Quinta-feira, 15 de outubro de 2020 - 10h53
A UM MÊS DA
ELEIÇÃO, É HORA DE REFLETIR SOBRE O VOTO E A ESCOLHA CORRETA DE PREFEITOS E
VEREADORES
Daqui a
exatamente um mês, num domingo de novembro, os rondonienses e todos os
brasileiros vão às urnas, para escolherem seus novos prefeitos, vices e
vereadores. A cada dois anos, lamentavelmente, o Brasil para, durante longos
meses, para se envolver com política, um assunto que teoricamente interessa a
todos, mas, na vida real, beneficia praticamente só os grupos que chegam ao
poder. Os eleitos têm obrigações para com suas comunidades, com seus Estados e
também com a Nação. Mas, infelizmente, o que se vê, na grande maioria dos
casos, são grupos assumindo o comando e dando muito pouco em troca, com as
exceções de sempre, é claro. Piores são aqueles que enganam, mentem
descaradamente, prometem obras grandiosas e vultosas, realizações
irrealizáveis, iludindo o povo de que podem resolver tudo e fazer tudo, quando,
na realidade, vê-se é o pacote de coisas que nos faltam, que é o que a maioria
deles tem legado a todos os brasileiros, até agora. Lembremo-nos que as mudanças
mesmo, devem começar nas cidades. É nelas que vivemos. Para União e o Estado,
servimos muito mais como pagadores de impostos, depositários fieis do dinheiro
que ganhamos, mas que não é nosso. E que, em muito pouco, volta para nós. É por
isso que temos condições de começar a cumprir a verdadeira cidadania pela
escolha dos prefeitos, mas também dos vereadores, que serão eleitos, ao menos
na teoria, para fiscalizar o Executivo e não para aliar-se a ele, como ocorre geralmente.
Podemos
fiscalizar, na nossa cidade, a aplicação do nosso dinheiro, o que é muito
difícil conseguir, sobre os recursos federais e do próprio Estado. Queremos
cidades com qualidade de vida melhor, com saneamento básico, com boa estrutura
de saúde, com um trânsito que não mate, com iluminação abundante e ruas
trafegáveis. Queremos uma educação básica de qualidade e governos municipais
enxutos. Queremos um transporte coletivo digno e cidades cada vez mais
arborizadas, assim como queremos áreas de lazer, para nós e nossas crianças. E
queremos Prefeitos que não se envolvam em escândalos; que respeitem o dinheiro
público. Enfim, é no município que temos esse poder imenso de exigir e protestar,
quando as coisas não vão bem ou aplaudir, quando elas funcionam. A melhor forma
de fazer isso é escolhendo bem seu prefeito, mas também seus vereadores. Não
adianta ficar vivendo no mundo da crítica, se na Hora H, naquela hora em que
você está diante da urna, em qualquer localidade de Rondônia, vai decidir o seu
futuro e jogue o voto no lixo. A mudança profunda começa na esquina da sua
casa, no seu bairro, na sua cidade. Pense bem antes de entregar tudo nas mãos
de quem você só vai votar porque é amigo, parente, vizinho, conhecido. Ou pior,
em alguém que lhe deu ou prometeu algum benefício pessoal. Se soubermos votar
bem, as coisas começam a mudar. E, se soubermos escolher direito, saberemos
também fazê-lo em todos os níveis. Começando nas cidades, temos como melhorar o
Brasil!
DESDE
JUSCELINO, HÁ 60 ANOS, VIVEMOS DE ESPERANÇA
Neste mesmo
contexto de ter discernimento e não se deixar iludir por conversas fiadas ou
promessas vãs, mas sim pensar e repensar sobre quem merece o voto, é sempre bom
lembrar que, em nível nacional, desde Juscelino Kubischeck, há 60 anos atrás, não
temos um Presidente eleito que tenha mexido com as estruturas do país, para
melhor. Para pior, houve muitos! Todos os escolhidos pelo voto, depois de
Juscelino, nos deixaram um legado de atrasos, descontrole social, violência e
muitos, mas muitos escândalos de corrupção, principalmente nas últimas duas
décadas. Há esperança em que Jair Bolsonaro possa ser esse personagem, porque
está tentando mudar o eixo e as estruturas apodrecidas. Contudo, com a
fortíssima oposição que sofre, da mídia ideológica e desesperada pelo dinheiro
que sumiu e por uma oposição que não aceita a derrota nas urnas, ele terá
enormes dificuldades. Terá apoio popular suficiente para mexer em todo o
abelheiro e nos colocar num caminho de esperança e crescimento? Há frestas de
esperança no meio da escuridão, mas só o futuro poderá dizer se ele conseguiu
ou se voltaremos às trevas da demagogia e do atraso.
