Terça-feira, 30 de junho de 2020 - 06h00
RICOS E MUITA GENTE QUE VOCIFERA CONTRA
A CORRUPÇÃO, AVANÇARAM NO AUXÍLIO EMERGENCIAL DOS POBRES
Há, o brasileiro, que povo mais
complicado! Milhares foram às ruas contra a corrupção, milhões votaram num
governo que batia na tecla da guerra contra a corrupção. E o que faz, uma parte
dessa gente, incluindo pessoas ricas, com uma vida de abundância? Aproveitam-se
do momento de pânico que o país está vivendo, para pegar 600 reais,
ilegalmente, do auxílio emergencial, tirando esse dinheiro do bolso daqueles
pobres e desesperados, que estão jogados às traças, sem dinheiro, sem trabalho,
sem comida. Mais de 620 mil pessoas, incluindo ricos e abastados, membro da
classe média alta, mais de 132 mil servidores públicos (mais de 1.500 só em
Rondônia), além de muitas outras pessoas sem direito ao auxílio, usufruíram
dele, de forma vergonhosa. Até mais de sete mil mortos estavam na lista dos
beneficiados, embora suas famílias não tenham visto um só tostão. Alguns,
aliás, se gabando nas redes sociais e em ligações interceptadas, que burlaram o
programa e receberam o dinheiro. Claro que houve muitos erros do próprio
sistema, mandando dinheiro a quem não deveria. Mas nos casos de gente decente,
o dinheiro está sendo devolvido. Mais de 50 mil que receberam a verba de forma
irregular já devolveram o dinheiro recebido ilegalmente. Mas outros 570 mil
terão que ser cobrados por via policial ou judicial. Espera-se que esses
golpistas, sejam quem forem, sejam processados e respondam pelo crime que
cometeram.
O benefício é
destinado apenas para quem está enfrentando dificuldades financeiras durante a
pandemia, mas um relatório completo do Tribunal de Contas da União,
mostra que até milionários receberam. É mais uma vergonha que milhares de
maus brasileiros fazem nosso país passar. Entre esses, certamente tem muitos
que vão à redes sociais exigir prisão de corruptos e denunciar políticos, como
se todos fossem ladrões e que só no Congresso tivessem responsáveis pelo roubo
do dinheiro público. É o hipocrisia de quem prega moral de cuecas. Empresários
milionários, profissionais liberais que moram em casas que só a limpeza da
piscina custa 600 reais ao mês; políticos e seus familiares; servidores
públicos de todos os calibres, toda essa gente está no contexto dos que
avançaram no dinheiro dos pobres. Tudo isso ainda continua acontecendo porque
muita gente ainda não acredita que vá pagar por suas imoralidades e a falta de
respeito para com sua Pátria. Seria um bom momento para pegar toda essa gente
corrupta e imoral e dar a ela punição exemplar, expondo a todos à execração
pública. Esses, ao menos, não iriam mais para as redes sociais vociferar contra
os malfeitos dos outros.
FECHA DE NOVO. A CULPA É DAS EMPRESAS?
Com todo o respeito à decisão de
realizar uma videoconferência com a participação de quase duas dezenas de
pessoas, que discutiram o assunto durante mais de cinco horas e meia, foi
praticamente uma espécie de placebo, ou seja, um remédio que não ataca a doença.
Muitas opiniões, muitos palpites, muitos comentários, explicações, análises e,
no final de tudo, ficou decidido o óbvio: fechar novamente parte do comércio,
voltando à Fase 1, em que só serviços considerados essenciais e alguns poucos
setores podem abrir suas portas. Por exemplo: o Porto Velho Shopping reabriu há
uma semana e já deve fechar de novo. Durante longas horas o que se ouviu
foi o que se ouve todos os dias em todos os lugares: cada qual defendendo suas
teorias e seu setor de atuação. Com o maior respeito a todos os que
participaram do evento: foi uma enorme perda de tempo. No final, pareceu claro
que não surgiu absolutamente nada de novo. E que a culpa do aumento nos casos
de corona e de mortes é das empresas e não da população, que simplesmente
ignora as ordens de isolamento e proteção. Festas, banhos, jogos de futebol,
arraiais de festas juninas e comemorações abundam na cidade e no Estado, mas,
no resumo da ópera, é o funcionamento das empresas é que recebe a maior
punição, novamente.
ESTAMOS QUASE NOS 500 MORTOS PELA COVID
Os números de contaminados e mortos
pelo corona vírus continua crescendo, embora entre o sábado e a segunda, eles
tenham caído um pouco em relação aos últimos dias. Chegamos, segundo os números
oficiais da Sesau do início da noite da segunda, a nada menos do que
20.406 casos (eram 19.743 no sábado), ou seja, tivemos mais 663
contaminados. No sábado, o número de óbitos era de com 499 mortos e
entre domingo e segunda, mais 19 mortes registradas. O percentual de mortes
continua na faixa dos 2,4 por cento, metade da média nacional. Do total de
infectados, 8080 já estão recuperados, representando quase 40 por cento de
pessoas sem a infecção. Mesmo com a queda do número diário dos casos
desinfectados e mortos, a doença ainda atinge números muito altos,
principalmente em Porto Velho. O número de leitos de UTI ocupados já chega a
mais de 85 por cento. Será que com um novo decreto de isolamento, eles
continuarão em queda? Ninguém sabe...
