmo com as medidas de prevenção ao contágio, há quem demonstre resistência. É o caso do uso da máscara facial. Ainda de acordo com o infectologista, estão dispensados do uso de máscaras casos de pessoas com alguma deficiência cognitiva, como o autismo, deficiência intelectual, por exemplo, e mesmo assim mediante a um laudo médico, que pode ser obtido por meio digital, bem como no caso de crianças com menos de três anos de idade. “E sabemos da extrema importância dessa medida que ajuda na contenção da disseminação desse vírus, salvo em alguns casos, conforme citado”, observou.
CONTAMINAÇÃO POR GÁS CARBÔNICO NO USO DE MÁSCARA. MITO OU VERDADE?
“É mito, sim.” O infectologista Dr. Armando de Freitas Nogueira explica que não se trata de inalar gás carbônico, mas em casos de a máscara ficar úmida com o passar do tempo, é necessário fazer a troca do material, uma medida de higienização necessária.
“Durante a atividade física, por exemplo é obrigatório o uso da máscara, apesar do aumento da frequência, gerando consequentemente CO2, não chega ao ponto de comprometer a saúde, compreender o limite do corpo se faz necessário. Uma boa dica é seguir a orientação de um profissional de Educação Física. No dia a dia é importante estar atento às trocas das máscaras, prezando pela higienização”, concluiu.
O distanciamento social, uso da máscara facial, assim como o hábito de lavar bem as mãos e com frequência, ainda continuam sendo as principais medidas de prevenção ao contágio da doença.
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