Quinta-feira, 24 de março de 2022 - 07h00
GOVERNO
TROCA PELO MENOS CINCO SECRETÁRIOS QUE VÃO DISPUTAR VAGAS NA ASSEMBLEIA E
CÂMARA FEDERAL
Não é só o presidente
Bolsonaro que fará uma ampla reforma ministerial, exatamente daqui a oito dias.
O governador Marcos Rocha perderá, para a eleição deste ano, nada menos do que
quatro dos seus mais importantes secretários. Todos eles vão andar pelo caminho
das urnas, buscando vagas para a Assembleia Legislativa, mas principalmente
para a Câmara Federal. Os bastidores da política regional apontam para mudanças
no comando da Secretaria de Educação do Estado, onde o professor Suamy
Vivecananda, que comandou com sucesso o setor, deixa o cargo para assumir a
disputa à ALE. Para trilhar o mesmo caminho de Suamy, em busca de chegar à
Assembleia, estaria se preparando o secretário Jobson Bandeira, da Sejucel,
área do governo para a juventude, esportes e lazer. Já o secretário Fernando
Máximo, com números impressionantes na saúde, mesmo com a pandemia, embora tenha
dito várias vezes não ter pretensões eleitorais, agora atendeu pedido do
Governador e vai sim entrar na luta pela Câmara. O terceiro nome é o do
secretário da Agricultura, Evandro Padovani. Ele já primeiro suplente da
bancada federal e vai para a segunda tentativa de chegar ao Congresso. O quarto
pretendente, em nível de secretário, é Elias Rezende, o poderoso diretor do
DER, também concorrente à Câmara e que, durante sua gestão, conseguiu dar uma
boa melhorada na estrutura das rodovias estaduais. Há ainda outros secretários
que podem tentar a troca do Executivo pelo Legislativo, mas, ao menos por
enquanto, são estes os nomes dos que podem cair fora das suas funções,
cumprindo a legislação eleitoral, para concorrer.
Quem serão os
interinos, que ficarão no posto pelo menos até meados de outubro ou, no máximo,
até 31 de dezembro? O governador Marcos Rocha, consultado por este Blog,
preferiu não comentar nada, por enquanto. O que se sabe é que as cobiçadas
secretarias, algumas delas com os maiores orçamentos do governo, estão em rota
de negociações políticas com aliados, como o prefeito Hildon Chaves e, ouve-se,
haveria conversas até com o ex-governador e ex-senador Ivo Cassol, embora, é
claro, ninguém confirme tais elucubrações da nossa política. Rocha tem algumas
exigências para escolher seus novos secretários, claro e algumas indicações já
teriam sido vetadas pelo Chefe do Executivo, por não estarem dentro da sua
forma de governar e da filosofia que implantou na sua administração. Até
porque, enquanto as cúpulas partidárias conversam, tentam aproximações, algumas
até surpreendentes, são suas lideranças que vão buscando acomodação, cada um
querendo viabilizar sua própria candidatura. Todas as mudanças no governo
passarão, pois, por longas negociações políticas, porque agora só há uma
linguagem: a da eleição que se aproxima. E se o 31 de março é o Dia D para a
saída de candidatos de seus cargos, para disputar o pleito, o dia seguinte, o
famoso 1º de abril (e isso não é mentira!), fecha a janela do troca-troca de
partidos. Enfim, o funil está chegando. Outubro é logo ali!
A PALAVRA
“NEGOCIAÇÃO” NA POLÍTICA SÓ ASSUSTA QUEM A USA NO PIOR SENTIDO!
Os políticos não gostam que se fale em
“negociações políticas”, porque os termos podem dar conotação negativa. Não
precisariam temer essa afirmação, caso muitos deles não estivessem enrolados em
“negociações” no pior sentido da palavra. Mas, a melhor expressão para relatar
o que está acontecendo, é realmente essa. Gabinetes fervem, portas são fechadas
em salas que reúnem conversas eventualmente num tom baixo, mas de vez em quando
acima com tom áspero, acima do normal, resumem comemorações e desespero, neste
pacote de negociações que estão em andamento, nestes dias decisivos da
pré-eleição deste ano. Brasília fervilhava nesta semana. Nomes importantes da
política rondoniense também estiveram por lá, para tentarem voltar com alguma
decisão definitiva, sobre como cada um desses personagens atuarão neste pleito.
