Quinta-feira, 18 de outubro de 2018 - 19h23
O KIT GAY FOI CRIADO EM 2011. QUEM ERA O MINISTRO
DA EDUCAÇÃO, SENÃO FERNANDO HADDAD?
Qual a verdade sobre o famoso kit gay, denunciado pelo candidato à Presidência, Jair Bolsonaro, que acusa seu adversário Fernando Haddad de tê-lo criado e distribuído a crianças, quando ministro da Educação? E o que Rondônia tem a ver com isso? É uma longa história, que se tentará resumir por aqui. Primeiro, o kit foi sim criado pelo Ministério da Educação, quando Haddad era o titular. Outros livros polêmicos sobre sexo também. Mas os primeiros não chegaram a ser distribuídos nas escolas, pelo enorme protesto de grande parte da sociedade. O segundo tipo foi e teve a ver diretamente com pelo menos duas cidades do nosso Estado: Ji-Paraná e Ariquemes. Hoje os filmes e livros do kit gay ainda existem, mas não chegaram às escolas. Estão, contudo, todos eles nas redes sociais e na internet. Qualquer um pode acessá-los no you tube, por exemplo, para assistir. Inclusive crianças de todas as idades. Os filmes e textos foram aprovados, claro, pelas comunidades LGBT e até por um representante da ONU no Brasil. Aliás, essa história de gente falando em nome da ONU e se imiscuindo em tudo em nosso país, já ouvimos e vimos muitas vezes, não é? Tudo começou em Ji-Paraná, mas não com o famoso kit. Foi com um livro de Ciências, que uma mãe denunciou ao Ministério Público, que mostrava os órgãos genitais e cenas de sexo explícito, que ela não queria que seus filhos tivessem acesso. Pouco depois foram os pais de Ariquemes que fizeram o mesmo protesto, exigindo a retirada de outro livro do currículo escolar, um que enaltecia o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo. O prefeito Thiago Flores (PSL), atendeu o pleito da população e acabou sendo processado pelo Ministério Público, que ignorou o apelo dos pais, como se eles não tivessem poder de decidir o que seus filhos devem estudar ou não. O caso ainda rola na Justiça.
Já com relação ao kit gay, cuja criação custou quase 2 milhões de reais, a Justiça Eleitoral proibiu que Jair Bolsonaro dissesse, em sua propaganda de campanha, que foi Haddad quem o criou. O pacote de três filmes e outros tipos de propaganda estao na internet, datado de 2011. Basta uma rápida pesquisa pelo Google, para se ter todas as informações. Quem era o ministro da Educação, naquele ano, senão Haddad? Em junho deste ano, Haddad afirmou, que houve um mal-entendido em relação ao material. Segundo ele, a demanda havia sido do Ministério Público e do Legislativo. "Também se sugeriu que o material estivesse pronto e já distribuído, quando sequer havia sido examinado", acrescentou. A então presidente Dilma Rousseff proibiu que o kit chegasse às escolas, pela enorme pressão popular contra ele. Portanto, não é fake. O assunto é público e notório. Afinal, se Bolsonaro não está mentindo sobre o criador do kit gay, por que proibi-lo de citar Haddad? São essas coisas que não se compreende muito bem, em algumas decisões do nosso Judiciário.
DIA DE DEBATE DECISIVO
Quando a SICTV/Record encerrar o debate entre os dois candidatos ao Governo, entre o final da tarde e o início da noite desta sexta-feira, é muito provável que se saiba, com alguma segurança, qual dos dois candidatos ao Governo foi o vencedor; quem conseguiu convencer melhor o eleitorado; qual apresentou as melhores propostas e que pode cooptar os votos daqueles que ainda estão indecisos. Ao se despedirem, tanto Expedito Junior quanto o Coronel Marcos Rocha, eles mesmos, poderão sentir qual foi melhor e qual não conseguiu convencer o eleitor. Iniciando às 17h20, um horário diferente, em função da programação da rede nacional, a SICTV já conseguiu, no debate do primeiro turno, um índice espetacular de audiência. Certamente o ampliará nessa sexta, quando haverá um confronto que tem tudo para ser decisivo entre os dois finalistas na disputa pelo Governo de Rondônia. A mediação será da nova estrela da TV rondoniense, a jornalista e apresentadora Meiry Santos. O auditório da emissora estará superlotado, certamente, com os convidados especiais que acompanharão ao vivo o confronto entre Expedito e Marcos Rocha. Que ambos tenham a melhor performance possível!
NÃO HÁ COMO FAZER PROGNÓSTICO
Não há ainda pesquisa para o segundo turno em Rondônia, que se possa ter um mínimo de confiança. Uma, realizada apenas para consumo interno, feita um dia após a disputa do primeiro turno, colocava o candidato de Bolsonaro na frente do tucano. Outra, local, dava vantagem a Expedito. Depois apareceram aqui e ali outros levantamentos, mas nenhum deles digno de crédito. Se os grandes institutos, com toda a sua técnica e pesquisas científicas erraram feio, imagine-se os institutos menores, regionais! O sentimento das ruas, aliás, é o único sintoma que alguém que conhece a política rondoniense, ao menos um pouco, pode utilizar, para tentar alguma previsão. E, hoje, ela é absolutamente impossível de se fazer. O que se sente é que a tendência é de uma disputa extremamente acirrada, com Marcos Rocha levando consigo o fenômeno Bolsonaro e Expedito Júnior buscando convencer o eleitor que ele, com sua experiência e história, é o nome certo para comandar o Estado. Nos meios políticos, onde esse é o único assunto, as opiniões também estão divididas. Há quem jure que Marcos Rocha está com a eleição ganha. Há quem jure que Expedito deu um salto na preferência do eleitor. Nem com bola de cristal se pode fazer qualquer prognóstico seguro sobre a disputa ao Governo de Rondônia.
