Sexta-feira, 9 de novembro de 2018 - 06h00
O
governador Marcos Rocha finalmente anunciou seus representantes, que começaram
a trabalhar nesta quinta, em parceria com a equipe de Daniel Pereira, para
preparar a futuro administração do Estado. O destaque são cinco mulheres
designadas, uma boa participação feminina, o que demonstra a preocupação do
Coronel em valorizá-las. A grande
maioria dos nomes, contudo, é desconhecida dos rondonienses, mas há alguns que
se destacam, como o jovem empresário Júnior Gonçalves, o competente médico
Fernando Máximo, um dos maiores cirurgiões do Estado; o professor Suammy
Vivecananda; o advogado Richard Campanari (nome que a coluna publicou
erroneamente ontem e que agora corrige); a advogada Erika Gerhardt; o coronel
da PM Delner Freire; o delegado da Polícia Civil, Hélio Gomes Ferreira, entre
vários outros. A relação tem pelo menos uma dezena entre agentes penitenciários,
policiais civis, bombeiros e policiais militares. Gente que trabalhou com
Marcos Rocha quando ele foi secretário da Sejus, também foi convocada. Há
também gente (do interior) escolhida que
precisa ser melhor avaliada, até pelos vários processos judiciais que responde.
Basta acessar pelo nome, para se saber os detalhes. E é bom que Rocha faça isso
logo, já que garantiu que sua equipe não teria qualquer nome sob suspeita. Dessa
relação, aliás, podem sair nomes que vão compor o futuro secretariado. Vamos
ver agora o resultado do trabalho desse grupo, escolhido a dedo pelo novo
governante rondoniense, que assume em janeiro.
Enquanto
isso, o governador eleito está isolado,
blindado, praticamente escondido. É assim que ele está trabalhando, enquanto se
reúne com uma pequena equipe, começando pelo que já fez: a montagem do seu time
para a transição. Agora, passa a tratar da escolha de seu secretariado e,
ainda, preparar os primeiros atos da sua futura administração. O Coronel,
eleito dia 28 com mais de meio milhão de votos, uma votação recorde em
Rondônia, não pode errar. Por isso, tem se concentrado na preparação do seu
governo, que começa no primeiro dia do ano que vem. Evitando qualquer
declaração à imprensa e tratando dos assuntos da sua pauta com absoluto sigilo
(os que foram convidados, tendo aceitado ou não a missão, deram suas palavras
de que não comentarão nada), Marcos Rocha quer paz e tranquilidade para tomas suas
decisões. Além disso, o isolamento traz outro benefício: ele escapa dos
sanguessugas que querem assediá-lo em busca de cargos no novo governo. O que se
ouve é que Rocha vai mudar tudo, radicalmente, na sua administração, renovando
todos os ocupantes dos cargos em comissão. Afora isso, quase nada mais se sabe,
até porque, depois dos primeiros dias em que concedeu várias entrevistas, ele
passou a ignorar a imprensa.
ECONOMIA DE 20 MILHÕES EM DOIS ANOS
Operação
policial realizada na Semtran, em busca de documentos, não ficou muito clara. A
investigação é sobre contratos da empresa que presta serviços ao município na
sinalização do trânsito. Qual o problema? Simples. Até 2016, o contrato era
milionário. Por exemplo: em 2015 o município pagou mais e 9 milhões 536 mil reais, num contrato que teve deságio
de apenas 2,02 por cento. Já em 2016, o mesmo contrato, pelos mesmos serviços,
teve pagos, pela administração da época (Mauro Nazif), mais 9 milhões por parte
do município e ainda cerca de 5 milhões de reais de recursos do Detran,
totalizando 14 milhões num só ano. Somando-se 2015 e 2016 e apenas no contrato
com a Imagem e Som, a Prefeitura de
Porto Velho pagou mais de 23 milhões de reais. Nunca, em todo o período de
duração desse contrato, na administração passada, houve qualquer ação policial na
Semtran, contestando essa fortuna. Assumiu o novo governo de Hildon Chaves. Em
2017, o mesmíssimo contrato com a mesma empresa, teve gastos de apenas 2
milhões e 31 mil reais. Neste ano, até agora, os pagamentos (mesmo contrato,
mesma empresa) custaram menos ainda: 1 milhão e 305 mil reais. Ou seja, nos
dois anos do atual governo municipal, para o mesmo prestador de serviços, para
o mesmo contrato, foram pagos 20 milhões de reais a menos. Mas a operação
policial foi feita na Semtran só agora. Para quem é leigo, fica a dúvida: por
que só agora, quando o dinheiro pago hoje é muito menos? Ou será que os
levantamentos vão servir para comparar os dois períodos? Vinte milhões de reais
é uma diferença inacreditável. Não seria lógico a população saber exatamente que
operação policial é essa e qual sua intenção? Porque até agora, quem tem os
números comparativos, não entendeu nada.
