Domingo, 22 de novembro de 2020 - 11h16
ATÉ QUANDO VAMOS VIVER SOB A SUSPEITA
DE QUE AS URNAS ELETRÔNICAS NÃO SÃO TOTALMENTE SEGURAS?
Há mais de duas décadas, exatamente há 24 anos, na eleição de
1996, o Brasil usou pela primeira vez, a urna eletrônica nas suas eleições.
Desde lá o sistema está sob suspeita, eventualmente mais, outras vezes menos,
mas jamais houve consenso em função da utilização do sistema, ao menos sem que
haja também o voto impresso, para comprovar, posteriormente, que não possa ter
havido qualquer irregularidade. É verdade também e deve se afirmar isso com a
mesma intensidade em que se fala de problemas e suspeitas, que até hoje não
houve uma só prova concreta, de que alguma eleição possa ter sido fraudada. O
assunto deu um salto como tema de debate nacional, quando o presidente Jair
Bolsonaro, ainda candidato, exigia também o voto impresso, colocando sob
suspeita a questão das eletrônicas. Milhares de seguidores seus, até hoje,
alegam que ele ganhou a eleição no primeiro turno, mas o resultado das urnas
levou a disputa para um segundo. Além de comentários furiosos, Fake News
e opiniões apaixonadas, nenhuma prova concreta foi trazida a público, que
pudesse atestar qualquer uma das afirmações, sejam de Bolsonaro, sejam de seus
seguidores. Agora, na eleição do último dia 15, começou tudo de novo. Uma falha
num supercomputador, que atrasou todo o resultado do país, colocou a estrutura
eleitoral, novamente, sob olhares atravessados. Em várias cidades brasileiras –
incluindo Porto Velho – candidatos vociferam contra o resultado, alegando que
tiveram muito mais votos do que os anunciados. Por aqui, o caso mais notório é
o da atual vereadora Ada Boabaid, que não se reelegeu e chegou a organizar um
protesto em frente ao TRE, exigindo a recontagem dos votos. Nada disso
aconteceria, em qualquer parte do Brasil, caso houvesse o bom senso de, ao lado
do voto eletrônico, tivéssemos também a comprovação impressa.
Desde 2014, os riscos de falhas das urnas eletrônicas são de
conhecimento do grande público. O professor de computação da Unicamp e
especialista no assunto, Diego Aranha, afirmou numa longa entrevista ao
programa The Noite, de Danio Gentili, que a urna e violável, até com
alguma facilidade. Fez uma analogia assustadora. Disse que a chave geral que
protege o sistema é de tal forma facilmente localizada, “como aquela que a
gente deixa embaixo do tapete, na porta de casa”! Nunca foi levado a sério,
assim como vários outros especialistas que juram que é moleza não só fraudar
eleições, como descobrir quem votou, que horas, onde e em quem. Até hoje,
contudo, nada disso foi comprovado e nenhum caso chegou ao público. A verdade é
que no próximo domingo teremos eleições novamente, o segundo turno nas maiores
cidades do país. E mais uma vez, muitos resultados serão colocados sob
suspeita. Até quando vamos conviver com essa situação e não vamos buscar
alternativas que não deixem qualquer dúvida, sobre a lisura das nossas eleições
que, afinal, são a essência da verdadeira democracia?
RETA FINAL DO SEGUNDO TURNO: UM DEBATE QUENTE NA SICTV
Foi um bom debate, cheio de momentos quentes. Não há como não
considerar que o prefeito Hildon Chaves se saiu um pouco melhor do que
Cristiane Lopes no debate deste sábado à noite, promovido pela SICTV, entre os
dois finalistas na corrida pela Prefeitura de Porto Velho. Não que Cristiane
tenha ido mal. Não foi. Dentro das suas possibilidades, da sua ainda menor
experiência nas lidas da política pesada; da sua ainda falta daquela astúcia
que, lamentavelmente, é importante para quem escolhe esse caminho, ela teve uma
boa performance. Sua assessoria também atuou corretamente. Mas, é claro, com
mais experiência, vindo de uma atuação profissional como promotor público e
depois de quatro anos comandando a Prefeitura, Hildon Chaves tem mais
experiência. Mais corrida. Mais jogo de cintura. Mais astúcia. Não foi uma
vitória arrasadora, mas ficou claro, nas quase duas horas do debate, que o
atual Prefeito estava mais seguro e Cristiane um pouco menos. Tudo compreensível.
