Domingo, 10 de maio de 2020 - 08h43
AÇÕES APERTAM ISOLAMENTO E PODEM CHEGAR AO LOCKDOWN, CASO PREVENÇÃO
CONTINUE SENDO DESRESPEITADA
Números da doença
vão continuar crescendo muito em Rondônia. O pico da doença, segundo estudos
apresentados no encontro com a imprensa, do governador Marcos Rocha e prefeito
Hildon Chaves, entre outras autoridades, será entre 7 e 13 de junho. Além da
série de medidas já anunciadas, Marcos Rocha vai editar novo decreto,
provavelmente ainda no final de semana, com decisões importantes. Algumas
medidas: na primeira semana de validade do decreto, voltarão à decisão original
de permitir o funcionamento apenas dos serviços essenciais. Tudo o demais
fecha. Reuniões com mais de cinco pessoas também estarão proibidas. Durante 14
dias será feita avaliação. Se os números baixarem; se o total de leitos
ocupados diminuírem, pode se repensar o isolamento e voltar a algumas
flexibilizações. O acompanhamento dos casos será diário, mas o próximo passo,
já na terceira semana (sempre partindo do princípio que o número de casos e
óbitos caiam), haverá uma nova tentativa de começar a reabertura do comércio e
dos serviços lentamente, de forma seletiva. Na quarta semana, ou seja, mais
para o final de junho, poderá haver maior abertura para a volta às atividades,
mas sempre dependendo da evolução ou da involução da doença. Num cenário
pessimista, não haverá saída a não ser a decretação do Lockdown, embora nem o
Governador do Estado e nem o Prefeito da Capital tenham falado claramente sobre
isso, no encontro de sexta.
A continuar o risco
de colapso no sistema de saúde do Estado, pela evolução rápida no número de
contaminados e de mortes, não haverá outra saída, a não ser radicalizar o
isolamento. Há setores da saúde pública que acham que a proposta deveria
começar a ser pensada de imediato, mas não há consenso. Antes disso, tanto o
Governo quanto a Prefeitura da Capital querem fazer novas tentativas, tentando
mobilizar e conscientizar os rondonienses a aderirem, em massa, aos programas
de cuidados para que a doença não chegue num estágio incontrolável. Se vier o
Lockdown, caso grande parte da população continue descumprindo as orientações e
cuidados das autoridades, vai ser extremamente ruim e pode causar um enorme
dano à economia, com quebradeira geral de empresas e enorme desemprego. O que
é, afinal, o Lockdown? É uma expressão em inglês que, na tradução literal,
significa confinamento ou fechamento total. Ela vem sendo usada desde o agravamento
da pandemia da Covid-19. Embora não tenha uma definição única, o Lockdown é, na
prática, a medida mais radical imposta para o distanciamento social. É uma
espécie de bloqueio total em que as pessoas devem, de modo geral, ficar em
casa. Sair, só com autorização especial. Por enquanto, o Lockdown não é citado
como prioridade. Mas pode ser a única saída, em caso da população continuar
ignorando o perigo.
ROCHA: “PRECISAMOS CUIDAR UNS DOS OUTROS”!
Não tem fundamento, segundo ele mesmo afirmou, que o governador Marcos
Rocha esteja cumprindo quarenta, por suspeita de corona vírus. Ele negou o
episódio, embora tenha confirmado que uma pessoa da sua equipe esteja com
suspeita da doença. Criticou duramente o que chamou de Fake News e que acabaram
prejudicando o acordo com o Prontocordis. Ironizou, parabenizando os que
divulgaram tais informações falsas, segundo ele, embora não tenha citado nomes
e tenha destacado que “não são todos” os que criara tal problema. Lamentou
ainda a falta de respeito entre as pessoas e alertou que só com a ajuda da
população, principalmente Porto Velho e Ariquemes, que citou
nominalmente, a crise poderá ser superada. Mas se não houver esse apoio, falou
que não haverá outra saída a não ser apertar o isolamento social, embora tenha
negado que o Lockdown esteja nos planos, ao menos por enquanto.
