Sábado, 1 de junho de 2019 - 07h22
O sábado, 1º de junho, marca os primeiros 150 dias do governo de Marcos Rocha. Embora ele tenha sido alvo de cobranças exageradas, como se já estivesse no poder há longo tempo, é bom que se sublinhe os apenas cinco meses no poder. Nesse período, Rocha enfrentou turbulências, porque, embora sem estar quebrado como a maioria dos estados brasileiros, Rondônia tem folga zero nos seus cofres. Conseguiu manter os pagamentos em dia; faz uma reestruturação administrativa profunda, que ainda dá os primeiros passos; criou planos de combate à corrupção; melhorou as relações com os poderes e principalmente com a Assembleia. A inexperiência de alguns membros do novo Governo, eventualmente atrasaram aqui e ali pequenas medidas, mas no contexto geral, os primeiros meses de Rocha precisam ser avaliados como positivos, sob pena de se cometer injustiça. O que de melhor aconteceu nesse período e em que área? Certamente foi na saúde pública. A começar pela escolha do secretário. O médico Fernando Máximo é um workaholic, daqueles que começam a trabalhar às seis da manhã e vão até dez, onze da noite. Um dos seus melhores resultados foi em relação ao João Paulo II. Sempre superlotado, mesmo com todo o esforço das suas equipes, ali há enorme dificuldade para atender tanta gente. Pelo menos 60 pacientes estavam no chão do hospital ou ficavam numa área apenas encoberta, onde, em suas macas e camas, eram atingidos pelo sol e pela chuva. Em pouco tempo, Máximo e seu time tiraram esses doentes da situação caótica. Através de convênios, eles foram levados para hospitais particulares. Há mais de três semanas, mesmo com a mesma hiperlotação de sempre, o João Paulo não tem mais nenhum doente exposto às agruras do tempo. Há quem diga que era fácil resolver. Por que então não foi resolvido antes? Óbvio: porque era sim muito, mais muito difícil.
Rocha tem, daqui para a frente, muitos outros desafios, um mais pesado que o outro. Mas está cumprindo suas promessas de campanha. Seu governo, ao menos até agora, não tem um só fio de cabelo para se contestar, em termos de lisura e cuidados com o dinheiro público. O Estado vai ficar menor, com diminuição significativa de cargos e gastos com comissionados. Muito do dinheiro de programas estaduais – a começar pelos da área social – serão entregues para a gestão das Prefeituras. Conter gastos e enxugar a máquina não são só discurso de campanha, pelo que se está se vendo. E de ruim, o que se pode registrar nesse governo recém começado? Alguma inexperiência política, perda de tempo com questões secundárias, falta de uma visão para uma ampla divulgação de informações à comunidade; demora em tomadas de medidas para resolver questões urgentes. Tudo isso, coisas simples de se resolver. Rocha tem ainda três anos e sete meses no poder. A continuar no ritmo do que fez em cinco meses, pode-se esperar então, uma grande e real mudança, para melhor, nessa nossa Rondônia. Tomara que seja assim!
TCE DOA 50 MILHÕES PARA PRONTO SOCORRO
O Tribunal de Contas de Rondônia entra para a história como um parceiro do Governo. Mas não só parceiro no discurso, na conversa, na solenidade. Entra com dinheiro. E com muito dinheiro. Só para a construção do novo hospital de Pronto Socorro de Porto Velho (que era Heuro e agora não se sabe como será chamado), serão destinados 50 milhões de reais. Para o Iperon, outros 25 milhões de reais. E de onde veio essa grana toda? Simples: economizando, cortando gastos, optando por não investir em prédios suntuosos, diminuindo de tamanho, sem diminuir a qualidade do serviço que presta. O TCE-RO, caso imitasse o mesmo do mesmo de outros órgãos, que são municiados com dinheiro público, estaria construindo uma sede nova, envidraçada, com ar condicionado até nos banheiros, com salas majestosas, como é comum neste país de povo pobre e poderes ricos. O presidente Edilson Silva e todos os demais conselheiros (são sete), decidiram, por unanimidade, não só dar exemplo a quem o TCE cobra probidade e cuidado com dinheiro dos impostos do contribuinte, mas, mais que isso, ser participante ativo, para buscar melhorias concretas para a saúde da população. Isso não dá um orgulho na gente, pelo exemplo que é daqui mesmo, da nossa Rondônia? Claro que dá!
