Quinta-feira, 8 de novembro de 2018 - 10h05
PSL RACHA EM ROLIM DE MOURA
Quebrou o pau! O poder é doce, mas também é cheio de
problemas e obstáculos. Provas disso se vê e ouve todos os dias. Um dos últimos
casos ocorreu na noite desta segunda-feira, em Rolim de Moura, onde o vice
governador eleito, José Jodan, acabou se retirando da convenção do seu partido.
Ele foi à reunião, cumprindo orientação do governador eleito Marcos Rocha, para
que o PSL não lançasse candidatura própria e não apoiasse ninguém na eleição
suplementar da cidade, que se realiza em 9 de dezembro, para escolher quem
substituirá, por dois anos, o prefeito afastado, Luizão do Trento. O vereador Uender Nogueira, apoiado por alguns membros da sigla
e por outros presentes, que estão ligados a outros partidos e grupos, como os
de Expedito Júnior e Luizão do Trento, ignoraram a decisão dos dois maiores nomes
da sigla e decidiram lançar Uender como
candidato a Prefeito e a vereadora Cida, que foi candidata à deputada estadual
(fez cerca de 1.400 votos), para sua vice. Antes da votação, houve tumulto,
bate boca e quase vias de fatos. Zé Jodan, bastante irritado, disse que iria se
retirar da convenção, com seus seguidores e o fez. A gritaria e os palavrões
continuaram. O vice governador eleito chegou a registrar ocorrência na polícia,
sobre o evento, inclusive porque policiais que estavam no encontro teriam sio
ofendidos e desrespeitados.
O PODER PODE SER DOCE OU AMARGO...
Durante quase duas horas da convenção (veja o vídeo completa no Facebook, na página do Tudo 17), apenas os primeiros oito minutos iniciais e a reta final do encontro foram de paz. No restante, gritos, vaias, protestos, contestações. Uender Nogueira decidiu se lançar candidato e colocar em votação, contra a orientação do comando da sigla (leia-se Marcos Rocha e José Jodan). O próprio Uender é uma espécie de cria política de Jodan, que o apoiou para a vereança. A criatura, contudo, voltou-se contra o criador. O tumulto na convenção, segundo uma bem informada fonte de Rolim de Moura, foi causado não só por gente do PSL, mas de muitos “infiltrados”, que representam outras forças políticas. O grupo de Jodan acusa o vereador Uender de ter apoiado candidatos de fora do PSL e que teria traído seus companheiros. Enquanto isso, a votação no diretório, contrária à decisão da cúpula, já foi encaminhada ao TRE, para oficialização. A confusão está formada e há um movimento até para a expulsão dos que se insurgiram na convenção. O assunto ainda vai longe e terá novos capítulos. O PSL chegou ao poder. Agora, começa a saber como é difícil ser uma força política importante. O poder é doce na conquista, mas pode ser muito amargo na convivência...
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MUITOS
NOMES NA DISPUTA
A disputa em Rolim de Moura pode ter uma dezena e meia de candidatos, segundo o site “namiradoflora.com” . Além de Uender Nogueira, do PSL, fazem parte da lista de nomes como o presidente da Câmara e prefeito interino, Aldo Júlio, do MDB (cujo trabalho está sendo elogiado, inclusive por ter colocado o salário dos servidores em dia) e do deputado federal Luiz Cláudio da Agricultura, que não se reelegeu para a Câmara. Jairo Benetti, vereador por cinco mandatos consecutivos e várias vezes presidente da Casa, igualmente tem sido cotado para entrar na briga. Também aparece na relação o vereador mais votado em 2016, o advogado Lauro Lopes, um cara nova na política da cidade. Há várias outras personalidades da política e do mundo empresarial, que podem aparecer numa relação de prováveis candidatos, numa importante cidade rondoniense, de onde surgiram grandes lideranças políticas, como Ivo Cassol, Valdir Raupp, Expedito Júnior, Marinha Raupp, Luiz Cláudio e tantos outros. Nos últimos anos, Rolim tem sofrido problemas, incluindo a decisão judicial que afastou prefeito e vice eleitos em 2016. O eleito em 9 de dezembro concluirá o mandato interrompido.
CARNE: BOLSONARO DÁ UM PASSO ATRÁS
Um dia depois da enorme repercussão internacional da
desistência do governo egípcio em receber o ministro das Relações Exteriores,
Aluysio Nunes e do protesto de vários governos árabes contra a decisão,
anunciada pelo do futuro presidente Jair Bolsonaro, de mudar a embaixada do
Brasil em Israel para Jerusalém, o comandante da Nação, que assume em 1º de
janeiro, deu um passo atrás. Certamente preocupado com a repercussão da medida,
Bolsonaro muda de opinião e diz que a decisão anunciada não é definitiva,
deixando nas entrelinhas que ele ainda pode mudar de posicionamento sobre o
assunto. Foi também um alívio para os produtores de carne de todo o País (e
especialmente para os de Rondônia), já que nossas exportações poderiam cair
drasticamente, caso os árabes, nossos clientes, deixassem de comprar nossa
produção, conforme a coluna abordou o tema, nessa terça. Aliás, é bom que se
diga que Jair Bolsonaro tem voltado atrás em outras decisões, como as que iria
unificar os ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura numa pasta só e da
fusão do Ministério da Educação com o da Cultura. Se continuar assim, corre o
risco e engolir parte do que prometeu ao eleitorado, para mudar o país, em sua
campanha. Tomara que, na essência, não muda nada...
