Domingo, 17 de maio de 2020 - 10h01
GOLPE MILITAR OU PAREDÃO PARA OS ADVERSÁRIOS: TEM FUTURO UM PAÍS
DIVIDIDO POR GENTE QUE DEFENDE TAIS LOUCURAS?
Transformar a crise do corona víris e a crise política em mote de
palanque eleitoral e ideológico é, sem dúvida, um dos maiores crimes que já se pode
cometer contra nosso país. É isso o que a gente vê, ouve e lê na mídia
tradicional, mas principalmente no mundo cão em que se transformaram as redes
sociais. Não há sentimento, não há compaixão, não há respeito. Há apenas a
brutalidade da imposição da opinião contra ou a favor do governo. A doença, a
tragédia, as mortes, são apenas panos de fundo para a verdadeira missão da
grande maioria dos envolvidos no imenso debate, que começou no dia em que
Bolsonaro ganhou a eleição e continuará até o dia em que seu mandato terminar
ou, mais cedo, se ele for defenestrado do poder. Essa é a tragédia nacional: um
país dividido pela política. De um lado, grupos fanáticos, que não enxergam
qualquer erro do Presidente, por pior que ele seja. Do outro, os derrotados de
2018, que jamais aceitaram o resultado democrático das urnas e que põe o fim do
governo Bolsonaro acima de quaisquer outros interesses do nosso país. Os
extremistas estão perto de levar sua Nação ao caos, mas isso não lhes
interessa, desde que sejam vencedoras suas ideias pessoais e suas ideologias. O
Brasil? Há, o Brasil que e dane! Nossa elite política e boa parte do
nosso povo deveria é ter vergonha na cara; nossa imprensa descompromissada com
a verdade, deveria tirar sua capa de isenção e se desmascarar, por inexistência
do atributo ou de qualquer insinuação que tenha algo a ver com os fatos reais ;
muita gente do povo deveria também se envergonhar, ao aceitar que tenhamos
chegado a isso e por participar disso.
A tragédia bate à nossa porta. Primeiro, ela levará dezenas de milhares
de vidas, pela Covid 19. Depois, levará muito mais, pela pobreza, pela crise
econômica absurda que já está chegando. As duas causas podem destroçar nossa
Nação, mas o que se sente, neste pobre país, destroçado por extremismos, é que
nada disso importa. “Se meu grupo e o que defendo não forem seguidos, que o
Brasil exploda, que seja terra arrasada, que vá para o inferno, com todos
aqueles que não pensam como eu”, parece ser a nova letra do tenebroso hino
nacional que estamos criando. Ninguém parece estar realmente preocupado com a
doença, nosso futuro e o futuro dos nossos filhos. Hoje, os bolsonaristas
sonham com um novo golpe militar e com tanques passando sobre os esquerdistas,
adversários. Os antibolsonaristas parecem sonhar mesmo que cheguemos ao
nível de Cuba, no final dos anos 50, quando Fidel Castro mandou para o paredão,
matando por fuzilamento milhares de adversários. Nada de
patriotismo, amor ou respeito pelos outros. A única democracia que interessa é
aquela que atende os meus interesses. Tem alguma chance um país como esse?
RONDÔNIA: MENOS ÓBITOS QUE O RESTO DO PAÍS
Tem razão o secretário de saúde, Fernando Máximo, ao corrigir uma
informação desta coluna, na última sexta-feira. A comparação foi feita com dados
diferentes. Por isso, está incorreta que o percentual de mortes por corona
vírus em Rondônia é muito maior do que os números nacionais. Na verdade, é o
contrário. O cálculo foi feito, ao se falar dos dados de todo o País, sobre o
total da população e não sobre o número de casos de contaminados. Em Rondônia,
o percentual de mortes, depois dos números dos últimos dias, subiu para 3,3 por
cento. Mas é menos que a metade do número nacional, que está, na verdade, em
6,7 por cento. No Amazonas, por exemplo, o percentual já chegou a 7,2 por cento
de óbitos sobre os perto de 17.500 contaminados. Ao se dividir o número de
óbitos pelo de contaminados, que é o cálculo correto, Rondônia está numa
situação muito melhor do que a média nacional, embora, claro, cada morte seja
uma pequena tragédia para todos. Correção feita!