As negociações envolvem as mudanças ministeriais que serão definidas pelo
presidente Bolsonaro e que, terão sim, influência nas eleições estaduais. Podem
influir inclusive aqui no nosso Estado. As decisões estão acontecendo, o que
pode definir candidaturas, acordos, federações e até rompimentos. O 1º de abril
marca também outra data importante: o fechamento da janela para o maior
troca-troca de partidos da história, desde a democratização do país.
MDB
CONSEGUE COOPTAR THIAGO FLORES, QUE FORMARÁ DOBRADINHA COM MOSQUINI. AMBOS TÊM CHANCES
REAIS NA ELEIÇÃO
As acomodações partidárias levam políticos bons
de voto uma hora para um lado, outra para o outro, até que feche a janela da
troca de partidos. O caso do ex-prefeito de Ariquemes, Thiago Flores, é
sintomático. Candidato à Câmara Federal, ele primeiro se aliou ao Republicanos.
Quando surgiu uma possibilidade que lhe pareceu com maiores chances de eleição,
Thiago aceitou convite para ir para o Avante, partido no Estado presidido pelo
deputado estadual Jair Montes. Nesta semana, antes que a janela feche, Thiago
buscou outro caminho: está ingressando no MDB, a convite do presidente do
partido, Lucio Mosquini. A dupla certamente vai à busca de duas vagas para o
partido, que ainda é o maior do Estado. A questão agora, que dá a complexidade
à eleição deste ano, é conseguir formar uma chapa em que os demais candidatos
aceitem servir de escada para os dois nomes, potencialmente muito fortes, que,
caso a sigla alcance duas vagas, certamente seriam os eleitos. Esse, aliás, é o
mesmo drama de outros partidos e federações: ninguém quer ser parceiro numa
nominata em que exista um ou mais candidatos fortíssimos. Parlamentares como a
pedetista Silvia Cristina, de Ji-Paraná, enfrentam problema semelhante. O
presidente do PSD, Expedito Netto, também está neste pacote. Quem quer entrar
numa relação para apenas servir de escada?
REDANO SE
REÚNE COM FACHIN E ALEXANDRE DE MORAES PARA TRATAR DO FUNDO ELEITORAL A DEPUTADOS
Uma das primeiras reuniões do novo presidente
do Colegiado Permanente de Presidentes das Assembleias Legislativas do Estado, o
deputado Alex Redano, foi no sentido e uma atuação em defesa dos parlamentos e
da luta pela democracia. Junto com o presidente da União Nacional dos Legisladores
(Unale), deputado Lídio Lopes, do Mato Grosso do Sul, Redano se reuniu com
ministros do TSE, para reivindicar a necessidade de uma distribuição equânime
do fundo eleitoral, pauta defendida pela Unale e pelo Colegiado. A reunião foi
com o presidente do TSE, ministro Edson Fachin e o vice Alexandre de Moraes. A
destinação proporcional dos recursos do Fundo Especial de Financiamento de
Campanha foi o tema central do encontro.