FISCALIZANDO CADA CENTAVO
A decisão do TCE foi anunciada nesta quarta, durante encontro dos dirigentes dos poderes, que se realiza mensalmente. Foi uma agradável surpresa para o governador Marcos Rocha e para a estrutura a saúde do Estado, já que não havia, a princípio, qualquer chance de se conseguir recursos federais, ao menos a curto e médio prazos, para que se pudesse começar o processo da construção da obra, que é vital para a estrutura da saúde, na medida em que o João Paulo II está “explodindo”, em termos de lotação. Edilson Silva apresentou, durante o encontro, detalhes sobre vários problemas com a licitação anterior, para a obra do Heuro, que nunca saiu do papel por erros, alguns grosseiros, na produção do detalhamento do projeto. O próprio governador Marcos Rocha concordou que da forma como o projeto anterior havia sido feito, havia sim problemas que poderiam ser insanáveis. Agora, com a nova parceria formada, a partir da entrega de 50 milhões de reais do TCE, desde que sejam usados nas obras do novo pronto socorro, o Governador se disse aliviado. A tal ponto que, na quinta, fez uma visita surpresa ao Tribunal, para agradecer pessoalmente a todos os conselheiros o grande apoio que é dado à sua administração. O novo processo para a obra começa em breve e o TCE=RO, é claro, vai fiscalizar a aplicação de cada centavo, que está saindo do sacrifício do poder , para ajudar Rondônia.
ARRAIAL SEM OS GRUPOS FOLCLÓRICOS
Quebrou o pau! A Federação das Quadrilhas e Boi Bumbás de Rondônia (Federon) anunciou nesta quinta, numa longa, imensa nota oficial, que não vai participar do Arraial Flor do Maracujá, nesse ano programado para o período de 28 de junho a 7 de julho, no Parque dos Tanques. Há uma batalha muito forte entre a entidade e a Sejucel, a secretaria de Estado e que coordena as ações culturais. Há uma dura batalha de entrevistas, declarações, golpes e contragolpes, como no boxe, entre os dois lados. Que, ao invés disso, deveriam é estar conversando, para aparar as arestas e manter uma festa que chega aos 39º ano e é um destaque no calendário de eventos do Estado. A Federon tem atacado duramente o secretário Jobson Bandeira dos Santos e ele, por sua vez, tem feito também duras críticas a entidade. Esse assunto, aliás, é o tema do programa Direto ao Ponto, deste sábado, na Record News (Canal 31 na TV aberta e 331 na SKY), a partir das 10h30 da manhã. À noite, a entrevista com o secretário Jobson, que vai explicar o que realmente está acontecendo, a entrevista estará disponível, na íntegra, no site Gente de Opinião. A apresentação é de Sérgio Pires.
´”É UM ESCÁRNIO Á DEMOCRACIA. É BADERNA”!
