Sexta-feira, 12 de abril de 2019 - 06h05
CRIANÇAS PARA ENFRENTAR A POLÍCIA: NA PONTA DO ABUNÃ, A TÁTICA APRENDIDA COM A LIGA DOS CAMPONESES POBRES
Houve momentos de tensão e perigo, nesta quinta, quando a Polícia Rodoviária Federal, com apoio de outras forças policiais, foi convocada para desobstruir a BR 364, na Ponta do Abunã, que estava fechada há quase 60 horas, impedindo o trânsito normal na ida e vinda de Rondônia e Acre. Embora a reivindicação dos pais dos estudantes seja a mais justa (eles querem apenas que seus filhos tenham transporte coletivo para poder chegar às escolas), alguns líderes decidiram radicalizar o movimento, ao ponto e usar táticas de guerrilha, praticadas por grupos que agem próximo ao terrorismo, como a famigerada Liga dos Camponese Pobres (LCP). Algumas crianças chegaram a ser colocadas na linha de frente, esperando a chegada da polícia. Ora, isso é um absurdo, porque num confronto que se desenhava – e pelo menos até o início da noite desta quinta, felizmente não havia acontecido – os pequenos poderiam ser atingidos. E isso seria algo execrável. Certamente quem criou um absurdo desses, não pensou verdadeiramente nos pequenos, os utilizando de forma vil e extremente perigosa. Além disso, índios que vivem na região também foram chamados para participarem da confusão. Ou seja, convocar crianças e índios é um ótimo meio de criar uma atração midiática, ao mesmo tempo que serve para confrontar a lei e a decisão judicial que mandou desobstruir a rodovia. Ambos sempre terão o apoio da maioria das pessoas. Ignorar os perigos que os menores e indígenas podem estar correndo, porque a Polícia Rodoviária vai cumprir a decisão da Justiça Federal, é criar um risco desnecessário de que possa haver confronto e causar ferimentos naqueles que deveriam, mais que tudo, serem protegidos.
Os pais já deram seu recado. Todos já sabem do drama que seus fillhos estão vivendo. Ponto final. A partir de agora, ao serem manobrados por irresponsáveis (esses, certamente, não colocam seus próprios fihos na primeira fila do enfrentamento, mas apenas incentivam que outros pais o façam), os que lideram o movimento, correm o risco de perder toda a razão que têm, nesse triste e lamentável evento. A culpa de tudo é da administração pública, que não consegue resolver um problema que se arrasta há anos e que há anos já deveria estar solucionado. Mas, ao utilizar meios ilegais, como fechar uma rodovia federal, o que é uma afronta à lei e ao direito de ir e vir de todos, os pais começam a perder a razão. Ao aceitar colocar seus filhos sob risco, ouvindo conselheiros irresponsáveis, que torcem para que haja alguma tragédia; ao chamar os índios, apenas para fazerem um movimento midiático; ao se tornarem irresponsáveis, as famílias que estão numa luta das mais justas, podem acabar tendo o desprezo da opinião pública. Agora, o comando do movimento da Ponta do Abunã não pode permitir que a irresponsabillidade leve a situação a um drama que ninguém quer assistir. Já deu!
“ARBITRARIEDADE E PERSEGUIÇÃO IDEOLÓGICA”
“Recebi do governador de Rondônia, nessa semana, imagens de equipamentos e máquinas sendo queimadas, numa ação do Ibama, em uma cidade do interior. Questionei se o local era de dificílimo acesso. A resposta foi negativa. Questionei se era possível retirar os equipamentos. A resposta foi positiva. Por que os equipamentos não foram retirados, então? Por pura arbitrariedade”. Quem fez essas afirmações foi o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Sales. Ele respondia a um questionamento e um protesto do deputado federal rondoniense Léo Moraes, contra o que o parlamentar chamou de “criminosa ação do Estado”, que permite que fiscais do Ibama destruam bens, sem que tenha havido qualquer tipo de decisão judicial. Depois de concordar integralmente com a posição de Moraes, o ministro foi além. Disse que “mudar o regramento que está aí é importante, até para não causar uma justa posição de revolta em relação à atitude estatal. É ruim para o Estado esses excessos. Isso denota uma perseguição ideológica, denota um despreparo”. O Ministro concordou com Léo Moraes e garantiu que serão feitas mudanças, no sentido de que a legislação não represente meios ilegais praticados pelo próprio Governo. E garantiu: ações como essas, (queima de máquinas, tratores e equipamentos), sem uma explicação bastante sólida, poderá significar, daqui para a frente, na responsabilização de quem as cometer. Até que enfim!