PERDENDO CNPJ E MAIS DE 1 MILHÃO DE
EMPREGOS
Enquanto vamos partir de novo para um
lockdown soft, em Porto Velho, a quebradeira de empresas continua tanto por
aqui como pelo país inteiro. Chico Holanda, presidente do Instituto Empresarial
de Rondônia, afirma que, embora os levantamentos oficiais ainda não estejam
concluídos, já se pode dizer que perdemos algo em torno de 15 por cento dos
CNPJs e um número que pode bater nos 10 mil postos de trabalho que se foram. No
Brasil inteiro, em apenas cinco meses, de janeiro a maio, mês em que a pandemia
deu um salto, mais de 1 milhão e 144 mil postos de trabalho com carteira
assinada foram extintos. O Ministério da Economia vem monitorando os
números cada vez mais assustadores. Mesmo com abertura localizada da economia,
aqui e ali, a doença continua arrasando com a produção, com o comércio e com o
trabalho informal no país. A continuar assim, caso as empresas continuem
fechando portas, o desemprego em massa pode causar danos tão graves ao país
quanto a pandemia do corona vírus.
ÔNIBUS: A BADERNA CONTINUA
A baderna em que se transformou o
sistema de transporte coletivo em Porto Velho, teve mais um triste capítulo
nesse início de semana. Motoristas e cobradores entraram em greve, de novo, por
falta de pagamento de salários. Desde que o sistema antigo do transporte por
ônibus na Capital foi destruído na administração de Mauro Nazif, a situação só
piorou. Agora, a esperança é que, a partir de 16 de setembro, quando o novo
consórcio assumir, as coisas melhorem. Não é mais possível a população mais
pobre e que mora mais longe, viver sem um transporte de qualidade. Uma cidade
que já beira os 600 mil habitantes não pode brincar de ter ônibus para quem
dele precisa. O sofrimento, ao que parece, continuará até setembro. Tomara que,
depois que a JTP Transportes colocar seus coletivos na rua, tenhamos, enfim, um
sistema de transporte à altura do que a população precisa e merece.
MÚSICA CLÁSSICA PARA VACAS LEITEIRAS
O sítio Dom Henrique, de propriedade do
desembargador aposentado Walter Walternberg tem, desde domingo, uma atração
muito especial: música leiteiras. Ao alcançar a produção diária de 500 litros,
Walternberg proporcionou aos animais uma hora de música, com o violinista
Richard Ryan. Foi a inauguração do sistema de som da fazenda, que produz o
leite Fresquinho. A partir de agora, das seis da manhã às seis da tarde, os
animais ouvirão música clássica todos os dias. O Desembargador aposentado
também anunciou que enquanto durar a pandemia, 10 por cento de toda a sua
produção será doada à famílias carentes. Ele comanda uma estrutura de
agronegócio que envolve também silagem para produção animal, produção de
embriões, cria, recria e vende de matrizes bovinas leiteiras e até embalagem
para distribuição de leite fresco, para a marca Fresquinho. Walter
Waltenberg se considera um empreendedor do agronegócio e, certamente, é um
inovador, ao trazer para cá o projeto “Vaca Feliz!”, que faz sucesso em outros
países, como a Nova Zelândia.
MAIS UMA DÚZIA DE BANDINOS NAS RUAS
Continua a festança do sistema de alta
rotatividade dos presídios em Rondônia. Nesse final de semana, mais uma dúzia
de bandidões, todos membros da organização Comando Vermelho, que cumpriam pena
por vários crimes, fugiram da Colônia Agrícola Ênio Pinheiro. Mesmo sendo muito
perigosos, todos estavam cumprindo pena em um local onde a facilidade de fugas
é o normal. Muitos presídios de Rondônia já entraram para o anedatório, pela
moleza com que os presos saem das celas e escapam, saindo às ruas para
infernizar a população, novamente. Está na hora da Secretaria de Justiça do
Estado dar um basta nessa situação vergonhosa. A população, já vivendo um
momento terrível por causa da Covid 19, ainda tem que sofrer com o risco de ser
atacada, dentro de suas casas (como várias ocorrências já foram registradas),
por criminosos perigosos que utilizam nosso sistema prisional como hotéis de
alta rotatividade.
ELEIÇÃO: VÍRUS ATRASA PREPARATIVOS
Enquanto o corona vírus é praticamente a única notícia, a eleição
municipal deste ano passa para segundo plano, mesmo que ela vá influir
diretamente na vida de milhões de brasileiros que vivem nas cidades onde
prefeitos, vices e vereadores serão eleitos. Em Porto Velho, onde a doença
cresce e se espalha e onde boa parte da população ignora os cuidados para se
proteger e proteger aos outros, há pelo menos 12 candidatos a candidato à
cadeira que hoje é de Hildon Chaves. O próprio prefeito ainda não anunciou se
vai ou não disputar a reeleição, até porque todos os seus esforços, agora,
estão voltados à guerra ao corona. Os partidos começam a se movimentar
lentamente, até porque, ao menos oficialmente, não se sabe qual a data da
eleição. A princípio o primeiro turno será em 15 de novembro e o segundo turno
em 29 de novembro, mas ainda depende de oficialização. A partir de julho, as mobilizações
políticas devem crescer bastante. Isso se o corona vírus deixar, é claro!
PERGUNTINHA
Você acredita que com um novo isolamento
restritivo e a volta à Fase 1, vão diminuir os casos de corona vírus ou apenas
servirá para quebrar mais empresas?
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Os números, claro, são aproximados e só envolvem valores pagos pelos cofres públicos ao funcionalismo estadual e municipal. Caso se coloq
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