Indignado com o que esta acontecendo na confluência das BRs 364 e 425, em direção a Guajará Mirim, interditadas durante longo período, o engenheiro do Dnit, Emanuel Nery, enviou comentários à coluna, protestando contra a situação. Eis alguns trechos do relato, entre aspas...“Estou em diligência na BR 364 e surpreendentemente me deparei com um bloqueio no entroncamento com a BR 425. O bloqueio é feito por moradores da vila da Penha que reivindicam transporte escolar e aula para seus filhos, que segundo alguns deles estão a dois anos fora da escola. Tem pacientes com câncer, pessoas com cirurgia marcada que não estão podendo passar, além de mais de 500 pessoas impedidas de passar de um lado e outro. Fui aos manifestantes, falei em nome do DNIT que é o órgão que represento, que é o titular da representação do patrimônio rodoviário federal. Expliquei a eles que, embora o direito de protestar seja legítima, a forma e o local não o são. Que caso eles resistissem, teríamos que requerer o uso da força. Fui agredido verbalmente, de todas as formas. Requeri a Polícia Rodoviária Federal para que viesse ao local para fazer a desinterdição da via. O nenhum direito é absoluto na ordem jurídica brasileira e isso que está acontecendo é um escárnio à democracia: é baderna, é bagunça. Sob nossa competência isso não será aceito”. Até o meio da tarde, a PRF tinha ignorado os apelos do representante do Dnit e não mandou ninguém para a região. Já perto do final da tarde, os manifestantes abriram a rodovia. Mas promete3ram fechá-la novamente na manhã dessa sexta.
CABEÇA CONTRA CABEÇA
Afinal, o jovem deputado federal Expedito Neto, do PSD, foi ou não foi agredido por seu colega, o paraibano do PSL, Julian Lemos? Houve sim troca de ofensas e cabeça encostada em cabeça, mas não houve a agressão que Expedito Neto alega e que o levou a denunciar o adversário ao Conselho de Ética da Câmara. Muito teatro e pouca ação, mas mesmo assim o assunto virou notícia nacional. Ainda mais que Julian é próximo ao presidente Jair Bolsonaro e a grande mídia tratou de correr a alardear tal ligação. Na sessão em que ocorreu o incidente, Julian teria empurrado o deputado Edmilson, do PSOL do Pará. Expedito Neto não gostou da atitude e interpelou Julian, que, aliás, é enorme, um armário de oito portas, colocando o caso com uma pitada de humor. Os dois então se postaram como dois touros bravos, cabeça com cabeça e Julian teria empurrado com mais força. Foi um ato que deslustra a presença dos dois parlamentares no Congresso, mas que ficou muito longe de uma agressão. Mesmo assim, como os ânimos andam mesmo acirrados e qualquer motivo se transforma em mote de guerra política e ideológica, o assunto ainda deve render por mais alguns dias. Não mais que isso.
LÁ VEM OS CHINESES COM SEUS BILHÕES!
Ainda não há muitos detalhes, mas é bom que nos preparemos para eles: os chineses vêm aí, com milhões e milhões de dólares, com seus bilhões de reais para pesados investimentos em Rondônia. Estão muito perto de fecharem negócio para a compra da hidrelétrica de Santo Antônio. Aliás, o negócio estaria fechado há muito tempo, mas ainda não foi anunciado publicamente. Em breve, outro setor importante começará a ter capital chinês, em parceria com empresas brasileiras. Tudo ainda é muito sigiloso, os detalhes são tratados a portas fechadas, mas que ninguém se surpreenda se, daqui a alguns meses, se começar a ouvir falar numa futura reativação do sistema de transporte de cargas por trem, em Rondônia. Pode parecer algo inalcançável, até porque o assunto chegou perto de andar diversas vezes, mas nunca saiu do papel. O que se falava é na possibilidade de construir eclusas no rio Madeira, para torná-lo navegável até Guajará Mirim, na fronteira da Bolívia. A intenção era trazer minério e produtos da Bolívia, mas principalmente manganês para ser exportado pelo porto da Capital. O problema é que o investimento para as eclusas seria várias vezes maior do que voltar a ativar a ferrovia Madeira/Madeira. Ainda vamos ouvir falar muito nesse assunto.
PERGUNTINHA
Você achou um grande sucesso ou apenas uma manifestação política partidária pífia, os protestos desta quinta, contra o governo Bolsonaro e os cortes na Educação, ocorridos em 22 cidades do país?
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