Sexta-feira, 2 de abril de 2021 - 09h49
CHEGOU O MAIOR LOTE DE VACINAS DESDE O
INÍCIO DA CAMPANHA : 46.400 CORONAVAC E 5 MIL DA OXFORD
É a maior remessa de vacinas que o
Ministério da Saúde já enviou a Rondônia e a todo o país, num só dia. Quase 9
milhões de doses. Chegou a ser agendada a chegada para o sábado, mas acabou se
confirmando para a quinta. São nada menos do que 51. 400 doses que
chegarão ao aeroporto Jorge Teixeira, a grande maioria da Coronavac (46.400
doses) e uma parte menor, da Oxford/AstraZeneca (5.000 doses). A tendência é
que todo esse número significativo de vacinas seja utilizado apenas para
aplicação da primeira dose, já que, com a expectativa de chegadas mais rápidas
de novos lotes, todos os que a receberem, terão garantida também a segunda
dose. No caso da Coronavac, o prazo é de cerca de um mês e na Oxford, a segunda
dose pode ser aplicada em até três meses. Não custa repetir a orientação da
Secretaria da Saúde, para que os municípios se preparem e agilizem a vacinação
da população, já que há casos de grande demora, mesmo com a vacina já tendo
chegado há vários dias. Até esta quinta, apenas cinco das 52 Prefeituras do
Estado tinham aplicado 100 por cento das doses que receberam. Porto Velho, por
exemplo, ainda estava no patamar de 78 por cento. Prefeituras maiores, como as
da Capital, Ji-Paraná, Cacoal, Vilhena e Ariquemes, entre outras, precisarão
ampliar o número de locais de aplicação das vacinas e tornar o acesso a elas o
mais simples possível, passando por cima de burocracias e empecilhos. Todas as
mais de 51 mil doses que chegaram, em cerca de 48 horas estarão
disponibilizadas nas regionais, centros de distribuição do Estado e mutirões
dos municípios podem ser feitos ainda neste final de semana.
O recorde de
vacinas num só lote, enviadas agora pelo Ministério da Saúde, é o resultado do
aumento paulatino da produção das vacinas. Como Rondônia foi o terceiro Estado
da região norte a receber mais vacinas, é provável que seja resultado da
pressão muito forte de autoridades rondonienses, do governador Marcos Rocha à
bancada federal e aos deputados estaduais, que foram do Presidente da República
ao ministro Queiroga, pedir atenção especial ,neste momento em que vivemos os
piores dias da pandemia. A quarta-feira, por exemplo, foi de apavorar. Quase
1.900 contaminados e mais 58 mortes. Com os números computados até a
quinta-feira, já batemos nos 4.200 óbitos, mais de 188 mil casos confirmados e,
felizmente, 165 mil recuperados. O que assusta, ainda, é a lotação dos
hospitais, com quase 830 internados e uma longa fila de espera nas UTIs, que
não dão conta de tantos doentes graves. O que pode acalmar tudo são as vacinas.
Precisamos chegar logo nos 150 mil imunizados com as duas dosagens, mas ainda
mal passamos dos 96 que receberam a primeira e outros 33.500 que já receberam
as duas. A torcida agora é que, em poucos dias, recebamos mais um lote. Dos
grandes.
IMUNIZAÇÃO JÁ DÁ RESULTADO A IDOSOS E AO PESSOAL
DA SAÚDE
As vacinas
funcionam mesmo? O depoimento do secretário Fernando Máximo, apontando apenas
um dado relacionado com a imunização é relevante. Segundo ele, caiu
drasticamente a internação com sintomas graves e nas UTIs (em quase 80 por
cento), o número de idosos acima de 80 anos que já foram vacinados. Como foi
esse grupo de pessoas que estavam entre as primeiras a receberem o atendimento,
é uma clara demonstração da importância das vacinas. Ainda não há dados
oficiais, mas o número de servidores da saúde contaminados, eles que são da
linha de frente e se tornaram algumas das maiores vítimas do vírus também teria
diminuído acentuadamente. Integrantes de grupos prioritários, o pessoal da
saúde também é prova concreta de que a vacina, seja qual for, está trazendo resultados
positivos concretos. Tem que ficar claro que só com a vacinação em massa –
primeiro dos grupos prioritários e depois, sucessivamente, do maior número de
pessoas – é a única forma de diminuirmos a tragédia que se abateu no nosso país
e no mundo todo.
