Quarta-feira, 31 de janeiro de 2024 - 07h05
Nem um passo atrás. Numa longa entrevista concedida a Everton
Leoni, no programa SIC News (SICTV/Record, de segunda a sexta, 20 horas), com
algumas perguntas que deixariam um político inexperiente numa saia justa, o
senador e ex-governador Confúcio Moura não só deixou clara sua posição à
esquerda, firme aliado do governo Lula, como ainda reafirmou que tomaria novamente
todas as decisões que tomou quando governou o Estado. Inclui-se aí, com maior destaque,
as tomadas em relação às questões ambientais. Ele defendeu que a criação de
onze áreas de proteção (elas foram criadas no último dia no ano, quando a
Assembleia Legislativa não podia mais mudar nada!) foram necessárias e
importantes para a preservação da nossa floresta. Neste particular, Confúcio
lembrou que as áreas eram “pequenas pontas de outras já existentes”, mas,
claro, não se aprofundou no assunto, para falar, por exemplo, naquelas em que
havia comunidades formadas e produzindo, algumas há décadas. Também foi clara
sua fala em relação ao governador Marcos Rocha, contra quem mostrou irritação,
embora diga que o assunto está no passado. Não foi claro quando questionado se
será ou não candidato à reeleição ao Senado ou ao Governo, em 2026. Esperto,
experiente, com uma longa vida pública, Confúcio Moura preferiu ficar em cima
do muro, nestas questões, dizendo que é muito cedo para tratar do assunto. Mas,
na prática, suas ações confrontam essa indecisão. Principal nome do MDB no
Estado, consolidado agora com sua ligação muito próxima a Lula (o líder do
governo no Senado, Randolfe Rodrigues, disse que Confúcio é o senador que Lula
mais admira) o rondoniense já conseguiu mais de 1 bilhão de reais em emendas
para atender seu Estado.
Confúcio Moura, aliás, é quem está alinhavando os acordos para
as eleições municipais, incluindo-se aí, lógico, a cereja do bolo: a Prefeitura
de Porto Velho. Tem conversado muito dentro do partido, mas também fora dele.
Tem se aproximado do PT local, porque Fátima Cleide se torna um nome cada vez
mais forte para concorrer agora em outubro, mas também conversa com outra
importante liderança na Capital, o professor e advogado Vinicius Miguel, do
PSB. Hoje, para as disputas nas principais cidades do Estado, é Confúcio Moura
quem tem carta branca do MDB para conversar, acertar nomes e rumos. Está muito
poderoso, ao menos da porta para fora do Estado. O problema dele, agora, é
convencer o eleitorado conservador de Rondônia que quem está certo é ele e não
quem o contesta. É missão difícil? Claro que é. Mas não para Confúcio Moura e
as décadas de jogo de cintura que aprendeu na política. E que ninguém se
surpreenda se, lá em meados de 2026, ele esteja ministro do atual governo e
decida concorrer mais uma vez ao Governo. Confúcio parece eterno, na política
de Rondônia!
BAGATTOLI
PROPÕE QUE METADE DAS BOMBAS DOS POSTOS NO BRASIL POSSAM SER USADAS DIRETAMENTE
PELO CONSUMIDOR
O senador rondoniense Jaime Bagattoli tem tido um mandato
combativo e sempre em defesa do agronegócio, da liberdade individual e
econômica e das pautas conservadoras. Disse a que veio, ao seu eleitorado.
Agora, está defendendo outro projeto que já causa polêmica mesmo antes de
andar, nas comissões do Senado. O primeiro passo será andar na Comissão de
Defesa do Consumidor. Trata-se da autorização para que os postos de
combustíveis do país, possam ter ao menos metade de suas bombas com sistema de
autosserviço, ou seja, em que o próprio consumidor poderia abastecer seu
veículo, como é comum, por exemplo, nos postos dos Estados Unidos. Bagattoli
enumera uma série de sugestões para permitir que o combustível chegue com um
preço menos alto para o consumidor final e, para ele, essa seria mais uma forma
de reduzir os custos na etapa da distribuição final, permitindo que a
diminuição chegue ao bolso de quem vai abastecer seus veículos. Ele lembra que
a medida isolada não resolverá o problema, mas que, associada a muitas outras,
pode atingir o objetivo principal: que o brasileiro encha o tanque dos seus
veículos com preço bem menor do que para hoje. O senador defende que, com as
novas tecnologias, não há maior risco do próprio cliente abastecer seu veículo.