IBOPE DIZ QUE
HILDON CHAVES SAI BEM À FRENTE NA CAPITAL
Embora as
pesquisas eleitorais tenham sido desmoralizadas, principalmente desde o primeiro turno da eleição
Presidencial de 2018, elas ainda são consideradas importantes, ao menos para
mostrar alguma tendência do eleitorado no momento em que é feita. O Ibope
divulgou nesta quarta, a primeira pesquisa sobre a disputa pela Prefeitura de
Porto Velho. O prefeito Hildon Chaves, que busca a reeleição, saiu bem a
frente, com 23 por cento das intenções de votos. O segundo colocado foi o
professor e advogado Vinicius Miguel, com 12 pontos percentuais. A vereadora
Cristiane Lopes fcou na terceira posição, com 9 por cento, bem perto de
Vinicius. Breno Mendes teve 7 por cento: Lindomar Garçon 6 e o Coronel Ronaldo
chegou aos 5 pontos. A sétima posição é de Williames Pimentel, com 4 pontos
percentuais. Seguido de perto de Eyder Brasil, com 3 por cento. Leonel Bertolin,
Pimenta de Rondônia, Ramon Cajuí e Samuel Costa ficaram com apenas um por
cento. Não foram citados os candidatos Edvaldo Soares e Ted Wilson. A um mês da
eleição no primeiro turno, Hildon Chaves sai com grande vantagem. Os demais concorrentes terão que redobrar esforços, para alcançá-lo
e chegar ao segundo turno. Foram ouvidos 504 eleitores e a margem de erro é de
4 pontos.
UMA CAMPANHA
QUE RETRATA A FRIEZA DA LEI ELEITORAL
Não há
confronto, não há troca de críticas ou farpas, não há discussão. Tudo é
engessado e uma espécie de ensaio da mesmice, para se cumprir todo o rigorismo
das regras eleitorais, que tirou o diferencial e colocou todos os candidatos no
mesmo patamar, como se iguais fossem. Praticamente não há nada de novo. É como
se os candidatos pudessem usar os mesmos textos da última campanha de que
participaram e os caras novas, que de novos só tem a cara mesmo, continuem
dizendo exatamente as mesmas coisas, seja quem for. A pasteurização das
campanhas eleitorais, aliás, ocorre há anos. Afora os debates nas emissoras de
TV, não há o que se analisar nas candidaturas pelo horário eleitoral gratuito.
Em Porto Velho ainda mais, porque dos 15 candidatos, dois sequer têm acesso a
ele e, com uma ou outra exceção – dos que tem mais tempo – do resto pouco se
tira. A única novidade mesmo, nesta eleição, serão os mini debates entre
candidatos, no primeiro turno, promovidos pela SICTV/Record. A emissora, aliás,
tem realizado confrontos históricos, decisivos para o resultado dos pleitos
tanto em nível municipal quanto estadual. Afora isso, uma campanha morna, sem
emoção, sem envolvimento do eleitor. Exatamente como parece querer a legislação
eleitoral. Quanto mais frieza, melhor!
ASSEMBLEIA PROMETE CELERIDADE NA LEI DO ZONEAMENTO
A insegurança
para milhares de produtores rurais do Estado é imensa. A grande maioria vive
sob tensão, com visitas constantes dos órgãos de fiscalização ambiental, com
multas, com acusações de crimes ambientais que, na maioria das vezes,
inviabilizam as pequenas lavouras e os pequenos que vivem da produção de leite,
por exemplo. Uma legislação conflitante, falta de regularização fundiária, mas
principalmente de um zoneamento socioeconômico atualizado, são questão que
prejudicam seriamente os mais pequenos,
em toda a Rondônia. Nessa semana, contudo, eles tiveram uma boa notícia. O
Governo do Estado encaminhou à Assembleia Legislativa, um projeto de lei
exatamente sobre o zoneamento sócio econômico. O presidente Laerte Gomes, tão
logo recebeu o documento, já o encaminhou à Comissão de Meio Ambiente e
prometeu toda a celeridade possível para que o assunto caminhe rapidamente, até
a votação em plenário. Laerte garantiu: “os produtores rurais, que tem feito
girar nossa economia e gerado tantos empregos, do nosso Estado podem contar com
o meu apoio e de todos os deputados”.
POLÍTICOS AINDA PRESOS, MEGATRAFICANTE AINDA SOLTO!
Tomara que a
Justiça brasileira, em todas as suas instâncias, trate, algum dia, bandidos,
assassinos, traficantes internacionais e criminosos de todos os tamanhos, com a
mesma dureza que tem tratado políticos corruptos. Na semana em que o STF mandou
soltar um dos maiores e mais perigosos traficantes de drogas do país, tanto no
TJ rondoniense quanto no STJ, os envolvidos num escândalo financeiro no nosso
Estado, tiveram novamente negados pedidos para cumprindo de prisão domiciliar.
Pegos com a mão na massa, flagrados por câmeras escondidas, as prefeitas
Glaucione Rodrigues, de Cacoal; Gislaine Lebrinha, de São Francisco; Luizão do
Trento, de Rolim de Moura e Marcito Pinto, de Ji-Paraná, continuarão presos.
Também ficará em sua cela o ex deputado Daniel Neri, marido de Glaucione.
