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Sergio Pires

MARCOS ROCHA - EQUIPE DE TRANSIÇÃO TEM 33 COMPONENTES, COM ADVOGADOS E MILITARES DE VÁRIAS PATENTES


MARCOS ROCHA - EQUIPE DE TRANSIÇÃO  TEM 33 COMPONENTES, COM ADVOGADOS E MILITARES DE VÁRIAS PATENTES  - Gente de Opinião

PSL RACHA EM ROLIM DE MOURA

Quebrou o pau! O poder é doce, mas também é cheio de problemas e obstáculos. Provas disso se vê e ouve todos os dias. Um dos últimos casos ocorreu na noite desta segunda-feira, em Rolim de Moura, onde o vice governador eleito, José Jodan, acabou se retirando da convenção do seu partido. Ele foi à reunião, cumprindo orientação do governador eleito Marcos Rocha, para que o PSL não lançasse candidatura própria e não apoiasse ninguém na eleição suplementar da cidade, que se realiza em 9 de dezembro, para escolher quem substituirá, por dois anos, o prefeito afastado, Luizão do Trento. O vereador Uender  Nogueira, apoiado por alguns membros da sigla e por outros presentes, que estão ligados a outros partidos e grupos, como os de Expedito Júnior e Luizão do Trento, ignoraram a decisão dos dois maiores nomes da sigla e decidiram lançar Uender  como candidato a Prefeito e a vereadora Cida, que foi candidata à deputada estadual (fez cerca de 1.400 votos), para sua vice. Antes da votação, houve tumulto, bate boca e quase vias de fatos. Zé Jodan, bastante irritado, disse que iria se retirar da convenção, com seus seguidores e o fez. A gritaria e os palavrões continuaram. O vice governador eleito chegou a registrar ocorrência na polícia, sobre o evento, inclusive porque policiais que estavam no encontro teriam sio ofendidos e desrespeitados.

 

O PODER PODE SER DOCE OU AMARGO...

Durante quase duas horas da convenção (veja o vídeo completa no Facebook, na página do Tudo 17), apenas os primeiros oito minutos iniciais e a reta final do encontro foram de paz. No restante, gritos, vaias, protestos, contestações. Uender Nogueira decidiu se lançar candidato e colocar em votação, contra a orientação do comando da sigla (leia-se Marcos Rocha e José Jodan). O próprio Uender é uma espécie de cria política de Jodan, que o apoiou para a vereança. A criatura, contudo, voltou-se contra o criador. O tumulto na convenção, segundo uma bem informada fonte de Rolim de Moura, foi causado não só por gente do PSL, mas de muitos “infiltrados”, que representam outras forças políticas. O grupo de Jodan acusa o vereador Uender de ter apoiado candidatos de fora do PSL e que teria traído seus companheiros. Enquanto isso, a votação no diretório, contrária à decisão da cúpula, já foi encaminhada ao TRE, para oficialização. A confusão está formada e há um movimento até para a expulsão dos que se insurgiram na convenção. O assunto ainda vai longe e terá novos capítulos. O PSL chegou ao poder. Agora, começa a saber como é difícil ser uma força política importante. O poder é doce na conquista, mas pode ser muito amargo na convivência...


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MUITOS NOMES NA DISPUTA

A disputa em Rolim de Moura pode ter uma dezena e meia de candidatos, segundo o site  “namiradoflora.com” . Além de Uender Nogueira, do PSL, fazem parte da lista de nomes como   o presidente da Câmara e prefeito interino, Aldo Júlio, do MDB (cujo trabalho está sendo elogiado, inclusive por ter colocado o salário dos servidores em dia) e do deputado federal Luiz Cláudio da Agricultura, que não se reelegeu para a Câmara. Jairo Benetti, vereador por cinco mandatos consecutivos e várias vezes presidente da Casa, igualmente tem sido cotado para entrar na briga. Também aparece na relação o vereador mais votado em 2016,  o advogado Lauro Lopes, um cara nova na política da cidade. Há várias outras personalidades da política e do mundo empresarial, que podem aparecer numa relação de prováveis candidatos, numa importante cidade rondoniense, de onde surgiram grandes lideranças políticas, como Ivo Cassol, Valdir Raupp, Expedito Júnior, Marinha Raupp, Luiz Cláudio e tantos outros. Nos últimos anos, Rolim tem sofrido problemas, incluindo a decisão judicial que afastou prefeito e vice eleitos em 2016. O eleito em 9 de dezembro concluirá o mandato interrompido. 