O problema agora é convencer a estrutura histórica do sindicalismo, que não
quer nem ouvir falar no assunto.
PONTE DE ALTO
PARAÍSO TEVE 16 VIGAS DE 45 TONELADAS E ESTRUTURA FORTE PARA SUPORTAR MUITAS
DÉCADAS SERVINDO À POPULAÇÃO
Uma ponte de 15 milhões e 800 mil reais poderia ter custado muito menos,
caso não precisassem ser construídos os pilares e outros equipamentos
importantes, para lhe dar toda a segurança e um tempo de vida que pode
significar décadas e mais décadas. A
comparação é com a ponte comunitária de Nova Roma do Sul, uma pequena comunidade
gaúcha que reconstruiu a sua, metálica, com apena 6 milhões e meio de reais,
enquanto o governo do Estado do RS a orçava em 25 milhões. Explica-se aí os
motivos pelos quais, em Rondônia, uma ponte com quase a mesma extensão, mas de
concreto e com obras secundárias, inclusive asfalto antes e depois, custou
cerca de 8 milhões e meio a mais. Exatamente porque no caso gaúcho, foram
aproveitados pilares centenários da ponte que foi levada e aqui, para sustentar
a nossa, apenas como comparação, foram utilizadas 16 vigas, cada uma delas com
32 metros e pesando 45 toneladas. Não fosse este investimento todo, na
comparação com os gaúchos, nossa ponte de Alto paraíso custaria mais ou menos o
mesmo do que a de Nova Roma. Na inauguração da ponte na RO 459, que liga a BR
364 até a cidade de Alto Paraíso. Ali, onde a ponte antiga foi levada, a cidade
ficou quase isolada, apenas sendo servida por uma balsa, desde 2019. A obra foi
interrompida por problemas com a empresa que a executava, mas nessa semana foi
entregue com grande festa na comunidade. O governador Marcos Rocha, o diretor
geral do DER, Eder Fernandes, deputados federais, estaduais e autoridades da
região prestigiaram o evento. Rocha comemorou a entrega da ponte e, empolgado, brincou
de fazer flexões, ao lado de alguns assessores, além de caminhar pela obra com
uma grande bandeira que mistura a do Brasil e de Rondônia.
ALÉM DE MARIANA
CARVALHO E FÁTIMA CLEIDE, MAIS TRÊS MULHERES APARECEM COMO NOMES VIÁVEIS NA CAPITAL
A corrida pela Prefeitura de Porto
Velho continua fervendo, mas só nos bastidores. Das porta para fora, poucas informações
concretas se tem sobre a disputa, que, mais uma vez, deverá ser das mais
pesadas, em termos de nomes de qualidade. Já há nomes fortíssimos para a
corrida e todos eles já são conhecidos. Mas há ainda outras possibilidades, que
podem surgir não só encabeçando chapas, mas também concorrendo à
vice-prefeitura. Uma das principais dúvidas é do PT. Embora só se fale no nome
de Fátima Cleide, ela não deu um pio, ao menos publicamente, se vai ou não
entrar na briga. O que se sabe é que ela teria ouvido um pedido do próprio
Presidente Lula para que dispute. Não há, contudo, informação oficial sobre
isso. Há, no lado oposto, dois mulheres ligadas à direita que podem
surpreender. Uma delas já disputou uma eleição: a médica Flávia Lenzi foi vice
na chapa liderada por Marcos Rogério ao Governo e teve performance elogiada na
campanha. Outra é a empresária Sofia Andrade, bolsonarista ao quadrado, que aparece
tanto para um nome para a Prefeitura, como para vice ou, ainda, para disputar
uma cadeira à Câmara de Vereadores. Por fim, há a vereadora Elis Regina, que a
princípio concorrerá à reeleição, mas anda sim sendo sondada para voos mais
altos. A nove meses do pleito, nomes não faltam. Só a depuração natural vai
dizer quem, estará na reta final!
