Terça-feira, 26 de maio de 2020 - 18h53
Especialistas
a favor da quarentena procuram, desesperadamente, razões para explicar o
sucesso japonês fazendo até uma lista de razões possíveis
O
Japão se destaca no combate ao novo coronavírus pelo seu sucesso sem
quarentena. E, mais ainda, por suas características particulares. Assim foi um
dos primeiros a confirmar ter pessoas infectadas, poucos dias depois de a China
alertar sobre a doença. Também possui a maior população do mundo acima de 65
anos (28% do total), superando a Itália, que foi muito vulnerável nesta
pandemia. Também possui um alto consumo de tabaco, o que ajuda pouco no
combater doenças respiratórias, e uma grande densidade populacional, com quase
127 milhões de habitantes, território em tamanho próximo do Mato Grosso do Sul.
Mas,
até agora, o país registrou, até o último dia 25 de maio, 1.307 infectados e 45
mortos pela covid-19. Cancelou
eventos
esportivos, como a Olimpíada de 2020, e fechou rapidamente as escolas fechadas,
porém, fora isto, os japoneses continuam suas vidas de maneira mais ou menos
normal tanto que, no dia 22 de março, fizeram, como sempre haviam feito, a
tomada das ruas, milhares de pessoas, para admirar as cerejeiras em flor. Isto
até assustou um pouco as autoridades que pediram para que não saíssem de suas
casas a não ser por razões estritamente essenciais. Havia, e há, o receio de
que o vírus, silenciosamente, esteja se espalhando e, mais tarde, se tenha que
tomar medidas mais duras.
Sucesso do Japão intriga
pesquisadores pró isolamento
Contra
a corrente dominante de que a única forma de lidar com qualquer pandemia é
testar e isolar, no Japão, eles adotaram a estratégia de rastrear os
infectados. E estão indo bem em termos de identificar e isolar os grupos
doentes. De forma que conseguiram bons resultados ignorando em grande medida o
manual padrão de outras nações, como a de
impor restrições à mobilidade de residentes, e mesmo empresas que foram,
de partida, fechadas, como restaurantes e salões de beleza, lá permaneceram
abertas. Nem mesmo aplicativos de “alta tecnologia” para rastrear os movimentos
das pessoas, como foi feito, por exemplo, em São Paulo, onde o Sistema de
Monitoramento Inteligente (SIMI-SP) envia mensagens à população via celular
quando ficam em locais de “aglomeração”. Outra ressalva é que o Japão não
possui um centro de controle de doenças, nem testou tanto quanto outros países,
como a Coréia do Sul que se especializou “em testar, testar, testar”. Não o Japão, que
testou apenas 0,2% da população, uma das taxas mais baixas entre todos os países
desenvolvidos. E seu sucesso é indiscutível, pois as mortes estão bem abaixo de
mil, de longe o menor número entre países desenvolvidos do G-7. Em Tóquio, com
alta densidade populacional, os casos caíram para um dígito na maioria dos
dias. O Japão entrou no estado de emergência em apenas algumas semanas. O status
já foi suspenso na maior parte do país, e Tóquio e outras quatro regiões
restantes deixam o estado de emergência já na próxima segunda-feira.
Hábitos e distanciamento
social
Uma
das explicações para explicar o sucesso do Japão é o distanciamento social que,
mesmo antes do surto de coronavírus, é bem estabelecido na cultura. Os
japoneses são conscientes da necessidade de higiene, muito mais do que em
outros países. Além disto, muitas pessoas tem o costume de usar máscaras nas ruas por uma questão
cultural, o que diminui as chances de transmissão, bem como é normal, entre os
japoneses, um dos aspectos culturais, "evitar abraços" e outras
demonstrações que exigem proximidade física, embora estes fatores tenham tido pouco
impacto em outros países. O exemplo é o Reino Unido, onde mesmo com as pessoas
começando a se distanciar, a trabalhar em casa e a usar máscara, ainda assim os
casos continuam aumentando. Especialistas, que discordam da não adoção da
quarentena, chegaram a fazer uma lista que reúne 43 possíveis razões citadas em
reportagens da mídia, “variando de uma cultura de uso de máscaras a uma taxa de
obesidade baixa”, além da decisão “relativamente antecipada de fechar escolas”
para explicar o sucesso japonês e até chegaram a citar como motivo o fato de
que os japoneses emitiriam “menos gotículas potencialmente carregadas de vírus
ao falar em comparação com outros idiomas”.
Fonte:
Usina de Ideias.
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