Sexta-feira, 1 de abril de 2022 - 06h00
DIAS
DECISIVOS PARA A POLÍTICA RONDONIENSE: ROCHA, ROGÉRIO E LÉO NA CORRIDA PELO
GOVERNO. VINICIUS E DANIEL PEREIRA AINDA PODEM ENTRAR NA BRIGA
O sábado marca o Dia
D de muitos acordos, parcerias, federações, troca-trocas de partidos, montagem
das nominatas para as disputas à Assembleia e Câmara Federal e a corrida pelo
Governo do Estado. Em nível nacional, as novidades não param e, sem dúvida,
várias delas terão influência importante nas eleições em Rondônia. Uma delas,
extremamente importante: o ex-juiz Sérgio Moro saiu do Podemos; estaria
ingressando no União Brasil, abrindo mão da sua candidatura à Presidência da
República e poderia ser o candidato a vice numa chapa liderada pelo governador
gaúcho Eduardo Leite ou concorrer à Câmara. Ele optou pela segunda opção. Ele
iria com Leite porque o governador de São Paulo, João Dória, chegou a anunciar
– e depois voltou atrás – a desistência da corrida ao Planalto. Os dois, Moro e
Dória, que se apresentaram como terceira via ante Bolsonaro e Lula, jamais
decolaram. Resta agora, neste grupo dos que ainda acham que tem chances de ir
ao segundo turno contra os dois poderosos postulantes à Presidência, apenas
Ciro Gomes, que tem um eleitorado cativo, mas igualmente, ao menos até agora,
não se consolidou como a terceira via possível. E em Rondônia? Aqui o quadro
final pela disputa pelo Senado e pelo Governo ainda está nebuloso. Havia, até a
sexta-feira, entre os que tem chances reais, três candidaturas postas: Marcos
Rocha, Marcos Rogério e Léo Moraes. Vinicius Miguel, que entraria no time dos
com chance, ainda não bateu o martelo. Há quem diga que, lá na frente, ele vai
preferir disputar uma cadeira para a Câmara Federal. Daniel Pereira, outro nome
muito forte, está com dois corações, mas, ao que se ouve nos bastidores, já
teria se definido pela disputa ao Senado.
Pode surgir alguma
surpresa de última hora? Alguém que não esteja ainda no processo e que possa
aparecer como um nome inesperado? Claro que pode, não só agora, quando termina
o prazo para troca de partidos, como, ainda, até agosto, quando se encerra o
período das convenções e haverá o início oficial da campanha política. Enquanto
isso, os bastidores pegam fogo com comentários, fofocas, Fake News e, se a
gente peneirar bem, se consegue uma ou outro informação que esteja ao menos
perto da verdade. Depois da peneirada, o que dá para se acreditar (e ainda não
100 por cento!): há um candidato que só pensa no governo; há outro que não
estaria apaixonado pela ideia de concorrer, mas terá que fazê-lo, para não
perder seu espaço político conquistado com muita luta; há o que ainda não
conseguiu arregimentar forças suficientes para torná-lo um nome com total viabilidade
ao Governo e, ainda, há os indecisos. Neste samba do crioulo doido (ainda dá
pra usar esta frase, que, mesmo sendo título de música, se transformou, por
desejo de uma minoria, em algo politicamente incorreto?) dá para se fazer
alguma previsão correta? Quem quiser, que se arrisque a adivinhar...
HÁ TANTAS
HIPÓTESES, OPÇÕES, ACORDOS, DESACERTOS E CORRIDAS PARA UM LADO E OUTRO: ALGUÉM
AÍ SABE O QUE VAI ACONTECER?
Já em relação ao Senado, a questão também está
longe de se definir. Caso Marcos Rogério feche com o grupo de Léo Moraes (o
senador tenta convencer o deputado federal a ser seu vice, o que formaria uma
chapa poderosíssima!), a candidata ao Senado deles seria Jaqueline Cassol. Mas,
se Mariana Carvalho ingressar mesmo no PL, com o aval de Flávio Bolsonaro, o
poderoso senador e filho do presidente da República, como ficaria esse acordo?