Hildon esteve bem no debate, mas ainda não ganhou a eleição. Não se pode
subestimar a força jovem de Cristiane e a forma convicta com que defende suas
ideias. A eleição é no domingo que vem. Ou seja, tem uma semana de campanha
pela frente!
IBOPE DÁ 16 PONTOS DE VANTAGEM DE HILDON SOBRE CRISTIANE
A noite de sábado, aliás, trouxe outra boa notícia para Hildon e
seus apoiadores. Pesquisa do Ibope, divulgada no início da noite, apontou que é
grande a diferença do atual Prefeito sobre a vereadora, que disputa com ele a
cadeira de alcaide. Segundo os números do instituto que acertou em cheio no
primeiro turno (isso não quer dizer que acertará no segundo!), Hildon Chaves
tem 49 por cento das intenções de voto, contra 33 por cento de Cristiane. Há 12
por cento que não responderam e a margem de erro é de 4 por cento, para cima ou
para baixo. A pesquisa foi realizada entre a sexta e o sábado. Obviamente que
pesquisa não é resultado de eleição e, ainda, teremos uma semana pela frente.
Qualquer erro, qualquer deslize, qualquer desvio, de um lado ou de outro, pode
representar vitória ou derrota, num segundo turno que tende a ser bastante
disputado, mesmo com a diferença até aqui a favor do atual Prefeito. Enfim,
Cristiane, que foi bem, no geral, no debate do sábado, ainda pode recuperar os
pontos perdidos, embora a campanha de Hildon esteja, ao menos até agora, com
resultados positivos.
ERA SÓ MALDADE! BOLSONARO CONFIRMOU MARCELE
Maldade não faltou! O que se ouvia nos bastidores era uma sucessão
de fofocas e Fake News, com muita gente jurando por todos os santos que o
presidente Jair Bolsonaro iria ignorar as regras do jogo e nomear outro reitor
para a Unir, que não Marcele Nogueira Pereira, a escolhida por ampla maioria
entre os corpos discente e docente. Decisão oficializada nesta semana calou a
boca das eternas Matildes, que adoram criar factoides e tragédias, quando elas,
na realidade, nunca acontecem. Ato publicado no Diário Oficial confirma a
nomeação, para tristeza dessas línguas de trapo e para a alegria do mundo
acadêmico, que cerca nossa Unir. Marcele assume com muitas responsabilidades e
compromissos. Terá, ainda, que dar duro, para superar o bom trabalho que o
agora seu antecessor, o professor Ari Ott, realizou à frente da Unir, durante
seu mandato. Que a nova reitora tenha todo o sucesso!
RONDÔNIA PERDE UM DOS SEUS IMPORTANTES JORNALISTAS
Gessi Taborda não era um homem de muitos amigos. Sua personalidade
forte, seu jeito de não contar até dez antes de dar sua opinião, geralmente na
frente de quem criticava, seu texto extremamente bem escrito, mas ácido; suas
opiniões duríssimas, durante os longos anos em que atuou no rádio, depois na
mídia impressa e por fim, na eletrônica, o colocaram entre aqueles
profissionais que não se poderia chamar de “simpáticos”! Mas era, sim,
respeitado! Temido, muitas vezes. Nunca deixou de dizer e escrever o que
pensava, tanto para construir quando para destruir, seja lá o que fosse. Ler
seus textos, levava o leitor a um tempo em que saber escrever era vital para se
ser jornalista. Aos 69 anos, acometido por uma forma agressiva de diabetes,
Taborda não sobreviveu ao coronavírus. Faleceu no final de semana. Leva consigo
uma parte muito importante da História do Jornalismo. O Blog registra seus
pêsames a todos os familiares, amigos, leitores e fãs do jornalista falecido.
E, claro, lamenta sua morte!
OLIVAR AGORA NAS TERRAS DE MINAS
Quem não lembra dele, nessas terras de Rondon? Júlio Olivar é
mineiro da pequena cidade de Poço Fundo, sul do Estado. Viveu, contudo, durante
muitos anos em Rondônia. Foi radialista, jornalista e ingressou ainda muito
jovem nas lides da política, que se entranhou no seu sangue. Concorreu a vários
cargos, incluindo a participação como vice, na chapa liderada por Fatima
Cleide, em 2006, na disputa pela sucessão de Ivo Cassol. No governo de Confúcio
Moura, chegou a ser secretário de Educação e de Turismo. Foi um nome importante
na administração de Confúcio e um dos seus mais próximos assessores. Depois de
uma fracassada tentativa de ser deputado em Rondônia, Olivar voltou à sua
cidade natal, de onde vivera afastado longo tempo. Lá, disputou a Prefeitura
pelo Patriotas. Mesmo chegado há pouco de volta ao seu chão, Olivar foi
derrotado por apenas 750 votos, por um candidato do PT, Rosiel, um nome
tradicional da política da cidade. Ainda vamos ouvir falar muito de Júlio
Olivar, agora em terras mineiras!
