Domingo, 28 de março de 2021 - 07h56
JUIZ DE CACOAL PROFERE SENTENÇA
EXEMPLAR EM DEFESA DA NOSSA CONSTITUIÇÃO E DA DEMOCRACIA
O Estado de Rondônia foi à
Justiça, pedindo que o prefeito de Cacoal, Adailton Fúria, cumprisse o decreto
de fechamento parcial do comércio e outras decisões emanadas das decisões
governamentais. Fúria tem se negado a seguir as regras e continua mantendo tudo
aberto. O juiz Mário José Milani Silva, ao decidir sobre o caso, deu um prazo
de 72 horas, a partir da sentença, para que o Prefeito explique, detalhadamente,
quais as medidas que tem tomado para proteger a população da infecção do
coronavírus. As explicações já foram dadas e agora o Magistrado as analisa. Mas
essa não é a questão central. Como Milani Silva concedeu apenas parcialmente a
liminar pedida pelo Estado contra o jovem alcaide de Cacoal, o que se destacou
foram alguns dos argumentos do Magistrado, com uma série de lições sobre a
Constituição brasileira e a verdadeira democracia. A sentença é longa e merece
der lida na íntegra, mas como aqui o espaço é curto, se selecionou alguns dos
trechos que fazem parte da decisão. Num deles, o juiz afirma que “é inegável e indiscutível
que há tempos temos assistido, de modo crescente, o abandono, o desprestígio
das normas constitucionais, isto em todas as esferas e situações. Hoje, em
muitos casos, os dispositivos constitucionais são sonoramente ignorados em
casos de suma importância, e aos poucos foram sendo substituídos mesmo na
rotina das decisões, pela perigosa frase que inicia com: No meu entendimento...passando
a visão pessoal do aplicador do direito”.
Mais
adiante, uma análise real do que está acontecendo hoje, em várias regiões do
país: “o cidadão vai, sem perceber, fazendo pequenas concessões, de pouca importância,
para ao final, ficar aterrorizado ao constatar que não possui mais direitos ou
garantias”; Logo adiante, comenta: “não existe democracia sem liberdade, caso
contrário, aquela passa a ser
mera
figura de retórica, elemento vazio, inócuo, indiferente”.
“Ao
disciplinar sobre os objetivos da República, o constituinte grifou a
construção
de uma sociedade livre e justa, a erradicação da pobreza e a promoção do bem de
todos. Podem todos estes alicerces da República serem ostensivamente
desconsiderados, ignorados ou desprezados por este ou por aquele motivo? Não,
de modo algum, pois se isto fosse aceito, estaríamos instituindo o arbítrio e
lançando o futuro de todos nas mãos deste ou daquele intérprete, ao sabor de
suas paixões, anseios ou convicções pessoais”.
NINGUÉM PODE SUPRIMIR
OS DIREITOS DO BRASILEIRO
Vale
a pena ler mais algumas análises do juiz Milani Silva sobre o mesmo tema: “como
facilmente se conclui, para se obrigar um cidadão a fazer ou deixar de fazer
algo, deve existir uma lei que especifique sua conduta e alerte sobre a sanção,
em caso de descumprimento. Ao serem apresentadas disposições que impeçam ou
inviabilizem o direito de ir e vir do cidadão, que tolham o seu direito de
trabalhar, que inibam a livre iniciativa, inviabilizando o seu sustento e de
sua família, resta claro que são feridos preceitos e direitos
constitucionalmente assegurados”. Questiona, pouco depois: “podem o Presidente
da República, o Governador ou o Prefeito, suprimir tais direitos, o de
trabalhar, de funcionar os seus estabelecimentos industriais, comerciais, sem
que esteja violando direitos constitucionalmente assegurados?”
O CASO DOS PRESOS E A ALFINETADA
NA HIPOCRISIA
Antes
de concluir a decisão é afirmar que “teria sido muito mais fácil e cômodo,
ignorar completamente todos os comandos e disposições constitucionais e atender
integralmente os pedidos do Estado de Rondônia, mas não é esta a missão
destinada ao Poder Judiciário, mas sim a de valorizar e exigir cumprimento ao
conteúdo de nossa Constituição Federal”, o magistrado ainda deu duas
alfinetadas que merecem ampla análise. Escreveu: “não existe lógica ou sentido
em algumas posições, os mesmos que lutam ardorosamente para colocar os presos
em liberdade, sob o argumento de que poderão contrair Covid-19 encarcerados,
exigem o recolhimento em suas casas dos demais cidadãos, sob o argumento de que
circulando estarão mais expostos ao contágio! Ora, quem imagina que um preso
vai ficar em casa quando solto? Algumas instituições pugnam pelas imediatas
restrições ao desenvolvimento de atividades econômicas, mas lutam com
tenacidade, para que sua atividade seja excluída do rol daquelas que devem
parar”. Faltou, na sentença, apenas um lugar pra gente aplaudir!
