Sexta-feira, 29 de maio de 2020 - 09h15
Esforços não estão sendo medidos para efetuar a manutenção de
ventiladores pulmonares em Porto Velho. Como esse equipamento é fundamental ao
atendimento de pacientes internados em UTIs dos hospitais, o Serviço Nacional
de Aprendizagem Industrial (SENAI), em parceria com a Energisa e Termonorte se
unem para promover reparos nestes aparelhos. O Centro Tecnológico de
Mecatrônica (CETEM) já recebeu os quatro primeiros respiradores para
manutenção.
O presidente da Federação das Indústrias de Rondônia (FIERO), Marcelo
Thomé afirma que a manutenção de equipamentos é um dos compromissos da
indústria no enfrentamento da pandemia. “Em todo o Brasil, o SENAI mantém uma
rede de manutenção, que somada a empresas multinacionais se engajaram na cadeia
voluntária +Manutenção para garantir o funcionamento dos respiradores”,
ressalta.
O coordenador de Soluções em Tecnologia e Inovação STI-SENAI Rondônia,
José Rafael Nascimento Lopes informa que, segundo dados da Secretaria de Estado
da Saúde (Sesau), existem mais de 200 equipamentos na rede pública e os
primeiros respiradores danificados já foram enviados para o Centro Tecnológico
de Mecatrônica (CETEM). Conforme as informações dos órgãos de saúde, cada
respirador em atividade tem a capacidade de atender e salvar 10 vidas.
De acordo com a coordenação de STI, reparos de maior complexidade, que
por ventura não sejam solucionados no CETEM, serão enviados para o Centro
Integrado de Manutenção e Tecnologia (CIMATEC) do SENAI da Bahia, ou para outra
unidade do SENAI no Brasil apta a efetuar esta manutenção e que possa atender a
demanda. A logística para envio e retorno destes equipamentos acontece graças
ao convênio efetuado com o Governo Federal, através da Força Aérea Brasileira
(FAB). A equipe de transporte do Magazine Luiza também se colocou à disposição
para realizar o transporte dos equipamentos de Rondônia para uma das unidades
habilitadas da rede SENAI no Brasil. Dentro do território de Rondônia, o
transporte ficará sob a responsabilidade da Energisa.
Para o diretor-presidente da Energisa Rondônia, André Theobald, "o
trabalho em parceria é uma das premissas do movimento Energia do Bem, que a
Energisa criou para apoiar iniciativas de combate aos efeitos da pandemia da
Covid-19. É natural que estejamos unidos com a FIERO e o SENAI, instituições
das quais já atuamos em conjunto em outras frentes, como o programa Geração
Energia, que visa a capacitação de jovens para o mercado de trabalho, e a
formação de novos eletricistas", comenta.
Com relação ao tempo de manutenção dos respiradores que necessitarão ser
deslocados, o coordenador de STI informa, que essa logística demorará de duas a
quatro semanas até o seu retorno ao Estado. “Precisamos observar os protocolos
de higiene. Uma higienização é realizada antes do equipamento sair do hospital.
Quando chega até nós, faremos outra limpeza, embalaremos e enviaremos para a
unidade designada, e o mesmo procedimento de higienização antes do seu
retorno”, explica José Rafael.
A Rede SENAI* está presente em todo o País, prestando serviços de
educação, na formação de profissionais para atuar na indústria e na área de
inovação e tecnologia, trabalhando em pesquisa avançada, garantindo e
desenvolvimento de novos produtos e soluções para as empresas. Nesses últimos
meses, o SENAI já investiu R$ 67,4 milhões em ações voltadas ao enfrentamento
do novo coronavírus, que vai desde ao conserto de respiradores mecânicos à
produção de insumos ao sistema de saúde e a seus profissionais.
*A rede SENAI é
composta por 587 unidades fixas, 457 unidades móveis – sendo 02 barcos-escola e
331 laboratórios de serviço
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