Quinta-feira, 25 de abril de 2019 - 10h25
UM EMPREENDEDOR VISIONÁRIO ESCANCARA AS PORTAS DOS NEGÓCIOS ENTRE O BRASIL, RONDÔNIA E A BOLÍVIA
Ele aparece no noticiário nacional da Bolívia como um empresário de sucesso, que está ajudando a mudar, para muito melhor a economia do país vizinho. O presidente Ervo Morales, que concorrerá a mais um mandato, já o convidou para estar ao lado dele, durante a campanha. Morales, aliás, tinha na região de Beni, aquela na fronteira com o Brasil, do outro lado do rio em Guajará Mirim, a maior concentração de opositores. Não tem mais. Como abraçou os projetos de desenvolvimento da agricultura, inclusive preparando a mudança da legislação nacional que proibia o plantio em terras de fronteira, para ampliar o agronegócio boliviano na região, Morales já tem muito mais apoio naquela área, onde chegou a ser ojerizado. César Cassol é o empresário rondoniense que está mexendo com as estruturas, ainda arcaicas, do desenvolvimento dos negócios com nossos vizinhos. Primeiro, levou seu calcário, bancando tudo do próprio bolso, para mostrar que a região de Beni poderia ter terras férteis para o plantio, coisa que os bolivianos jamais acreditaram. Deu certo. Ele comprou uma área muito grande e ali, ante os olhos inicialmente incrédulos dos bolivianos, começou a tratar a terra com calcário, a fortalecê-la e a produzir soja e milho em abundância. Para o corajoso empreendedor rondoniense, era o óbvio. Para os vizinhos da Bolívia, era quase um milagre. Além disso, César Cassol mandou construir uma balsa que pode transportar até 500 mil quilos. Ela vai de Rondônia para lá carregada com nossos produtos e volta de lá com ureia, açúcar e outros produções que são abundantes do lado de lá. Tudo bancado por ele mesmo, um empreendedor corajoso e visionário, que está ajudando a mudar toda a estrutura econômica de uma região até agora muito pobre, na fronteira com o Brasil.
Há ainda um longo caminho a trilhar. Agora que ele foi aberto, os desafios ainda são imensos. Um deles: não existem portos nem em Costa Marques e nem em Guajará Mirim. Só essa medida poderia quintuplicar ou até multiplicar por dez, rapidamente, o volume de negócios entre os dois países. E por isso que, em recente encontro com o presidente Evo Morales e seus ministros, na região de Beni, César Cassol sugeriu que o mandatário boliviano se encontre com o presidente Jair Bolsonaro, com o governador Marcos Rocha, de Rondônia e com outros governadores da região, para um esforço conjunto, no sentido de facilitar os negócios entre os dois países. O Brasil também tem muito a ganhar. Hoje, por exemplo, importamos a ureia da Rússia, numa distância de quase 14 mil quilômetros. A Bolívia, aqui ao lado, tem em abundância a ureia, um rico adubo essencial ´para a alimentação do gado, para as plantas e base para produção de cremes hidrantes para a pele. César Cassol está sendo um visionário. Mas precisa de apoio. Já fez muito sozinho. Agora, é hora de ter parceiros com sua mentalidade empreendedora, para alavancar ainda mais os negócios entre Rondônia e a Bolívia.
EVERTON E NEREU INOCENTADOS
Apenas os ex deputados Everton Leoni e Nereu Klosinski, foram absolvidos, durante julgamento da Operação Dominó, realizada nesta quarta-feira, em sessão da 2ª Câmara Especial do Tribunal de Justiça do Estado, composta pelos desembargadores Roosevelt Queiroz Costa, Renato Mimessi e Eurico Montenegro. O Ministério Público foi representado pelo procurador Ivo Scherer. No julgamento, todos os demais 22 denunciados foram condenados. Para apenas um deles, o ex presidente( Carlão de Oliveira) à pena inicialmente de prisão. A maioria teve a pena reduzida em relação à decisão de primeira instância, outros vão cumprir penas alternativas e houve os que cumprirão parte das penas no regime semiaberto. O caso andou pelos caminhos do Judiciário durante mais de 13 anos. Basicamente, a denúncia envolvia a existência de uma folha paralela. O julgamento foi em segunda instância e ainda cabe recurso para os condenados.
SEM TEMPO PARA FACTOIDES
Há graves problemas sob análise na Assembleia Legislativa. Há debates sobre projetos de grande envergadura, que podem influenciar diretamente na vida de milhares de rondonienses. O presidente Laerte Gomes tem se esmerado em tratar todos os assuntos com a devida importância, porque ele e seus pares sabem que uma decisão errada no parlamento, pode prejudicar a todo o Estado. Por isso, como outros poderes, a Assembleia tem que acertar sempre e seguir todos os ritos que a ela são designados. Há questões sérias como o desemprego que aumenta; graves deficiências na segurança, os problemas do Detran; a necessidade de fiscalizar e analisar os atos do Executivo, para que tudo ande dentro do que espera a população. Não há tempo a perder com factoides e invencionices. Obviamente que se respeita a opinião de todos, mas é vital que o legislativo estadual não seja envolvido em pequenezas e temas que só interessam a alguns grupos, principalmente preocupados com interesses que, certamente, estão longe de ser os de toda a coletividade. Por isso, fazem muito bem Laerte e os demais deputados ao não darem muita bola para pedidos de impeachment do Governador e do seu vice, tratados com alarde aqui e ali, mas que, no fundo, servem apenas para desviar a atenção da ALE para os reais problemas que ela tem que tratar.