CLOROQUINHA TAMBÉM NA GUERRA IDEOLÓGICA
Há uma guerra política também em relação ao uso da cloroquina no combate
ao corna vírus. É algo surreal como um tema de tal importância é tratado como
se fosse apenas um troféu político de grupos, sejam de um lado ou de outro da
moeda, que está dividindo nosso país. O presidente Da República, um leigo,
defende o uso do medicamento. Milhares de médicos também o defendem. Milhares
de outros são contra. Enquanto esses deuses que decidem sobre a vida e morte
das pessoas que brigam por suas ideologias, milhares de brasileiros estão
morrendo, porque não têm acesso a esse medicamento que, ao menos até agora e em
centenas e centenas de casos, ajudaram sim a curar a doença. O Conselho Federal
de Medicina já autorizou seu uso, embora isso tenha que ser definido entre
médico e paciente. Mas os que são contra não aceitam sequer que ele pode ajudar
no combate ao Covid 19. Essa briga pérfida, baseada em teorias pessoais e em
grupos que se dividem apoiando ou rejeitando o medicamento, está deixando o
brasileiro comum doido. Imagine-se o que passa na cabeça dos doentes...
BANCADA FEDERAL NA GUERRA AO CORONA
A bancada federal de Rondônia conseguiu
emendas de 22 milhões de reais para o combate ao Corona Vírus no Estado. Os
oito deputados federais e três senadores anunciaram que os recursos já foram
liberados e estão disponíveis nos cofres do Governo do Estado. A verba foi
conseguida depois de reuniões entre os parlamentares e representantes do
Estado, em que todos os membros da bancada decidiram unir forças para que parte
de suas emendas fossem encaminhadas para a batalha contra a doença que está
assustando a todos. Os recursos serão empregados na aquisição de
insumos, medicamentos, locação de UTIs, aquisição de Equipamento de Proteção
Individual Hospitalar para os médicos e enfermeiros, assim como para a
aquisição de kits para realização do exame do coronavírus e teste rápido para
detectar a doença. Os deputados federais Léo Morais, Expedito Netto, Mariana
Carvalho, Lúcio Mosquini, Jaqueline Cassol, Silvia Cristina, Dr. Mauro Nazif,
Coronel Chrisóstomo, e os senadores Confúcio Moura, Marcos Rogério e Acir Gurgacz
têm mantido contato com o secretário de saúde, Fernando Máximo, através de
videoconferência, tratando de mais ações em prol do socorro imediato que os
municípios e o governo de Rondônia nesse momento de crise.
GUERRA ÀS MULHERES E ROUBO DE CELULARES
Todo o noticiário tem se concentrado nos problemas, números, casos,
internações e mortes do corona vírus. Mas as outras questões que sempre se
abateram contra a sociedade, continuam existindo. Duas delas precisam ser
destacadas. Primeiro, o aumento assustador de casos de agressões a mulheres
dentro de suas casas, por parceiros ou maridos. O outro é também assustador.
Cresceram em números alarmantes, os assaltos e roubos. Dezenas de porto
velhenses têm sido vítima dos bandidos, a maioria deles perdendo seus
celulares, que os criminosos trocam por droga. A maioria dos que são atacados é
de pessoas pobres, muitas delas sem qualquer chance de comprar outro aparelho,
ao menos dentro de curto prazo. Os dimenor e jovens formam
duplas de motoqueiros que infernizam a cidade. Nas últimas semanas, o bairro
São João Bosco tem sido um dos mais procurados pelos bandidos. Policiamento
zero nas ruas...