SUPERPROTEÇÃO A SÉRGIO MORO
Será um esquema de segurança como poucas vezes se viu nos últimos tempos, nessa Rondônia. A visita do ministro da Justiça, Sérgio Moro, uma figura reconhecida hoje em praticamente todo o mundo, por sua atuação quando Magistrado, vai colocar em ação uma série de medidas para protegê-lo, durante sua estada por aqui e, principalmente, quando ele estiver palestrando no auditório da antiga Ulbra. Só terão acesso ao local os convidados especiais, devidamente credenciados, com nome, endereço e CPF. Entidades e instituições que assinarão convênios, poderão indicar até dez convidados, desde que todos devidamente identificados. O acesso no entorno da área terá policiamento especial, durante toda a duração do evento. Esse é um dos ônus da fama, ainda mais no caso de Moro, que colocou na cadeia um ex Presidente da República, enfrentando toda a fúria do petismo fanático. Durante sua estada entre nós, na próxima terça-feira, dia 16, Sérgio Moro vai assinar vários convênios, principalmente direcionados para áreas de combate à corrupção e ao crime. Ele certamente tratará também de questões relacionadas com nossa fronteira com a Bolívia. Será, sem duvida, uma atração muito especial. Carcada de uma grande segurança.
MINISTRO CONTRA OS AGRESSORES
Há sim um clima de mudança positiva no Brasil!. Pelo menos os ventos começam a soprar, ainda que lentamente, na proteção das pessoas de bem contra criminosos de todos os tipos. Agora, depois de anos de inércia e lava mãos, o Governo começa a tratar da questão de alunos que agridem professores, até agora casos tratados como se fossem normais e sempre protegendo os “dimenor” agressores. O novo ministro da Educação de Bolsonaro, Abraham Weintrub, disse, sobre o assunto, que professores agredidos em sala de aula, deverão chamar a polícia para que os pais dos alunos sejam processados. Em último caso, diz ele, as famílias dos alunos agressores poderão até perder direito ao Bolsa Família, programa assistencial do governo. "Temos de cumprir leis ou caminhamos para barbárie. Hoje há muito o ‘deixa disso’, ‘coitado’. O coitado está agredindo o professor", lamentou o ministro , frisando que até agora não havia medidas previstas para enfrentar o problema. Ou seja, o clima de impunidade está chegando ao fim. Estudantes que vão ás escolas para esculhambar, destruir, agredir colegas e professores, começarão a ser punidos, Ainda é muito pouco, mais é melhor do que nada. O que tem que acontecer é o aluno agressor ser preso, cumprir pena e sua família ser condenada a indenizar o agredido nas salas de aula. Com punição e punição dura, ligeirinho o problema termina!
JORNALISTAS: CRIMES SEM PUNIÇÃO
Ao destacar reportagem publicada no site Rondônia Dinâmica por Vinicius Canova, o deputado Lúcio Mosquini líder da bancada federal no Congresso, homenageou a todos os jornalistas de Rondônia, no seu dia, comemorado no último domingo, dia 7. Mosquini fez homenagem especial aos que, como analisou, reconhece como os que fazem o bom jornalismo e lamentou atentados e mortes contra profissionais, como o assassinato de Ueliton Brizon, de Cacoal, ocorrido em janeiro de 2018. O parlamentar destacou ainda: “quero me solidarizar com todos os jornalistas que fazem uma imprensa limpa, saudável, legítima e verdadeira”. E citou um caso emblemático: “lá na minha cidade, Jaru, nós temos um caso, o do radialista Hamilton Alves, que ainda espera a conclusão de Justiça”. Hamilton foi vítima de um atentado em 20 abril do ano passado e até agora o caso não foi esclarecido. Hamilton foi atingido por seis tiros, disparados por uma dupla de motoqueiros que o seguiram até a conhecida Curva da Morte, na BR 364, em Jaru. Sobreviveu por pura sorte, mas tem sequelas. Ninguém foi acusado. Ninguém foi preso. Vinicius Canova lembrou essas e outras histórias de violência, até agora não esclarecidas, para lembrar os perigos da profissão de quem faz o verdadeiro jornalismo. Foi homenageado, por isso, na fala de Mosquini, na tribuna da Câmara Federal.
