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Sergio Pires

Décadas de ensino ideológico e falta de rumo + Lockdown: uma segunda-feira decisiva + Segurança agiu rápido contra a bandidagem


Décadas de ensino ideológico e falta de rumo + Lockdown: uma segunda-feira decisiva + Segurança agiu rápido contra a bandidagem - Gente de Opinião

DÉCADAS DE ENSINO IDEOLÓGICO E FALTA DE RUMO LEVARAM O PAÍS A TER A PÉSSIMA EDUCAÇÃO QUE TEM HOJE

Do que jeito que está e da forma como tem sido conduzida, a Educação brasileira jamais terá avanços significativos. Praticamente todo o sistema é ruim há décadas. Piorou muito depois que os donos do poder aparelharam a estrutura educacional de forma tal que chegamos ao fundo do poço. Temos um ensino básico sofrível, com decisões horrorosas, como as que impedem a reprovação, mesmo que o aluno saiba exatamente nada. No ensino médio, pior ainda. Enquanto professores discursam suas ideologias nas salas de aula, produzido uma geração inteira de uma maioria de jovens que não leem; que mal conseguem escrever; que não formam uma frase com sujeito, verbo e objeto direto concordando e que não conseguem analisar um texto. Muitos deles, passando de ano por decreto, chegam às faculdades com conhecimento sofrível e, nelas, sabe-se muito bem o que tem acontecido, desde longos anos, onde a ideologia é a principal matéria ensinada. Temos hoje perto de 48 milhões de estudantes em todos os níveis, mas, lamentavelmente, a qualidade do ensino que lhes oferecemos, na maioria dos casos, é algo perto do ridículo. Há exceções, claro e não são tão poucas. Muitos estudantes se transformam em autodidatas, fazendo por si o que não fazem por eles dentro das escolas e universidades. Mas há milhares e milhares de jovens a quem o jornalista Augusto Nunes chama de “doutores em nada”, quando saem das nossas universidades, elas transformadas, em muitos casos, em antros de bebida, drogas, farra, guerra ideológica, com supersalários para “técnicos”, professores e reitores;

A doutrinação a quem nosso sistema educacional foi sendo submetida, há pelo menos quatro décadas, mas muito mais nas últimas duas, fez com que se torne quase impossível fazer uma mudança para que tenhamos, ao menos a médio prazo, alguma mudança radical no contexto extremamente ruim da qualidade das nossas escolas e do nosso ensino. Há muito tempo que não se observa um só avanço no setor, mesmo com massiva propaganda dos sucessivos governos, que dizem priorizar a Educação, mas jamais o fizeram de verdade. Os números são espantosos. Em pleno século 21, temos mais de 11 milhões e meio de analfabetos. Mais uns 20 milhões, no mínimo, de analfabetos funcionais. Agora que assume um novo ministro da Educação, poderá surgir alguma luz no fim do túnel para todo esse quadro lamentável começar a mudar? Quase impossível. Mas não podemos de deixar ao menos de sonhar... 

 

LOCKDOWN: UMA SEGUNDA-FEIRA DECISIVA

Embora o prefeito Hildon Chaves tenha dito que poderia decretar o lockdown de 14 dias na Capital, mesmo sem decisão favorável à sua petição de liminar à Justiça, nesse sentido, não se pode subestimar o encontro, via videoconferência, que pode decidir sobre o assunto. O juiz   Edenir Sebastião da Rosa, da 2ª Vara da Fazenda Pública, convocou audiência para a manhã desta segunda, com a participação do governador Marcos Rocha, do prefeito Hildon; dos secretários de saúde de Porto Velho e do Estado; de representantes do Conselho de Medicina e do Ministério Público. Depois desse encontro é que o Magistrado tomará sua decisão. Se ela for contrária ao pedido da Prefeitura, mesmo que haja decretação do lockdown, não haveria apoio do Estado. Ou seja, a Polícia Militar não estaria obrigada a agir, caso não  houvesse cumprimento da determinação. Seria apenas mais uma decisão sem qualquer resultado prático. Por isso, o encontro via internet no início desta semana é vital para que o rumo do fechar tudo ou deixar aberto se definirá.