SIC NEWS RELATA GRAVE DENÚNCIA DE OMISSÃO NO
JOÃO PAULO
O caso,
certamente inédito, foi denunciado no programa SIC News, da SICTV/Record,
apresentado por Everton Leoni e Meiry Santos. Um médico saiu de um
procedimento, no Hospital João Paulo II, direto para a Delegacia. Foi registrar
um Boletim de Ocorrência, denunciando omissão de socorro por parte de técnicos de enfermagem que se negaram a atender
uma paciente que estava morrendo. Os profissionais teriam alegado que não
recebiam para cuidar de doentes com a Covid. O médico, Carlos Augusto Sena
Filho, conseguiu alguns outros técnicos de enfermagem para ajudá-lo a tentar recuperar a vítima, que estava tendo um choque séptico e
morrendo, mas outros se negaram a ajudar. Para tentar salvar a paciente, uma
mulher, o médico tentou toda a ajuda possível, embora tenha tido poucos
participantes na luta para recuperar a doente, através de uma tentativa de
reanimação cardiopulmonar. Não deu certo e a mulher morreu. Revoltado, o dr.
Carlos Augusto registrou a ocorrência, até para se proteger como profissional.
O caso é muito grave e merece profunda investigação. Não é possível que isso
tenha ocorrido, sem que os responsáveis sejam processados e respondam pela
possível omissão que custou uma vida humana.
GRUPO CRIMINOSO PODE TER COMETIDO MAIS DE 100
ASSASSINATOS
São 30
assassinatos confirmados. Mas podem chegar a uma centena. Um grupo de
criminosos, autodenominado “Família Mato Grosso” vem agindo em algumas regiões
do norte, incluindo Rondônia, cometendo os mais terríveis crimes. Alguns dos
seus membros, presos, organizavam, de dentro das cadeias, toda a estrutura da
facção, que incluía chantagem, ameaças e extermínio de dezenas e dezenas de
vítimas. A Polícia Civil de Rondônia começou a desmantelar o grupo, que tinha
uma das suas sedes na cidade de Monte Negro, próximo a Ariquemes, executando
pelo menos 35 mandados de prisão preventiva de bandidos membros da gangue. Um
grupo tão grande como esse, com tantos membros, com uma organização
praticamente empresarial, cada um com uma missão bem orientada, tem que ser extirpado
das ruas. Seus comandantes devem ser mandados para prisões de segurança máxima,
sem qualquer contato externo. Não adianta a polícia prender e, de dentro de
prisões onde tudo é moleza para os detentos, eles continuarem a organizar e
comandar a violência, os assaltos e os assassinatos nas ruas.
COMEÇA A CRESCER MOVIMENTO PRÓ FORMADOS NO
EXTERIOR
Começa a tomar
corpo a possibilidade de médicos formados no exterior trabalharem, em caráter
excepcional e provisório, durante a pandemia. O assunto que fervilha no
Congresso Nacional, chegou também a Rondônia, com toda a força. Na
quarta-feira, o presidente da Assembleia, Alex Redano, comandou uma reunião com
médicos, parlamentares, representantes do Judiciário e do Governo do Estado,
para debater o tema. Os debates entraram noite adentro. O governador Marcos
Rocha participou, via internet, apoiando a ideia. O secretário Chefe da Casa
Civil, Junior Gonçalves, afirmou que o Estado fará de tudo para dar suporte ao
tema, nesse momento em que há grande necessidade de médicos em Rondônia.
Alex Redano disse que um dos encaminhamentos será uma
solicitação assinada pelos 24 deputados estaduais para que o Governo encaminhe
à Assembleia, um projeto de lei para que possa contratar temporariamente esses
médicos, mesmo que eles não tenham sido aprovados no Revalida. Várias outras
alternativas foram analisadas. Já há decisões da Justiça Federal, no sentido de
liberar os médicos formados no exterior, de forma excepcional. Uma delas foi da
Justiça em Criciúma.
