Quarta-feira, 18 de novembro de 2020 - 10h10
Segundo palavras do
próprio secretário de saúde Fernando Máximo nesta semana "a situação
voltou a preocupar nossos profissionais de todas as unidades de saúde, o número
de internações aumentou, assim como a busca por atendimentos a suspeitas de
infecções pelo novo coronavírus". Mais precisamente, no início desta
semana a taxa de ocupação dos leitos de UTI ultrapassou 55% e dos leitos
clínicos chegou próximo a 50%.
A gravidade da
situação está sendo mascarada pela drástica redução da testagem, pois não se
houve mais falar em campanhas de testagem rápida, como aconteceu tempos atrás,
e há dificuldade para se conseguir um exame de PCR. Sem testes em grande escala
não há como se saber a real taxa de contaminação e nem estabelecer medidas
adequadas de controle e prevenção. O problema só não pode ser mascarado na taxa
de ocupação de leitos hospitalares e no número de mortes, que poderão subir
assustadoramente nas próximas semanas.
O secretário Máximo
admitiu em entrevista nesta segunda-feira (16) que o governo estaria preparando
uma nova estrutura para enfrentar uma provável segunda onda de ataque do
coronavírus. Convenhamos, nem deveriam ter desmobilizado a estrutura que
anteriormente foi montada, houve uma pressa injustificada e até irresponsável
que poderá causar a falta de atendimento e inúmeras mortes que poderiam ser
evitadas.
Máximo se queixou em
relação à liberalidade observada em Porto Velho desde que iniciou a fase 4 das
medidas de controle, estabelecidas pelo último Decreto governamental. Ora, o
governo ‘liberou geral’, não há campanhas intensas de conscientização e não
existe na prática qualquer fiscalização, não precisaria ser um gênio para
prever que aconteceria exatamente isto.
Na raiz do problema
do descumprimento generalizado das já poucas medidas estabelecidas pelas
autoridades rondonienses está a complacência, que beira à irresponsabilidade,
do próprio governador, que tempos atrás desautorizou publicamente um comandante
da PM que pretendia fazer uma fiscalização mais rigorosa.
Sobre o desrespeito das medidas de prevenção por parte população uma fonte do Jornal Expressão Rondônia relatou que "O governo não pode ficar achando que só a população e os empresários têm de pagar a conta, porque a responsabilidade é de todos e é preciso muitas vezes usar o poder de polícia, ainda que esse poder seja contra grupos de servidores públicos, políticos e até policiais".
* Itamar Ferreira é advogado.
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