Terça-feira, 17 de abril de 2012 - 11h07
Atenta aos dados de uma recente pesquisa sobre hábitos alimentares realizada pelo Ministério da Saúde, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) está divulgando à população de Porto Velho o programa de Obesidade, da Policlínica Oswaldo Cruz (POC). Hoje considerada uma questão de saúde pública, a obesidade pode ocasionar diversas doenças dentre elas vasculares, cardiovasculares, hipertensão, coluna e em alguns casos extremos até câncer, doenças que podem ser facilmente evitadas se combinar uma alimentação saudável, exercícios físicos e acompanhamento médico.
Divulgada na última terça-feira (10) a pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas Por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizada no ano passado pelo Ministério da Saúde em nível nacional, traz dados interessantes sobre hábitos alimentares dos portovelhenses. De acordo com a investigação, o percentual de obesos na capital passou de 12,8% em 2006, para 16,4% em 2011. Com relação ao excesso de peso, os números indicam um aumento de 41,8% para 49% no mesmo período.
Prevenção
Retomado em novembro de 2011, o Programa de Obesidade comemora resultados positivos. Segundo a diretora-executiva da Policlínica Oswaldo Cruz, Ana Maria Negreiros, o trabalho é realizado com acompanhamento de grupos de 20 pessoas. “Tivemos êxito neste último grupo, com casos comprovados de emagrecimento e consequente melhora na qualidade de vida”, ressalta a diretora.
Segundo a nutricionista do POC, Elody Lube, “o sedentarismo, a grande oferta de produtos industrializados, o aumento da depressão ou problemas emocionais, aliados ao stress e a genética são alguns dos fatores que agravam o quadro e contribuíram para o resultado da pesquisa”. Ela ressalta que hábitos culturais como o consumo de farinha nas refeições e a carência de saladas e frutas na alimentação também colaboram para a obesidade.
Tais hábitos podem ser modificados conforme as pessoas são esclarecidas, assegura a nutricionista. O Programa de Obesidade da Policlínica conta com uma equipe constituída por clínico geral, nutricionistas e psicóloga. São cerca de 250 atendimentos realizados por mês e o acompanhamento não é indicado apenas para pessoas obesas, mas se trata de uma questão de saúde. “São pessoas com diabetes, hipertensão, dislipidemia (colesterol e triglicerídios) e constipação (intestino preso) que necessitam de acompanhamento”, esclarece a nutricionista.
Benefícios
A prevenção e tratamento destas doenças são listados como os primeiros benefícios do acompanhamento, mas além destes ganhos, a alimentação correta pode proporcionar ainda mais disposição, energia e melhora na auto-estima e da imunidade.
Ao contrário do imaginário popular, a nutrição não requer grandes investimentos. “Aqui nós trabalhamos de acordo com o cliente. Primeiro na consciência, pois muitas vezes a pessoa gasta com bolachas, biscoito recheado, refrigerante e frituras, mas não compra um pé de alface”, alerta Elody.
Para os interessados no programa, a forma mais fácil de conseguir atendimento é através do encaminhamento em postos de saúde municipal. Mais informações podem ser obtidas através do telefone 3217-7960.
Fonte: Decom
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