Sexta-feira, 15 de outubro de 2021 - 06h00
HOSPITAIS DE RONDÔNIA
CORRERAM O RISCO DE PARALISAR ATENDIMENTOS EM PLENA CRISE DA PANDEMIA
Ao contrário das primeiras informações desta
quinta-feira, a ação da Polícia Federal, da chamada Operação Ductil, que busca
provas de possíveis superfaturamento em compras de equipamentos durante a
pandemia, não teve nenhuma ação realizada em Rondônia. Toda a operação foi
realizada em outras capitais, como Manaus e São Paulo, sem qualquer ato
envolvendo diretamente a presença dos federais na secretaria estadual de saúde,
a Sesau. O que está acontecendo, segundo o secretário Fernando Máximo, é uma
confusão envolvendo custos de alguns produtos, que antes da pandemia tinham um
preço e durante ela, saltaram, em alguns casos, em até 30 vezes. Um dos casos
investigados, com suspeita de superfaturamento, é facilmente explicável,
segundo ele. Antes da pandemia, um tipo de máscara comprada pela Sesau custava
menos de 2 reais e 70 centavos, Durante e no auge da pandemia, o mesmo produto
foi conseguido pela Sesau, numa concorrência em que participaram onze empresas,
pelo valor mínimo de 15 reais e 30 centavos. A Operação Ductil se baseiam,
portanto, num preço médio determinado pelo Tribunal de Contas da União, para o
preço de um produto cotado antes do terror do Coronavírus. Durante, havia a
mesma máscara vendida por até 30 reais. Como comprar um produto por um preço
que não existe no mercado? O secretário citou, como argumento, o caso do preço
da Ivermectina. Antes da pandemia, custava 3 reais. No auge dela, passou a
custar até 30 reais e hoje voltou para um preço bem baixo, em torno de 5 reais.
Fernando Máximo relatou outro caso semelhante,
só que com final diferente. O Estado precisava, no auge da pandemia, de pelo
menos 78 mil luvas por dia, para abastecer todos os hospitais onde os
infectados eram tratados. O consumo, obviamente, se multiplicou muito, durante
o pico da doença. Uma semana antes de todos os hospitais ficarem desabastecidos,
numa reunião com a participação de promotores de órgãos de controle, não era
aceita a compra das luvas pelo novo preço do mercado, multiplicado pelo
mercado, embora a cotação da CGU continuasse com o mesmo valor a cada 15 dias,
muito menor do que o custo real. Foram feitas cotações em pelo menos 20
empresas. O valor autorizado pela CGU era de 59 reais, enquanto o menor preço
conseguido, em licitação com várias empresas, foi de 110 reais. Foi o
conselheiro do Tribunal de Contas, Benedito Alves, quem apelou para o que chamou
de “bom senso”, depois que Fernando Máximo avisou que se não pudesse abastecer
os hospitais, iria deixar o cargo, já que sem as luvas não haveria como eles
continuarem atendendo os pacientes. No final, houve a autorização, E a compra,
com o preço real, foi autorizada, evitando uma crise sem precedentes no sistema
de saúde pública do Estado. As investigações da PF continuam, inclusive
envolvendo empresas, que teriam feito um acordo entre elas, mas apresentarem preços
iguais nas concorrências, mas, sobre isso, alega Máximo, não há como a Sesau
controlar. O assunto, é claro, ainda vai longe!