DETRAN VAI SE EXPLICAR AO TCE
O Tribunal de Contas do Estado entrou na jogada. Vai investigar os motivos pelos quais o Detran de Rondônia, mesmo com uma verba aproximada de 7 milhões e 500 mil reais para a realização de campanhas de educação no trânsito, não gastou um só centavo nesse tipo de iniciativa, nos últimos anos, incluindo os primeiros meses do atual Governo. O que os conselheiros querem descobrir são os motivos pelos quais uma licitação, realizada depois de pelo menos três anos – e feita com custos para os cofres públicos, claro! – foi invalidada pelo órgão, mesmo que tenha havido uma empresa vencedora. Por que o processo não andou? O presidente do TCE/RO, conselheiro Edilson Silva, disse ontem que o caso vai passar pelo crivo do Tribunal, que já pediu várias informações ao Detran, mas ainda não as recebeu. Os investimentos em campanhas educativas de trânsito, lembra o presidente-conselheiro, são muito importantes na grande luta para diminuir o número de acidentes, que superlotam os hospitais e causam cada vez mais vítimas. Há anos o Detran, mesmo com os cofres abarrotados e com verba específica para atuar em campanhas pela educação no caótico trânsito, não investe um tostão nessas ações preventivas. Certamente agora dará as devidas explicações, oficialmente solicitadas pelo nosso atuante órgão de fiscalização.
ISMAEL CRISPIM NO DIRETO AO PONTO
Ele está entre os caras novas da política rondoniense. Eleito com mais de 8.300 votos, Ismael Crispim saiu de um segundo mandato como vereador e presidente da Câmara de Vereadores da pequena São Miguel do Guaporé, para ocupar uma cadeira na Assembleia Legislativa. Com pouco mais de 25 mil habitantes e próximo aos 13 mil eleitores, pela primeira vez essa cidade, que em área é uma das maiores de Rondônia e a maior do Vale do Guaporé, conseguiu eleger um representante para o Parlamento rondoniense. Crispim conta sua trajetória, seus planos; sua preocupação com emprego e renda e suas ideias para o mandato, no programa Direto ao Ponto deste final de semana. A atração da Record News, Canal 31 na TV aberta, vai ao ar neste sábado, a partir das 10h30 e logo à noite pode ser acompanhado, na íntegra, no site Gente de Opinião. Vale a pena conhecer um pouco mais da história desse político que já tem experiência em sua região, mas que é um estreante na política estadual. Ismael Crispim é um nome novo, que quer marcar sua passagem pela Assembleia com muito trabalho e um mandato direcionado à produção e ao emprego. Não perca!
PRESÍDIOS: CASAS DE PASSAGEM
Não foram 50, foram 80. Isso mesmo. Em poucas semanas, pelo menos 80 detentos, muitos dos quais considerados de alta periculosidade, fugiram das cadeias rondonienses. E é uma moleza cair fora. Com pouca gente, com guaritas abandonadas, com o matagal tomando conta das proximidades dos muros, facilitando que os foragidos se escondam; com a falta até de lâmpadas para iluminar áreas que precisam estar bem claras, para evitar que presos se escamoteiem, não há como resolver o caso. Há ainda aquela situação, quase cômica, não fosse trágica, em que os presos que ocupam hoje as celas, foram os que construíram a cadeia. Ou seja, certamente prepararam bons caminhos para que transformassem o presídio onde estão numa espécie de casa de passagem. Tudo acontece sob o silêncio sepulcral da Sejus. Sabe-se que ela transferiu vários presos, quase uma centena e meia, para um presídio considerado mais seguro. Mas, oficialmente, não há nenhum informação ao público. É vital que o rondoniense seja bem informado do que está ocorrendo, até para que possa se proteger e precaver. Sem informação alguma, pode-se achar que está tudo sob controle. Não está!
PERGUNTINHA
Você colocaria seu filho numa linha de frente em algum protesto, para enfrentar a Polícia, como ocorreu no movimento contra a Prefeitura de Porto Velho, nesta quinta, na Ponta do Abunã?
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