TÍTULO NEFASTO
Um dos temas mais graves que Rondônia enfrenta e que foi trazido ao debate exatamente pelo presidente da Assembleia, Laerte Gomes, é o do desemprego, principalmente em Porto Velho. E, na grande maioria dos casos, a falta de postos de trabalho para jovens. A Capital rondoniense, aliás, possui o nefasto título de campeã nacional em desemprego de jovens. Mas o problema, na verdade, atinge centenas e centenas de famílias e pessoas de todas as idades. Nessa semana, o assunto entrou na pauta da Assembleia. O deputado Geraldo de Rondônia cobrou do governo do Estado propostas, medidas e ações que possam se transformar em projetos para a geração de emprego. Destacou que principalmente as famílias mais pobres, estão precisando de apoio, pelo enorme volume de desempregados, principalmente na Capital. E é verdade. Só para ilustrar: ontem, numa família de quatro adultos, todos se diziam desempregados, tendo que pedir ajudar a comunidade para conseguir comer e dar o que comer a três crianças. É apenas um exemplo, mas esclarece muito bem o que está acontecendo na cidade. Pena que com dramas tão intensos, se perca tempo ainda com factoides.
CONDENADO EM TERCEIRA INSTÂNCIA
Há quem comemore que Lula pode ser solto daqui a alguns meses. E há os que se entristecem, como esse colunista, com o fato de um ex Presidente da República ser condenado em terceira instância como responsável por atos de corrupção e lavagem de dinheiro. A Justiça Federal diminuiu um pouco a pena imposta a Lula, mas jamais o isentou de culpa em todo o caso do tríplex do Guarujá. Pior ainda, se houver outra condenação em segunda instância, agora no caso do sítio de Atibaia, mesmo com pena menor na primeira condenação, ele continuará atrás das grades. A questão da dosimetria da pena é apenas secundária. O que importa mesmo, para a tristeza de milhões de brasileiros que tinham em Lula, em seus projetos e no seu partido, o PT, as grandes esperanças de um Brasil diferente e renovado, saber agora, com certeza, sem qualquer sombra de dúvida, que fomos governados por um meliante, que nos enganou durante tantos anos. Não só ele como vários dos seus principais ex assessores, hoje cumprindo pena ou, condenados ou ainda sob investigação, traíram os brasileiros, mostrando ao país a face da bondade e da boa intenção, mas, da porta para dentro, olhando-se no espelho com suas verdadeiras caras de criminosos. Lamenta-se, mais ainda, que, cegos pela ideologia e pela doutrinação, ainda tenha muitos pobres coitados que defendem o ladrão. Sabem que é ladrão. Tem certeza que é ladrão. Mas, ainda assim, quando o ladrão representa a ideologia deles, aí pode! Uma tristeza!
APENAS UMA VITÓRIA DE PIRRO
Em todo o país começou, nesta quarta, uma grande operação para captura de condenados e foragidos de todos os tamanhos, calibres e responsáveis por inúmeros tipos de crimes. Todas as polícias estão envolvidas. Em Porto Velho, a polícia civil fez uma grande operação de caça aos foragidos e aos que ainda não foram presos. Vários bloqueios foram colocados em pontos estratégicos pela PM, enquanto a Civil batia em várias portas, procurando envolvidos em delitos menos graves até procurados por homicídio ou feminicídio. A intenção, tanto aqui como em nível nacional, é tentar diminuir a violência gritante em todas as regiões. Certamente muitos criminosos serão presos e o trabalho das forças policiais, terão bons resultados. Lamentavelmente, há que se registrar que é será apenas uma vitória de Pirro. Mesmo os assassinos mais cruéis, em poucos dias, poderão estar nas ruas novamente. Não há polícia no mundo que resolva os problemas da violência com as leis protege-bandidos criadas no Brasil. Será, novamente, só uma operação para mostrar a competência das nossas polícias, mas cara e sem resultados definitivos. Em breve, 99 por cento dos bandidos presos agora, estarão livres, leves e soltos nas ruas, cometendo os mesmos crimes. Tem solução um absurdo desses? Claro que não tem.
VEREADORES: MULTA DE MAIS DE 1 MILHÃO
Quem está numa saia justa é o vereador reeleito Alan Queiroz, do PSDB. Presidente da Câmara de Vereadores há cinco anos, ele teve suas contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas. Por unanimidade. Um dos motivos é, em 2014, o então presidente teria permitido que os gastos de pessoal da Câmara ultrapasse os 70 por cento. Não foi só ele. Do total de mais de 1 milhão de reais em multas, aplicadas pelo TCE/RO, mais de 821 mil terão que ser pagos como débitos solidários, envolvendo outros 20 vereadores, a maioria dos quais não faz mais parte do poder. O relator do processo foi o conselheiro Valdivino Crispim de Sousa, que votou pela rejeição das contas de cinco anos atrás. Todos os demais membros do TCE votaram a favor do parecer de Crispim. O Tribunal de Contas, aliás, tem sido extremamente rigoroso com o controle dos gastos do dinheiro público. No caso de Alan Queiroz e outras duas dezenas de denunciados e multados, ainda cabe recurso. Presidido pelo competente Edilson Silva, o TCE tem marcado sua atuação por uma fiscalização rígida, sempre lembrando aos gestores que eles têm obrigação de gastar apenas dentro critérios legais.
PERGUNTINHA
Você concorda com a decisão da Justiça Federal, que reduziu a pena do ex presidente Lula, abrindo a possibilidade de ele começar a cumprir pena alternativa a partir de setembro?
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