Reafirmou: se a população não ajudar, “a gente terá que fechar, para salvar
vidas!”. E destacou: “precisamos cuidar uns dos outros, para evitar o caos”!.
NAS RUAS, PARECE QUE TUDO ESTÁ NORMAL
O crescimento do número de afetados pelo corona vírus tem sido
assustador. Mais de 500 casos numa só semana. Em média, uma morte por dia
durante todos os dias desde o início de abril, até essa primeira semana de
maio. Em 7 de abril, tínhamos 23 casos e uma morte. No dia 8 de maio, 1.222
casos e 37 mortes. Hospitais lotados. UTIs com cada vez mais doentes. Além de
20 covas extras que já foram usadas para enterrar mortos pela doença, mais 35
novas foram abertas só nessa semana, no Cemitério Santo Antônio, porque a
previsão é de que haverá muito mais óbitos. Mesmo com tudo isso, as ruas estão
tomadas por carros; gente andando para lá e para cá, muitas sem qualquer
proteção. Idosos caminhando pela cidade sem os cuidados necessários, dão
uma fotografia de uma vida que parece estar normal e que a Covid 19 só acontece
com os outros. Isso sem contar o sem número de Coronafest, algumas delas tendo
que serem interrompidas pela polícia. Desse jeito, estamos todos ferrados!
MAIS LEITOS, MAIS UTIS PARA A GUERRA AO VÍRUS
É outro o discurso! Governo e Prefeitura, depois de um início de ações
isoladas, estão agora trabalhando juntos, com objetivos comuns, falando a mesma
linguagem, na batalha contra o corona vírus. Agora, não faltam elogios do
governador Marcos Rocha a Hildon Chaves, que responde no mesmo tom, sobre a
forma como as duas esferas de poder estão trabalhando juntos. Na guerra ao
corona, o governo, depois de comprar a Maternidade Regina Pacis e alugar 20 leitos
nas Irmãs Marcelinas, oficializou negociação com o Hospital Samar, com 50
leitos clínicos e 15 de UTI locados por 90 dias, por um preço aproximado de 10
milhões de reais. Outros leitos em hospitais ainda poderão ser locados. O
prefeito Hildon Chaves também deu uma boa notícia: a Prefeitura negocia também
a locação de um hospital com mais 50 leitos. As negociações com o Prontocordis
esfriaram, mas a Sesau ainda não as deu por encerradas. Nos próximos dias,
novas ações nesse sentido poderão ser anunciadas, tanto pelo Estado quanto pelo
município. Juntos.
EYDER, O PRIMEIRO DEPUTADO CONTAMINADO
Foi um susto, mas houve reação imediata. A informação, divulgada por ele
mesmo num vídeo, de que o deputado estadual Eyder Brasil, líder do governo na
Assembleia, foi acometido pela Covid 19, deixou preocupados servidores e
parlamentares que tiveram contato com ele nos últimos dias. Nota oficial
assinada pelo presidente Laerte Gomes, contudo, anuciou uma série de medidas,
ampliando a segurança para toda a estrutura do parlamento. Foi decretada a
quarentena para todos deputados e servidores que tiveram contato próximo com
Eyder, recentemente e várias outras medidas de segurança, como a limpeza
minuciosa do prédio da Assembleia e desinfecção de todos os andares. Laerte
destacou ainda que todas as medidas de proteção, determinadas pelos órgãos de
saúde, estão sendo seguidas completamente. Desde o início da pandemia, por
exemplo, todos os servidores que fazem parte dos grupos de risco, estão
trabalhando em casa.
A INTENÇÃO É BOA, MAS ESTAMOS NO BRASIL...
