Sexta-feira, 12 de agosto de 2022 - 06h10
UM DIA PARA ENTRAR NA HISTÓRIA DA NOSSA POLÍTICA: STF DIZ
NESTA SEXTA SE CASSOL CONCORRE OU NÃO
Se você tivesse dinheiro para fazer uma grande aposta, colocaria na mesa
para ganhar ou perder sobre uma decisão do STF? Por exemplo: você apostaria 1
milhão de reais de que os ministros vão decidir hoje por considerar cumprida a
pena de Cassol (desde 2020 ela foi encerrada, segundo um dos ministros, Nunes
Marques) ou colocaria sua grana na aposta de que a candidatura dele, ao governo
de Rondônia, será inviabilizada nesta decisão de hoje do pleno do maior
tribunal de justiça do país? A decisão será emanada apenas dentro dos preceitos
constitucionais ou também sob o prisma político, como, nos últimos tempos, têm
se caracterizado muitas decisões vindas de lá? A verdade é que o vai e vem do
caso que envolve Ivo Cassol (na mesma sessão, será julgada também a validade da
decisão que autorizou Acir Gurgacz a disputar o Senado), terá, finalmente, um
ponto final, ao menos em relação à corrida eleitoral de Rondônia. Caso ele seja
avalizado pela Justiça, entrará no jogo como uma poderosa força eleitoral, com
chances concretas de estar no segundo turno da corrida e de ser eleito. Afetará
diretamente as campanhas de todos os seus adversários, que terão nele o
principal candidato a derrubar nas urnas. No outro lado da moeda, uma eventual
medida contrária à sua postulação, não só modifica o quadro da sucessão
estadual, como afetará, diretamente, a questão da disputa pelo Senado. Cassol
candidato, sua irmã, a deputada federal Jaqueline Cassol se torna nome
fortíssimo para conquistar a única vaga a que Rondônia tem direito. Com ele
fora, Jaqueline fica muito prejudicada, até pelo andar do jogo político. Ela
estava aliada ao Podemos de Léo Moraes, até que, na semana passada, Cassol teve
liminar atendida por decisão monocrática do ministro Nunes Marques. Obviamente,
Jaqueline foi para o lado do irmão, ambos lançados pelo PP, partido que ela
preside no Estado. Na quarta-feira, Léo conseguiu convencer Expedito Júnior a
se candidatar ao Senado, fechando a porta para uma eventual volta de Jaqueline.
Sem um candidato ao governo, a representante dos Cassol terá dificuldades de se
manter na disputa, com chances reais e pode até mudar seus planos.
A questão básica que o STF decidirá, nesta sexta (embora o julgamento da
ação possa continuar na segunda-feira, se necessário), é se Cassol já cumpriu a
pena de perda dos direitos políticos. A seu favor, ele teria dois votos: os dos
ministros Nunes Marques e André Mendonça. O mesmo entendimento, ao menos em
parte em relação ao processo, teria o ministro Ricardo Lewandowski. Precisaria
pelo menos de mais três votos, para ser liberado para a eleição. Tem chance?
Claro que tem. Mas não há como se apostar um só centavo tanto pela autorização
como pela não autorização para que Cassol entre na briga eleitoral. O STF não é
um tribunal sobre o qual se possa fazer qualquer previsão. A sexta-feira, pois,
será um dia para entrar na História da política de Rondônia. Cassol vem ou não?
CAFÉ DA MANHÃ COM BOLSONARO, UM DIA ANTES DA DECISÃO DO
STF, FOI APENAS COINCIDÊNCIA!