CASO SEDAM AINDA VAI LONGE
Em
2017, o coronel Vilson Sales, então superintendente da Sedam, denunciou uma
serie de irregularidades. Nada aconteceu. Os problemas continuaram, até que
explodiu a Operação Pau Oco, que recém está levantando as primeiras e incríveis
provas de que há algo de muito podre no Reino da Dinamarca/Sedam. O caso não
envolve apenas suspeitas de se impor tantas dificuldades para vender
facilidades, mas até sobre diárias e viagens, que teriam beneficiado apenas um
pequeno grupo dentro da Secretaria, não por coincidência, vários daqueles que
foram presos ou afastados temporariamente do serviço público, por decisão
judicial. A verdade verdadeira é que as
denúncias e suspeitas de que havia algo de muito errado pelos lados da Sedam
não são coisa nova. Pelo contrário. Cabe agora às investigações separar o joio
do trigo, ou seja, os culpados dos inocentes e denunciar quem merece ser preso,
além de devolver o que não merecia ter ganho. Não há necessidade de exageros
nem caça às bruxas: uma boa investigação vai descobrir toda a podridão embaixo
do tapete, até porque boa parte dela já era de conhecimento de muita gente.
Espera-se que a polícia divulgue tudo o que descobrir, porque a população
merece saber.
PRESO DENTRO DO AVIÃO
Por
falar em Sedam, quem chegava a Porto Velho no voo da Azul, pela manhã, acabou
levando um susto. A aeronave aterrissou e chegou ao local do desembarque, mas
os passageiros foram proibidos de descer. As portas ficaram fechadas até que
entrou um grupo de oito policiais. Eles foram andando pelo corredor central,
olhando assento por assento, como se estivessem procurando por alguém. Os
passageiros começaram a se preocupar, até que os agentes da lei chegaram ao
local onde estava sentado o engenheiro florestal Flávio Augusto Tielleti, não
só um alto funcionário da Secretaria de Desenvolvimento Ambiental, como também
muito próximo ao governo do Estado. Um dos policiais, então, deu voz de prisão
a Flávio Augusto. A cena, que poderia muito bem ter sido dispensada pelo
aparato e até pelo susto aos passageiros, já que a prisão poderia ter sido
cumprida, por exemplo, na sala de desembarque, foi mais uma ação da Operação
Pau Oco, que pretende desvendar um
grande esquema criminoso na Sedam. Até ontem à tarde não havia sido divulgado,
ainda, os motivos para a detenção do engenheiro dentro de uma aeronave.
RONDÔNIA DÁ OUTRO EXEMPLO AO PAÍS
O
Tesouro Nacional divulga relatório em que pelo menos 16 estados e o Distrito
Federal não cumprem a Lei de Responsabilidade, gastando com pessoal acima dos
60 por cento permitidos por lei. Adivinhem qual é um dos três estados onde esse
risco de insolvência, por dívidas, gastança exagerada e descontrole financeiro
não existe? Isso mesmo: Rondônia. Aqui, além de estamos no azul, com contas e
salários do funcionalismo em dia, apenas 55 por cento da arrecadação é
utilizada para pagamento dos servidores. O Espírito Santo e São Paulo são os
outros dois estados nessa situação saudável, enquanto o restante ou extrapolou
há muito a Lei de Responsabilidade Fiscal ou está muito perto de fazê-lo. O ex secretário
da Fazenda do Estado, Wagner Garcia de Freiras, foi um dos que comemorou o
feito. O governador Daniel Pereira também utilizou as redes sociais para
compartilhar a notícia nacional que dá destaque à economia de Rondônia. Eles
estão certos. Num contexto em que a grande maioria dos Estados ou já quebrou ou
está a caminho do abismo, ainda somos um exemplo de controle de gastos e de
respeito à legislação. O Estado que mais superou os limites da LRF, foi o Rio
Grande do Norte, que gastou 86 por cento do que arrecada com seu pessoal. Rio,
Minas, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e outros estados estão quebrados, investindo
um percentual exagerado em pagamento de servidores e sem dinheiro algum para
investir ou pagar dívidas. Nesse quesito, também somos exemplo ao Brasil. Temos
o que comemorar, pois!
