Sexta-feira, 1 de maio de 2020 - 08h56
COVID 19:
CONTRATO DO GOVERNO COM O PRONTOCORDIS CORRE RISCO DE NÃO SER ASSINADO
O aluguel de parte do
Prontocordis pelo Estado, para atender pacientes da terrível pandemia do
corona vírus, está causando polêmica, a tal ponto de que o acordo possa nem ser
assinado. Os principais atores envolvidos nesse contexto foram ouvidos por este
blog. Todos têm suas razões e as defendem com os melhores argumentos. Não há um
só fio de cabelo que possa se criticar na posição de cada um. Mas, em plena
calamidade pública, uma solução que seria viável, ainda que paliativa, pois não
seria a única necessária, pode acabar não mais se concretizando. A questão
surgiu a partir de um vídeo do deputado Jair Montes, dizendo, em resumo, que o
Tribunal de Contas poderia inviabilizar as negociações e que elas seriam
suspensas. O presidente do TCE/RO negou com todas as letras. O conselheiro
Paulo Curi Neto disse que, ao contrário, o Tribunal tem tentado facilitar
tudo, coisa que não faria não estivéssemos enfrentando uma pandemia e uma
calamidade pública. Sublinhou, contudo, que o TCE apenas pediu algumas informações,
através da emissão de um alerta, ao Controlador Geral do Estado, que poderiam
ser dadas durante o andamento do contrato. A Secretaria de Saúde, antes de
anunciar publicamente a intenção do contrato, levou os detalhes ao Ministério
Público e ao TCE, dando conhecimento dos detalhes. Nenhum dos dois órgãos deu
qualquer autorização prévia, até porque a responsabilidade do contrato é do
gestor e os dois organismos podem, apenas, dar orientações para evitar erros.
Posteriormente, o caso específico será devidamente fiscalizado. Não agora, em
plena pandemia. Imaginava-se que, a partir daí, com as partes de controle
e do governo tendo se comunicado, estava tudo resolvido.
O problema foi que, quando a
direção do hospital recebeu as exigências de respostas a questionamentos sobre
os detalhes do acordo, seus advogados orientaram os diretores a não o
assinarem. Há informações que, segundo o Prontocordis, são impossíveis de se
dar com antecedência. Um exemplo é a previsão de custos dos pacientes. Como
cada um pode ter um tipo de tratamento diferente, o custo final será,
necessariamente diferente. Não há também como prever qual o lucro que o
Hospital terá, exatamente porque não há como prever todos os gastos com os
doentes; nem todos os medicamentos que serão aplicados; nem todos os
profissionais que estarão envolvidos. Afora isso, a direção do hospital fez sua
proposta há mais de um mês, quando os custos eram bem menores. Exemplo: uma
caixa de máscaras cirúrgicas, que custavam 5 reais, hoje já custa 150: 2.950
por cento a mais. Orientados por seus advogados, os diretores do
Hospital temem que, “daqui a alguns anos, se aparecer denúncia de que não foi
fornecida uma Cibalena que estava no contrato”, eles possam ser processados e
condenados. Como o comando do Prontocordis é de uma família tradicional de
Rondônia, eles não aceitam correr esse risco. Ou seja: hoje o contrato
emergencial do Governo com o Prontocordis não seria assinado. E agora?
NOVAS
CONVERSAÇÕES
Ainda sobre o mesmo assunto:
as conversações vão continuar. O Prontocordis deve dar sua posição à Sesau e
aos órgãos de controle, inclusive alertando de que há cláusulas do contrato que
não tem como cumprir, que poderão ser renegociadas, firmando uma parceria que
também beneficie o paciente que ali for atendido, assim como os interesses do
Estado. O secretário Fernando Máximo continua afirmando que, com a lotação do
Cemetron, é urgente a decisão de se ter opções para internação de pacientes. O
TCE RO reafirma que o hospital tem condições de dar as respostas aos questionamentos,
até por sua longa experiência na área da saúde e que isso vai, ao invés de
prejudicar, ajuda-lo inclusive para eventuais correções de custos do contrato,
no futuro. Já a direção do Prontocordis vai aguardar novas conversas, para ver
se ainda é viável e possível fechar o acordo. Enquanto tudo isso acontece, o
corona vírus avança, também em Rondônia.
COMEMORAR O
QUE NO DIA DO TRABALHO?
