Sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021 - 09h46
BOLSONARO PROMETE INAUGURAR A PONTE DO ABUNÃ DAQUI
A 20 DIAS. OBSTÁCULO É A FALTA DE AÇO NO MERCADO
Só um problema de mercado pode atrapalhar os
planos, anunciados nesta quarta-feira pelo presidente Jair Bolsonaro, de
inaugurar oficialmente a ponte sobre o rio Madeira, na Ponta do Abunã, no
próximo dia 18 deste março que vai começar, ou seja, daqui a exatos 20 dias: a
falta de aço no mercado. É o único obstáculo que está atrasando os planos das
empresas contratadas para concluir a obra (entre elas a respeitada Madecon, de
Porto Velho), quando ela está na reta final, faltando apenas algumas centenas
de metros da extensão do lado de cá da ponte, para serem completamente
concluídos. Jair Bolsonaro confirmou, durante sua visita ao Acre, quando foi ver
de perto a situação de calamidade, causada por enchentes em pelo menos dez
cidades do nosso Estado vizinho, que voltará no dia 18 (uma quinta-feira) deste
março que está chegando, dessa vez para uma missão muito diferente: inaugurar
oficialmente a nova ponte sobre o rio Madeira, na Ponta do Abunã, em Rondônia.
A informação foi transmitida ao governador Gladson Cameli, durante a rápida
parada de Bolsonaro na cidade de Sena Madureira, onde ele foi saudado pelo
público e anunciou a liberação emergencial de recursos, incluindo o FGTS de até
6.600 reais, para ajudar a população atingida pela cheia.
A ponte é o último passo a ser dado pelo Brasil, para a integração, por terra, com o Peru, chegando até o Pacífico. Será um grande avanço no sistema de transportes da região, já que encurtará bastante o caminho até portos do Pacifico, em relação a enorme distância de Santos, por onde, hoje, nossas mercadorias passam para exportação, tornando muito menos caro encaminhá-las para vários países do mundo. O crescimento do agronegócio, nossa produção crescente de soja, levada a várias nações e a carne rondoniense, cada vez mais procurada no mercado internacional, certamente terão enorme benefício, com essa nova ligação. A ponte vai representar também a integração por terra com o Acre, um estado acessível, até agora, apenas pelo sistema de balsas, na travessia do Madeira. Nem o Dnit e nem as empresas responsáveis pela obra confirmaram ainda, se realmente tudo estará pronto nos próximos 20 dias. Uma fonte ligada às empresas que estão realizando a fase final do serviço, lamenta apenas que esteja havendo problemas com o abastecimento do aço. Por isso, até a data para a inauguração, prevista pelo Presidente da República, ainda pode ser modificada. A conclusão está atrasada em quase um ano, porque o projeto original teve que ser modificado.
O APELO
DE FERNANDO MÁXIMO E A PERDA DO PROFESSOR MATIAS
Foram 42 mortes só na quarta-feira. Outras 14 nesta
quinta. Estamos perdendo a guerra para a pandemia. Não há mais leitos de UTI. Temos
quase 700 pessoas internadas. Já enviamos mais de 60 pessoas entubadas para
fora do Estado, mas mesmo assim há uma fila, esperando para ingressar no
tratamento intensivo. Não temos mais onde colocar tantos doentes. Uma média de
quase 800 novos casos/dia, na última semana, com um percentual pequeno, mas
significativo para a estrutura da saúde, entupindo clínicas, hospitais públicos
e privados. Hoje, não há mais como atender ninguém. E a doença não arrefece,
porque o desrespeito aos mínimos cuidados continua sendo a tônica, dentro da
sociedade rondoniense, aliás, da mesma forma como o é em todo o país. Na madrugada
de quarta para quinta, o secretário Fernando Máximo fez novo vídeo,
desesperado, avisando que não há mais estrutura para atendimento a novos
infectados que precisarem de hospitalização e de UTI. Pediu de novo, num apelo
emocionado, que as pessoas se cuidem. Até agora, todas as suas postagens,
sempre pedindo que o rondoniense se proteja, cumpra os protocolos e não
participe de Coronafest, foram em vão. Também nesta quinta, nova notícia
triste. Depois de 64 dias lutando desesperadamente pela vida, o professor,
historiador e jornalista Francisco Matias, foi mais um rondoniense que perdeu a
guerra para o vírus. Rondônia lamenta a morte de mais um pioneiro e uma figura
das mais queridas entre todos os que com ele conviveram. Outra personalidade
que perdemos foi o ex secretário de Estado Jucélis de Freitas, também vítima da
doença.
