Domingo, 28 de junho de 2020 - 07h57
DÉCADAS DE ENSINO IDEOLÓGICO E FALTA DE RUMO
LEVARAM O PAÍS A TER A PÉSSIMA EDUCAÇÃO QUE TEM HOJE
Do que jeito que está e da forma como tem sido
conduzida, a Educação brasileira jamais terá avanços significativos.
Praticamente todo o sistema é ruim há décadas. Piorou muito depois que os donos
do poder aparelharam a estrutura educacional de forma tal que chegamos ao fundo
do poço. Temos um ensino básico sofrível, com decisões horrorosas, como as que
impedem a reprovação, mesmo que o aluno saiba exatamente nada. No ensino médio,
pior ainda. Enquanto professores discursam suas ideologias nas salas de aula,
produzido uma geração inteira de uma maioria de jovens que não leem; que mal
conseguem escrever; que não formam uma frase com sujeito, verbo e objeto direto
concordando e que não conseguem analisar um texto. Muitos deles, passando de
ano por decreto, chegam às faculdades com conhecimento sofrível e, nelas,
sabe-se muito bem o que tem acontecido, desde longos anos, onde a ideologia é a
principal matéria ensinada. Temos hoje perto de 48 milhões de estudantes em
todos os níveis, mas, lamentavelmente, a qualidade do ensino que lhes
oferecemos, na maioria dos casos, é algo perto do ridículo. Há exceções, claro
e não são tão poucas. Muitos estudantes se transformam em autodidatas, fazendo
por si o que não fazem por eles dentro das escolas e universidades. Mas há milhares
e milhares de jovens a quem o jornalista Augusto Nunes chama de “doutores em
nada”, quando saem das nossas universidades, elas transformadas, em muitos
casos, em antros de bebida, drogas, farra, guerra ideológica, com supersalários
para “técnicos”, professores e reitores;
A doutrinação a quem nosso sistema educacional foi
sendo submetida, há pelo menos quatro décadas, mas muito mais nas últimas duas,
fez com que se torne quase impossível fazer uma mudança para que tenhamos, ao
menos a médio prazo, alguma mudança radical no contexto extremamente ruim da
qualidade das nossas escolas e do nosso ensino. Há muito tempo que não se
observa um só avanço no setor, mesmo com massiva propaganda dos sucessivos
governos, que dizem priorizar a Educação, mas jamais o fizeram de verdade. Os
números são espantosos. Em pleno século 21, temos mais de 11 milhões e meio de
analfabetos. Mais uns 20 milhões, no mínimo, de analfabetos funcionais. Agora
que assume um novo ministro da Educação, poderá surgir alguma luz no fim do
túnel para todo esse quadro lamentável começar a mudar? Quase impossível. Mas
não podemos de deixar ao menos de sonhar...
LOCKDOWN: UMA SEGUNDA-FEIRA DECISIVA
Embora o prefeito Hildon Chaves tenha dito que
poderia decretar o lockdown de 14 dias na Capital, mesmo sem decisão favorável
à sua petição de liminar à Justiça, nesse sentido, não se pode subestimar o
encontro, via videoconferência, que pode decidir sobre o assunto. O juiz Edenir Sebastião da Rosa, da 2ª Vara da
Fazenda Pública, convocou audiência para a manhã desta segunda, com a
participação do governador Marcos Rocha, do prefeito Hildon; dos secretários de
saúde de Porto Velho e do Estado; de representantes do Conselho de Medicina e
do Ministério Público. Depois desse encontro é que o Magistrado tomará sua
decisão. Se ela for contrária ao pedido da Prefeitura, mesmo que haja
decretação do lockdown, não haveria apoio do Estado. Ou seja, a Polícia Militar
não estaria obrigada a agir, caso não
houvesse cumprimento da determinação. Seria apenas mais uma decisão sem
qualquer resultado prático. Por isso, o encontro via internet no início desta
semana é vital para que o rumo do fechar tudo ou deixar aberto se definirá.
CARREATA E BARULHO PARA TRABALHAR
Não foi nenhuma Brastemp, mas ao menos fez barulho.