É um Dia do Trabalho em
que os trabalhadores brasileiros nada têm a comemorar, muito menos terem
esperança de dias melhores. Além da enorme taxa de desemprego que assola o país
desde o fim dos governos petistas, a pequena reação no mercado parou e
retrocedeu, em poucos dias, por causa da infindável crise causada pela pandemia
do corona vírus. A taxa de desemprego no país, que estava em torno de 12,5 por
cento antes do isolamento social, já atingia mais de 13 milhões e 500 mil
brasileiros. Afora isso, 40 milhões viviam na informalidade, até que a doença
chegasse a patamares assustadores no país. Quando se começava a sentir uma
pequena melhora nos índices de emprego e uma saída também lenta da
informalidade, ocorreu a tragédia do corona e, na verdade, hoje algo em torno
de 55 milhões de brasileiros estão praticamente sem renda. Comemorar o que,
então, nesse Dia do Trabalho?
A
ESPERANÇA DOS 600 REAIS
Em Rondônia, a situação é
um pouco menos complexa do que a nacional, porque já tínhamos níveis de
desemprego abaixo da grande maioria dos Estados. Em outubro do ano passado,
dados oficiais do IBGE apontavam que a taxa rondoniense não passava dos 7,5 por
cento da força de trabalho. Medidas tomadas pelo governo estadual para
fortalecer a economia apontavam para uma redução bastante significativa desse
índice. O problema é que todos os planos foram ficando pelo caminho, na medida
em que, também aqui, os esforços foram dedicados a tentar conter a
incontrolável Covid 19. Milhares de rondonienses que viviam da informalidade
também se viram sem renda alguma e hoje, como ocorre em todas as cidades
brasileiras, se amontoam em agências da Caixa Federal, tentando receber a ajuda
de 600 reais do governo federal.
SALÁRIOS
GARANTIDOS, POR ENQUANTO...
Rondônia tem, ao menos por
enquanto, algumas particularidades que podem diminuir a força da recessão que
está chegando com toda a força. Primeiro, a economia do contra cheque, que é
fortíssima ainda e que garante salários pontuais a pelo menos 50 mil servidores
do Estado, sem contar os milhares que trabalham em Prefeituras e Câmaras
municipais. O problema é que a arrecadação está caindo. No Estado, já bateu na
porta do menos 13 por cento, Em Ariquemes, por exemplo, onde a Prefeitura
contava arrecadar 1 milhão e 700 mil reais esse mês, entraram em seus cofres
pouco mais de 300 mil reais. Se a crise continuar por muito tempo, com o
isolamento e a falta de produção (onde não há produção, não há imposto), em 60
dias nem o Estado nem as prefeituras terão mais recursos para pagar os salários
dos seus funcionários. Há ainda uma pequena esperança no agronegócio, que é a
mola propulsora do nosso crescimento muito acima da média brasileira. Mas ele
também pode ser afetado, caso continue a situação trágica que o corona vírus
trouxe ao Brasil e ao mundo todo. É, enfim, um Dia do Trabalho, feriado, em que
não se pode comemorar. E nem sair de casa. Pior ainda: estamos entrando agora
no pico da doença. O que será de nós, se essa praga não for contida logo?
JUÍZES
TENTARAM DAR EXEMPLO. MAS...
Todos os brasileiros devem
se sacrificar um pouco, cada um dentro de suas possibilidades, mas as formas de
enfrentar o momento de extrema dificuldade requer mesmo renuncia, alguns mais,
outros menos. Todos? Claro que não. Há uma casta onde abrir mão de qualquer
benefício é impensável. Um desses exemplos ocorreu, em Pernambuco, onde os
magistrados do Tribunal de Justiça decidiram que, durante a pandemia, deveriam
abrir mão de alguns benefícios, como férias durante o período em que estão
trabalhando em casa e outros auxílios especiais, legalmente incluídos nos seus
vencimentos. Os pernambucanos deram um exemplo ao país. Mas não sua
Associação, que ingressou com ação no Conselho Nacional de Justiça, exigindo
que nem um centavo e nem um só benefício fossem cortados. A conselheira Maria
Cristina Simões Ziouva, representante do Ministério Público, relatou o caso, na
entidade e deferiu a liminar,, suspendendo vários artigos da Portaria
emitida pelos magistrados de Pernambuco. Determinou ainda que “seja agendada
reunião prévia do Comitê de Gestão de Crise do Tribunal, em conjunto com a
Associação Requerente, para dialogarem e assim convergirem sobre as melhores
medidas adotadas para a efetivação do contingenciamento”. Como se vê, todos não
são todos. Alguns são intocáveis, mesmo em situação de calamidade.
