Quinta-feira, 18 de março de 2021 - 06h02
AS NOTÍCIAS SÓ
PIORAM: EM DOIS MESES E MEIO, TIVEMOS QUASE TANTAS MORTES POR COVID DO QUE TODO
O ANO PASSADO
No dia 17 de março do ano
passado, o secretário de saúde do Estado, Fernando Máximo, dizia que eram Fake
News, as afirmações de que havia algum caso confirmado de contágio por
Coronavírus. tanto em Porto Velho quanto nas demais cidades do Estado. De lá
até 1ª de janeiro deste ano, a primeira onda da doença atacou num crescendo,
até lamentarmos a morte de nada menos 1.822 rondonienses, dos quais 940 (ou
51,6 por cento) de moradores de Porto Velho. Havia uma pequena esperança de que
a doença começasse a regredir. Para desespero geral, ao contrário, ele se
renovou e veio em ondas destruidoras. Neste 17 de março, a terça desta semana,
além de quase dois mil novos contaminados, tivemos nada menos do que outras 49
vidas que se foram em apenas 48 horas. Da sexta-feira que abriu o ano novo até
a terça, agora, saltamos de 1.822 para 3.464 óbitos. Isso significa que
perdemos, em apenas 76 dias de 2021, um número muito próximo de todos os óbitos
registrados durante o ano passado, desde maio, quando houve a primeira morte,
até o último dia de 2020. Nestes poucos dias deste 2021, já se foram 1.642
vidas. Perdemos mais de 21 vidas por dia, perto de uma a 70 minutos. Enquanto
os hospitais estão superlotados – na maioria das cidades – e as UTIs não só públicas,
mas também as de hospitais privados, não têm como receber nenhum doente,
saltamos de 286 internados em 1º de janeiro, para mais de 830 agora.
Poderiam ainda aparecer notícias piores? Infelizmente sim. As aglomerações continuam; a falta de cuidados e proteção tanto individuais quanto de grupos ainda são imensamente falhas e muita gente, mesmo com todas as provas e todas as mortes, ainda acha que o vírus não as atingirá. Não importa quanto dinheiro se tenha, mesmo que seja uma fortuna, ela não poderá pagar vagas em UTIs que não existem. Isso vale para Rondônia, mas vale também para todo o Brasil. A única solução, um rasgo de esperança, é a vacinação em massa. Ela está, contudo, longe demais para chegar a um grande número de brasileiros. Vacinamos cerca de 10 milhões e 300 mil pessoas, num país de 120 milhões de habitantes. Em Rondônia, a vacina já chegou a perto de 60 mil pessoas apenas, num universo de 1 milhão e 700 mil almas. Não há mais saída a curto prazo. Agora é só rezar e torcer para que a sorte ajude e a vacina seja mais rápida do que o vírus. Até agora, o jogo está 1000 a 1 para o Corona. Lamentavelmente.
ENFIM, MAIS CORONAVAC DO QUE SE
ESPERAVA: 25.200 DOSES
Felizmente, a previsão foi errada! O cálculo era de que, na nova remessa de vacinas desta quarta-feira, num pacote de dois milhões de doses, Rondônia não receberia mais que 10 mil, a continuar a mesma forma dos lotes anteriores enviados ao Estado. Surpresa! O Ministério da Saúde, desta vez, nos deu uma atenção especial, enviando nada menos do que 25.200 novas doses de Coronavac. Isso será útil para imunizar pelo menos 12.600 rondonienses com as duas doses da vacina chinesa. Aliás, até agora, aproximadamente 453 mil rondonienses já fizeram o teste rápido para a Covid. Isso representa 26,5 por cento de todos os nossos 1 milhão e 700 mil habitantes, aproximadamente. Pena que vacinamos, pelos números divulgados até ontem, menos de 59 mil pessoas, ou seja, apenas 3,4 por cento dos rondonienses. Pouco mais de 20 mil já receberam as duas doses. E, por enquanto, apenas para o pessoal da saúde, idosos acima de 80 anos e indígenas. Com o novo lote, o Estado poderá concluir a imunização desses grupos de risco e começar a vacinar idosos de 75 anos para cima, que não foram atendidos. Para os demais, ainda estamos longe de pensar em vacinação.
