Segunda-feira, 25 de maio de 2020 - 19h45
Mesmo
sem ter declarado quarentena obrigatória nem exigido o uso de máscaras contra a
expansão do covid-19, o Uruguai conseguiu sucesso mantendo índices baixos de
casos, leitos de UTI desocupados e mortes.
O
Uruguai seguiu o caminho posto de países como Brasil e Chile, que, entre outros
países da América do Sul, possui maior número de vítimas da doença e problemas
no sistema de saúde. Os bons resultados uruguaios já levaram o presidente Luis
Lacalle Pou a anunciar, na semana passada, o retorno das aulas presenciais a
partir de junho, depois de dois meses de paralisação das escolas e
universidades. A decisão de permitir o retorno das crianças ao colégio, disse,
será dos pais ou dos seus responsáveis. Em discurso disse Lacalle Pou: "O
retorno é voluntário. Analisamos a situação com um grupo de especialistas e
vimos que o risco da volta às aulas é mínimo". O ministro da Saúde, o médico neurologista
Daniel Salinas, em entrevista à imprensa, afirmou que as medidas do governo são
tomadas a partir das orientações de um grupo de médicos de diferentes áreas,
farmacêuticos, engenheiros, matemáticos e profissionais de estatísticas, entre
outros, que avaliam os riscos de proliferação do vírus e seus impactos. Assim,
são medido o impacto e os riscos de cada passo dado, sem medidas gerais, mas,
dependendo da avaliação local, dependendo da virulência e da intensidade do
contágio do coronavírus. Até esta
segunda-feira (25), o país vizinho do Brasil, com cerca de 3,5 milhões de
habitantes e uma das maiores taxas de longevidade da América do Sul, registrava
apenas 769 casos confirmados do novo coronavírus, com 618 pessoas recuperadas
(a maioria em casa) e 22 mortos pela doença. O ministro disse que os mortos já
tinham problemas crônicos de saúde quando contraíram o vírus.
QUARENTENA FOI BREVE E
VOLUNTÁRIA
A
quarentena no Uruguai teve uma história muito breve, pois, começou no dia 13 de
março, quando o país teve quatro casos da doença. O governo implementou medidas
similares às de outros países, como a Argentina e o Peru. Fechou fronteiras,
suspendeu voos, aulas nas escolas e universidades, missas e outros cultos
religiosos e eventos como jogos de futebol e shows de rock. Também foi limitada
a duração e participação de velórios: uma hora com 15 pessoas no máximo. Porém,
no Uruguai, na contramão do que aconteceu nos vizinhos, que aplicaram
quarentena rigorosa, o comércio, de forma geral, foi liberado — excetos os
shoppings. Em abril, a construção civil voltou a funcionar, com precauções
contra o vírus. Nos lugares abertos, recomenda-se que os trabalhadores usem
máscaras e respeitem a distância social. No setor público, pessoas com problemas
de saúde e na idade de risco para a doença receberam licença para ficar em casa.
Desde o início, porém, Lacalle Pou
declarou que não estava em seus planos "limitar a liberdade" das
pessoas e que "não desaconselhava as saídas de casa", desde que cada
um adotasse medidas de precaução como o distanciamento social e o uso de
máscaras (e lá ninguém criticou o governo pesadamente, nem como no Brasil, o
presidente foi acusado de genocida ou de louco). O que aconteceu foi que, mesmo
sem obrigação, a maioria preferiu ficar em casa e muitos comerciantes optaram
por não abrir até porque as pessoas não iriam, principalmente, no início da
quarentena. Isto foi visível em Montevidéu e no interior do país e as pesquisas apontaram que mais de 90% dos uruguaios
acataram a recomendação de ficar em casa, mesmo que, para os uruguaios, "o
mais difícil" foi evitar os encontros com amigos e familiares. No início
da quarentena, 84% suspenderam visitas aos mais próximos, mas, este índice caiu
para 63%, logo depois. Todos os partidos políticos apoiaram as medidas sanitárias, apesar
das diferenças com o governo, que existem, na área econômica, e não no âmbito
da luta contra o vírus. E lá os quatro maiores jornais uruguaios uniram forças
em uma campanha de conscientização sobre o novo coronavírus. A peça, realizada
pela Presidência da República, dizia: “Juntos podemos controlar o Coronavírus”.
El Observador, El País, La República e La Diária divulgaram a mesma capa
chamando atenção para o combate ao vírus. Como se vê imprensa de qualidade é
outra coisa.
Fonte: BBC Brasil/Usina
de Ideias.
Ministério da Saúde retoma maior pesquisa sobre Covid no Brasil
A partir desta segunda-feira (11), pesquisadores a serviço do Ministério da Saúde darão início à coleta de dados para uma nova fase do maior estudo
Semusa alerta população para aumento de casos de Covid-19 em Porto Velho
Veja a reportagem:
Vacina bivalente contra a covid-19 começou a ser aplicada em Porto Velho
A Prefeitura de Porto Velho, através da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), começou hoje a vacinação bivalente contra a covid-19 em idosos acima d
Porto Velho inicia vacinação bivalente para idosos a partir de 60 anos na segunda-feira (27)
A Prefeitura de Porto Velho, através da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), inicia na segunda-feira (27) a vacinação bivalente contra a covid-19