O PL regional, que tem à frente o próprio Marcos Rogério, toparia essa aliança,
mesmo sendo adversário político de Mariana? E como ficariam Léo e Jaqueline,
que já tem um acerto político entre eles? Mais que isso: o PL deixaria de lado
o poderoso empresário de Vilhena, Jaime Bagattoli, amigo pessoal do Presidente
Bolsonaro e seu aliado de primeira hora? E como ficaria o bom de voto Expedito
Júnior, neste complexo e quase inacreditável quadro que está se formando?
Marcos Rocha, que quer ver Mariana senadora de seu grupo, estaria colocando as
mãos também em parte do PL rondoniense, com o aval do Planalto? Ou seja, neste
momento crucial das decisões da nossa política, há perguntas sem fim, para
pouquíssimas respostas definitivas. Pode acontecer o totalmente imponderável,
como, por exemplo, quem está rompido agora, estar unido mais adiante; quem está
postado com candidatura viável pode cair fora; quem está aqui, amanhã pode
estar lá. Aquele que disser que sabe o que vai acontecer, nesse emaranhado de
possibilidades e elucubrações, certamente está apenas dando uma de Mãe Dinah!
Na nossa política, portanto, até o impensável pode acontecer. Parte das
decisões saberemos, já neste final de semana.
AMORIM E
ALMIR SURUÍ: GURGACZ REFORÇA O PDT COM DOIS CANDIDATOS DE PESO À CÂMARA
Não se pode dizer que o presidente regional do
PDT, o senador Acir Gurgacz, não esteja lutando bravamente para formar uma
nominata forte para a Câmara Federal. A tentativa ajudaria a deputada Sílvia
Cristina, caso ela permaneça no partido, algo que a competente parlamentar vai
decidir apenas nesta sexta-feira, conforme informou pessoalmente a este Blog.
Silvia está lutando de todas as formas, para ter ao seu lado nomes que somem na
sua tentativa de reeleição, coisa que seria muito difícil no PDT, mesmo com a
chegada de novos candidatos, que poderiam reforçar o grupo dos com chances de
terem votação substancial. Com a dupla cooptada pelo pedetismo, abriram-se
novos horizontes neste raciocínio. São dois nomes considerados pesos-pesados da
nossa vida pública. O primeiro deles é o índio Almir Suruí, figura conhecida internacionalmente
e um dos mais próximos amigos das ONGs que atuam na Amazônia. Ele é pai da
ativista Txaí Suruí, que brilhou em evento internacional, quando discursou na
26ª Conferência da Cúpula do Clima, em Glasgow, abordando temas que os ambientalistas
do mundo inteiro adoram ouvir. O segundo personagem importante que ingressou no
PDT, também para ser candidato à Câmara Federal, é um dos políticos
rondonienses que galgaram diversos cargos públicos, entre o Executivo (foi
prefeito de Ariquemes), mas também no Legislativo, onde ocupou cadeiras na
Câmara Federal e no Senado. Trata-se de ninguém menos do que Ernandes Amorim,
figura polêmica, mas que tem, há muitos anos, um eleitorado cativo. No grupo
pedetista, há ainda outro nome poderoso: o do empresário Airton Gurgacz, que já
foi vice-governador e deputado estadual e que concorre novamente ao Parlamento rondoniense.
Portanto, quem acha que o poderio dos Gurgacz e do seu grupo político estava se
esvaindo, errou feio. Eles continuam poderosos, principalmente na região
central do Estado.
CACIQUE
FOI PRESO 24 HORAS DEPOIS DE SE TORNAR CANDIDATO, POR NÃO PAGAR PENSÃO
ALIMENTÍCIA
Por falar em Suruí, menos de 24 horas depois de
assinar ficha com o PDT, o cacique foi preso. Não que tenha cometido algum ato
ilícito, como corrupção ou algo parecido. Nada disso. A prisão foi determinada
pela Justiça, porque o líder indígena, conhecido no mundo inteiro, não pagou 11
mil reais de pensão alimentícia a uma ex-companheira. Como trata-se de uma
figura extremamente amada no meio dos ambientalistas e da imprensa mais à
esquerda, o caso teve pequena repercussão e não há maiores detalhes sobre eles.