Recursos impetrados pelos advogados dos réus, foram negados novamente pelo
desembargador Roosevelt Queiroz, um magistrado entre os mais respeitados da
história do Judiciário da nossa terra. Foi Roosevelt, aliás, que mandou prender
todo o grupo corrupto. Agora, ao menos um dos que estão na cadeia, a prefeita
Lebrinha, está recorrendo ao STF, mas ainda sem resultado. Todos estão presos
em Porto Velho. Quando o mesmo rigor for
aplicado em toda a cadeia (com o perdão do trocadilho) do Judiciário brasileiro
contra criminosos comuns, aí sim, teremos um país para dar exemplo ao mundo.
ROCHA DESABAFA E DIZ QUE LEIS TÊM QUE MUDAR
O caso da
operação policial na busca dos assassinos de PMs de Mutum Paraná, continua
repercutindo. Vale a pena registrar alguns comentários, aliás, parte deles eivados
de emoção, do governador Marcos Rocha, num longo texto publicado nas redes
sociais. Começou criticando duramente “falas irresponsáveis”, tentando
desqualificar a ação policial “apenas para uso político, é uma desumanidade!”.
Rocha, que é PM, diz que enviar as forças para o local, sem planejamento e sem
inteligência, “seria confete para enganar a população e traria, possivelmente,
mortes em vão. Em vão, pois não trarão justiça se não tivermos o resultado”.
Mais adiante, o Governador destacou outro aspecto importante. “Todos nós
estamos cansados desse Estado que protege os marginais. Estamos cansados de
assistir cenas assim! Esse tipo de movimento, torna-se quadrilha ao organizar
invasão e matar pessoas. As Leis precisam ser alteradas!”. Foi mais longe: “é o dilema
da polícia brasileira: se prende, a legislação solta no outro dia. Se mata em
legítima defesa, o policial é condenado de todas as formas possíveis (mídia e
justiça). E se o soldado morre, há apenas a comoção da sociedade. Para o resto,
a morte cai no campo do esquecimento”.
PELO VOTO, OS ARGENTINOS
ESCOLHERAM SEU DESTINO
O povo da Venezuela e de Cuba, só
como dois exemplos, não tem culpa pelo que acontece de ruim em seus países. A
Venezuela caminha para a fome, para a miséria, para o extermínio de milhares de
pessoas, enquanto que em Cuba vive-se ainda nos anos 60, com um atraso absurdo
em relação ao mundo moderno e, ainda, sem liberdade individual. A população não
tem a culpa, simplesmente porque não pode escolher, com ampla liberdade,
qualquer outro caminho que não fosse a ditadura que foi imposta. Mas a
Argentina não! O povo argentino, com uma cultura média muito acima dos demais
vizinhos da América Latina, com seu rebanho gigantesco e carne exportada para
todo o mundo, com tudo para dar certo, ele, o povo, optou, em sua maioria,
optou pelo atraso, pelo achaque aos cofres públicos, por um governo que quer
que o Estado domine tudo. Elegeu um poste para Presidente, Alberto Fernández, levando
novamente ao poder uma Cristina Kirchner envolvido em roubalheira, respondendo
a vários processos. Milhares de pessoas agora, lamentam e vão as ruas
protestar. É tarde! Agora, o país sofre uma das maiores crises da sua história.
Escolheu o pior, agora aguente!
RONDÔNIA: MENOR NÚMERO DE ÓBITOS
DA REGIÃO NORTE
Obviamente que as 1.406 mortes já
registradas em Rondônia, pelo coronavírus, é um número assustador, que dá um
arrepio na espinha e uma tristeza no coração de cada rondoniense. Mas é sempre
bom fazer justiça às ações do governo, via Secretaria da Saúde, que, não
tivessem tomado medidas urgentes, para criar novos leitos comuns e de UTI, além
de várias outas iniciativas, esses números poderiam ter sido muito maiores.
Basta comparar o índice de mortes em Rondônia (2,06 por cento) sobre o total de
contaminados (68.126), com vários outros estados brasileiros. Por exemplo: no
Rio de Janeiro, o total de mortes – 19.336 – sobre o número geral de
contaminados – 284.053 – representa 6,8 por cento, ou seja, mais de três vezes
o percentual de Rondônia. Essa diferença, em torno de 4 por cento de óbitos a
mais, representaria, em Rondônia, caso o mesmo índice ocorresse, algo em torno
de mais 562 mortes. Temos aqui o menor número de óbitos em relação ao total de
casos, entre todos os estados da região norte. As ações feitas desde o início
da pandemia (algumas antes mesmo que ela chegasse por aqui), os contratos
emergenciais com hospitais privados e a compra do Hospital Regina Pacis, foram
algumas das medidas tomadas e que evitaram muito mais mortes. Foi muito ruim
perdermos tantos rondonienses, mas é bom dizer que, se não tivesse sido o que
foi feito pelo secretário Fernando Máximo e toda a sua equipe, tudo poderia ser
muito pior.
PERGUNTINHA
Você acha que
a legislação está correta ou ela precisa mudar com urgência, para impedir que
alguém que seja preso por qualquer tipo de crime, possa manter sua candidatura
na eleição?
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