DEZ DIAS DEPOIS, CHEGA
NOVO LOTE COM 23.400 VACINAS
Depois
de 10 dias, finalmente chegaram mais vacinas para Rondônia. Poucas ainda,
dentro das nossas necessidades, mas ao menos voltaram a chegar. São mais 23.400
doses, entre Coronavac e Oxford/AstraZeneca. A princípio, serão aplicadas em
uma dose única, até que, daqui algumas semanas, os lotes para a segunda dosagem
sejam liberados. Mas, como as orientações do Ministério da Saúde mudam quase
que diariamente, ainda não há decisão oficial se esse lote imunizará mais de 23
mil rondonienses ou se apenas a metade disso. A chegada das vacinas tem alguma
coisa a ver com a pressão do governador Marcos Rocha, de seu secretário de
saúde, Fernando Máximo; da bancada federal e da comitiva de deputados
estaduais, liderada pelo presidente Alex Redano, em Brasília? Provavelmente
sim. O que precisamos agora é que a chegada de vacinas não demore tanto tempo e
que o número de doses aumente, para que possamos enfrentar o pior momento da
pandemia. Por enquanto, ainda recebemos menos do que merecemos e precisamos.
REDANO PEDE PELO MENOS
130 MIL DOSES DE VACINA AO MINISTRO
Aliás,
durante audiência realizada em Brasília com o novo ministro da Saúde, Marcelo
Queiroga, o presidente da Assembleia Legislativa, Alex Redano (Republicanos),
pediu melhor tratamento a Rondônia na distribuição de vacinas contra o
coronavírus e no envio de equipamentos para tratamento de pacientes com
covid-19. Redano voltou para Rondônia neste sábado, com uma boa notícia: o
Ministério da Saúde está enviando imediatamente para o Estado mais 23.400 doses
de vacina. O presidente Alex Redano explicou que o envio de pelo menos mais 130
mil doses de vacina, o mais rápido possível, foi um dos temas tratados com o
ministro. “Explicamos a Marcelo Queiroga que existe um déficit nesses repasses,
comparado ao restante do País, conforme aponta o próprio Ministério Público do
Estado”, destacou.
NÃO SERÃO ONZE AO INVÉS DE
QUATRO, OS CAVALEIROS DO APOCALIPSE?
Com a criatividade brasileira, lê-se nas redes sociais que os Quatro
Cavaleiros do Apocalipse (a Peste, a Guerra, a Fome e a Morte) na verdade são
onze. Transformado no maior, mais importante e, principalmente, mais poderoso
partido político do país, o STF continua tomando medidas inacreditáveis,
contrariando a Constituição e atraindo para si a ojeriza de grande parte da população
brasileira. Prova concreta disso é o pedido de cassação do ministro Alexandre
de Moraes já tem três milhões de assinaturas. Se fosse Gilmar Mendes (o próximo
na lista), poderiam ser cinco milhões. A partir de agora, aliados com a
oposição ao governo, se posicionando contra o país, outros ministros, como Ricardo
Lewandowski, Edson Fachin, Marco Aurélio Mello, conseguiram a adesão, ao grupo,
da ministra Carmem Lúcia, que prometera jamais votar contra a prisão em segunda
instância e mudou; votou a favor de Sérgio Moro e, pouco depois, ajudou a
tornar Lula o maior inocente do país, mesmo que contra ele haja provas claras,
transparentes e contundentes. Como ao que parece o Senado não vai se mexer para
fazer rolar algumas dessas cabeças que estão ajudando a destruir o país, não há
solução para o problema.
AINDA HÁ TEMPO DE ACABAR COM
AS FACÇÕES. DAQUI A POUCO NÃO HAVERÁ!
