Terça-feira, 1 de setembro de 2020 - 06h00
DESTRUIDORES DA NATUREZA, INVASORES TERÃO QUE PAGAR 20
MILHÕES EM INDENIZAÇÕES POR FAZENDA QUE ARRASARAM
Foi uma luta de quase bem mais que uma década, recheada de
injustiças, de tramas, de inversão de valores, premiando bandidos e tirando o
fruto do suor e do trabalho de quem lutou, por longo tempo, para manter seu
patrimônio. Com cuidado. Sem devastação, sem desmatamento, com plantio de
árvores nobres. Tudo o que sofreu nas mãos de criminosos, acabou levando à
morte o empresário e produtor rural Sebastião Conti. Ele morreu de desgosto, em
março de 2016, depois da sexta invasão da sua Fazenda e das reintegrações de
posse que eram cumpridas num dia, para que os invasores tomassem tudo de novo
no outro. Morreu quando viu todo o resultado do seu trabalho sendo destruído,
sob os olhares complacentes das autoridades governamentais, que incentivavam, à
época, invasões e crimes como esses. Morreu antes de ver suas terras, próximo a
União Bandeirantes, uma linda fazenda de mais de 27 mil hectares, ser invadida
e queimada mais uma vez, por membros da LCP e outros grupos criminosos, que
faziam o que bem entendiam, nos tempos tenebrosos dos governos petistas, que
não combatiam a bandidagem, mas sim a quem produzia riquezas para o País.
Sebastião Conti, que presidiu a Associação dos Produtores Rurais de Rondônia, a
APPRO, foi apenas mais uma vítima desses anos tristes, que, felizmente, apenas
ficarão para os livros de História, como uma mancha triste e doentia, na
história do nosso país.
Só agora, quase 20 anos depois que começaram as invasões na
Fazenda de Conti; depois da destruição dos galpões, da queima de máquinas e
equipamentos; da queima de pontes que ligavam várias áreas da propriedade,
enfim, a Justiça está sendo feita. Numa decisão inédita e sem possibilidade de
recursos, os bandidos que invadiram tantas vezes a área, destruindo tudo o que
encontraram, incluindo a derrubada de árvores nobres, como mogno, que ali era
plantadas, terão não só que deixar o local, como pagar uma indenização coletiva
que pode superar os 20 milhões de reais. Pagarão? Muito dificilmente, porque
como esses grupos criminosos, por criminosos, claro, não têm responsáveis, nem
CNPJ, nem diretoria, nem ninguém responsável. Quem vai ter que arcar com tudo
isso será, provavelmente, o governo federal. Os invasores não foram presos
(serão, algum dia?) e provavelmente não pagarão por seus crimes, inclusive os
ambientais, já que destruíram grande parte da floresta. Criticas, matérias na
mídia e até prisão só acontecem para empresário que é acusado de desmatar. Aos
famosos “sem terra”, muitos dos quais de sem terra têm muito pouco, nada
acontece. Uma pena que Sebastião Conti não esteja vivo para ver que, enfim, ao
menos um pouco, a verdadeira Justiça foi feita. Sua viúva e seus três filhos,
contudo, poderão usufruir do que sempre lhes pertenceu, de fato e de direito.
PEQUENAS CIDADES, GRANDES PROBLEMAS
Segundo dados estimados do IBGE, pelo menos quatro cidades
rondonienses não chegam a 5 mil habitantes. São elas Pimenteiras do Oeste, com 2.148
habitantes: Primavera de Rondônia,
com 2.776; Castanheiras, com 2.987; Rio Crespo, com 3.804 e Teixeirópolis, com 4.233. Uma quinta,
São Felipe bateu na trave: tem 5.066 moradores.
Embora todos esses municípios tenham grandes áreas, a densidade demográfica
é muito pequena e os custos muito altos. Todas elas têm Prefeituras, com toda a
sua estrutura; Câmara de Vereadores; delegacias, judiciário, enfim, tudo aquilo
que uma comunidade necessita. E com arrecadações pequenas. Dependem de recursos
estaduais e federais para sobreviverem. Esse, aliás, é um retrato do Brasil.
Por politicagem, foram sendo criados municípios sem qualquer estrutura, apenas
com visão eleitoreira. Se essas cinco cidades (incluindo-se aí São Felipe),
fossem uma só – obviamente que é impossível, mas é apenas um exercício de bom
senso para se pensar), teríamos, aí sim, uma cidade de porte médio, com 21 mil
habitantes e muito mais possibilidades de desenvolvimento, sem depender de
recursos externos. Mas isso é um resumo da bagunça em que se transformou nosso
país, para atender interesses que estão muito longe de serem os que
representariam melhorias para nossa Pátria.