O NATAL E OS CORRUPTOS BRASILEIROS
O
Natal está chegando e as previsões do varejo são otimistas. As vendas podem
injetar na economia nacional algo em torno de 53 bilhões e meio de reais, dando
um alento ao comércio, que ainda está patinando com a crise e com a voracidade
tributária dos governos. Uma ótima notícia. Mas também deixa um gosto de amargo
na boca ao se saber que, apenas um Rio de Janeiro, um grupo de corruptos, entre
eles pelo menos dez deputados estaduais, mas também secretários e até o diretor
do Detran, receberam de propinas e outros recursos ilegais, via Mensalinho, nos
últimos tempos, exatos 54 milhões de reais, ou seja, colocou-se no bolso de
meia dúzia de corruptos, 1 por cento de todo o dinheiro que todo o comércio
brasileiro prevê vender na melhor época do ano, para seus negócios. Daí a gente
começa a somar: 1 por cento no Rio de Janeiro; 1 por cento aqui; outros 2 por
cento ali e, de repente, em alguns poucos meses, esvai-se com a corrupção um
valor equivalente aos 54 bi que vamos colocar na economia nacional, durante as
últimas semanas de dezembro próximo. Se não acabar ou ao menos reduzir
drasticamente a corrupção, é a única saída que temos para que ressurja a
esperança de que podemos reconstruir nosso país, destruído por tantos
criminosos.
LADRÕES SE ADONAM DA CIDADE
A
jovem sai correndo de casa. Está atrasada para pegar o ônibus, na zona leste da
Capital. Liga para sua amiga, avisando que está chegando na parada. Recém está
amanhecendo. Ao lado dela, para uma moto. O caroneiro aponta uma arma e exige o
celular. Ela recém o comprou e ainda tem várias prestações a pagar. Entrega o
aparelho, senta na calçada e começa a chorar. Não há ninguém para ajuda-la. Poucas
horas depois, em pleno centro da cidade e na luz do dia, em torno das quatro9
da tarde, um homem caminha pela rua Marechal Deodoro, próximo ao hospital 9 de
Julho. Está falando ao celular com um cliente. Um homem negro, magro, chega de
bicicleta e ameaça atirar, caso a vítima não entrega o aparelho, também recém
comprado. Não há a quem pedir socorro, porque não se vê polícia nas ruas. Esses
dois casos, reais, aconteceram na última quarta-feira, em Porto Velho São apenas dois exemplos das dezenas,
senão centenas de roubos de aparelhos celular a qualquer hora do dia ou da
noite, numa cidade despoliciada. Até quando vamos suportar essa vergonhosa
situação em que uma pessoa não pode andar pelas ruas sem ser roubada por
meliantes que andam pela cidade3 como se fossem os donos dela? A resposta,
infelizmente, deixa a todos desesperançados.
PERGUNTINHA
Você
é contra ou a favor da decisão do presidente eleito Jair Bolsonaro de acabar
com o Ministério do Trabalho, colocando-o como um apêndice de outras áreas, até
pela alegação de que MT é um anto de corrupção?
O genial Chico Buarque de Holanda, um talento e milionário franco/brasileiro comunista, porque defende Cuba e os regimes totalitários, mas mora em
Os números, claro, são aproximados e só envolvem valores pagos pelos cofres públicos ao funcionalismo estadual e municipal. Caso se coloq
Feriados, um atrás do outro: alguns poucos festejam e usufruem, mas a maioria apenas paga a conta
São 14 feriados nacionais. São inúmeros estaduais, mas tem também os municipais. Somando todos, se não somos os campeões, estamos no pódio entre o
As autoridades de segurança de Rondônia comemoram uma queda histórica nos índices de criminalidade, neste 2024. Crimes como furtos (meno