EMENDA
COLETIVA: 11 MILHÕES PARA COMPRAR 125 MIL VACINAS
A bancada federal de Rondônia vai destinar 11
milhões de reais para a compra de vacinas para serem entregues ao Governo do
Estado, que as distribuirá a todos os municípios. Com esse dinheiro – vindo de
emenda individual de cada um dos onze membros da bancada (oito deputados
federais e três senadores), será possível adquirir cerca de 125 mil doses, já
que cada uma delas custa, hoje, no mercado, algo em torno de 88 reais, o que
representa cerca de 16 dólares. Com a autorização do Congresso para que Estados
e Municípios possam comprar as vacinas (o PSTF, o Partido do Supremo Tribunal
Federal também avalizou a medida), é possível o uso desse recurso para atender
a pelo menos 62.500 rondonienses, com duas doses do imunizante que for
comprado. O que se espera, agora, é a celeridade na liberação desses recursos.
O momento é de quase pânico e quando mais rápido os 11 milhões de reais
estiverem nos cofres do Governo, mais rápida poderá ser feita a aquisição, até
porque há uma corrida desesperada atrás de vacinas de todos os governos no
Brasil, além da enorme corrida em todo o mundo.
AGORA,
FALTA A PRESSÃO PARA NÃO RECEBERMOS MIGALHAS
Participaram da reunião que decidiu a liberação
da emenda coletiva, os deputados Lúcio Mosquini (líder da bancada), Léo Morais,
Expedito Netto, Mariana Carvalho, Jaqueline Cassol, Silvia Cristina, Dr. Mauro
Nazif, Coronel Chrisóstomo. Também participaram ativamente da decisão, os
senadores Acir Gurgacz, Marcos Rogério e Confúcio Moura. O que precisa ainda a
bancada rondoniense, em peso, é ir ao Ministério da Saúde, exigir que seja
liberado, com a maior urgência, pelo menos um lote com grande quantidade de
vacinas para Rondônia. Até agora, recebemos apenas 111 mil doses, o que
atenderia pouco mais de 55 mil pessoas. E o último deles trouxe a ridícula
quantia de 5.400 doses, enquanto o Acre, por exemplo, que tem menos da metade
da nossa população, recebeu 22 mil doses. Está na hora de Rondônia exigir o
tratamento que merece. O governador Marcos Rocha precisa também se unir a este
esforço, senão vamos ficar vivendo de migalhas, enquanto outros Estados têm a preferência
na distribuição dos lotes.
MONTES GRITA E PROTESTA
CONTRA POUCAS VACINAS AO ESTADO
O caso da cota ridícula de vacinas que Rondônia recebeu, nessa semana, causou indignação no deputado estadual Jair Montes, primeiro secretário da Assembleia e líder do governo na Assembleia. Ele gravou um vídeo, em altos brados, criticando a atuação da bancada federal e exigindo que o governador Marcos Rocha pressione Bolsonaro, para que mande liberar muito mais vacinas para o Estado. O desabafo do parlamentar foi o seguinte: “Estou indignado. Indignado com a bancada federal do meu Estado. E aqui também, governador Marcos Rocha, eu faço esse apelo ao senhor. Eu não quero ser amigo do Pazuello. Eu não quero ser amigo do Bolsonaro. Eu quero apenas que eles tratem o Estado de Rondônia com respeito! Chegou a informação agora que Rondônia recebeu 5.400 doses de vacina, e o Acre mais de 20 mil doses. Rondônia tem quase dois milhões de habitantes, e o Acre não tem nem oitocentos mil. Isso não existe! Eu não tenho nada com nossos amigos acreanos, nossos irmãos, mas a bancada federal, os políticos do Acre são mais competentes do que nós? Do que os políticos de Rondônia? A nossa população está morrendo! Se nós não imunizarmos nossa população, vamos perder irmãos rondonienses. É uma vergonha para nós políticos. Bancada federal, cadê você? Governador Marcos Rocha, tenha a honra de se indignar, cobrar o presidente da República e cobrar também o ministro Pazuello”. O vídeo pode ser assistido no link https://www.rondoniadinamica.com/noticias/2021/02/jair-montes-critica-bancada-federal-porque-rondonia-recebeu-menos-vacinas-contra-o-coronavirus-do-que-o-acre,97425.shtml
EM
RONDÔNIA, JUSTIÇA RESPEITA LIBERDADE DE EXPRESSÃO
Ao contrário de ministros do STF, que perseguem
jornalistas, imputando a eles crimes de opinião, na Justiça rondoniense o
direito de expressão, claríssimo na Constituição Federal, é respeitado pelos