O valor devido é, aos valores aproximados de hoje, menos de 2.200 dólares. Ou
seja, qualquer pedido público de ajuda resolveria a questão em minutos, já que
o líder Surui e sua filha (ela, inclusive, é colunista do jornal esquerdista
Folha de São Paulo), poderiam conseguir alguns milhares de dólares, num estalar
de dedos. Mesmo com a prisão, Almir continuará candidato à Câmara Federal, já
que este caso não lhe afeta os direitos políticos. Pelos comentários na grande
mídia (basta pesquisa no Google), há uma grande mobilização das ONGs e
instituições apaixonadas pela causa indígena, para que Almir consiga chegar ao
Congresso Nacional, como o primeiro deputado federal indígena de Rondônia.
Embora seja muito valorizado em nível nacional e internacional, Almir Suruí não
teria o mesmo apoio entre seus comandados, mas há quem diga que esses comentários
são apenas intriga da oposição. O PDT terá chance muito pequena de eleger dois
deputados. Até porque, para eleger alguém, há que se combinar com o eleitorado.
Amir Surui já foi solto.
OS ÔNIBUS
QUE AJUDARAM A FAZER A HISTÓRIA DE RONDÔNIA: EUCATUR COMEMORA SEUS 58 ANOS
Por falar nos Gurgacz, até como uma justa
homenagem à família pioneira de Rondônia e a uma das maiores empresas que se
confunde com nossa história, vale a pena reproduzir texto que um dos seus
diretores, o hoje senador Acir Gurgacz, publicou nas redes sociais, em
homenagem aos 58 anos de fundação da Eucatur: “o dia 31 de março é uma data histórica
para nossa família. Foi neste dia, em 1964, que meu pai, seu Assis, comprou o
primeiro ônibus e criou a Empresa União Cascavel de Turismo – a Eucatur. A
empresa começou fazendo a linha entre os municípios de União e Cascavel, no
Paraná. Cresceu junto com o desenvolvimento do Oeste paranaense, a construção de
Itaipu, e o chamado do governo federal para integrar a Amazônia ao território
nacional, que resultou na criação do Estado de Rondônia. Nossa história se
confunde com a história de Rondônia e do Brasil. Com a história de muitos
brasileiros e brasileiras que migraram do Sul do país para desbravar o Oeste e
o Norte brasileiro. Há 58 anos, a Eucatur segue firme abrindo caminhos pelo
Brasil, conectando pessoas e levando a esperança de dias melhores para quem
busca um novo rumo, ou realizar o seu sonho. Nesta data tão especial, eu deixo
um abraço de gratidão a todos clientes, colaboradores, fornecedores e amigos da
Eucatur, que também fazem parte dessa história. Parabéns e muito obrigado a
todos”! É sempre bom lembrar da importância da empresa, não só atualmente,
integrando Rondônia ao Brasil, mas, principalmente, naqueles duros tempos do
início da década de 60, quando chegar a Porto Velho, por exemplo, era cumprir
uma verdadeira epopeia, em cada uma das suas viagens. São antológicas e não
podem nunca cair no esquecimento, fotos históricas dos primeiros ônibus da
Eucatur, trazendo pioneiros para essas terras de Rondon.