TÊM CONDENAÇÕES E CONDENAÇÕES
Três personagens importantes da política rondoniense, dois
senadores e um deputado federal, estão condenados e cumprindo pena. O primeiro
foi Ivo Cassol, senador e ex Governador, condenado sem ter desviado um só
centavo de dinheiro público, quando era prefeito de Rolim de Moura, algo
incompreensível para quem não conhece as entranhas do processo. Acir Gurgacz
foi condenado num processo em que sua empresa fez um empréstimo junto ao Basa e
pagou cada centavo, em outro caso estranhamente de condenação. No caso do
deputado Nilton Capixaba, contudo, o volume de provas foi muito grande, em
relação à participação em irregularidades na entrega de ambulâncias, denunciadas
através da Operação Sanguessuga. Capixaba foi condenado a seis anos de prisão e
começa a cumprir sua pena. No novo Brasil que estamos vivendo, a classe
política tem sido extremamente vigiada e, finalmente, há condenações, coisa que
não acontecia há décadas. Espera-se agora que o peso da lei caia também sobre
os bandidos comuns, que têm um pacote de proteção tão grande que parece que são
vítimas e não criminosos. Quem sabe tudo muda com o novo governo que vem por
aí, punindo todos os culpados e não só os membros da classe política?
PROPINA DE ATÉ 200 MIL POR DIA
Claro que há muitas investigações a serem feitas, ainda. Mas
a polícia já descobriu uma das formas de recebimento de dinheiro ilegal por
parte de gente da Sedam, denunciada, presa ou afastada do serviço público, por
decisão judicial, na Operação Pau Oco, realizada esta semana. Como ninguém fala
nada oficialmente, o que se ouve é, eventualmente, uma ou outra informação que
acaba vazando, de todo o processo que está sendo investigado. Numa deles, descobriu-se
que alguns dos envolvidos cobravam em torno de 1 mil reais para liberar um
caminhão lotado de madeira ilegal, que circulava com documentação adulterada ou
autorização falsa. Pode-se imaginar que mil reais é uma propina muito pequena.
Não é, quando se descobriu que a média poderia a chegar a 200 caminhões por
dia, que transitavam, cheios de madeira sendo transportada ilegalmente. Ou
seja, o faturamento da corrupção poderia chegar a 200 mil reais a cada 24 horas.
E isso é apenas a ponta do iceberg. Há muito mais sendo levantado. As
investigações estão se aprofundando e além do secretario Hamilton Pereira e seu
adjunto, Oswaldo Pitaluga, outros servidores poderão ser presos nas próximas
horas ou nos próximos dias. Tem muito mais coisa vindo por aí...
OS PLANOS DE JAQUELINE
Jaqueline Cassol não é novata na política. Já ocupou cargos
públicos, já dirigiu o Detran, por exemplo, já foi candidata ao Governo, mas
pela primeira vez se elege com o voto popular. Foram exatos 34.193 rondonienses
que a escolheram para ser uma das representantes da nossa bancada federal, na
Câmara, a partir de fevereiro. Mulher atuante, que diz ter feito uma campanha
olho no olho do eleitor; que fala o que pensa; que critica o eleitor que vive
pedindo emprego e facilidades em troca do voto, Jaqueline agradeceu a todos os que
a escolheram para ser uma das oito representantes na Câmara Federal. Ao
participar do programa Papo de Redação, na rádio Parecis FM, falando para
várias regiões do Estado, ela contou sobre seus planos e comentou, entre vários
outros assuntos, a participação ainda pequena da mulher no mundo da política,
apesar delas serem a maioria do eleitorado. De uma família de políticos (é a
filha mais nova de Reditário Cassol e irmã do senador Ivo
Cassol e do ex deputado e ex prefeito de Rolim de Moura, o hoje apenas
empresário César Cassol), Jaqueline conseguiu unir a todos os Cassol em torno
da sua candidatura. E avisa: não vai
para Brasília apenas para ser mais um nome da nossa política. Garante que vai
marcar muito bem sua presença no Congresso.
PERGUNTINHA
Se você fosse recebido pelo governador eleito Marcos Rocha e pudesse fazer um pedido especial a ele, em relação à decisões que resolvessem um grande problema do nosso Estado, o que você pediria?
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