Sexta-feira, 28 de janeiro de 2022 - 07h00
BOLSONARO
E CASTILLO, O LULA DO PERU, TÊM REUNIÃO DE NEGÓCIOS EM PORTO VELHO, NA SEMANA
QUE VEM
As ideologias mais
extremadas racharam ao meio a América do Sul, que foi dominada pela esquerda,
nos anos 60 e 70 e que, depois, viveu longos períodos ditatoriais de governos
militares, em vários países. Atualmente, a esquerda está ganhando de 6x5 entre
as principais economias da região, sempre tão conturbada politicamente. O
esquerdismo e o comunismo já dominam Argentina, Venezuela, Bolívia, Colômbia e,
mais recentemente, Chile e o Peru. No lado oposto, entre os direitistas/conservadores,
Brasil, Paraguai, Colômbia, Equador e Uruguai. Alguns destes países, como o
Brasil, terão eleições neste ano e o quadro pode mudar. Mas, por enquanto, o
resumo da ópera é este. Bolsonaro tem lamentado o avanço da esquerda entre
nossos vizinhos. As maiores perdas que ele considera preocupantes, foram na
Argentina, no Chile e, mais recentemente, no Peru. Os peruanos, por pequeno
maioria, escolheram Pedro Castillo, que
alguns comparam e chamam de o Lula peruano. Professor primário e líder sindical,
Castillo foi eleito num pleito disputadíssimo, derrotando a candidata da
direita, Keiko Fujimori. Na ocasião, em julho do ano passado, o presidente Jair
Bolsonaro publicou novo lamento: “perdemos o Peru!”, escreveu em suas redes
sociais. Depois da posse de Castillo, contudo, a diplomacia superou a política
e a ideologia e o presidente brasileiro comentou: “reafirmo o desejo do governo
brasileiro de trabalhar em conjunto com as autoridades peruanas, para reforçar
os laços de amizade e cooperação entre nossas nações”! Agora, seis meses após
tomar posse, Castillo e Bolsonaro se encontrarão pessoalmente pela primeira
vez, numa reunião bilateral. E onde será? Isso mesmo! O encontro dos dois
Presidentes ocorrerá aqui mesmo em Porto Velho, no próximo dia 3 de fevereiro, uma
quinta-feira, daqui a uma semana. A reunião dos dois mandatários, ministros e
assessores, será realizada no Palácio Rio Madeira/CPA, conforme anunciou
oficialmente o governador Marcos Rocha, nesta semana, logo após uma reunião com
Bolsonaro, em Brasília.
Os peruanos têm
interesses em muitos produtos brasileiros e nós também podemos usufruir de
riquezas que eles podem nos oferecer. No lado de cá, exportamos mais de 110
milhões de dólares em 2020, só em veículos automotores. Já nossos vizinhos nos
vendem, mais que tudo, adubos e fertilizantes químicos. Apenas para estes
produtos, chegamos a importar mais de 450 milhões de dólares no ano passado. Na
área do agronegócio, as relações comerciais também aumentam, na medida em que o
Peru precisa importar
arroz, milho, soja e trigo. O encontro da semana que vem em Rondônia,
certamente terá quase nada de enfoque político e muito mais conversas sobre
economia e negócios. Mas, é sempre bom lembrar, nas duas cabeceiras da mesa,
estarão adversários ideológicos. O que se espera é que os interesses maiores
dos dois países se sobreponham a qualquer outra questão. No mais, deve-se registrar
a honra que Rondônia deve sentir de receber um evento internacional deste
porte.