Não foi algo preparado? Foi não, como diria o rondoniense. Foi apenas
coincidência. O encontro de Ivo Cassol e da deputada Jaqueline Cassol já havia
sido agendada há vários dias. Os dois se encontraram na manhã desta
quinta-feira com o presidente Jair Bolsonaro, em Brasília, para um café da
manhã, combinado bem antes de se sabe que seria um dia antes do dia decisivo
para se saber se o ex-senador e ex-governador poderá ou não disputar a eleição
deste ano. Aliás, foi também o motivo, segundo informou Cassol, para que ele
não participasse do debate realizado ontem pela manhã, pela TV Bandeirantes, o
primeiro entre os candidatos que postulam o Governo. Apenas Cassol e o
governador Marcos Rocha não estiveram no evento da TV. Obviamente que, além do
café e dos acompanhamentos, o assunto que mexe com a política regional também
fez parte da conversa com Bolsonaro. Mas também é óbvio que o que foi
conversado não saiu da sala onde o encontro ocorreu. Bolsonaro gravou uma
rápida mensagem aos rondonienses, mandando um grande abraço ao povo do nosso
Estado, mas não respondeu se estará por aqui antes do fim da eleição. Cassol,
Marcos Rocha e Marcos Rogério são apoiadores do Presidente.
ACIR GURGACZ ESTÁ NA MESMA SITUAÇÃO: HOJE O STF DIZ SE ELE
PODE OU NÃO CONCORRER À REELEIÇÃO
Parte do raciocínio
sobre o caso Cassol pode ser aplicado em relação ao senador Acir Gurgacz. Como
Cassol, ele foi condenado num caso complexo, em que não houve desvio de nem um
centavo do dinheiro público, enquanto o país assiste, pasmo, decisões judiciais
que liberam para a disputa eleitoral condenados em segunda instância, que são
acusados de comandarem o desvio de bilhões de dinheiro dos cofres públicos.
Mas, enfim, essa é outra história. Os adversários já consideravam Gurgacz carta
fora do baralho, até que ele também conseguiu uma decisão judicial favorável
que lhe possibilita, como Cassol, o registro de sua candidatura. Como são muito
semelhantes, os dois casos estarão sob julgamento no STF. É um Dia D também
para as pretensões do senador e empresário de Ji-Paraná. Provavelmente uma
decisão pode estar atrelada a outra. Caso Ivo Cassol vença no STF, a tendência
é que o mesmo ocorra com Gurgacz. O inverso também é verdadeiro. Grandes
adversários políticos do passado (hoje essa aversão mútua diminuiu muito), o
destino dos dois está atrelado e ambos dependem do mesmo tribunal, no mesmo
dia, da mesma decisão, para saberem se terão ou não futuro nesta eleição de
outubro. Ivo Cassol será, caso vencedor no STF, candidato ao Governo. Acir, com
o mesmo resultado, disputa a reeleição. Se não puder, quem vai à disputa ao
Senado será o ex-conselheiro do Tribunal de Contas, Benedito Alves.
PRIMEIRO DEBATE DA BAND, SEM ROCHA E CASSOL, TEVE QUALIDADE
E BOM NÍVEL DOS CANDIDATOS
Não se pode deixar de
elogiar o primeiro debate realizado entre os candidatos ao governo, promovido
pela TV Bandeirantes, na manhã desta quinta-feira. Foi muito bem organizado,
com tempo controlado, com perguntas pertinentes. Claro que as ausências de
Marcos Rocha, o atual Governador e de Ivo Cassol, certamente tirou um pouco do
brilho do confronto político na TV, abrindo a série de debates que vão, agora,
até próximo à data do segundo turno. Rocha alegou compromissos anteriores e
Cassol divulgou vídeo ao lado do Presidente Bolsonaro, ontem, quando se
encontraram em Brasília, com a presença também da deputada Jaqueline Cassol.
Participaram do debate os candidatos Marcos Rogério (PL), Pimenta de Rondônia
(PSOL), Daniel Pereira (Solidariedade), Léo Moraes (Podemos) e o Comendador
Queiroz. Os candidatos debateram os temas de sempre (educação, saúde,
segurança, rodovias) e, no geral, os discursos foram contra o atual governo do
Estado. Houve alguns exageros, como quando Pimenta de Rondônia disse que em
Rondônia se mata mais do que no Afeganistão, mas também verdades que precisam
ser ditas. Uma delas, aliás, vinda também do próprio Pimenta, que protestou
contra o fato de que “mais de 300 PMs estão fora dos quartéis, carregando
pastas de políticos”. O trabalho jornalístico da Band merece todos os elogios.