BAIRRO PEDE SOCORRO: UMA SEMANA SEM ÁGUA
Socorro, Caerd! Em plena pandemia, quando a água é vital para a limpeza,
grande número de porto velhenses simplesmente abrem suas torneiras e delas
sai....nada. Isso mesmo! No bairro Aponiã, por exemplo, na região da rua Clara
Nunes, os moradores estão desesperados, porque “comemoraram” a primeira
semana sem uma gota d´água. A situação está cada vez pior. Sem água, não se
toma banho, não se lava roupa, nem os alimentos que vêm da rua; nem se pode
cuidar das crianças. O problema tem se repetido em outras regiões da cidade. É
vital que nesse momento de crise, a Caerd faça um esforço para que ninguém
fique sem água em suas casas. Certamente a direção da empesa vai atender os
apelos dos moradores do Aponiã, que andam apavorados com o problema que se
arrasta há vários dias.
BELMONT: SERÁ QUE AGORA SAI?
Mesmo com a pandemia, o DER anuncia que
está trabalhando duro em obras de Porto Velho. Duas delas se destacam.
Primeiro, da Estrada do Belmont, um problema que afeta, há décadas, a ligação
das empresas de transporte de combustíveis e derivados, está andando. Na Belmont, já
existe um quilômetro de lançamento de pedras rachão, aguardando a base de 20
centímetros para futura pavimentação, com a previsão que sejam asfaltados os
quatro quilômetros este ano, segundo engenheiros do órgão, o que
resolveria de vez o grave problema, segundo o DER. Outra obra importante é a
ligação da BR 364 com o Porto, o anel viário chamado de Expresso Porto. Ali já
começaram as preparações para asfaltamento do trecho. O DER continua sendo
muito cobrado em relação a obras em estradas do interior, mas ao menos na
Capital, as coisas estão começando a acontecer...
ATESTADOS FALSOS: MÉDICOS PRESSIONADOS
Afora os escândalos de compras superfaturadas, de equipamentos que não
funcionam; da malandragem se aproveitando da desgraça (coisas comuns nesse
país), agora aparece mais uma dessas sacanagens em plena crise da Covid
19. O Sindicato dos Médicos do Ceará pediu providências ao Ministério
Público, para que abra investigação sobre denúncias de que médicos estariam
sendo pressionados a classificar mortes como “suspeitas do novo
coronavírus”, por meio de ameaças realizadas de “formas explícitas e veladas” a
qualquer morte sem causa clara. A intenção, ao que parece, é tornar a tragédia
maior e tentar conseguir mais recursos federais. A determinação, que veio da
Secretaria de Saúde do Estado, era para que os médicos atestassem, em casos de
óbitos que ocorrem nas unidades de atuação, como possível decorrência da
Covid-19. Estaria ainda sendo inviabilizada a possibilidade de os médicos
realizarem “exames mais precisos”, antes de confirmarem a causa
de morte do paciente.
EXIGÊNCIAS SOBRE QUEM DEFENDE A LEIPouco mudou no Brasil, em relação às
leis de combate ao crime e à intransigente defesa dos direitos humanos dos
bandidos. A tentativa de criminalizar a polícia e defender os bandidos, está
arraigada em alguns setores
da sociedade. Enquanto as leis não forem mudadas, essa gente continuará
mantendo sua batalha, “exigindo” explicações quando os policiais, que arriscam
suas vidas todos os dias, matam bandidões, traficantes, membros do crime
organizado. A história que todos já conhecemos repetiu-se nessa sexta, numa
favela do Rio de Janeiro. Depois de vários meses de investigações, os policiais
entraram nas vielas e ruas atrás dos criminosos. Os bandidos, incluindo um dos
maiores traficantes do país, que mandava em duas favelas cariocas, reagiram,
usando armamento pesado. Até uma granada explodiu. Treze pessoas, todas do
mundo do crime, segundo a polícia, acabaram mortas, incluindo o chefão do tráfico.
Correndo, membros da Defensoria Pública “exigiram” investigação da ação
policial. Nunca “exigiram” nada em relação aos donos do crime. Embora parte da
sociedade já tenha sido vacinada contra esse tipo de tentativa de criminalizar
as polícias, há ainda quem acredite nessa balela. Lamentável!
PERGUNTINHA
Se você fosse contaminado pelo corona vírus e tivesse que ser
hospitalizado, autorizaria ou não seu médico a usar a cloroquina em seu
tratamento?
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