O QUE NÃO FAZ UM ANO
ELEITORAL! GOVERNADORES QUE QUERIAM VOLTA DO ICMS COM AUMENTOS NORMAIS
VOLTAM ATRÁS
Uma boa notícia,
confirmada já há alguns dias para os rondonienses e, agora, ampliada para os
brasileiros: depois de fazerem um H, anunciando que exigiriam a volta da
cobrança do ICMS corrigido sobre os preços dos combustíveis, governadores (com
exceção de Rondônia, Minas Gerais e mais um ou dois, que tinham decidido manter
o benefício ao consumidor final), assinaram documento, nesta quarta, ampliando o
prazo em mais 60 dias. Ou seja, durante mais dois meses, pelo menos, o ICMS
fica zerado sobre o valor sobre o preço dos combustíveis e do gás de cozinha
para todos os brasileiros. Em ano eleitoral, claro, ninguém quer ficar mal com
a população, ainda mais num momento de crise econômica e com os preços
internacionais do petróleo pressionando por reajustes cada vez maiores da
gasolina, óleo diesel e do gás de cozinha. Numa carta, assinada pelos
governadores que andavam ensaiando guerra pela volta do ICMS aos reajustes
normais, num trecho está explicando que “diante do novo cenário que se descortina, com o fim da observação do
consenso e a concomitante atualização da base de cálculo dos preços dos
combustíveis, atualmente lastreada no valor internacional do barril de
petróleo, consideram imprescindível a prorrogação do referido congelamento
pelos próximos 60 dias, até que soluções estruturais para a estabilização dos
preços desses insumos sejam estabelecidas.”
CONFÚCIO REASSUME O SENADO E MANTÉM O MISTÉRIO SOBRE DE SERÁ
OU NÃO CANDIDATO AO GOVERNO
Foram quatro meses de férias, mas
apenas das idas e vindas de e para Brasília. Confúcio Moura reassumiu seu
mandato como Senador da República, depois de circular intensamente por toda a
Rondônia, para ouvir a população e, ainda, se convencer ou não se deve
concorrer ao Governo, em busca do terceiro mandato, neste 2022. Há quem diga
que o que ele ouviu do eleitorado o teria deixado satisfeito, no geral, mas a
decisão está longe de ser anunciada. Durante a ausência de Confúcio, um
político de fala mansa, pensador, que por vezes parece pensar mais do que
falar, mas que é uma das grandes figuras da política estadual. Duas vezes
Governador, seu partido, o MDB, conta com sua liderança para entrar na briga
pela cadeira de Marcos Rocha, mas, ao menos até agora, Confúcio Moura mantém
apenas para si, o que pretende para seu futuro na política. Ele foi
substituído, nestes 120 dias, pela empresária Maria Eliza, que, neste período
todo, não teve qualquer destaque em alguma ação de maior importância, que
merecesse registro. Maria Eliza, aliás, é a maior torcedora para que Confúcio
decida com concorrer em outubro e que se eleja, porque, nesse caso, ela
assumirá o restante do mandato. Ao voltar à função, Confúcio foi atração numa
longa entrevista concedida á TV Senado, onde analisou a situação política do
Estado, falou da importância da vacinação e cutucou o governo Bolsonaro, do
qual é adversário.
ROCHA, ROGÉRIO,
CASSOL, CONFÚCIO E LÉO: ATÉ AGORA, OS NOMES MAIS COTADOS PARA A DISPUTA PELO
PALÁCIO RIO MADEIRA/CPA
Enquanto Confúcio não abre o jogo, Ivo Cassol e Marcos Rogério, outros
dois nomes praticamente certos na disputa pelo governo, se arregimentam e se
preparam para a briga, que, ao menos até agora, tem apenas Marcos Rocha como um
nome certo nas urnas, buscando a reeleição. Ivo Cassol depende também da
quinta-feira que vem, coincidentemente o dia em que Bolsonaro e o presidente do
Peru se encontram em Porto Velho. Neste dia, o Supremo Tribunal Federal
decidirá, definitivamente, se o ex-governador por duas vezes e ex-senador,
poderá concorrer neste ano. Já Marcos Rogério ainda depende da missão que dará
a ele o presidente Bolsonaro, seu maior aliado e, ainda, da arregimentação de
forças políticas que conseguirá criar em torno do seu nome. Afora Confúcio (se
for), Rocha, Rogério e Cassol, o quinto elemento é Léo Moraes. Animado por pesquisa do Instituto Phoenix (pesquisa realizada entre os dias 17 a 21 de janeiro de 2022 com 1.201
eleitores em catorze municípios do Estado. Possui margem de erro e + ou -3% e
intervalo de confiança de 96%. A pesquisa foi contratada pelo jornal Correio
Continental e é assinada pelo estatístico Augusto da Silva Rocha (Conre 1
7655-A), e registrada no Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia com o protocolo
07759/2022-RO"), ficando à frente dos demais com correntes, Léo anda
pensando cada vez mais na cadeira de Marcos Rocha. Em março, as coisas devem se
definir melhor.