IMPUNES,
BANDIDOS CONTINUAM MATANDO, COMO O FIZERAM EM VILHENA
Até a noite da quinta-feira, faltavam ainda informações
sobre um novo massacre na Fazenda Vilhena, onde o casal de proprietários e mais
três empregados teriam sido assassinados, em mais um ataque a uma propriedade
rural no Estado. O mesmo local,
inclusive, já foi palco de extrema violência, com ataques, feridos e mortos há
poucos anos atrás, O casal agora morto já havia sido vítima de sequestro dos
bandidos, disfarçados de sem terra. A tragédia ocorrida no interior de Vilhena,
numa fazenda produtiva, sintetiza a violência no campo que está afetando
Rondônia há longo tempo e que permitiu ao governo federal atender pedido do
governador Marcos Rocha, para enviar para cá a Força Nacional de Segurança,
que, aliás, até agora pouco resultado prático trouxe. Como na grande maioria
dos casos os bandidos ficam impunes (como os que assassinaram dois PMs na zona
rural de Porto Velho, há mais de um ano), a criminalidade se expande,
escondendo-se atrás da impunidade. No caso da Fazenda Vilhena, que acabou com a
morte do proprietário, Heládio Seen e de sua mulher, Sônia Biavatti, além de
três funcionários, a tragédia foi anunciada. Os vários ataques, a destruição
ocorrida várias vezes, as mortes de seis anos atrás, tudo apontava para o
desfecho do que ocorreu agora. O mundo rural de Rondônia se tornou uma terra
sem lei. E ainda há entidades e instituições que discursam a favor dos “pobres
sem terra”. Neste país sem rumo, a bandidagem ainda tem este tipo de apoio. É
mais uma tragédia dentro da tragédia.
MASSACRE
DE ROOSEVELT CAMINHA PARA UM TRISTE ANIVERSÁRIO, EM ABRIL DO ANO QUE VEM
Vários crimes brutais já foram registrados na zona
rural e em áreas indígenas, em Rondônia. Muitos deles, mesmo depois de intensas
investigações e de criminosos denunciados, ainda não foram julgados. O maior
crime já registrado na nossa história, aliás, continua ignorado, já que sequer houve,
até hoje, qualquer condenação dos envolvidos, mesmo que o inquérito da Polícia
Federal tenha apontado pelo menos duas dezenas de criminosos, envolvidos diretamente
na chacina. No ano que vem, ela, a chacina, que muita gente continua fazendo de
conta que existiu, vai completar nada menos do que, vai chegar aos seus 17 anos
de impunidade. No dia 7 de abril de 2004, 29 brasileiros que garimpavam
ilegalmente na Reserva Roosevelt, entre Pimenta Bueno e Espigão do Oeste, foram
trucidados a golpes de tacape, de facão e a tiros de espingarda, por um grupo
de índios. Uma ampla e detalhada investigação da Polícia Federal, à época,
detalhou todo o massacre e apontou dezenas de suspeitos de envolvimento nos
crimes. No final, ao menos até agora, ninguém foi condenado por estes crimes
brutais. Daqui a alguns meses, se chegará ao triste aniversário de 18 anos. E
tudo sob o lamentável manto da impunidade. É uma vergonha para Rondônia. É uma
vergonha para o Brasil!
COMBUSTÍVEIS:
BOLSONARO QUER PRIVATIZAÇÃO E EMPRESÁRIO FALA EM NOVAS MATRIZES ENERGÉTICAS
A privatização da Petrobras, que está sendo analisada
por seu governo, segundo o presidente Bolsonaro, resolveria o problema dos
abusivos aumentos de preço dos combustíveis e do gás de cozinha, por exemplo? E
quem, neste Planeta, teria algo em torno de 300 bilhões de reais para comprar uma
das maiores empresas petrolíferas do mundo? Perguntas não faltam, para esta
hipótese aventada pelo Presidente. O empresário Eduardo Valente, porta-voz dos
proprietários de postos de combustíveis rondonienses, acrescenta ainda mais
algumas questões sobre se valeria mesmo a pena a privatização. “Hoje o problema
de preços dos combustíveis é mundial. E os investidores vão pensar duas vezes
antes de entrar na questão do petróleo, até
porque a questão da mudança da matriz energética está aí, batendo na porta, É
uma questão de tempo. Todos os players desse setor, como a Volkswagen e a
Shell, apenas para citar duas - sublinha Valente – “estão investindo pesado em
outras matrizes”. Ele acrescenta ainda que “há outras que estão investindo
pesado no etanol, para ser usado na transformação de hidrogênio, que moverá os
carros. Temos ainda os elétricos. E essa situação toda só vai se aplainar
dentro de uns cinco anos, com a chegada de novas tecnologias”. O empresário
finaliza, vaticinando: “a tendência é acabar com a gasolina e outros derivados
de petróleo, a curto e médio prazos”.
ILEGAIS BRASILEIROS COM ROUPAS DE GRIFE E AS CARÍSSIMAS BOLSAS GUCCI?