EMPRESAS
ENVOLVIDAS NA LAVA JATO MUDAM DE NOME, EM BUSCA DE APAGAR UM PASSADO EIVADO DE
ROLOS
Mudar de nome para quem está ou esteve enrolado com a
Justiça, para quem cumpriu pena; quem sempre se envolveu em rolos é,
obviamente, proibido para alguém que tenha o rabo tão imenso, que se arrasta
por quilômetros. Mas não o é para grandes empresas, que por coincidência, todas
estiveram envolvidas na maior operação de corrução e roubo do dinheiro público
da História do Planeta, a Lava Jato. Por exemplo: a Odebrecht (aquela mesma,
cujos diretores fizeram delação premiada, mas praticamente todos os denunciados
por eles estão livres, leves e soltos, mesmo aqueles que confessaram seus
crimes) agora se chama Novonor. Alguém aí já ouviu falar? E a OAS, não por
coincidência envolvida até o talo nas denúncias, mas que está aí, no mercado,
como se nada tivesse acontecido? Ah, agora ela se chama METHA, um nome
desconhecido da imensa maioria dos brasileiros e, claro, com a nomenclatura
limpa, já que desde que mudou, não se envolveu em nenhum rolo. E a Queiroz
Galvão? Ah, dessa também se lembram todos os brasileiros que não são fanáticos
pela impunidade, que fazem de conta que nada aconteceu; Agora a empresa tem o
singelo nomezinho de ALYA. Também mudou de nome a Pfizer (aquela das vacinas),
que agora se chama Viatris. Usando um pouco
de ironia, se poderia sugerir que, caso a lei permitisse, Fernadinho Beira Mar
poderia passar a se chamar Luís Carlos. É só uma sugestão!
INVESTIMENTO PESADO NA SEGURANÇA PÚBLICA: RECURSOS FEDERAIS E DO ESTADO
SOMAM MAIS DE 83 MILHÕES DE REAIS, ANUNCIA SESDEC
O secretário de segurança do Estado, coronel
Felipe Vital, na anunciou, nesta semana, que pelo menos 83 milhões de reais já
foram investidos na compra de armas, equipamentos e outros itens que são
fundamentais para as nossas polícias atuarem em defesa dos rondonienses. Deste
total, mais de 32 milhões são de recursos próprios do Estado. Outros 44 milhões
e 700 mil vieram do Fundo Nacional e da Secretaria Nacional, ou seja, de
dinheiro federal. O restante, de várias outras fontes, incluindo os mais de 5
milhões e 300 mil do Fundo Especial do Corpo de Bombeiros. Todos esses recursos
permitam a compra de caminhões, drones, fuzis de ata precisão, armas
automáticas israelenses e uma série de equipamentos de segurança pessoal, Tudo
será distribuído no sistema de policiamento tanto da Capital como de cidades do
interior, incluindo algumas de menor população, como São Miguel do Guaporé de
Colorado do Oeste, apenas como dois exemplos. As entregas incluem equipamentos
de informática, de tecnologia, veículos e armamentos para auxiliar as forças de
segurança civis e militares durante seus trabalhos de patrulhamento e
investigação. Segundo Vital, “Os investimentos tem como objetivo fortalecer e
aprimorar a capacidade operacional das forças de segurança, que incluem as Polícias
Civil - PC e Militar - PMRO, além do Corpo de Bombeiros Militar”.