magistrados. Prova disso foi a decisão proferida pelo juiz Pedro Silas
Carvalho, do 2º Juizado Especial Cível, inocentando dois conhecidos jornalistas,
em uma ação movida contra eles pelo delegado Roberto Santos, que denunciou a
ambos por pretensos crimes, em comentários da Operação Pau Oco, aquele em que
policiais civis foram à casa do recém saído do comando do Estado, Daniel
Pereira, com acusações até hoje jamais comprovadas. Lubiana e Camilo divulgaram
áudios em que delegados conversavam (em alguns trechos, uma conversa nada
republicana, segundo as denúncias). Tanto o delegado Roberto Santos da Silva,
quanto seus demais colegas que lideravam a investigação foram afastados da
Draco, pela direção da Polícia Civil do Estado de Rondônia, em função dos
áudios divulgados. Roberto entrou com
uma ação pedindo indenização de 39.900 reais por danos morais, pela divulgação
dos áudios e vídeos. Depois de analisar as provas, ouvir os áudios e as partes,
o juiz Silas Carvalho entendeu que o pedido do delegado é improcedente, uma vez
que nada do que foi falado ou divulgado se trata de expressões de baixo calão,
direcionadas ao policial e de que nada se tratava de conteúdo particular, e sim
público, exposto pelo próprio delegado. Vitória da liberdade de expressão,
felizmente!
VIOLÊNCIA
CONTRA A MULHER AUMENTA DURANTE A PANDEMIA
A pandemia virou nosso mundo de cabeça para
baixo. Por aqui também, muitas coisas continuam acontecendo, enquanto só nos
preocupamos com a pandemia. Por exemplo: tem muita gente na fila de cirurgias,
que não estão sendo atendidas porque tudo é direcionado (compreende-se), para o
combate ao vírus. Além disso, o número de assassinatos, principalmente em
guerras de facções, mas também de inocentes, está crescendo. No ano passado, os
números assustam: foram mais de 10 mil casos de violência doméstica no Estado,
com mais de uma dezena de assassinatos de mulheres. A pandemia colocou as
famílias em casa e essa convivência na maior parte do dia, tem causado
conflitos. No ano passado, a média de ocorrências policiais de agressões a
mulheres, de vários tipos, foi na faixa de 300 ocorrências. Em novembro
passado, o recorde: 380 registros. O ano começou também com número alto de
ocorrências, mas, ao contrário do ano passado, quando não se registrou nenhuma
morte em janeiro, agora tivemos dois feminicídios, um em Ouro Preto do Oeste e
outro em São Francisco do Guaporé. A Lei Maria da Penha ajudou, mas,
obviamente, não resolveu o problema da covardia contra as mulheres.
CÂMARA E
STF: UMA ABERRAÇÃO DENTRO DE OUTRA ABERRAÇÃO
Um erro pior do que o outro. Depois de pisotear
a Constituição e mandar prender em flagrante um deputado, por postagem nas
redes sociais, contrariando elementos básicos da Constituição, alguns ministros
do PSTF (o Partido do Supremo Tribunal Federal), têm dito nos bastidores que
consideram a decisão da Câmara de aprovar uma emenda constitucional, que
dificulta a prisão de parlamentares, como uma retaliação e uma afronta ao órgão
máximo do Judiciário brasileiro. Que hoje, aliás, não tem o respeito de vários
setores da sociedade, por suas decisões político-partidárias-jurídicas. A
prisão do deputado Daniel Silveira, segundo a grande maioria dos mais renomados
juristas e constitucionalistas do país, foi uma aberração. Ninguém discorda de
que ele deveria ser punido e até perder o mandato, mas que isso fosse feito
dentro de preceitos que norteiam a Constituição e não por firulas inventadas
contra ela. A Câmara, que se acovardou, agora quer dar uma resposta, tornando
tudo ainda muito pior. Vai aprovar uma PEC que sequer passou pelas Comissões,
numa aberração dentro da aberração. A esculhambação em que se tornou nosso
país, dividido em ideologias e poderes incompetentes, envergonham a Nação. Até
quando vamos suportar?
PERGUNTINHA
Você acha que até o final do ano, a continuar essa política de preços da
Petrobras, estaremos comprando gasolina a mais de 10 reais e a botija de gás, perto
de 150 reais?
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