LEI
AUTORIZA REAÇÃO ARMADA DE PROPRIETÁRIOS CONTRA INVASORES, MAS ESTA NOTÍCIA TEM
UM LADO QUE ENTRISTECE OS BRASILEIROS DE BEM
A semana começou com uma ótima notícia, embora
ela tenha sido trazida de três anos atrás. Foi revivida nas redes sociais num
comentário do grande jornalista Alexandre Garcia, que é, ao mesmo tempo, uma
notícia ruim para nosso país. Primeiro o lado bom. Foi aprovada, por ampla
maioria, em 2019, lei que autoriza o uso de armas, inclusive de grosso calibre,
contra invasores de propriedades. A lei considera como legítima defesa, o uso
de armas contra criminosos, que vivem de invasões ilegais, não só nas áreas
rurais quanto as urbanas. Este, portanto, o lado justo da decisão. Qual o lado
triste, deprimente, que deixa os brasileiros de bem cabisbaixos? Simples. Esta
lei foi aprovada por imensa maioria, no Parlamento da Itália, uma das maiores
democracias do mundo. Ou seja, lá, há anos, bandido é tratado como bandido, com
apoio da legislação. Infelizmente, aqui no Brasil, o terrorismo das invasões,
os ataques violentas, os assassinatos praticados por falsos grupos de sem terra,
movidos apenas à ganância e com o aval de vários setores que a gente sabe muito
bem quais são, continuam ocorrendo em abundância. Aqui em Rondônia, os ataques
à propriedades se registram seguidamente. No ano retrasado, inclusive,
policiais foram assassinados de forma covarde, em ciladas preparadas pelos
bandidos, a maioria deles ainda impune. Em Vilhena, um casal foi trucidado
dentro da sua propriedade, no ano passado. Há algum tempo atrás, um conhecido
fazendeiro de Ji-Paraná, o empresário Bruno Scheid, foi atacado e torturado por
vagabundos, que se diziam os verdadeiros donos da terra, aquela que o produtor
rural conseguiu com grande esforço e muito trabalho. Os italianos vão poder se
defender deste tipo de criminoso. Nós, por aqui, não...
SÓ DOIS
MEMBROS DA BANCADA FEDERAL SAÍRAM EM DEFESA DA CONSTITUIÇÃO E DE DANIEL
SILVEIRA
Mais um rondoniense se insurge contra decisão
do STF, no caso que envolve decisões, algumas delas surpreendentes, envolvendo
o deputado Daniel Silveira, a quem o jornalista Augusto Nunes, por exemplo,
chama, obviamente em forma de pura ironia, com a ácida crítica de que o
parlamentar é “prisioneiro pessoal do ministro Alexandre de Moraes”. Depois do
líder da bancada federal, deputado Lúcio Mosquini, foi a vez do senador Marcos
Rogério, pronunciar-se contra as decisões do STF, que atingiram Silveira. Marcos Rogério tachou como
“inconstitucional” a medida patrocinada pela Suprema Corte, vez que, de acordo
com a Carta Magna, os membros do Legislativo em Brasília serão invioláveis,
cível e criminalmente, por suas opiniões e manifestações”. “A situação do
deputado Daniel Silveira constrange a todos nós do Parlamento brasileira”,
afirmou o senador. E destacou que “a inviolabilidade da Casa do Povo deve ser
preservada. Ninguém está acima da Constituição Federal!”. Marcos Rogério, numa
postagem das redes sociais, acentuou ainda que “o artigo 53 da Constituição
Federal, não exige muita interpretação. Deputados e senadores são invioláveis,
civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos”,
protestou. Por fim, na mesma postagem, Marcos Rogério concluiu: Não pode ser
diferente com o deputado Daniel Silveira ou qualquer outro parlamentar. Ao
Supremo cabe, assim como todos nós, respeitar a Constituição federal”. Com exceção
de Mosquini e Marcos Rogério, nenhuma outra voz da bancada rondoniense, se
elevou em defesa dos direitos dos parlamentares e dos de Silveira,
especialmente.
PERGUNTINHA
Você que é paulista e você que é carioca, entre
São Paulo ou Palmeiras; Flamengo ou Fluminense, quem acha que serão os campeões
dos seus Estados, neste final de semana?
O genial Chico Buarque de Holanda, um talento e milionário franco/brasileiro comunista, porque defende Cuba e os regimes totalitários, mas mora em
Os números, claro, são aproximados e só envolvem valores pagos pelos cofres públicos ao funcionalismo estadual e municipal. Caso se coloq
Feriados, um atrás do outro: alguns poucos festejam e usufruem, mas a maioria apenas paga a conta
São 14 feriados nacionais. São inúmeros estaduais, mas tem também os municipais. Somando todos, se não somos os campeões, estamos no pódio entre o
As autoridades de segurança de Rondônia comemoram uma queda histórica nos índices de criminalidade, neste 2024. Crimes como furtos (meno