DOENTE
E SEM ACESSO A TRATAMENTO ESPECIALIZADO: DEPUTADA PEDE AO STF QUE LIBERE
SALÁRIOS BLOQUEADOS DO HOMEM DO TEMPO
Foi apenas uma vitória parcial. A liberdade provisória do
jornalista William Ferreira, o Homem do Tempo, depois de onze meses de prisão,
sem qualquer acusação formal contra ele, o encontrou hospitalizado, onde ainda
está, com dois problemas sérios de saúde: um câncer de próstata, em estágio
inicial e uma mancha no pulmão, cuja causa ainda é desconhecida, mas pode ter
ligação com um prisão tão longo de cadeia. Mesmo com a soltura provisória
decretada, o próprio ministro Alexandre de Moraes que a deu, depois de pressões
de vários parlamentares, principalmente da deputada federal Cristiane Lopes,
manteve o bloqueio dos vencimentos de William como PM aposentado. Com isso, nem
ele e nem sua família tem renda para sobreviver. Embora sob tratamento pela
saúde pública, o Homem do Tempo precisa de mais medicamentos e busca de tratamento
para seus males. Nesta semana, a deputada Cristiane voltou à luta. Enviou ao
STF novo ofício, descrevendo a situação do jornalista e fazendo um apelo para que
ele possa usufruir dos salários a que tem direito. Em um dos trechos do pedido,
Cristiane Lopes afirma que “há necessidade de equilibrar medidas judiciais com
o acesso a meios básicos de subsistência, especialmente quando se trata de
questões de saúde e a sustentação de uma família, é fundamental e precisa ser
revisto”. O ofício da parlamentar não teve resposta, ao menos até o final da
terça-feira.
NUM ENREDO
ASSUSTADOR, MADURO E UM JUDICIÁRIO AMESTRADO ACABAM COM A OPOSIÇÃO À DITADURA
NA VENEZUELA
São personagens
diferentes, mas o enredo parece conhecido. O governo do ditador Nícolas Maduro
acabou definitivamente com qualquer resquício de oposição em seu país. Com
apoio da Suprema Corte, toda ela mancomunada com a ditadura cruel vigente no
país, os dois principais concorrentes de Maduro, que o venceriam facilmente em
qualquer eleição limpa, estão impedidos de concorrer. Tanto Henrique Capriles,
que chegou a se apresentar como Presidente de fato, embora tenha sido muito
pouco levada a sério como a fortíssima até há pouco candidata Maria Corina
Machado, estão fora do páreo, porque a Justiça/Ditadura condenou a ambos,
proibindo os dois de terem qualquer atuação na vida pública por 15 anos. Foi
assim, avançando sobre os direitos individuais; exterminando opositores ou
impedindo de disputar qualquer eleição,
com a parceria lamentável e criminosa de magistrados, que deveriam defender o
povo e o país e não os ditadores, que a
Venezuela se afunda cada vez mais como um país onde povo é escravizado e só se salva mesmo quem
está no poder ou ao lado dele ou, ainda, os que desistem e deixam tudo para
trás, indo mendigar sobrevivência em outros países, como o Brasil. Tomara que
se abra os olhos em outras Nações, onde possa haver o risco de repetição do
drama venezuelano.
PERGUNTINHA
Na sua
opinião, o que causou um rombo de 230 bilhões de reais nas contas do governo
federal em 2023, o que representa um déficit de 2,1 por cento do PIB, depois de
um superávit de mais de 54 bilhões no ano anterior?
Os números, claro, são aproximados e só envolvem valores pagos pelos cofres públicos ao funcionalismo estadual e municipal. Caso se coloq
Feriados, um atrás do outro: alguns poucos festejam e usufruem, mas a maioria apenas paga a conta
São 14 feriados nacionais. São inúmeros estaduais, mas tem também os municipais. Somando todos, se não somos os campeões, estamos no pódio entre o
As autoridades de segurança de Rondônia comemoram uma queda histórica nos índices de criminalidade, neste 2024. Crimes como furtos (meno
Rocha faz discurso na COP 29 e pergunta: “quem vai pagar para que a floresta fique em pé”?
Depois da China, o Azerbeijão. O périplo internacional do governador Marcos Rocha, que começou na Feira Internacional de Importação e Expor