Algo em torno de uma centena e meia de motoristas e motoqueiros participaram,
na manhã do sábado, de uma carreata com buzinaço, pedindo a volta ao trabalho
e, obviamente, contra a intenção da Prefeitura de decretar novo lockdown na Capital. O movimento foi iniciado
ainda na sexta, pelas redes sociais. Muitas lideranças empresariais participaram
do encontro, embora se esperasse mais gente. O problema é que a decisão de
realizar o evento surgiu pouco mais de 24 antes e foram usadas apenas as redes
sociais, onde a repercussão é sempre menor do que na grande mídia. Mesmo assim,
o grupo deu seu recado: não quer portas fechadas; quer trabalhar; quer afastar
o fantasma do desemprego em massa. Os participantes do evento representaram,
certamente, grande parte do setor produtivo da Capital, assustado com a
possibilidade de terem que parar de trabalhar novamente. Nesta segunda, depois
da audiência na Justiça, se saberá se o temor deles se transformará em
realidade ou não. Agora, está nas mãos da Justiça.
LAERTE PROTESTA CONTRA “FOME” DO DETRAN
O deputado Laerte Gomes, presidente da Assembleia
Legislativa, fez um duro discurso contra “a fome exagerada do Detran em
arrecadar” e protestou contra o que chamou de “pegadinha” contra o
contribuinte. Segundo Laerte, o Detran ampliou os prazos para pagamento do
IPVA, mas não informou ao contribuinte que, quando fosse fazê-lo, haveri
cobrança multas e juros. “Nesse momento de pandemia, em que as pessoas estão
desesperadas, muitas com dificuldades até para comer, por falta de dinheiro, a
fome de arrecadação do Detran não diminui”, protestou. Laerte usou o exemplo de
um contribuinte que teria que pagar 2.700 reais de IPVA, aproveitou o período
de extensão dado pelo órgão para quitar a dívida, mas quando foi pagar, a conta
saltou para 3.340 reais. “A Assembleia vai tomar medidas duras contra esse
estado de coisas”, garantiu o presidente do Parlamento rondoniense.
PREFEITO AGRADECE 500 KITS DE MEDICAMENTOS
O prefeito Hildon Chaves fez, via redes sociais,
por um vídeo divulgado, um agradecimento muito especial ao empresário César
Cassol, que, através de suas empresas de energia e calcário, doou nada menos do
que 500 kits de medicamentos de combate ao corona vírus, para que a Prefeitura
da Capital os utilize, visando ajudar as pessoas infectadas e se livrarem da doença.
Os kits contém Hidroxicloroquina,
Ivermectina, Azitrromicina, e AS infantil. Segundo Hildon, depois de
destacar o espírito de solidariedade do empresário, que doou medicamentos na
ordem de 50 mil reais para atingidos pela Covid 19, a Prefeitura espera que o
gesto seja repetido por outros empresários do Estado e da Capital, no sentido
de contribuírem com a guerra ao vírus, que está atacando milhares de
rondonienses, a maioria da Capital. “Espero que mais empresários sigam o
exemplo de César Cassol e nos ajudem nesta grande luta para combater essa
doença, que está nos deixando preocupados a todos”.
É SEMPRE BOM PENSAR ANTES DE OPINAR!
Pelas redes sociais, com aquele tipo de
posicionamentos agressivos e sem qualquer base, mas também via algumas opiniões que merecem respeito, a compra do
hospital Regina Pacis pelo Estado continua sendo questionada, como se tivesse
sido alguma medida negativa. Sempre respeitando a todos que, democraticamente
têm direito à opinião, é importante que se volte a analisar o caso sob o prisma
da praticidade e do investimento feito. Quando se falava em investimentos na
ordem de 9 milhões e 800 mil pelo aluguel de três meses do Hospital
Prontocordis, houve pouca contestação. O valor, dentro do preço de mercado, seria
investido e, obviamente, passado o prazo, o Estado não teria mais o espaço e
nem a estrutura hospitalar. São unânimes os elogios à ação da Assembleia
Legislativa em alugar 60 leitos comuns e 12 UTIS do Hospital do Câncer, por 90
dias, por 10 milhões de reais. Os benefícios, nesse momento do auge da
pandemia, são altamente positivos. Ora, então pagar 12 milhões por um hospital
com 60 leitos, que terá outros 70 e mais 12 leitos de UTI, com uma usina de
oxigênio e que ainda ficará atendendo pacientes por décadas, foi um mau
negócio? Há que se pensar um pouco, para que não pareça se estar dando opiniões
vazias e apaixonadas, sem racionalidade.