MESMO NA PANDEMIA, A VIOLÊNCIA EXPLODE
A violência explodiu em Rondônia no final de semana. Na
Capital, entre várias mortes, destacou-se, para muito pior, o caso do avô que teria
matado a neta e depois se suicidado. Um caso ainda cheio de mistérios, que
tirou a vida de uma criança de 13 anos. Tão trágico quanto essa dupla morte,
foi o triplo assassinato ocorrido num sítio de Buritis, onde três pessoas da
mesma família foram mortas. Todos foram atingidos por pauladas e há suspeita de
que foram vítimas de roubo. O caso também continua sob investigação. Ainda na
segunda outro fato trágico: o filho de 17 anos matou o pai a facadas. Foi mesmo
um final de semana complicado, com muitos acidentes de trânsitos, mortos e
feridos; brigas, Coranafest em Porto Velho e em outras cidades e muitas
ocorrências para a polícia atender. A pandemia não diminuiu a criminalidade.
Estamos vivendo mesmo tempos complexos e difíceis. Tomara que esse 2020 vá
embora logo...
SALÁRIOS PARA MATAR SERVIDORES DA SEGURANÇA
Por falar no mundo policial, tivemos mais uma ação – essa
grandiosa – em Rondônia, mas, ao mesmo tempo, em outros 19 Estados: Acre , Alagoas, Amazonas, Ceará, Distrito Federal,
Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco,
Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa
Catarina e São Paulo. A missão era cumprir mais de 600 mandados de prisão
contra membros de facções criminosas e de envolvidos com o tráfico de drogas. O
estanho é que, desses 600, pelo menos 210 já estão dentro das cadeias. Eles
foram presos depois de cometerem crimes a mando das organizações criminosas e
recebiam “salários” pela violência que fizeram. Todos eram remunerados
mensalmente pelos grupos de bandidos. O auxílio servia como recompensa por
terem alcançado cargos de alto escalão na organização criminosa ou por terem
realizado missões, incluindo o assassinato de várias pessoas e execução de
servidores públicos, da área da segurança, que faziam parte da lista dos que
deveriam morrer, para não atrapalhar os planos das quadrilhas. Tudo isso
confirma outra vez o que já se tem certeza há muito tempo: é de dentro da
cadeia que os crimes aqui fora são planejados.
ENTRE OUTROS NOMES, TRÊS SE DESTACAM EM ARIQUEMES
Alguns nomes, ao menos até agora, se destacam para a disputa
municipal em Ariquemes. Pelo menos três deles podem ser considerados bastante
fortes: Thiago Flores, o atual prefeito, que deve ir à reeleição; Tiziu
Jidalias, empresário e ex deputado estadual e Lucas Follador, o atual vice
prefeito, que quer agora disputar a cadeira de Thiago. Há, claro, vários outros
pré candidatos, como o ex deputado Saulo Moreira, mas o quadro sucessório ainda
não está claro. Thiago tenta ainda que a atual presidente da Câmara, Carla
Redano, aceite ser sua parceira de chapa, como vice. Ela continua reticente e
ainda não respondeu. Tiziu já é um nome bastante conhecido da cidade, teve
passagem muito positiva pela Assembleia e
Lucas Follador tem o apoio principal do pai, o deputado Adelino
Follador, uma liderança na região. Na última eleição, Lucas concorreu à
deputado federal e fez mais de 26 mil votos. Já Thiago tem apoio de vários
setores da sociedade, que querem vê-lo num segundo mandato. Até uma carreata de
pelo menos 30 carros andou pela cidade, dias atrás, pedindo que ele confirme a
busca da reeleição. Em poucas semanas, a campanha esquenta pelos lados de
Ariquemes.
DECISÕES EM JI-PARANÁ NA RETA FINAL
Já em Ji-Paraná, tudo ainda está dependendo das últimas conversações políticas
e das convenções, que começam a ser realizadas nas próximas duas semanas. Pré
candidatos não faltam. O presidente da Assembleia Legislativa, Laerte Gomes, um
dos nomes mais fortes, caso entre na disputa, ainda não definiu ou não se
aceita a missão que muitos amigos, parceiros e eleitores gostariam que ele
topasse. Outros nomes quentes: Isaú Fonseca, que vem com apoio do MDB; o
deputado estadual Johny Paixão, do PRB;
o médico João Durval, do PP; Ar Saraiva, do PSB e muitos outros. O
prefeito Marcito Pinto ainda não definiu se estará ou não na corrida municipal,
buscando mais um mandato. Tem muitos outros nomes, mas, até agora, o cenário
está incerto na terra dos Gurgacz. Se Marcito topar a reeleição, terá o apoio
do senador Acir e do seu grupo. A disputa entra na reta final como pelo menos
uma dezena de pré candidatos que têm aparecido na mídia, mas obviamente ainda
não se sabe quais chegarão na disputa, depois da depuração.