O TOM AINDA VAI SUBIR MAIS
Marcos Rocha tem buscado, no seu programa eleitoral,
falar de alguns projetos; de destacar que é o candidato de Bolsonaro em
Rondônia (a repetição desse mote teve sucesso no primeiro turno) e
atacar seu adversário, com alguma ironia e dizendo que ele, Rocha, é
ficha limpíssima. Já Expedito tem usado seu espaço para anunciar também
projetos de governo, dizer que também apoia Jair Bolsonaro, mas que quem
vai governar o Estado é o Governador e não o Presidente eleito. Tem
destacado também a inexperiência do seu opositor. E sua ligação com o
governo do MDB, o que, pela campanha tucana, caracterizaria uma
continuidade do governo anterior. Nas redes sociais, partidários dos
dois atacam mais pesado, embora, ao menos até agora, não se tenha
observado alguma coisa mais grave ou algum golpe mais violento abaixo da
linha da cintura. O tom da campanha, infelizmente, tende a piorar na
reta final, até porque há previsão de que a disputa será voto a voto.
Vamos ver no que vai dar...
MAURÃO SE DESPEDE?
Ao
fazer seu primeiro discurso no plenário da Assembleia, depois da
eleição, o deputado Maurão de Carvalho fez um balanço do pleito;
agradeceu novamente à grande votação que fez e considerou que o fenômeno
Bolsonaro influenciou o voto dos indecisos, que na hora H, levados pelo
apoio ao presidenciável, acabaram votando também no seu candidato em
Rondônia. Afirmou que vai se afastar da vida pública, embora não tenha
dito que é em definitivo e garantiu que ficará torcendo para que o
futuro Governador, seja quem for, consiga ter sucesso e fazer o melhor
pelo povo de Rondônia. Maurão não anunciou apoio nem a Expedito Júnior e
nem a Marcos Rocha, no segundo turno do pleito. O presidente da
Assembleia Legislativa deixa o parlamento no final de janeiro, após
cinco mandatos consecutivos, num deles ocupando o comando da Mesa
Diretora por duas vezes, consecutivamente, eleito por unanimidade dos
seus pares, coisa inédita na história do legislativo estadual. Sua forma
de conduzir a Assembleia, o espírito de pacificador, a forma correta
como atuou, sem jamais ter ocorrido qualquer fato que desabonasse seu
trabalho, certamente ficarão na história do parlamento. Ainda jovem para
a política, Maurão certamente terá futuro nela. Vamos esperar para
ver...
JESUALDO E SUA BATALHA
Uma campanha
franciscana, com poucos gastos. Praticamente sozinho, numa coligação que
teve graves prejuízos eleitorais, quando o candidato ao Governo, o
senador Acir Gurgacz, acabou tendo seu nome vetado pela Justiça
Eleitoral. Mesmo assim, mais de 195 mil votos. Jesualdo Pires, ex
deputado estadual e ex prefeito de Ji-Paraná por duas vezes (reeleito
com um percentual muito acima da média), disputou o Senado pelo PSB e
foi o quarto mais votado. Em entrevista exclusiva ao programa Direto ao
Ponto, apresentado por Sergio Pires, ele conta como foi sua campanha;
sua luta quase solitária para conseguir uma votação tão expressiva e
seus planos daqui para a frente. Liderança política consolidada na
região central do Estado, Jesualdo Pires analisa o primeiro turno da
eleição e fala sobre seu posicionamento em relação aos dois concorrentes
ao Governo, no turno decisivo. Tudo isso vai ao ar na Record News
Rondônia nesse sábado, a partir das 11 horas da manhã e já à noite
estará no ar no site Gente de Opinião, na íntegra. Não deixe de assistir
a mais essa entrevista sobre um personagem importante do mundo político
rondoniense.
LUIZINHO, A FORÇA DO CONE SUL
Faltou
um voto para 17 mil. Foram exatos 16.999, dos quais 8.665 votos só em
Vilhena, sua principal base eleitoral. Quase quatro mil a mais que sua
principal adversária, a deputada também reeleita Rosângela Donadon, que
na sua cidade, fez 5.263. É com essa excelente votação que o deputado
Luizinho Goebel conquistou seu terceiro mandato para a Assembleia
Legislativa e se consolida como uma das principais lideranças do Cone
Sul. Há muitos anos não surgia alguém com poder de voto para combater os
Donadon, família que domina a política na cidade e região há pelo menos
duas décadas. Luizinho, do nanico PV, já havia dado mostras da sua
força, quando liderou a campanha que elegeu o novo prefeito de Vilhena,
Eduardo Japonês, que venceu Rosani Donadon. Agora, na busca da sua
reeleição, Luizinho conseguiu mobilizar votos em várias regiões do
Estado, além da sua principal área de influência. Volta ao parlamento
com muita força política e pode começar a se preparar, inclusive, para
uma campanha pela Prefeitura da sua cidade, em 2020. Ainda jovem,
Luizinho é daqueles deputados que têm grande futuro em Rondônia.
Ouviremos muito falar dele, nos próximos anos!
PERGUNTINHA
Expedito
Júnior ou Marcos Rocha? Quem você acha que se sairá melhor no debate
desta sexta, na SICTV/Record, o primeiro e decisivo, para essa disputa
do segundo turno ao Governo?
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