SOBRINHO E EX
DEPUTADO DO PT CONDENADOS NO CASO EMDUR
Absolvido em vários processos, desta vez o ex-prefeito Roberto Sobrinho foi condenado, em primeira instância, já que há recursos, em denúncias feitas pelo MP, de importantes irregularidades na Emdur, durante sua gestão. O juízo da 3ª Vara Criminal de Porto Velho condenou Sobrinho, e dirigentes da Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano (Emdur), por uma série de irregularidades. O ex-prefeito recebeu uma pena de cinco anos de detenção pelos crimes de responsabilidade e falsidade ideológica, para cumprimento em regime semiaberto, além de pagamento de multa. Condenados também foram o ex-presidente da Emdur, Mário Sérgio Leiras (5 anos e seis meses no regime fechado); Sérgio Luiz Pacífico (3 anos e dez meses); Walter Fernandes Ferreira (2 anos), Edézio Martelli (ex-deputado estadual, 2 anos e 4 meses), Maurício Fontanive (2 anos e 4 meses) e Elder Carlos Martelli (2 anos e 4 meses). A condenação foi consequência da Operação Luminus que denunciou um esquema envolvendo ex-gestores e servidores da Emdur e empresários, por crimes de fraudes em licitações. No processo, três servidoras foram inocentadas. A todas as condenações, cabe ainda amplo recurso.
ESCOLHA DO NOVO
PROCURADOR É TEMA QUENTE NOS BASTIDORES
Ainda repercute a nomeação do novo procurador geral do Estado, pelo governador Marcos Rocha. Seria um ato comum, a se ler entre os atos oficiais, caso o escolhido, Ivanildo de Oliveira (que já havia ocupado o cargo por dois anos, durante a gestão de Ivo Cassol), não tivesse sido o segundo colocado na listra tríplice, votada por 163 membros do MP rondoniense. O primeiro colocado, o atual Procurador, Aluildo Leite, foi preterido, num acontecimento raro neste contexto. Como esse tipo de assunto não se trata publicamente, o que há é uma série de conversas de bastidores, transformando o episódio no mais comentado nos meios políticos e jurídicos dos últimos dias, claro que não em nível público. Uma das questões que tem se ouvido bastante e há base real para considerá-la possível (embora nenhuma confirmação concreta) é de que o MP rondoniense está muito dividido. Mas, mesmo assim, não há como se ter certeza de nada. O que se pode dizer que não é comum a escolha do segundo e não do primeiro. Bolsonaro, aliás, já tinha feito algo semelhante, na escolha do novo Procurador Augusto Aras, quando ignorou a lista tríplice apresentada pelo MPF.
TROCA DE MINISTRO É
SEIS POR MEIA DÚZIA, NA SAÚDE BRASILEIRA
Seis por meia dúzia? A chegada do ministro Marcelo Queiroga à Saúde vai resolver a grave crise da Covid 19? O Presidente da República, embora tenha também muitos erros, enfrenta uma oposição feroz e radical, que não se preocupa na busca de alternativas viáveis para combater a doença, mas sim colocá-lo como responsável pelas mortes de milhares de brasileiros. Nada de tratamento precoce, nem de medicamentos que possam aliviar a carga de vírus! Nenhuma iniciativa do governo é bem-vinda, para a grande mídia e para a oposição, que quer ganhar o poder na marra, sem passar pelas urnas. Portanto, a única saída de Bolsonaro é conseguir, urgente, milhões e milhões de vacinas. Isso se o projeto também não for boicotado ou, se conseguir, a mídia que nada tem de jornalismo verdade, impute o benefício a todos, menos ao Chefe do Governo. Não importa quantos brasileiros morram. O que importa é a tomada do poder. De preferência antes que as urnas possam dizer o que o Brasil quer realmente, no ano que vem. E é isso que está sendo preparado, com o vírus como pano de fundo!
UM ANO DEPOIS, OS
NÚMEROS DA COVID SÃO SUPERLATIVOS
Mais um vídeo postado na madrugada desta quarta, 17 de março, pelo secretário Fernando Máximo, da Sesau, prevê que, na atual situação, com o número de infectados chegando a quase 2 mil num só dia; com 54 dias de UTIs completamente lotadas; com mais de 830 pacientes internados e o número de mortes aumentando cada vez mais, nos próximos dias a situação será bem pior. Como mostrou o site Rondônia Dinâmica, exatamente no 17 de março do ano passado, Máximo ia às redes sociais para negar qualquer caso de Covid em Porto Velho ou no Estado, mas apenas 27 suspeitas. Hoje, caminhamos para 170 mil casos confirmados e em direção a 3.500 óbitos. Naquela terça-feira do primeiro vídeo, o Fernando Máximo parecia dez anos mais jovem do que o mesmo personagem do vídeo desta terça, 365 dias depois. Na última divulgação, o secretário lamentou quase dois mil casos novos num só dia e afirmou que pelo menos 100 destas pessoas irão para as UTIs, mas, pior de tudo, pelo menos 40 estarão mortas em 25 dias.