Fosse num país sério, onde as leis seriam aplicadas com igualdade a
todos, proposta do senador Confúcio Moura, impondo penas maiores para um tipo
específico de criminosos , seria excepcional, para ampliar ainda mais a punição
aos que se aproveitam dessa época de pandemia, para enganar, conseguindo
benefícios ilegais, aproveitando-se do que as leis feitas para proteger parte
da população para darem seus golpes. Ele propõe que sejam aumentadas as penas
de crimes de pessoas que obtiveram vantagens e benefícios concedidos durante a
crise da Covid 19. Citou o exemplo de um preso gaúcho que apresentou atestado
falso de que tinha diabetes e com isso conseguiu ser solto. Mas estamos no
Brasil, aquele país que comemora a impunidade, onde um ministro do STF manda
soltar traficante preso com 400 quilos de cocaína, por firulas jurídicas e onde
meio milhão de condenados continua nas ruas. A intenção de Confúcio é das
melhores. Claro que o ideal seria que a proposta fosse ampliada para médicos
que dão atestados falsos; para gestores que compram respiradores e equipamentos
de proteção individual com supersuperfaturamento. Mas já é um começo. Outro
problema: onde arrumar cadeia para tantos canalhas que usam de ilegalidades
durante a pandemia do corona vírus?
REGINA PACIS: MAIS DE 1 MILHÃO NA REFORMA
Ainda sobre a compra do Regina Pacis pelo Governo, vale a pena algumas
informações adicionais. Como a de que há sim, no local, estacionamento, que
pode abrigar ate 50 veículos. A área é localizada do outro lado da rua da
frente do prédio, na rua Joaquim Nabuco. Nesse terreno vai funcionar também o
setor administrativo do hospital. O prédio tem saída para três ruas: Joaquim
Nabuco, Quintino Bocaiúva e Pinheiro Machado. Quando a maternidade estava em
funcionamento as ambulâncias paravam pela Joaquim Nabuco, mas agora, depois da
reforma, vão parar na Quintino Bocaiúva, em área coberta, em acordo com
regra da Anvisa. O hospital está sendo totalmente reformado. O governo vai
levar duas usinas de oxigênio que podem gerar uma economia de 100 mil reais por
mês, a depender do consumo. Levará um prédio adequado com sistema de combate e
prevenção de incêndio e com rede de gases medicinais em todas enfermarias. Dos
12 milhões que está recebendo, a atual direção da Maternidade terá que investir
pelo menos 1 milhão na reforma, mas o valor pode ser ainda maior .O compromisso
é entregar tudo até 31 deste mês de maio, para começar a atender imediatamente
os doentes da Covid 19.. Serão, inicialmente, 80 apartamentos, mas poderão
chegar até 152, numa necessidade maior.
MOSQUINI VOLTA A DEFENDER A REGULARIZAÇÃO
Há um risco concreto de que mais de 2 milhões de pessoas, que vivem em
cerca de 2.300 assentamentos na Amazônia, além de perto de 100 mil pequenos
proprietários rurais de Rondônia, que não possuem títulos de propriedade dos
seus lotes, onde alguns vivem e sobrevivem há mais de 20 anos, outros há muito
mais tempo, serão muito prejudicados, caso não seja votado, até o dia 19
próximo, a MP 910, que trata da regularização fundiária no país. Relator da MP
e um dos seus maiores defensores, o deputado federal Lúcio Mosquini, líder da
bancada federal no Congresso, diz que “a regularização fundiária será a
grande mola propulsora que nossa economia, fundamental para superar a
crise da Covid-19. Ela trará dignidade para mais de 1milhão e 200 mil pequenas
propriedades rurais em todo o país”. Mosquini, que também é presidente da
Frente Parlamentar em Defesa da Regularização Fundiária, diz que “essa é
a solução. Não temos outro caminho. O homem do campo, sem título definitivo de
sua propriedade, vira alvo de invasões; se sente livre das obrigações
pertinentes ao Código Florestal Brasileiro e vive privado de receber programas
para fortalecimento da agricultura promovidos pelo governo.”. Até agora o
presidente da Câmara, Rodrigo Maia, não colocou o projeto da MP na pauta.
PERGUNTINHA
A continuar nesse ritmo de contágio e mortes, você acha que acabaremos
chegando a Lockdown em Porto Velho e outras cidades de Rondônia, pela falta de
participação da população nos cuidados com o corona vírus?
O genial Chico Buarque de Holanda, um talento e milionário franco/brasileiro comunista, porque defende Cuba e os regimes totalitários, mas mora em
Os números, claro, são aproximados e só envolvem valores pagos pelos cofres públicos ao funcionalismo estadual e municipal. Caso se coloq
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