 

CARREATA E BARULHO PARA TRABALHAR

Não foi nenhuma Brastemp, mas ao menos fez barulho. Algo em torno de uma centena e meia de motoristas e motoqueiros participaram, na manhã do sábado, de uma carreata com buzinaço, pedindo a volta ao trabalho e, obviamente, contra a intenção da Prefeitura de decretar novo  lockdown na Capital. O movimento foi iniciado ainda na sexta, pelas redes sociais. Muitas lideranças empresariais participaram do encontro, embora se esperasse mais gente. O problema é que a decisão de realizar o evento surgiu pouco mais de 24 antes e foram usadas apenas as redes sociais, onde a repercussão é sempre menor do que na grande mídia. Mesmo assim, o grupo deu seu recado: não quer portas fechadas; quer trabalhar; quer afastar o fantasma do desemprego em massa. Os participantes do evento representaram, certamente, grande parte do setor produtivo da Capital, assustado com a possibilidade de terem que parar de trabalhar novamente. Nesta segunda, depois da audiência na Justiça, se saberá se o temor deles se transformará em realidade ou não. Agora, está nas mãos da Justiça.

 

LAERTE PROTESTA CONTRA “FOME” DO DETRAN

O deputado Laerte Gomes, presidente da Assembleia Legislativa, fez um duro discurso contra “a fome exagerada do Detran em arrecadar” e protestou contra o que chamou de “pegadinha” contra o contribuinte. Segundo Laerte, o Detran ampliou os prazos para pagamento do IPVA, mas não informou ao contribuinte que, quando fosse fazê-lo, haveri cobrança multas e juros. “Nesse momento de pandemia, em que as pessoas estão desesperadas, muitas com dificuldades até para comer, por falta de dinheiro, a fome de arrecadação do Detran não diminui”, protestou. Laerte usou o exemplo de um contribuinte que teria que pagar 2.700 reais de IPVA, aproveitou o período de extensão dado pelo órgão para quitar a dívida, mas quando foi pagar, a conta saltou para 3.340 reais. “A Assembleia vai tomar medidas duras contra esse estado de coisas”, garantiu o presidente do Parlamento rondoniense.

 

PREFEITO AGRADECE 500 KITS DE MEDICAMENTOS

O prefeito Hildon Chaves fez, via redes sociais, por um vídeo divulgado, um agradecimento muito especial ao empresário César Cassol, que, através de suas empresas de energia e calcário, doou nada menos do que 500 kits de medicamentos de combate ao corona vírus, para que a Prefeitura da Capital os utilize, visando ajudar as pessoas infectadas e se livrarem da doença. Os kits contém Hidroxicloroquina,  Ivermectina, Azitrromicina, e AS infantil. Segundo Hildon, depois de destacar o espírito de solidariedade do empresário, que doou medicamentos na ordem de 50 mil reais para atingidos pela Covid 19, a Prefeitura espera que o gesto seja repetido por outros empresários do Estado e da Capital, no sentido de contribuírem com a guerra ao vírus, que está atacando milhares de rondonienses, a maioria da Capital. “Espero que mais empresários sigam o exemplo de César Cassol e nos ajudem nesta grande luta para combater essa doença, que está nos deixando preocupados a todos”.

 

É SEMPRE BOM PENSAR ANTES DE OPINAR!

Pelas redes sociais, com aquele tipo de posicionamentos agressivos e sem qualquer base, mas também via algumas  opiniões que merecem respeito, a compra do hospital Regina Pacis pelo Estado continua sendo questionada, como se tivesse sido alguma medida negativa. Sempre respeitando a todos que, democraticamente têm direito à opinião, é importante que se volte a analisar o caso sob o prisma da praticidade e do investimento feito. Quando se falava em investimentos na ordem de 9 milhões e 800 mil pelo aluguel de três meses do Hospital Prontocordis, houve pouca contestação. O valor, dentro do preço de mercado, seria investido e, obviamente, passado o prazo, o Estado não teria mais o espaço e nem a estrutura hospitalar. São unânimes os elogios à ação da Assembleia Legislativa em alugar 60 leitos comuns e 12 UTIS do Hospital do Câncer, por 90 dias, por 10 milhões de reais. Os benefícios, nesse momento do auge da pandemia, são altamente positivos. Ora, então pagar 12 milhões por um hospital com 60 leitos, que terá outros 70 e mais 12 leitos de UTI, com uma usina de oxigênio e que ainda ficará atendendo pacientes por décadas, foi um mau negócio? Há que se pensar um pouco, para que não pareça se estar dando opiniões vazias e apaixonadas, sem racionalidade.