HIRAN
GALLO: DE OLHO NA CORRUPÇÃO!
Um dos mais respeitados
médicos rondonienses, um líder nacional da categoria, o dr. Hiran Gallo,
diretor do Conselho Federal de Medicina e seu futuro presidente, também tem
feito alertas sobre o que anda acontecendo com as questões da Covid 19 e
principalmente, aos riscos de desvios de dinheiro público, dos que se
aproveitam desse tipo de crise para aumentar ainda mais a corrupção neste país.
No programa Papo de Redação, na Rádio Parecis FM, nesta quinta, Everton
Leoni, um dos Dinossauros divulgou mensagem enviada a ele pelo nosso
representante da classe médica junto ao maior órgão federal da categoria. Hiran
Gallo escreveu: “o isolamento Social é intuitivo. Abandonaram os pacientes com
doenças crônica; causaram muito pânico em nossa sociedade. E a nossa Economia,
como vai ficar ? Políticos demagógico estão se aproveitando da situação
de calamidade pública, incentivando a precarização da saúde e a corrupção tem
nome e sobrenome: alguns governadores, prefeitos e secretários de saúde Até
quando iremos suportar essa orgia com o dinheirinho público?”, questionou o
diretor do CFM.
A REAÇÃO
CONTRA O CRIME
Enquanto houver tantas
leis espúrias, doentias, de proteção a criminosos, a sociedade se sentirá
insegura e, infelizmente, acabará reagindo de forma que não deveria. Mais um
caso desses parece ter ocorrido em Porto Velho, essa semana, como exemplo
clássico de como a impunidade é um grande risco, sob todos os aspectos. Um
desses malandros, que vivem pelo centro, preso inúmeros vezes, entrando por uma
porta das delegacias e saindo pela outra, vivia de golpes de estelionato e de
furtos em carros. É sua profissão. Faz isso todos os dias. Há anos. Nunca foi
punido. Nessa semana, o malandro se deu mal. Levou um surra. Encontrado jogado
na Estrada da Areia Branca, ele disse à polícia que foi assaltado e perdeu 15
mil reais (de onde?) que tinha tirado do banco. Claro que a história está sendo
checada. Com a ficha criminal extensa, com os golpes aplicados tanto em
Rondônia como em Estados vizinhos, o homem teria sido alvo mesmo de uma
duríssima surra, aplicada por algumas de suas vítimas. Aliás, as vítimas andam
reagindo cada vez mais. E isso é um grande perigo.
SAÚDE
MENTAL ATENDE NO OLHO DO FURACÃO
A Prefeitura de Porto
Velho está oferecendo um serviço muito especial aos seus servidores da área da
saúde, que estão no olho do furacão da crise do corona vírus. A partir de
agora, médicos, enfermeiros, técnicos e outros trabalhadores do setor, todos
terão apoio psicológico Quem tiver sintomas como ansiedade, sofrimento
psíquico, estresse e outros sintomas assemelhados, pode usar o serviço,
disponível por telefone de segunda a sexta, no telefone 98473-6073. No horário
entre 7h30 e 18h30 e das 13h30 às 18h30, os fones a serem acionado são:
98473- 6054; 98473 – 6436 ou 98473-5782. O atendimento será sempre de segunda a
sexta-feira. A assistência psicológica foi implantada pela divisão de Saúde
Mental da Semusa, em conjunto com os Centros de Atenção Psicossocial (Caps). A
implantação deste serviço é uma orientação do prefeito Hildon Chaves. Ele diz
que “esse serviço é uma alternativa para amenizar os efeitos negativos da
pandemia da Covid-19 na saúde mental dos nossos servidores”.
PERGUNTINHA
Você que votou no
presidente Bolsonaro porque ele dizia que não aceitaria acordos da política
tradicional, o que está achando do namoro dele com o Centrão?
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Os números, claro, são aproximados e só envolvem valores pagos pelos cofres públicos ao funcionalismo estadual e municipal. Caso se coloq
Feriados, um atrás do outro: alguns poucos festejam e usufruem, mas a maioria apenas paga a conta
São 14 feriados nacionais. São inúmeros estaduais, mas tem também os municipais. Somando todos, se não somos os campeões, estamos no pódio entre o
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