Sexta-feira, 22 de julho de 2022 - 08h33
VINICIUS MIGUEL CANSOU DE LUTAR PELA FRENTE POPULAR VIÁVEL
E ABRIU MÃO DA CANDIDATURA AO GOVERNO. O NOME AGORA É O DE DANIEL PEREIRA
Desistir não é o termo correto. Ele não desistiu. Ele cansou. De tentar
reunir as lideranças da esquerda. De convencer os diretórios nacionais da sua
sigla, o PSB e de outras aliadas, como o PT, a investir na formação elaborada e
pronta para a disputa, em Rondônia. Cansou de pregar no deserto, embora a
citação bíblica pareça não caber para ações de políticos mais à esquerda.
Liderança importante e ascendente principalmente em Porto Velho, mas também em
outras regiões do Estado, Vinicius Miguel cansou de ser marisco e bater contra
pedras imutáveis. Por isso, depois de um longo período de tentativas, em que
usou todo o seu conhecimento, qualidade de diálogo, experiência nos debates da
política e liderança pessoal, ele abriu mão de ser o candidato ao Governo da
chamada Frente Popular, formada por PSB, PT, Solidariedade e PSOL, entre
outros. Quem assume agora a missão de disputar a cadeira principal do Palácio
Rio Madeira/CPA é Daniel Pereira. Terá também a duríssima missão de unir a
Frente Popular. Parece uma missão impossível, quão impossível é conseguir
unidade nas esquerdas. Talvez Daniel precise mesmo de um milagre. Vinicius
Miguel será candidato a deputado federal. Também o será, ao menos até o final
da quinta-feira (era esse o plano), o atual deputado Mauro Nazif. Ou seja, o PSB
vai aventurar, tentando uma dificílima eleição de duas lideranças da Capital. O
caso ainda pode mudar, porque Nazif ainda pode mudar de ideia e entrar na briga
pelo Senado. Com a desistência de Vinicius, começa tudo de novo, na composição
dos partidos de esquerda.
Com Daniel Pereira pilotando a chapa da Frente Popular, disputando o
Governo, fica em aberto ainda a vaga para o Senado. Será Nazif? Ou pode haver
uma grande surpresa e o PSD entrar neste grupo, oferecendo o nome de Expedito
Júnior? Ou virá, para o Senado, o ex-conselheiro Benedito Alves, através de
conversações conduzidas por Acir Gurgacz. Tudo pode acontecer, até o final do
período das convenções, em 5 de agosto, ou seja, daqui a exatos 14 dias. Por
óbvio, pode-se deduzir que Daniel já está se movimentando para cooptar, também,
o apoio do grupo do MDB, liderado pelo senador Confúcio Moura, de quem foi
vice. O MDB, aparentemente em sua maioria, pelo grupo liderado por Lúcio
Mosquini e com aval de Valdir Raupp, vai ficar ao lado da candidatura de Marcos
Rocha, mas o grupo confunciano, por orientação do seu líder, não aceita essa
adesão e quer se postar como opositor ao atual governo. Daniel Pereira passa a
ser mais uma opção, embora o emedebismo de Confúcio não descarte apoiar também
Léo Moraes. A verdade é que o emaranhado quase incompreensível da nossa
política, muda tudo de uma hora para outra. Vinicius Miguel, mais que uma
promessa, uma realidade na vida pública rondoniense, está fora da corrida pelo
Palácio. Entra agora Daniel Pereira, no grupo de candidatos que já tem Marcos
Rocha, Marcos Rogério, Léo Moraes e ainda pode ter Ivo Cassol. O que vai
acontecer, nem Mãe Dinah consegue anunciar...