PSL CONFIRMA CONVENÇÃO PARA DIA 7
O deputado Eyder Brasil, pré candidato à Prefeitura de Porto Velho (um
dos cerca de 20, até agora), anuncia a convenção do seu partido, PSL, para o 7 de Setembro, uma segunda-feira,
obviamente aproveitando a data para ligá-la ao programa do seu partido. Não se
sabe se haverá um racha no PSL rondoniense, já que o deputado federal Coronel
Chrisóstomo também estaria postulando a indicação do partido, para ser ele o
indicado à disputa. Por enquanto, ao que se ouve nos bastidores, Eyder Brasil,
que continua como líder da bancada do Governo na Assembleia Legislativa, teria
a maioria do diretório sob seu controle. Mas só se saberá mesmo quando a
convenção oficializar o candidato à Prefeitura. O partido virá também com uma
boa relação de candidatos à Câmara de Vereadores, que hoje não tem nenhum
representante do grupo do antigo partido do presidente Bolsonaro e, para o
qual, ele estaria negociando para voltar. Ao que tudo indica, o Aliança pelo
Brasil, que seria a nova sigla a abrigar Bolsonaro e sua turma, não conseguiu
decolar.
HILDON COMEMORA: CHEGAM OS NOVOS ÔNIBUS
Era óbvia a alegria do prefeito Hildon Chaves, quando chegaram os
primeiros dois ônibus da nova frota, que deve atingir 140, quando completa, da
empresa que vai atender o transporte coletivo de Porto Velho. Nessa terça,
outros 20 coletivos, todos zero quilômetro, como a dupla que chegou ontem, saem
de São Paulo. Nos próximos 40 dias, caso não haja mais nenhuma dificuldade
inesperada (como a que ocorreu com uma decisão judicial, que atrasou todo o
processo, no mês passado), a partir da segunda quinzena do outubro que está
chegando, depois de décadas de problemas no setor, ao que parece finalmente a
população de Porto Velho passará a ter um transporte à altura do que merece.
Nessa terça, ao andar nos dois ônibus, Hildon Chaves era só alegria e
comemoração, mostrando a qualidade dos coletivos, o ar condicionado e falando
sobre as inovações que a frota terá. Se tudo der certo, ele tira das suas costas
um peso imenso e, ao mesmo tempo entra para a História, como o prefeito que
resolveu, em definitivo, o drama do transporte coletivo de sua cidade que se
aproxima dos 600 mil habitantes.
NÚMEROS OSCILAM: CORONA AINDA MATA MUITA GENTE
Os boletins da Secretaria de Saúde do Estado mostram,
claramente, as grandes oscilações nos números dos afetados e mortos pelo
coronavírus. Os dados do domingo, por exemplo, podiam ser considerados menos
agressivos, na medida em que caiu o número de casos e houve apenas quatro
mortes em Rondônia, nenhuma delas na Capital. Mas veio a segunda-feira e a
realidade voltou a mostrar o quanto ainda estamos longe de vencer a pandemia.
Incluindo números de outros dias, que ainda não haviam sido computados, o
Boletim 166 da Sesau apontou nada menos do que 19 mortes. Elas já são, agora,
desde o primeiro óbito, no início de maio, nada menos do que 1.148. Todas essas
vidas, principalmente de idosos, mas também de adultos, jovens e até algumas
crianças, foram ceifadas pelo vírus assassino. Das 19 mortes da segunda-feira,
quatro foram em Porto Velho e 15 no interior. Dos 55.153 infectados até a noite
da segunda, 46.135 estão curados. Mas, restam ainda nada menos do que 7.617
casos ativos, além de outros 1.302 testes aguardando resultados do Lacen. Já
foram, aliás, realizados mais de 166 mil testes no Estado. Estamos ainda muito
longe de nos livrarmos dessa praga. Ela diminui em algumas regiões, mas cresce
em outras. Que venham logo as vacinas!
PERGUNTINHA
Você acha mesmo que dessa vez teremos um sistema de
transporte por ônibus de qualidade em Porto Velho, como promete a Prefeitura ou
é daqueles que ainda preferem ver para crer?
O genial Chico Buarque de Holanda, um talento e milionário franco/brasileiro comunista, porque defende Cuba e os regimes totalitários, mas mora em
Os números, claro, são aproximados e só envolvem valores pagos pelos cofres públicos ao funcionalismo estadual e municipal. Caso se coloq
Feriados, um atrás do outro: alguns poucos festejam e usufruem, mas a maioria apenas paga a conta
São 14 feriados nacionais. São inúmeros estaduais, mas tem também os municipais. Somando todos, se não somos os campeões, estamos no pódio entre o
As autoridades de segurança de Rondônia comemoram uma queda histórica nos índices de criminalidade, neste 2024. Crimes como furtos (meno