SEM NUMEROS DO SÁBADO, 476 MORTES REGISTRADAS
Os números crescentes do corona vírus continuam
desesperando as autoridades de saúde e a população rondoniense. No final de
semana, novo salto no total de casos e de mortes, isso sem contar os dados
referentes ao sábado, que não foram divulgados pela Sesau, por um problema
técnico. De quinta para sexta, houve quase 1.100 novos casos. Tudo somado, o
número de rondonienses atingidos pela doença, já bate nos 20 mil. Desse total, mais
de 7 mil já estavam curados, até a sexta.. O lado mais triste é o que mostra o
quanto de vidas já se perderam com a Covid 19. Na quinta, eram 467 mortes. Na
sexta, 476 e este número aumentou no sábado, certamente. Em menos de dois meses, tivemos uma média superior
a oito óbitos/dia. E não se tem a mínima ideia de quando essa violenta onda de
contágio e de mortes chegará ao fim. A grande maioria dos casos e das vidas que
perdemos, o foram em Porto Velho. No
Brasil, já ultrapassamos as 57 mil mortes. Oremos, pois!
SEGURANÇA AGIU RÁPIDO CONTRA A BANDIDAGEM
Foi uma resposta rápida e dura! O secretário de
segurança, Coronel Pachá, deu a ordem e a PM acabou, em poucas horas, com
grupos criminosos que dominavam tanto o conjunto Orgulho do Madeira quanto o
Morar Bem. Foi nesse último, aliás, que facínoras – homens e mulheres – todos
jovens, incluindo menores, participaram de um dos mais terríveis crimes dos
últimos anos em Rondônia. Torturaram, mataram e decapitaram outro jovem, membro
de facção rival. O crime foi filmado pelos próprios criminosos, que depois se vangloriavam
em redes sociais, bebendo, se drogando e mostrando armas, que estavam dominando
a cidade. No Morar Bem, os bandidos conseguiram o que nem o Governo e nem a
Prefeitura haviam conseguido: decretaram um lockdown que funcionou, já que
todos os moradores, a imensa maioria de pessoas trabalhadoras e de bem, temiam
serem mortas pelos canalhas. Lamentavelmente, as leis brasileiras vão acabar
protegendo esses verdadeiros animais. Alguns deles, em breve, estarão nas ruas
novamente. Mas a PM, como sempre, fez o seu papel.
UMA OBRA ENTREGUE SEM ROUBALHEIRA
O escândalo começou em 2015. Mais de 200
milhões de reais foram desviados. Vários corruptos foram denunciados e presos.
Em 2017, ficou claro que as obras de transposição do rio São Francisco era uma máquina
de fazer dinheiro para ser distribuído entre os grupos poderosos que dominavam
o país, nos tempos áureos da roubalheira nos governos Lula e Dilma e das
inúmeras prisões da Operação Lava Jato. As obras andavam em passo de cágado,
inversamente proporcional à gastança. Já no governo Temer, mesmo indo devagar, o trabalho
prosseguiu. Nesta sexta, depois de apenas um ano e meio de governo, sem
qualquer denúncia de desvio de um só centavo, um dos trechos da transposição
foi inaugurado. O governo Bolsonaro apenas concluiu o que já estava perto de
ficar pronto. O que se comemora, entretanto, é que agora a gigantesca obra está
livre dos corruptos e dos canalhas que avançaram sobre o dinheiro público
durante longos anos. Vade retro, ladrões!
ILUMINAÇÃO DA PONTE: NOVA TRANSFERÊNCIA
O sapo enterrado pelos lados da ponte, continua
influenciando nos projetos das melhorias previstas há longo tempo. Estava no
organograma. Tudo certo. Nessa segunda-feira, deveriam recomeçar as obras de
instalação do sistema de iluminação da ponte sobre o rio Madeira, no bairro da
Balsa, aquela que liga os dois lados do rio e que nos leva, via BR 319, ao
Amazonas. O serviço já tinha iniciado em meados de maio, mas foi paralisado
poucos dias depois, por causa do lockdown decretado pelo Governo do Estado e
cumprido pela Prefeitura. A Emdur, responsável pela obra, através de convênio
com o Dnit, pretendia encerrar o trabalho em poucas semanas. Mas, com a
perspectiva de novo fechamento, agora inclusive proposto pela própria
administração municipal, é possível que o recomeço da implantação dos postes,
fiação e das luminárias, com um moderno sistema, aliás, demore mais algum
tempo. A ponte foi inaugurada em setembro de 2014 e, seis anos depois, continua
na mais completa escuridão.
PERGUNTINHA
Você lembra há quanto tempo você não ouve ou lê
sobre escândalos de corrupção em organismos ou qualquer obra pública do governo
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São 14 feriados nacionais. São inúmeros estaduais, mas tem também os municipais. Somando todos, se não somos os campeões, estamos no pódio entre o
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