PARTIDOS VÃO DAR POUCO APOIO A CANDIDATOS AOS GOVERNOS E
MUITO MAIS PARA QUEM CONCORRE AO CONGRESSO NACIONAL
A dificuldade que
Vinicius Miguel encontrou, no sentido de enfrentar resistência do diretório
nacional do seu partido, do PT e de outros aliados, para investimento em
candidatura estaduais que não sejam para os candidatos à Câmara Federal (mas
também ao Senado), certamente seguirá o mesmo raciocínio em praticamente todos
os partidos e alianças, agora apelidadas de federação. Com a disputa
presidencial de apenas dois candidatos com chances reais de chegar à vitória, a
imensa maioria das siglas vai investir pesado naqueles que disputam vagas no
Congresso Nacional. É o pensamento do PSB de Vinicius e Nazif, mas é o mesmo
que têm os partidos considerados de centro e de direita. Os nanicos não contam,
porque estes são apenas (com raríssimas exceções) balcões de negócios, que
abrem mão de tudo por alguns tostões a mais. As grandes siglas, principalmente,
vão investir muito pesado na tentativa de eleger representantes principalmente
na Câmara Federal, já que o Senado, apesar da enorme importância, tem apenas
uma vaga por Estado. O bolsonarismo, por exemplo, já avisou que, depois da
reeleição do atual Presidente, a maior de todas as metas é eleger o maior
número de Senadores. Em Rondônia, por exemplo, há pelo menos dois candidatos
radicalmente ligados ao presidente: a deputada federal Mariana Carvalho, que
tem apoio declarado de Bolsonaro e seus filhos e o empresário Jaime Bagattoli,
que se apresenta como maior aliado do Presidente em Rondônia.
PSC FAZ CONVENÇÃO, CONFIRMA APOIO À RELEIÇÃO DO
GOVERNADOR E APRESENTA NOMINATAS À CÂMARA E ASSEMBLEIA
Foi um sucesso a
primeira convenção oficial de um partido de Rondônia. Com a presença do
Governador, que prestigiou o evento da sigla presidida por seu líder na
Assembleia Legislativa, o deputado Luizinho Goebel, o PSC confirmou seu
alinhamento com a busca da reeleição de Marcos Rocha e, ainda, confirmou sua
relação completa de candidatos à Câmara Federal e Assembleia Legislativa. Haviam
tantos postulantes que, na nominata para a Câmara, acabou sobrando um
pretendente e, na da ALE, foram dois que ficaram fora. O PSC não definiu, ao
menos até agora, quem apoiará ao Senado. Entre os nomes mais conhecidos para a Câmara,
estão os do ex-secretário da Agricultura, Evandro Padovani e do atual deputado
federal Lucas Follador. Completam a relação André da Royal, Pastor Pocidônio,
Robão da Central do Boi, Sargento Izaque Zigue. As três mulheres que estão na
nominata federal são Maria Simões, Professora Edinamar e a Professora
Valdecira. E para a Assembleia, quem são os 25 nomes? A relação é liderada pelo presidente do PSC,
Luizinho Goebel, que busca seu quinto mandato e pelo atual vice-governador, Zé
Jodan. Os demais: Adriano Bombeiro, André Brito, Anubis Simões da Saúde, Bibi
Coelho, Bombeiro Gerenildo, Canarinho, Maria do Social, dra. Taissa Souza,
Edson Leite, Ellen Basso, Evemero Silva, Flávio Correa, Jabá Moreira, Jacira da
Saúde, Jair da Agropecuária, Joelna Holder, Katiana Gomes, Luiz Gomes, Pastora
Cila, Pedro Paz, Rodrigo Saulinho, Vagno Panisoluy e Xiru do Agro.
UNIÃO BRASIL E REPUBLICANOS LANÇAM MARCOS ROCHA E
MARIANA CARVALHO NO GRANDE ENCONTRO DO DOMINGO
Por falar em
convenção, uma das maiores, está agendada para este domingo, a partir das duas
da tarde. O encontro vai ser realizado na Casa de Shows Talismã e está previsto
para ser um dos maiores encontros da política rondoniense dos últimos tempos.
Nela, o União Brasil e o Republicanos, que estarão juntos, vão lançar
oficialmente a candidatura do atual governador Marcos Rocha para a disputa pela
reeleição; confirmarão Mariana Carvalho para o Senado e, senão toda, anunciarão
ao menos parte das nominatas para a Câmara Federal e Assembleia Legislativa.