MAIS UM PASSO IMPORTANTE NA COMPRA DAS 400 MIL
VACINAS
Notícias sobre o
andamento das negociações da Prefeitura de Porto Velho para a compra de 400 mil
doses da vacina Oxford/AstraZeneca são positivas. O empresário Marcelo Thomé,
presidente da Agência de Desenvolvimento da Capital, que está à frente das
negociações, por decisão do prefeito Hildon Chaves. Anunciadas pelo Prefeito no
início de março, com a participação importante de Thomé, liderando as
negociações, a compra já está acertada com o laboratório, a tal ponto que o
município já abriu uma conta de 20 milhões de reais, para pagamento das doses.
O dinheiro só sai para o cofre do vendedor, depois que as vacinas foram
entregues. O penúltimo passo para que o negócio ande, foi dado essa semana. A
carta de crédito foi emitida e enviada ao fornecedor nesta semana. Agora,
depende da produção e da liberação dos imunizantes, para que se dê o passo
final, que é a chegada das 400 mil doses, para serem aplicadas na população
porto velhense. O jeito agora é esperar e torcer para que tudo funcione como
foi combinado.
UMA VERGONHA PARA O VERDADEIRO JORNALISMO
BRASILEIRO
Em quem
acreditar, depois que boa parte da imprensa brasileira esqueceu de contar a
verdade e passou a contar apenas a “sua” verdade? A transformação da luta
contra a Covid passa por um racha ideológico que já se transformou numa guerra
entre médicos, mas também numa vergonha para a chamada grande imprensa.
Peguemos outro exemplo: o caso do Lockdown decretado pelo prefeito de
Araraquara, em São Paulo , considerado o mais duro já realizado em todo o país.
Se o pobre leitor for se informar nos jornalões como o Estadão e o site da UOL;
ou o telespectador procurar algumas TVs, ambos ficarão sabendo que a medida foi
um sucesso, com queda acentuada no número de mortes. Mas se for ler ou ouvir
por exemplo o jornalista Augusto Nunes, em seu blog no site R7 ou nos programas
da Jovem Pan, vai ser informado de que a medida foi um absoluto fracasso. Para
Nunes, o número de contágios e mortes, que teria caído, segundo o Prefeito, foi
uma comemoração antecipada, porque ele computou apenas sete dias do Lockdown e
não os 14 dias, quando a maioria dos casos da doença eclodiram[SP1] . O sistema hospitalar da cidade continua em colapso. Mas os
dois lados defendem com unhas e dentes suas “informações”. Uma vergonha para o
verdadeiro jornalismo.
LOCKDOWN GAÚCHO: MAIS 33 POR CENTO DE MORTES EM
DUAS SEMANAS
O que não se
pode contestar, contudo, são números. O Rio Grande do Sul vive um duro Lockdown
que chega à sua segunda semana. A tentativa de fechar quase tudo, do governo
gaúcho, foi uma espécie de medida de pânico, porque os casos não paravam de
crescer. E nem as mortes. Quando começou a fase mais dura do fechamento, o
Estado registrava já 15 mil mortes. Nesses cerca de 14 dias do decreto, segundo
dados oficiais da Secretaria de Saúde do RS, o total havia saltado para 20.063
mortes. Ou seja, durante o Lockdown gaúcho, morreram pelo menos mais cinco mil
pessoas, enquanto em toda a pandemia, desde março do ano passado, o total de
óbitos era de 15 mil. Cinco mil sobre 15 mil, significa em poucos dias, um
aumento de 33 por cento sobre o total de vidas perdidas até o início da fase
mais dura do Lockdown determinado pelo governo gaúcho. O que se pode deduzir é
que, ao menos no Rio Grande do Sul, o fechamento duríssimo não teve qualquer
resultado positivo. Os números são indesmentíveis. Não é opinião. É a notícia
verdadeira, que pode, inclusive, ser lida no maior jornal do Estado, Zero Hora,
ligado ao grupo Globo. O link é https://gauchazh.clicrbs.com.br/coronavirus-servico/noticia/2021/04/rs-ultrapassa-20-mil-mortes-por-coronavirus-subindo-da-14a-para-oitava-pior-mortalidade-do-brasil-em-duas-semanas-ckmz8mt5h005j016u0wux4fu5.html.
PERGUNTINHA
Você sabia que nesse novo lote de vacinas recém chegadas, cerca de 800 doses serão utilizadas para o início da vacinação do pessoal da segurança pública, agora incluído nos grupos de risco?
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