Terça-feira, 2 de março de 2021 - 17h02
O Governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado de Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec), sob a coordenação do Corpo de Bombeiros Militar, encerrou a “Operação Restrição” no último sábado (27). Ao final desta, Porto Velho contabiliza cinco operações ocorridas desde 2020, empenhadas em atuar fortemente no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus, que totalizaram 3.073 intervenções na capital, uma média de 35 efetivos ao dia, cerca de 13 viaturas envolvidas por noite, 1.952 estabelecimentos visitados, onde 1.413 não estavam em funcionamento e obedeciam aos respectivos decretos, mas 157 acabaram notificados. Além de 69 Termos Circunstanciados de Ocorrências (TCO) aplicados, 89 estabelecimentos precisaram ser interditados, 23 grupos foram flagrados aglomerados pela fiscalização, 108 orientados a seguirem as regras básicas de saúde, entre outros.
As operações receberam nome específico referente à fase de cada decreto estadual, “Operação Fase 3”, “3ª Onda”, “Decreto”, “Consciência”, e “Restrição”. O ciclo dessas operações iniciou em dezembro de 2020, aumentando a intensidade das ações, envolvendo profissionais da inteligência, militares e civis, órgãos da Saúde e fiscalizadores municipal e estadual.
O comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar, coronel BM Gilvander Gregório de Lima, explica que dentre todas as operações a que mais surpreendeu foi a “3ª Onda”. “Esta foi uma operação pré-Natal, realmente ali a gente conseguiu fazer com que a população ficasse alerta, porque estava naquele momento acontecendo muitas aglomerações no comércio, além de festas, e vimos a importância dessa conscientização, porque se algo não tivesse sido feito naquele momento certamente teríamos o número de mortos muito maior. Foi uma operação que fizemos um esforço sobre-humano para que antes do natal reforçássemos esse alerta”, diz o comandante.
O comandante do CBM afirma ainda, que mesmo diante de resultados positivos quanto ao reforço do policiamento e a patrulha da Covid-19 nas ruas, as operações preventivas devem continuar, pois o objetivo é conscientizar as pessoas quanto ao efeito negativo causado pelas aglomerações, contribuindo com a proliferação do coronavírus, sufocando consequentemente as unidades hospitalares.
“Esse é um trabalho de cidadania a favor da vida, muitos entenderam o recado, mas outros ainda não, e a gente trabalha com estatística. A Gerência de Dados da Casa Civil trabalha em parceria, por meio de estudos, e esse monitoramento chega para a gente, os dados estatísticos são levantados e compartilhados. Além dessa quantificação de dados, temos os observatórios de Organizações não-governamentais (ONGs) externas que monitoram o isolamento social, por isso que essas operações mudam sempre de foco, melhora, amplia, começamos com um estabelecimento no foco e hoje estamos com cinco focos distintos, de combate, observações e fiscalização. E, enquanto isso não passar, vamos fiscalizar, fiscalizar e fiscalizar”, reforça o comandante.
PRÓXIMA FISCALIZAÇÃO
A mais nova fiscalização promete ser ainda mais incisiva. A 6ª edição será nomeada de “Operação Alerta”, baseada no novo decreto, de forma mais ampliada, ela passa ainda por ajustes para obedecer todas as diretrizes do decreto atual. “Vamos dobrar os meios para fazer a operações tanto de dia como também a noite, para fazer essa conscientização de uma parcela da sociedade que não acredita no coronavírus e não tem noção da realidade que acontecem nos bastidores das redes de saúde do estado e município além das unidades particulares”, afirma o coronel Gilvander Gregório de Lima.
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