Claro que não se comenta da porta para fora, mas ouve-se que o UB está com
dificuldades da montagem final de suas relações de candidatos, tantos são os
nomes dos que querem entrar para a nominata definitiva. Caravanas de todo o
interior vão se deslocar para a Capital, para participar do evento. Tudo
indica, também, que Marcos Rocha não vai fechar a convenção e só anunciará o
nome do seu candidato a vice no período em que ele chamou de “última hora”, ou
seja, em 5 de agosto, último prazo para o encerramento das convenções.
Representantes de vários partidos aliados (além do Republicanos, o Avante, o
PSC, o Patriotas, entre outros), estarão prestigiando o evento. Os preparativos
para o evento começam neste sábado.
JUSTIÇA E TRIBUNAL DE CONTAS CORRIGIRAM DENUNCISMO
VAZIO CONTRA TRANSMISSÃO DA TV DO FLOR DO MARACUJÁ PARA O MUNDO
Durante alguns
anos, Rondônia se apresentou para o mundo, justamente por seu principal evento
cultural: o arraial Flor do Maracujá. Transmissões ao vivo feitas pela então
Rede Mulher (hoje Record News), levou a mais de 150 países, além de, é claro,
para todas as regiões do país, as apresentações dos grupos de Quadrilhas e Bois-Bumbás.
Além da presença de milhares de pessoas, durante os dias do evento, a televisão
transformou nossa maior festa num acontecimento de grandeza mundial.
Continuasse o projeto, há quem tenha certeza de que a festa rondoniense poderia
estar no mesmo patamar do Festival Folclórico de Parintins. Mas, de uma hora
para outra, por inacreditáveis decisões que envolveram alguns poucos
representantes do Ministério Público e do Judiciário (lamentavelmente), tudo
foi por água abaixo. Denúncia apresentada por uma procuradora do então governo
Confúcio Moura, como se houvesse irregularidade no contrato entre a Federon
(entidade que representava os grupos folclóricos) e a Secel, em 2012, acabou
com o sonho de que fosse mantido o sistema de transmissão e o Arraial, desde
lá, só murchou. Num primeiro momento, as denúncias não foram acatadas pela
Justiça rondonienses, mas pelo menos quatro anos depois das transmissões pela
TV terem sido encerradas. Nesta quinta-feira, finalmente, a última injustiça
foi corrigida: por unanimidade, o Tribunal de Contas do Estado decidiu que tudo
o que foi feito no contrato, o foi dentro de todos os preceitos legais. Nenhuma
irregularidade, nenhuma irregularidade, nada de errado foi encontrado.
PERDAS IRRECUPERÁVEIS TAMBÉM PARA GRANDES EVENTOS
COMO A EXPOVEL, O CARNAVAL FORA DE ÉPOCA E O HOTEL QUE NUNCA EXISTIU
O que se questiona
agora é: como vai se recuperar tão grande perda? Não há como voltar ao passado
e refazer a história. O que está feito, está feito. Ou seja, o enorme prejuízo
causado por um denuncismo vazio, claro, jamais será recuperado. Além dos
prejuízos morais, imensos, de todos os envolvidos, que fizeram tudo certo, mas
foram denunciados como se tivessem praticado ilegalidades, há a questão prática
da interrupção de um projeto que poderia ter consolidado o Arraial Flor do
Maracujá, como um dos maiores eventos culturais não só de Rondônia e da região
norte, mas também de todo o país. A questão é que, na legislação brasileira,
num acontecimento lamentável como esse, quem cria uma denúncia sem base não
precisa responder a nada, não importa o mal que cause e a quem cause. Já
tivemos por aqui outras decisões semelhantes, algumas delas que acabaram com eventos
populares que mobilizavam milhares e milhares de rondonienses, como o Carnaval
fora de época; as gigantescas cavalgadas da Expovel; a própria Expovel, falando-se
em eventos de grande público, mas também, em investimentos e obras que poderiam
ajudar o crescimento da nossa cidade e do nosso Estado, como a proibição de
construir um hotel do grupo internacional Sleep In, numa área central, hoje
abandonada e eventualmente tomada pelo mato, ao lado da Unir Centro e do antigo
Palácio do governo. Ali, à época, se perderam um grande investimento financeiro
e pelo menos 100 empregos diretos. Disso tudo, só fica o lamento.