 

SEM NUMEROS DO SÁBADO, 476 MORTES REGISTRADAS

Os números crescentes do corona vírus continuam desesperando as autoridades de saúde e a população rondoniense. No final de semana, novo salto no total de casos e de mortes, isso sem contar os dados referentes ao sábado, que não foram divulgados pela Sesau, por um problema técnico. De quinta para sexta, houve quase 1.100 novos casos. Tudo somado, o número de rondonienses atingidos pela doença, já bate nos 20 mil. Desse total, mais de 7 mil já estavam curados, até a sexta.. O lado mais triste é o que mostra o quanto de vidas já se perderam com a Covid 19. Na quinta, eram 467 mortes. Na sexta, 476 e este número aumentou no sábado, certamente.  Em menos de dois meses, tivemos uma média superior a oito óbitos/dia. E não se tem a mínima ideia de quando essa violenta onda de contágio e de mortes chegará ao fim. A grande maioria dos casos e das vidas que perdemos, o foram em Porto Velho.  No Brasil, já ultrapassamos as 57 mil mortes. Oremos, pois!

 

SEGURANÇA AGIU RÁPIDO CONTRA A BANDIDAGEM

Foi uma resposta rápida e dura! O secretário de segurança, Coronel Pachá, deu a ordem e a PM acabou, em poucas horas, com grupos criminosos que dominavam tanto o conjunto Orgulho do Madeira quanto o Morar Bem. Foi nesse último, aliás, que facínoras – homens e mulheres – todos jovens, incluindo menores, participaram de um dos mais terríveis crimes dos últimos anos em Rondônia. Torturaram, mataram e decapitaram outro jovem, membro de facção rival. O crime foi filmado pelos próprios criminosos, que depois se vangloriavam em redes sociais, bebendo, se drogando e mostrando armas, que estavam dominando a cidade. No Morar Bem, os bandidos conseguiram o que nem o Governo e nem a Prefeitura haviam conseguido: decretaram um lockdown que funcionou, já que todos os moradores, a imensa maioria de pessoas trabalhadoras e de bem, temiam serem mortas pelos canalhas. Lamentavelmente, as leis brasileiras vão acabar protegendo esses verdadeiros animais. Alguns deles, em breve, estarão nas ruas novamente. Mas a PM, como sempre, fez o seu papel.

 

UMA OBRA ENTREGUE SEM ROUBALHEIRA

O escândalo começou em 2015. Mais de 200 milhões de reais foram desviados. Vários corruptos foram denunciados e presos. Em 2017, ficou claro que as obras de transposição do rio São Francisco era uma máquina de fazer dinheiro para ser distribuído entre os grupos poderosos que dominavam o país, nos tempos áureos da roubalheira nos governos Lula e Dilma e das inúmeras prisões da Operação Lava Jato. As obras andavam em passo de cágado, inversamente proporcional à gastança. Já no governo  Temer, mesmo indo devagar, o trabalho prosseguiu. Nesta sexta, depois de apenas um ano e meio de governo, sem qualquer denúncia de desvio de um só centavo, um dos trechos da transposição foi inaugurado. O governo Bolsonaro apenas concluiu o que já estava perto de ficar pronto. O que se comemora, entretanto, é que agora a gigantesca obra está livre dos corruptos e dos canalhas que avançaram sobre o dinheiro público durante longos anos. Vade retro, ladrões!

 

ILUMINAÇÃO DA PONTE: NOVA TRANSFERÊNCIA

O sapo enterrado pelos lados da ponte, continua influenciando nos projetos das melhorias previstas há longo tempo. Estava no organograma. Tudo certo. Nessa segunda-feira, deveriam recomeçar as obras de instalação do sistema de iluminação da ponte sobre o rio Madeira, no bairro da Balsa, aquela que liga os dois lados do rio e que nos leva, via BR 319, ao Amazonas. O serviço já tinha iniciado em meados de maio, mas foi paralisado poucos dias depois, por causa do lockdown decretado pelo Governo do Estado e cumprido pela Prefeitura. A Emdur, responsável pela obra, através de convênio com o Dnit, pretendia encerrar o trabalho em poucas semanas. Mas, com a perspectiva de novo fechamento, agora inclusive proposto pela própria administração municipal, é possível que o recomeço da implantação dos postes, fiação e das luminárias, com um moderno sistema, aliás, demore mais algum tempo. A ponte foi inaugurada em setembro de 2014 e, seis anos depois, continua na mais completa escuridão.

 

PERGUNTINHA

Você lembra há quanto tempo você não ouve ou lê sobre escândalos de corrupção em organismos ou qualquer obra pública do governo federal brasileiro?

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