Vai dar muito o que falar. “As escolhas políticas de
Joe Biden estão pelo mundo. Nós tivemos 40 mil brasileiros,
só no posto de fronteira de Yuma, indo para Connecticut, usando roupas de
marcas e bolsas da Gucci. Isso não é mais imigração econômica. As pessoas veem
que os Estados Unidos estão abertos e tiram vantagem de nós, e não
vai demorar muito para que um terrorista se misture a essa multidão". A
declaração colocada entre aspas, é do senador americano Lindsey Graham, do
partido Republicano, que faz oposição ao presidente, que é Democrata. Embora
não tenha dado mais detalhes, o senador critica a política de Biden e, no
embalo, colocou os nossos imigrantes ilegais no mesmo pacote. Pode até ter
havido um ou outro brasileiro com uma condição financeira um pouco melhor,
entre os ilegais. Mas 40 mil com roupas de marca e as caríssimas bolsas Gucci,
daí já é demais! A grande maioria dos imigrantes que sai do país é da classe
média para baixo, alguns gastando até o último tostão com passagens aéreas, estadia
no México e pagamento aos coyotes, que atravessam os ilegais. Para se ter
ideia, compra-se uma bolsa Gucci no Brasil a partir de 150 reais, As mais
sofisticadas podem superar os 5 mil reais.
CONFÚCIO SENTE A
TEMPERATURA ELEITORAL, ANTES DE ANUNCIAR QUE É CANDIDATO
Pode até que não aconteça, mas para bom entendedor, meia palavra basta. O
senador licenciado e ex-governador Confúcio Moura, depois de alguns poucos dias
de descanso, está na estrada. Isso mesmo. Confúcio começou a percorrer várias
cidades rondonienses, buscando aqueles longos papos, do que ele gosta muito, com
correligionários, amigos, apoiadores e, claro, eleitores. Está sentido a
“febre”, em várias regiões do Estado, antes de decidir se anuncia ou não sua
postulação a um terceiro mandato como Governador. Embora faça questão de manter
o mistério, Confúcio deixa no ar a possibilidade concreta de que quer mesmo ser
candidato. Há, dentro do seu partido, o MDB, grande esperança de que, em meados
do início do ano que vem, quando estiver prestes a retornar ao seu mandato,
Confúcio abra o coração e confirme publicamente o que, dentro do seu partido,
já é praticamente uma certeza. Os emedebistas estariam até pensando numa chapa
puro sangue, com o ex-governador na cabeça e o ex-presidente da Assembleia
Legislativa, Maurão de Carvalho, como seu vice.
RODOVIÁRIA E ESPAÇO
ALTERNATIVO: QUANDO ESTAS PENDÊNCIAS SERÃO RESOLVIDAS?
Duas obras importantes em Porto Velho, que dependem diretamente de uma
parceria realmente concreta entre o governo do Estado e a Prefeitura, continuam
com pendências que, ao que parece, levarão ainda muitos meses para terem algum
avanço. A principal delas é a Rodoviária. Mesmo com muitas promessas feitas
recentemente, praticamente nada andou. Na semana passada, o Governo estadual
chegou a anunciar uma solenidade para a passagem da Rodoviária para o
município, mas ela foi cancelada. Há 10 milhões de reais de emendas da deputada
Mariana Carvalho para a obra, mas até agora nada indica que ela vai andar tão
cedo. E ainda seria importante a Prefeitura rediscutir, com a comunidade, sua
decisão de manter a Rodoviária, mesmo quando ela for renovada, no mesmo local
atual, no centro da cidade e numa área obviamente muito discutível para que ela
continue ali. O segundo ponto é o Espaço Alternativo, que já funciona há longo
tempo mas que, até agora, não foi repassado para o município. Lá é terra em que
ninguém sabe quem manda, quem deve cuidar, quem fiscaliza os abusos e por aí
vai. Não está na hora de resolver essas pendengas?
PERGUNTINHA
Você acha que uma eventual privatização da Petrobras, pode diminuir o
preço da gasolina, do óleo diesel e do gás ou não acredita que essa é a solução
para o consumidor brasileiro?
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