Foi um bom e competente programa, conduzido por Adilson Honorato. Nos próximos
dias, outras emissoras também vão programar seus debates. As datas serão
anunciadas em breve.
OS OUTROS CANDIDATOS FAZEM DE CONTA QUE NÃO ESTÃO
PREOCUPADOS COM CASSOL E USAM MAIS AS REDES SOCIAIS
Enquanto o caso Cassol
não tem um fim definitivo, os demais candidatos preparam para o lançamento
oficial de suas campanhas fazendo de conta que não estão preocupados com o homem
do chapéu. A tática é correta, porque qualquer pronunciamento poderia ou
parecer temor sobre o poder eleitoral de Cassol ou uma tentativa de ludibriar a
opinião pública, caso se dissesse que não há preocupação em relação a ele. O
grupo governista, que prepara com detalhes a campanha da busca da reeleição por
Marcos Rocha, manteve-se silente, em relação ao assunto Cassol, durante todos
os episódios. Provavelmente não se pronunciará também no pós decisão do STF,
seja Cassol candidato ou não. A palavra oficial do grupo palaciano é “continuar
trabalhando duro, fazendo o melhor governo possível até o último dia e
apresentar ao rondoniense o resultado deste trabalho, para que ele o avalie”,
segundo uma fonte importante. Apenas pelas redes sociais, aliados de Rocha
atuam intensamente, enchendo de elogios o trabalho do Governador e sua equipe
e, eventualmente, divulgando temas que são contra seus adversários. No caso de
Marcos Rogério, pouco se sabe das suas articulações, além daquelas públicas, quando,
sempre que discursa, ataca aquele que considera, ao menos até agora, seu
principal adversário. Léo Moraes também fala sobre seu trabalho como deputado e
da campanha, mas praticamente apenas pelas redes sociais, tentando se postar como
o principal opositor ao governo de Rocha. Já Daniel Pereira se reúne com
lideranças, busca apoios principalmente à esquerda e, em breve, poderá contar também,
com o apoio formal, via pronunciamento, do ex-governador Confúcio Moura. A campanha
começa, oficialmente, na próxima terça-feira, dia 16.
A MÉDICA FLÁVIA LENZI DESTACA PARCERIA COM MARCOS ROGÉRIO
NA CORRIDA PELO GOVERNO
Enquanto o candidato Marcos Rogério percorre o Estado, reunindo-se
com lideranças e buscando reforçar seu nome pela disputa do Palácio Rio
Madeira/CPA, a médica Flávia Lenzi concentra seu trabalho, neste primeiro
momento, em Porto Velho. O nome dela como vice na chapa de Marcos Rogério foi
uma grande surpresa para os meios políticos, embora Flávia não seja uma amadora
na política. Líder do Sindicato Médico do Estado, ela entra na campanha
entusiasmada. Pelas redes sociais, a dra. Flávia comemorou sua indicação para ser
a parceira de do senador. Entrou na convenção do PL como candidata a deputada
estadual e saiu de lá como vice, na chapa majoritária. “Chegamos a um lugar que
há bem pouco tempo atrás não imaginava chegar: como candidata a
vice-governadora do Estado de Rondônia”. Depois dos agradecimentos de praxe a
Deus, à família e aos amigos, Flávia Lenzi registrou um reconhecimento especial
ao senador Marcos Rogério, “por confiar no meu trabalho e no que, juntos,
podemos fazer por nosso Estado”. Em outra postagem, a médica escreveu que “nossa caminhada
está apenas começando. Nosso objetivo é levar nossos projetos aos quatro cantos
de Rondônia, e somar com as necessidades e anseios da população. Juntos, Marcos
Rogério, eu e você, faremos do nosso Estado, um Estado ainda melhor!”.