Lidio e Redano, em nome das entidades que representam, defenderam a destinação
específica de parte do fundo para os parlamentares estaduais, solicitando que o
TSE atue para assegurar esse direcionamento. “Existe uma desproporção muito
grande, principalmente em partidos onde não há deputados federais eleitos, o
que prejudica os parlamentares estaduais. Por isso, precisamos nos unir e ter
uma cobrança mais ativa no Congresso Nacional e assim garantir os recursos
necessários para manter o equilíbrio institucional”, destacou o presidente Alex
Redano. O presidente da Assembleia rondoniense se transformou numa figura
política nacional, quando eleito como presidente da entidade que representa as
27 Assembleias Legislativas do país.
VINICIUS
CONVERSA, OUVE E DIZ QUE SUA PIORIDADE AINDA É A DISPUTA PELO GOVERNO
Foram quase 70 mil votos em Porto Velho. Mais
de oito mil em Cacoal; outros quase seis mil em Ji-Paraná; quatro mil em
Ariquemes; 3.100 em, Vilhena; 2.200 em Rolim de Moura. No total, teve voto nos
52 municípios. Vinicius Miguel, sozinho, sem estrutura partidária, sem dinheiro
e praticamente como um Dom Quixote solitário lutando contra poderosos moinhos,
conseguiu nada menos do que 110.585 votos. Quatro anos depois, mais vivido,
mais experiente, mas ainda num partido pequeno, o professor da Unir e advogado,
batalha para que seu nome se concretize no rol de candidaturas viáveis ao
Governo. Num longo texto publicado nas redes sociais, esta semana, Vinicius
afirma que “tudo é precoce, por agora. Há tempo de semear e de colheitas. As
indefinições são parte do atual processo, que é intenso e dinâmico”. Destacou
ainda que “apesar de muita especulação, persisto no projeto de disputar o
Governo do Estado. E, se Deus assim querer, que seja a vontade Dele. Para tanto
– prosseguiu- tenho buscado interlocução com atores políticos, com a imprensa e
segmentos sociais. Sobretudo, como sempre fiz, tenho falado com a sociedade
civil e mais que tudo, ouvido ativamente as demandas e reclames da poulação”. O representante do Cidadania concluiu suas
palavras informando: “anúncios e decisões farei por mim mesmo”, ou seja, dando
um chega para lá na especulações.
IMPOSTO
ZERO PARA IMPORTAÇÃO DE QUEIJO PODE ACABAR COM A PRODUÇÃO DE LEITE EM RONDÔNIA
Os mais de 28 mil produtores de leite de
Rondônia, que já diminuíram em quase 50 por cento sua produção nos últimos anos
(eram 3 milhões de litros e hoje são 1 milhão e 500 mil litros/dia), andam
vivendo dias de desespero. Além do preço aviltado que os produtores recebem
pelo litro, dos laticínios, mais uma derrota a eles foi determinada por uma
decisão do governo federal. O Ministério da Economia decidiu zerar os impostos
sobre importação do queijo, o que causaria uma grave e quase mortal ação contra
a produção nacional do queijo, que, no Brasil, é derivado, em grande parte, do
leite rondoniense. Ou seja, com tal posição, haverá mais um grave prejuízo ao
setor, com risco real de que milhares de rondonienses, que vivem da produção de
leite, já afetados por uma série de decisões governamentais que os prejudicam
há longo tempo, desistam dos seus
negócios. O presidente da Associação dos Produtores do Estado, Rui Barbosa, participou
do programa dos Dinossauros na Rádio Parecis FM (meio dia às 14 horas, de
segunda a sexta-feira), pedindo socorro à bancada federal e ao governo de
Rondônia, para que ajudem a reverter a decisão que pode ser desastrosa para
milhares de famílias que dependem do leite no Estado. A deputada federal
Jaqueline Cassol já agendou reunião com a ministra Tereza Cristina, da
Agricultura, para tratar deste assunto. A situação do setor vem piorando ano a
ano e, com mais este duro revés, poderá ser colocada uma pá de cal na produção
leiteira do Estado. Com o perdão do trocadilho, desse jeito não haverá leite
derramado para se chorar.
JÁ TEMOS
POUCO VOOS E AGORA PERDEMOS MAIS UM. LATAM CORTA ROTA PORTO VELHO-MANAUS ATÉ
JUNHO, PELO MENOS
Os voos de Porto Velho para outras Capitais já
são escassos. Agora, para piorar a situação, perdemos mais um. A Latam está
cortando, ao menos por algum tempo, o voo diário para Manaus, que saía sempre
lotado, tanto no sentido da ida quanto da volta. A empresa aérea alega que o
aumento vultoso no preço dos combustíveis (a querosene de avião), também
afetado pela guerra de invasão da Rússia contra a Ucrânia, atingiu todo o
sistema aéreo. A Latam cortou outras 20 linhas, a maior parte delas até o mês
de junho, pelo menos. Os demais voos da empresa com saída e chegada no
aeroporto internacional Jorge Teixeira, estão mantidos, por enquanto. Não foi
apenas Porto Velho que ficou com este prejuízo. A Latam cortou também voos
importantes como Porto Alegre-Curitiba e Manaus Belém, entre tantas rotas onde
seus aviões sempre tem uma alta taxa de ocupação. Já a Azul e a Gol, as outras grandes
empresas nacionais que tem voos para cá, continuam, ao menos até agora, com
suas rotas normais. Felizmente, para nós, Azul e a Gol continuarão com seus
voos normais nesta rota para Manaus. Aliás, aproveitando o ensejo, vale a
pergunta: quando, afinal, nosso aeroporto terá cara de internacional e não só o
nome pomposo, que nada tem a ver com sua realidade?