MARCOS ROGÉRIO DESTACA SEU PLANO DE GOVERNO E APROVEITA
PARA ALFINETAR SEU PRINCIPAL ADVERSÁRIO
O senador Marcos
Rogério, do PL e considerado até agora o principal adversário do governador
Marcos Rocha, para a eleição de outubro, continua se movimentando pelo Estado.
Uma das ações que ele comenta, com jeito de comemoração, é o que chama de
participação popular, através de consultas públicas, para a elaboração do seu
plano de governo, que será chamado de “Plano de Governo Participativo”. Ele
destaca, por exemplo, que “mais de 53 por cento dos participantes, apontaram
que a saúde deve ser a prioridade da próxima gestão”, aproveitando para
alfinetar o governo do seu adversário, ao afirmar que “isso ocorre, dado o
estado calamitoso do setor”. As consultas foram feitas em sedes de vários
Municípios e em distritos, como Rondominas, em Ouro Preto do Oeste, e União
Bandeirantes, em Porto Velho. Marcos Rogério adiantou que o plano de governo
terá enfoque específico para os distritos, com um programa que promova
integração e desenvolvimento econômico. “Precisamos pensar no crescimento de
todo o Estado, o que passa pela revitalização dos distritos”, disse. Marcos
Rogério destacou ainda que as propostas que estão sendo recebidas pela
internet, no canal aberto pelo PL, também estão sendo analisadas. E acrescenta:
“o entusiasmo das pessoas tem sido contagiante. Tenho certeza de que estamos no
rumo certo, ao construirmos um plano que traduza o que a população realmente
espera do governo”.
PRESIDENTE DO TJ, JUIZ
ELEITORAL VÁRIAS VEZES, DIZ QUE EM 32 ANOS DE ATUAÇÃO NUNCA VIU IRREGULARIDADE
NO SISTEMA DE VOTAÇÃO E CONTAGEM DE VOTOS
“Sou Magistrado há 32 anos. Atuei como Juiz Eleitoral e fui
presidente do Tribunal Regional Eleitoral – TRE-RO ao longo desses anos. Nunca
verifiquei indícios de irregularidades no sistema de votação e contabilização
dos votos. Nosso sistema é seguro e rápido.” A declaração, curta, objetiva e
clara é do atual presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Marcos Alaor
Grangeia, no seu Twitter. A posição do reconhecido magistrado brasileiro se
inclui na centena de protestos vindos de diversos setores da sociedade
brasileira, depois que o presidente Jair Bolsonaro se reuniu com embaixadores
de vários países, para, mais uma vez, contestar o sistema de urnas eletrônicas
no país. O caso se transformou em mais uma grande crise política, mas também entre
os poderes. O ministro Edson Fachin, do STF, por exemplo, deu cinco dias, a
contar da quinta-feira, para que o Presidente se explique sobre o assunto.
Várias lideranças da oposição entraram com pedidos, junto ao STF, para que o Presidente
responda por seus ataques ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas. Enquanto
o país vive em crise, o grande tema nacional é apenas esse. Ele domina a mídia
e a opinião pública em todo o país. Também em Rondônia.
PERGUNTINHA
Você sabia que 569 cidades brasileiras, ou seja, mais de 10
por cento do total de municípios, têm mais eleitores do que moradores, segundo
dados oficiais do TSE?
O genial Chico Buarque de Holanda, um talento e milionário franco/brasileiro comunista, porque defende Cuba e os regimes totalitários, mas mora em
Os números, claro, são aproximados e só envolvem valores pagos pelos cofres públicos ao funcionalismo estadual e municipal. Caso se coloq
Feriados, um atrás do outro: alguns poucos festejam e usufruem, mas a maioria apenas paga a conta
São 14 feriados nacionais. São inúmeros estaduais, mas tem também os municipais. Somando todos, se não somos os campeões, estamos no pódio entre o
As autoridades de segurança de Rondônia comemoram uma queda histórica nos índices de criminalidade, neste 2024. Crimes como furtos (meno