 

CARNE: BOLSONARO DÁ UM PASSO ATRÁS

Um dia depois da enorme repercussão internacional da desistência do governo egípcio em receber o ministro das Relações Exteriores, Aluysio Nunes e do protesto de vários governos árabes contra a decisão, anunciada pelo do futuro presidente Jair Bolsonaro, de mudar a embaixada do Brasil em Israel para Jerusalém, o comandante da Nação, que assume em 1º de janeiro, deu um passo atrás. Certamente preocupado com a repercussão da medida, Bolsonaro muda de opinião e diz que a decisão anunciada não é definitiva, deixando nas entrelinhas que ele ainda pode mudar de posicionamento sobre o assunto. Foi também um alívio para os produtores de carne de todo o País (e especialmente para os de Rondônia), já que nossas exportações poderiam cair drasticamente, caso os árabes, nossos clientes, deixassem de comprar nossa produção, conforme a coluna abordou o tema, nessa terça. Aliás, é bom que se diga que Jair Bolsonaro tem voltado atrás em outras decisões, como as que iria unificar os ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura numa pasta só e da fusão do Ministério da Educação com o da Cultura. Se continuar assim, corre o risco e engolir parte do que prometeu ao eleitorado, para mudar o país, em sua campanha. Tomara que, na essência, não muda nada...

 

TÊM CONDENAÇÕES E CONDENAÇÕES

Três personagens importantes da política rondoniense, dois senadores e um deputado federal, estão condenados e cumprindo pena. O primeiro foi Ivo Cassol, senador e ex Governador, condenado sem ter desviado um só centavo de dinheiro público, quando era prefeito de Rolim de Moura, algo incompreensível para quem não conhece as entranhas do processo. Acir Gurgacz foi condenado num processo em que sua empresa fez um empréstimo junto ao Basa e pagou cada centavo, em outro caso estranhamente de condenação. No caso do deputado Nilton Capixaba, contudo, o volume de provas foi muito grande, em relação à participação em irregularidades na entrega de ambulâncias, denunciadas através da Operação Sanguessuga. Capixaba foi condenado a seis anos de prisão e começa a cumprir sua pena. No novo Brasil que estamos vivendo, a classe política tem sido extremamente vigiada e, finalmente, há condenações, coisa que não acontecia há décadas. Espera-se agora que o peso da lei caia também sobre os bandidos comuns, que têm um pacote de proteção tão grande que parece que são vítimas e não criminosos. Quem sabe tudo muda com o novo governo que vem por aí, punindo todos os culpados e não só os membros da classe política?

 

PROPINA DE ATÉ 200 MIL POR DIA

Claro que há muitas investigações a serem feitas, ainda. Mas a polícia já descobriu uma das formas de recebimento de dinheiro ilegal por parte de gente da Sedam, denunciada, presa ou afastada do serviço público, por decisão judicial, na Operação Pau Oco, realizada esta semana. Como ninguém fala nada oficialmente, o que se ouve é, eventualmente, uma ou outra informação que acaba vazando, de todo o processo que está sendo investigado. Numa deles, descobriu-se que alguns dos envolvidos cobravam em torno de 1 mil reais para liberar um caminhão lotado de madeira ilegal, que circulava com documentação adulterada ou autorização falsa. Pode-se imaginar que mil reais é uma propina muito pequena. Não é, quando se descobriu que a média poderia a chegar a 200 caminhões por dia, que transitavam, cheios de madeira sendo transportada ilegalmente. Ou seja, o faturamento da corrupção poderia chegar a 200 mil reais a cada 24 horas. E isso é apenas a ponta do iceberg. Há muito mais sendo levantado. As investigações estão se aprofundando e além do secretario Hamilton Pereira e seu adjunto, Oswaldo Pitaluga, outros servidores poderão ser presos nas próximas horas ou nos próximos dias. Tem muito mais coisa vindo por aí...

 

OS PLANOS DE JAQUELINE

Jaqueline Cassol não é novata na política. Já ocupou cargos públicos, já dirigiu o Detran, por exemplo, já foi candidata ao Governo, mas pela primeira vez se elege com o voto popular. Foram exatos 34.193 rondonienses que a escolheram para ser uma das representantes da nossa bancada federal, na Câmara, a partir de fevereiro. Mulher atuante, que diz ter feito uma campanha olho no olho do eleitor; que fala o que pensa; que critica o eleitor que vive pedindo emprego e facilidades em troca do voto, Jaqueline agradeceu a todos os que a escolheram para ser uma das oito representantes na Câmara Federal. Ao participar do programa Papo de Redação, na rádio Parecis FM, falando para várias regiões do Estado, ela contou sobre seus planos e comentou, entre vários outros assuntos, a participação ainda pequena da mulher no mundo da política, apesar delas serem a maioria do eleitorado. De uma família de políticos (é a filha  mais nova  de Reditário Cassol e irmã do senador Ivo Cassol e do ex deputado e ex prefeito de Rolim de Moura, o hoje apenas empresário César Cassol), Jaqueline conseguiu unir a todos os Cassol em torno da sua candidatura.  E avisa: não vai para Brasília apenas para ser mais um nome da nossa política. Garante que vai marcar muito bem sua presença no Congresso.

 

PERGUNTINHA

Se você fosse recebido pelo governador eleito Marcos Rocha e pudesse fazer um pedido especial a ele, em relação à decisões que resolvessem um grande problema do nosso Estado, o que você pediria?


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* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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