RONDÔNIA RURAL SHOW VOLTA
NESTE ANO, COM PERSPECTIVA DE VENDAS DE ATÉ 1 BILHÃO DE REAIS
Mais uma tentativa. Depois de dois
anos em que a pandemia impediu a realização da feira, o governo rondoniense
está confirmando a volta da Rondônia Rural Show, que empacou na oitava edição e
não saiu dela, por causa de todos os prejuízos que o vírus causou ao país e a
Rondônia, por óbvio. Enfim, a maior feira comercial do agronegócio rondoniense
volta (se não houver mais percalços ou retomada da pandemia com mais força),
entre os dias 23 e 28 de maio, ou seja, daqui a menos de quatro meses. E feira
tem tons nacionais e internacionais, já que atrai a participação, como
expositores e como compradores, de representantes de empresas de diferentes
países. A Rondônia Rural Show começou em 2012, ou seja, vai completar uma
década, com oito edições realizadas. Criada pelo então governador Confúcio
Moura, na sua primeira edição teve negócios que chegaram a 186 milhões de
reais. O faturamento, na única edição realizada pelo governo Marcos Rocha, em
2019, já saltou para quase 704 milhões de reais. Com a recuperação da economia,
há uma previsão otimista que, se tudo der certo, poderemos chegar a mais de 1
bilhão de reais de resultados em negócios, neste ano. Esperemos que nada mais
atrapalhe nossa mais importante feira.
SERVIÇO PÚBLICO E A OBESIDADE MÓRBIDA: O ESTADO MÍNIMO É
SONHO CADA VEZ MAIS DISTANTE
Mesmo com o serviço
público abrigando cada vez mais servidores, ao invés de ser realmente enxugado,
os concursos abertos em todo o país provam, na prática, que a obesidade mórbida
do Estado continuará se expandindo e cobrando cada vez mais impostos, taxas e
emolumentos do cidadão comum, que terá que trabalhar duro para pagar tudo isso.
O Estado mínimo, aquele tão sonhado pelos brasileiros, é apenas uma miragem.
Milhões de estudantes país afora só vivem em função de concursos, querendo
ingressar no serviço público de todos os níveis para terem uma profissão
garantida eternamente e, sem qualquer risco, não importa se façam bem ou mal
seu trabalho, não terão mais problemas nesta área, até que se aposentem. Mesmo
com o curto governo de Michel Temer tenha reduzido em mais de 40 mil os cargos
federais existentes e, no governo Bolsonaro, outros 60 mil tenham diminuído, há
ainda uma multidão de servidores na ativa, com um alto percentual dos que estão
à beira da aposentadoria. A verdade é que, trabalhar para o governo, em
qualquer estágio, é ainda o maior sonho de consumo de muitos jovens
brasileiros. Qualquer concurso – e eles são intermináveis – prova essa teoria.
Aqui mesmo em Rondônia, num concurso para técnico ambiental do Ibama - há quase
quatro mil candidatos inscritos para apenas 20 vagas do Ibama. Ou seja,
praticamente 200 candidatos para cada cadeira disponível. Enfim, o Estado
mínimo continua sendo um sonho cada vez mais distante da vida real.