PCC ACABA
COM A CRACOLÂNDIA, ONDE AUTORIDADES NUNCA RESOLVERAM NADA, DURANTE QUASE DUAS
DÉCADAS
Enquanto entidades sociais se perdem em
discursos sem fim; enquanto a legislação proíbe que se acabe com o consumo de
drogas e internamento obrigatório dos viciados, para tratamento e as
autoridades se perdem em debates sem fim, o crime organizado resolveu agir. E
está resolvendo a situação, a seu modo, é claro! O Primeiro Comando da Capital
(PCC) ordenou – e os viciados, que nunca deram bola para a polícia ou quem quer
que seja que represente a lei, acataram logo, porque são drogados, mas não são
bestas – e a famosa Cracolândia está acabando. Ela mesmo, aquela área da
Capital paulista dominada pelo vício, pela decadência de centenas de vida,
expostas à tragédia das drogas e onde a autoridade nada resolve, já que a área sempre
pertenceu aos traficantes. Agora, contudo, o PCC botou ordem na casa e determinou que a
Cracolância não exista mais. Quer que os viciados se espalhem em pequenas
áreas, para que se torne mais difícil a ação da polícia, que, aliás, só tem
algum resultado, quando prende em flagrante alguém vendendo drogas. É mais um
tapa na cara do Brasil, esta terra cujas leis vivem no mundo ideal dos sonhos.
Uma vergonha para quem quer um país onde viciados precisam de tratamento e
traficantes apodreçam na cadeia. O PCC sim, este tem o poder!
CONFÚCIO
E PRATA: ENCONTRO CASUAL E LEMBRANÇAS DA LUTA PARA TRAZER O HOSPITAL DO AMOR A
PORTO VELHO
Foi um encontro de dois nomes importantes para
Rondônia, mas, antes de tudo, a casualidade colocou juntos dois grandes amigos.
No aeroporto de Porto Velho, o ex-governador hoje senador Confúcio Moura
encontrou-se com o diretor do Hospital do Amor, dr. Henrique Prata. Testemunhou
a rápida reunião entre os dois, o médico Jean Negreiros, que dirige o grande
hospital do câncer de Porto Velho. Aqui, são atendidos doentes não só do nosso Estado, como de vários
outros da região norte, além de pacientes vindos da Bolívia. No bate-papo, além
da troca de gentilezas, Prata lembrou do enorme esforço feito pelo então
governador de Rondônia para que a unidade do Hospital fosse aqui implantada. Prestes
a completar uma década do início da construção e cinco anos d e funcionamento
da gigantesca obra na Capital dos rondonienses (foi inaugurada em 17 de
novembro de 2017, com a presença do então presidente Michel Temer), o Hospital
do Amor já salvou centenas de vidas. Henrique Prata, num vídeo gravado no
aeroporto Jorge Teixeira, homenageou Confúcio novamente, afirmando que o então
governador fez o possível e o impossível para que o hospital fosse erguido,
“graças ao seu grande amor por Rondônia!”. Num momento de descontração da
conversa, Confúcio cobrou de Prata o fato de ter lhe “roubado” e nunca mais
devolvido, o dr. Jean Negreiros, que continua como membro da maior importância
do Hospital do Amor.
PERGUNTINHA
O que você achou da frase do ex-governador
paulista e ex-tucano e ex-inimigo do PT, Geraldo Alkmin, afirmando que o
ex-presidente Lula “representa a própria democracia, porque ele é fruto da
democracia" ?
O genial Chico Buarque de Holanda, um talento e milionário franco/brasileiro comunista, porque defende Cuba e os regimes totalitários, mas mora em
Os números, claro, são aproximados e só envolvem valores pagos pelos cofres públicos ao funcionalismo estadual e municipal. Caso se coloq
Feriados, um atrás do outro: alguns poucos festejam e usufruem, mas a maioria apenas paga a conta
São 14 feriados nacionais. São inúmeros estaduais, mas tem também os municipais. Somando todos, se não somos os campeões, estamos no pódio entre o
As autoridades de segurança de Rondônia comemoram uma queda histórica nos índices de criminalidade, neste 2024. Crimes como furtos (meno