PÚBLICO PODE OPINAR SOBRE FUTURO PRONTO SOCORRO
No meio da pandemia, surge uma notícia importante para a área da
saúde pública de Rondônia: a que se relaciona com a construção do novo Hospital
de Pronto Socorro de Porto Velho, o Heuro. Numa entrevista coletiva, com a
participação do secretário Fernando Máximo e convidados, o governador Marcos
Rocha apresentou o projeto final do novo hospital, que ele sonha em entregar
antes do fim deste atual mandato, ou seja, em cerca de dois anos. A sociedade
rondoniense pode participar e opinar, incluindo ou modificando partes do
projeto, nos próximos 15 dias. O site da Supel estará a disposição do público.
A partir daí, com o projeto definido, começa a fase de licitação da obra e do
seu início. O hospital está projetado inicialmente para 399 leitos e 50 leitos
de UTI. A obra está orçada em aproximadamente 200 milhões de reais. Recursos já
foram liberados pelo Tribunal de Contas do Estado (50 milhões) e Assembleia
Legislativa (em torno de 10 milhões). O secretário Fernando Máximo se disse
otimista com a construção do novo hospital e destacou as consultas públicas já
feitas até agora como extremamente positivas.
O VÍRUS VOLTOU COM FORÇA: 16 MORTES EM UMA SEMANA
Depois de alguns dias de menos mortes e menos gente infectada pelo
coranavírus, a doença voltou com força para Rondônia. Para se ter ideia, entre
o domingo passado, dia 15, dia da eleição, até a noite de sábado, um total de
16 mortes e, também assustador, um total de 2.133 novos casos da doença
foram registrados. O pior de todos os dias foi a terça-feira, dia 17, quando se
registraram cinco mortes. Em termos de casos em apenas 24 horas, a situação
mais preocupante ficou com o número da quarta-feira, dia 18, com novos 367
casos. Uma nova onda da doença está chegando e não se tem mais dúvida disso. Já
chegamos, até o final do sábado, a um total de 1.516 mortes, desde
que a primeira foi registrada, há apenas sete meses atrás. Nas últimas semanas,
a Covid 19 voltou com força, atingindo praticamente todas as regiões de
Rondônia, mas, principalmente em Porto Velho, onde há um claro relaxamento nos
cuidados que se deve ter em relação à doença. Continuamos correndo riscos,
vendo nossos entes queridos ficando doentes e morrendo. Depende muito de cada
um de nós, reduzirmos esses números assustadores e acabarmos com o risco de
lotação dos nossos hospitais e UTIs.
A BRUTALIDADE TOMA CONTA DO NOSSO BRASIL
A violência toma conta do Brasil. É um homem que vai ao mercado e
é brutalmente espancado, até a morte, causando uma comoção nacional. É o grupo
armado que reconhece um policial e o fuzila no meio da rua. É o motorista, que,
por uma leve batida no seu carro, desce armado e atirando. É o neto, vagabundo
e drogado, agredindo a pobre vovó, como se ela fosse um animal. Nada disso se
inventou. Todas essas cenas foram mostradas em vídeos, feitos por pessoas
comuns ou câmeras de segurança, mas que chegaram aos noticiários das TVs e
sites durante os últimos dias. As pessoas estão se brutalizando, enquanto
políticos aproveitam as tragédias para fazer discursos, principalmente tentando
dividir a sociedade brasileira, colocando pitadas de racismo (que existe sim,
não é uma invenção, como quis deixar transparecer o vice-presidente General
Mourão!), onde ele não existe e tentando criminalizar a polícia, ao invés de
fazer isso com os bandidos. Toda essa inversão de valores e essa guerra
ideológica está transformando nosso país para muito pior. Em breve, não
poderemos mais sair às ruas, sem risco de não voltarmos.
PERGUNTINHA
Você já definiu em quem vai votar no segundo turno da eleição de
Porto Velho, depois do debate da SICTV deste sábado ou ainda vai esperar a
campanha na próxima semana para tomar sua decisão final?
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