UMA VIDA JOVEM TIRADA PELO DESPREPARO DE QUEM
UMA ARMA E NÃO ESTÁ PREPARADO PARA USÁ-LA
Usar arma para defesa é uma coisa; estar despreparado para tê-las, é
outra! Foi o despreparo e a irresponsabilidade que acabaram tirando a vida de
uma jovem, em Ji-Paraná, nesta quarta-feira. Ela estava dentro de um carro,
junto com outras três pessoas, fazendo manobras perigosas perto de um depósito
de areia, quando um homem saiu na frente de sua casa e começou a disparar
contra o veículo. Uma garota de apenas 20 anos foi assassinada de forma
incompreensível. O atirador confessou o crime, afirmando que viu o carro
fazendo manobras perigosas perto da sua casa e ficou com medo. Por isso saiu
atirando. Uma vida jovem perdida por absoluta falta de controle de uma pessoa
com nenhum preparo para andar com arma. Ter porte de arma é direito de qualquer
cidadão que preencha os requisitos para tê-la, mas há que se redobrar os
cuidados e todas as exigências para quem o direito de andar com qualquer tipo
de arma deva ser dado. Para a sociedade (menos, claro, para quem perdeu uma
pessoa tão jovem e cheia de sonhos), o caso de Ji-Paraná em breve será
esquecido, como o são todas as tragédias da violência diária que vivemos, mas,
o que se espera é que pelo menos para as autoridades, o episódio sirva de
exemplo para que haja um maior cuidado ao se liberar uma arma mortal a quem não
sabe como usá-la.
EXPLORAÇÃO DO GÁS JÁ NÃO É MAIS CONTROLADO
APENAS PELA PETROBRAS. MERCADO ABRE PARA NOVAS EMPRESAS
Um novo marco do gás, que abre o mercado
de exploração da exploração e comercialização em Rondônia, tirando da Petrobras
a primazia destes direitos, foi anunciado nesta quinta-feira, durante visita ao
Estado, pelo ministro Bento Albuquerque, das Minas e Energia e pelo governador
Marcos Rocha. Num encontro com a imprensa, ambos informaram que a nova
perspectiva abre caminho para a instalação de várias empresas no setor, que
poderiam explorar o gás descobertos em diferentes pontos do Amazonas e ampliar,
a médio e longo prazo, as opções energéticas da região. Embora não se tenha
falado diretamente sobre o gasoduto de Urucum, projetado há muitos anos, mas
que nunca saiu do papel, tanto a União como o Estado creem que o novo leque de
opções de investimentos na área podem trazer avanços importantes neste
contexto. Na coletiva, Marcos Rocha aproveitou para comemorar a boa nova e, ao
mesmo tempo, destacar que todas as matrizes energéticas são importantes para um
Estado onde, só no ano passado, foram criadas mais 26 mil empresas e, ainda, onde
o desemprego está entre os menores do país. Ao responder a uma pergunta sobre o
alto custo da energia em Rondônia, Beto Albuquerque fez uma volta, dizendo que
as contas foram reajustadas em índices abaixo da inflação e que o governo
federal luta para diminuir a conta para o consumidor, mas isso só será
conseguido com um projeto macro, para o futuro. Ou seja, por enquanto, é caso
sem solução!
PERGUNTINHA
Você, que não quer votar nem em Lula e nem em Bolsonaro, acham que o
ex-juiz Sérgio Moro é a melhor terceira via ou prefere Ciro Gomes?
O genial Chico Buarque de Holanda, um talento e milionário franco/brasileiro comunista, porque defende Cuba e os regimes totalitários, mas mora em
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São 14 feriados nacionais. São inúmeros estaduais, mas tem também os municipais. Somando todos, se não somos os campeões, estamos no pódio entre o
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