QUANDO A DEMOCRACIA SE TORNA PROPRIEDADE PRIVADA E TORNA
DITADOR TODO AQUELE QUE NÃO REZA NA MESMA CARTILHA
Mais de um milhão de
brasileiros assinaram um “manifesto pela democracia”, com claro viés político-partidário,
em apoio principalmente aos candidatos de esquerda. A carta recebeu centenas de
notícias, fotos, comentários, destaques, capas de sites e amplo espaço nos
noticiários das TVs. Basicamente, ele insinua que estamos vivendo sob risco de
uma ditadura, pondo o presidente Bolsonaro como o personagem que poderia
liderar um golpe. Ora, é puro discurso ideológico! A palavra “democracia” é
adotada pela esquerda como se fosse propriedade privada, ou seja, qualquer um
que discorde dela, não é democrata. Não há sequer um sintoma real de que
Bolsonaro não defenda mais que a ampla liberdade em todos os sentidos, mas
colocar nele a pecha de ditador é, quem sabe, a última tentativa dos seus
opositores de tirá-lo do poder. Mesmo com praticamente todos os nossos vizinhos
dominados pelo socialismo estarem ou quebrando ou com risco real de quebrar, há
uma tentativa (ainda bem que apenas de uma minoria barulhenta), de criar
factoides que, como meta final, conseguiriam colocá-los novamente no poder.
Para dominar os cofres públicos. Para tomar o Estado como propriedade privada,
tornando-o, outra vez, obeso mórbido e ineficiente; para transformar nosso pais
num paraíso para a alta cúpula e uma tragédia para o povo. Quem quiser cair
nessa catilinária, que caia. Por enquanto, no Brasil, parece que essa conversa
fiada não está dando certo. Mas o risco de que dê é real...
TCU COLOCA 141 RONDONIENSES NA LISTA DOS QUE CORREM O RISCO
DE FICAREM FORA DA ELEIÇÃO. A GRANDE MAIORIA NÃO DISPUTA
A grande maioria dos 141
nomes de rondonienses que correm o risco de inelegibilidade, por problemas com
o TCU, não está em nenhuma relação de candidatos para outubro. Outros ainda
estão respondendo a um ou outro processo e, ainda, há os que foram pegos de
surpresa, com a sua inclusão numa lista dos que podem ser impedidos de
disputar, por questões relacionadas à Lei da Ficha Limpa. Os nomes mais
conhecidos da relação são os do ex-prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho
(que não será candidato); de Carlinhos Camurça (que deixou o comando da
Prefeitura da sua cidade em 2004, ou seja, há 18 anos) e que está concorrendo a
uma cadeira à Assembleia Legislativa. Camurça, aliás, já tem autorização para
concorrer e ele já foi inocentado no caso, embora o processo não tenha sido
baixado. Também estão na relação os ex-secretários Miguel Sena, César Licório e
Milton Moreira, todos do governo Cassol. Os três não concorrem em outubro. Aparece
ainda o ex-prefeito e ex-senador Ernandes Amorim, de Ariquemes. Mesmo fazendo
parte da relação de pessoas com problemas no TCU, isso não significa que, quem
consta nela está definitivamente fora da disputa. A simples inclusão do nome de
algum gestor por problemas com o TCU, não tira ninguém da disputa. Há
possibilidade de recursos, até que a decisão final seja anunciada pela Justiça
Eleitoral. Alguns dos casos, aliás, já foram resolvidos, mas ainda constam como
atuais. No país inteiro, mais de sete mil gestores foram considerados inaptos
para concorrerem. Grande número deles não estão incluídos em qualquer relação
para participarem do pleito.
PERGUNTINHA
Você sabia que, finalmente a Prefeitura vai começar as
obras de recuperação primeiro da base, cheia de erosão e depois das próprias
Caixas D´Água, símbolos de Porto Velho, para que elas não acabem caindo?
O genial Chico Buarque de Holanda, um talento e milionário franco/brasileiro comunista, porque defende Cuba e os regimes totalitários, mas mora em
Os números, claro, são aproximados e só envolvem valores pagos pelos cofres públicos ao funcionalismo estadual e municipal. Caso se coloq
Feriados, um atrás do outro: alguns poucos festejam e usufruem, mas a maioria apenas paga a conta
São 14 feriados nacionais. São inúmeros estaduais, mas tem também os municipais. Somando todos, se não somos os campeões, estamos no pódio entre o
As autoridades de segurança de Rondônia comemoram uma queda histórica nos índices de criminalidade, neste 2024. Crimes como furtos (meno