O crime organizado não está nem aí para a pandemia. Facções se digladiam,
matam uns aos outros, geralmente em crimes brutais e destroem famílias, tirando
a vida, covardemente, também de jovens mulheres. Duas delas, aliás, foram
assassinadas no Orgulho do Madeira, apenas por confrontarem os chefões. Homens
jovens, alguns ainda nem na puberdade, têm sido exterminados por bandidões, por
vezes por motivos banais. Muitas das ordens para as mortes, inclusive
determinando o uso de violência extrema, tortura e crueldade, vêm de dentro dos
presídios. No lado de fora, a polícia continua enxugando gelo. Prende um aqui,
outro ali e, pouco depois, o bandidão está nas ruas de novo, pelo imenso pacote
de benefícios que nossas leis lhe oferece. Nessa semana, mais um corpo foi
encontrado na rua, vítima deste pacote de crueldade que está tomando nossas
ruas, principalmente em áreas mais pobres da Capital. É a mesma história que se
repete nas favelas do Rio, de São Paulo e outras grandes cidades do país. Aqui,
as facções ainda podem ser contidas. Daqui a algum tempo, estarão fora de
controle, como o estão em dezenas de cidades brasileiras.
FURA FILAS USAM DE TODAS AS
ILEGALIDADES PARA SEREM VACINADOS
Por falar em vacinas, em Minas Gerais a Polícia Federal fez operação numa
empresa de transporte, porque ali empresários e políticos foram vacinados
ilegalmente, com a vacina Pfeizer, que sequer foi aprovada pela Anvisa, para
uso no país. As investigações apontam para uma compra feita totalmente à
revelia da lei. Cada vacinado teria pago em torno de 400 reais por dose. O que ocorreu em Minas está se registrando em
várias regiões do país. A malandragem campeia e os fura-filas estão agindo, sem
serem pegos. Aqui mesmo, nesta terra de Rondon, estão sendo investigados vários
casos de gente que recebeu uma, duas e até três doses de vacina sem ter esse
direito. Há suspeitas de que até nomes de pessoas mortas, com documentos
falsos, foram usados por gente que se vacinou na maior cara de pau. Ouve-se por
aí que já há rostos e nomes e que, em breve, eles serão denunciados
publicamente, depois de todas as provas serem comprovadas. Há quem diga que o
número de investigados já superou uma centena. Isso só em Rondônia. Imagine-se
o que está acontecendo no restante do país!
PÁSCOA SOLIDÁRIA: IEDA
CHAVES PEDE DOAÇÕES DE CHOCOLATE
A pandemia interrompeu as festas com grande público, que a primeira dama
de Porto Velho, Ieda Chaves, vinha liderando na Capital. A Páscoa era uma
delas. Mesmo assim, para continuar sua batalha para ajudar quem mais precisa,
dona Ieda promove a Páscoa Solidária, junto com sua equipe, para distribuição
de chocolates para crianças e para as famílias mais necessitadas. Quem
participar da ação social, doando uma caixa de chocolate, vai concorrer a um I
Phone 11. As doações podem ser entregues em postos de recolhimento, como as
lojas da rede de supermercados Irmãos Gonçalves. A campanha vai até a próxima
quarta-feira, dia 31. O sorteio do I Phone acontecerá na Página da Primeira
Dama no Instagram, dia 2 de abril, uma sexta-feira. Mesmo com todas as
dificuldades que o momento em que somos atacados pela Covid 19, as ações
sociais patrocinadas e lideradas por Ieda Chaves continuam, em praticamente
todas as áreas de atendimento à população mais carente. Portanto, a hora é de
doar uma caixa de chocolate, para alegrar um pouco a Páscoa de quem tem muito
pouco.
SAULO MOREIRA E RIBAMAR
ARAÚJO PODEM SER OS NOVOS DEPUTADOS
Um processo que se arrasta há longos anos, está prestes a ser encerrado.
Nesta semana, o processo de cassação do deputado Edson Martins, por problemas
havidos quando ele era prefeito de Urupá e não por seus vários mandatos na ALE,
passou pela última possibilidade de alguma mudança na condenação e transitou em
julgado. Não há mais recursos e ele teve os direitos políticos cassados. Agora,
a questão entra na última fase. O suplente de Edson é o ex-deputado por
Ariquemes, Saulo Moreira. Juacy Loura Júnior, advogado de Saulo, confirmou que
já na próxima semana seu cliente vai pleitear a vaga. É o segundo caso de
membros do parlamento rondoniense que perdem o mandato. O outro é o do deputado
Aélcio da TV, condenado em todas as instâncias por abuso do poder econômico na
última eleição. No caso de Aélcio, contudo, a sentença definitiva não transitou
em julgado. O suplente dele é o também
ex-vereador de Porto Velho e ex-deputado Ribamar Araújo. Os dois casos devem ser
temas complexos para serem definidos no parlamento rondoniense, ainda neste
primeiro semestre.
PERGUNTINHA
Se pudesse escolher e todas já estivessem sido
aprovadas pela Anvisa, para uso no país, você tomaria a vacina Coronavac, a
Oxford/AstraZeneca; a Pfizer ou a Sputnik V?
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