CAMPANHA: JUSTIÇA
ELEITORAL APROVA CONTAS DE HILDON
Foi só um susto. Poucos dias depois de ter considerado reprovadas as contas de campanha do prefeito Hildon Chaves, o juiz Johnny Gustavo Clemes, acatou recurso da defesa do Prefeito reeleito e garantiu a aprovação das contas de campanha, inclusive depois de ouvir opinião favorável a essa decisão, do Ministério Público Eleitoral. O advogado Bruno Valverde atuou na defesa do Prefeito e garantiu, com seus argumentos e provas, que o caso fosse encerrado. A promotora Tânia Santiago opinou pelo deferimento dos embargos de declaração, com efeito infringente, modificando a decisão anterior do Juízo Eleitoral. No entendimento do magistrado, convencido pelos argumentos técnicos levados aos autos, o comitê financeiro do candidato não cometeu irregularidades porque sanou a dúvida sobre o repasse irregular de recursos, comprovado pela devolução em tempo hábil e apresentou provas do pagamento de despesas com pessoal.
MAIS UMA OPERAÇÃO SECA GELO NO CASO DOS DIAMANTES
Semana de novas ações e prisões feitas pela Polícia Federal, tanto em Rondônia como em outros Estados, contra quadrilhas que roubam diamantes na Reserva Roosevelt e negociam, ganhando fortunas, com contrabandistas que levam nossas riquezas para o exterior. Essa nova operação, que agiu não só por aqui, como também em São Paulo, Espírito Santo e Rio Grande do Sul, tenta desbaratar apenas mais uma das várias quadrilhas que agem nas reservas indígenas onde o diamante abunda. O pomposo nome de Operação Imvestor deveria ser substituído por Operação Seca Gelo, que é isso, em resumo, o que essas ações significam. Enquanto não houver uma profunda mudança na legislação, que permita que exploremos nossas riquezas, sob rígida fiscalização policial e de autoridades tributárias, o contrabando, inclusive com parceira de caciques, eventualmente, correrá solto. E continuaremos perdendo bilhões de reais daquilo que a natureza nos deu como riqueza. Mas de que adianta falar em bom senso, numa terra sob o domínio de ideologias ambientais?
DOIS PEDIDOS DE IMPEACHMENT CONTRA ALEXANDRE MORAES
O ministro Alexandre Moraes,
do STF, vai começar a sentir na pele o resultado de sua polêmica atuação no
principal tribunal do País, porque agora ele é um alvo para uma espécie de
flecha que se volta contra ele. Bem mais de dois milhões de flechas, aliás.
Brasileiros de todo o país participaram de um abaixo assinado pedindo que o
Senado não só afaste o ministro, como que aplique o impeachment contra ele, retirando-o
do Supremo. O total de assinatura já superou os dois milhões de assinaturas
conseguidas em pouco mais de 48 horas. A proposta, de iniciativa popular, tem
que ser, pela Constituição, acatada pelo Senado e discutida. Os motivos:
“Alexandre Moraes violou garantias constitucionais como a de liberdade de
expressão e imprensa e também a liberdade parlamentar”, resume a petição. Os
problemas de Moraes não param por aí. Já existe, desde 23 de fevereiro, um
pedido de impeachment contra ele, apresentado pelo senador Jorge Kajuru. A
batata começou a assar...
PERGUNTINHA
O que você acha de estar
pagando, hoje, entre 105 e até 110 reais por uma botija de gás de 13 litros, preço
que está sendo cobrado em alguns pontos da Capital e cidades do interior?
O genial Chico Buarque de Holanda, um talento e milionário franco/brasileiro comunista, porque defende Cuba e os regimes totalitários, mas mora em
Os números, claro, são aproximados e só envolvem valores pagos pelos cofres públicos ao funcionalismo estadual e municipal. Caso se coloq
Feriados, um atrás do outro: alguns poucos festejam e usufruem, mas a maioria apenas paga a conta
São 14 feriados nacionais. São inúmeros estaduais, mas tem também os municipais. Somando todos, se não somos os campeões, estamos no pódio entre o
As autoridades de segurança de Rondônia comemoram uma queda histórica nos índices de criminalidade, neste 2024. Crimes como furtos (meno