Terça-feira, 25 de maio de 2021 - 06h00
MARCOS ROCHA, IVO CASSOL, MARCOS ROGÉRIO: PRÉ CANDIDATOS PARA 2022,
TODOS CONTAM COM BOLSONARO
Grupos de
oposição se mobilizam. Sem parar. Contra, é claro, a pretensão de Marcos Rocha
de buscar um segundo mandato, com apoio do presidente Jair Bolsonaro, de quem é
aliado de primeira hora. Dentro do próprio grupo que elegeu Rocha, saíram
políticos descontentes, que queriam uma fatia do governo e não a levaram.
Atacam Rocha em todas as frentes, mais que os opositores de outros partidos. A
situação ficou tão clara que o deputado federal Coronel Christósomo contratou
uma claque para vaiar Rocha na inauguração da ponte sobre o rio Madeira. O
empresário Jaime Bagattoli, hoje inimigo mortal do Palácio Rio Madeira/CPA,
teria ajudado a promover a encenação, que envolveu um público que não passou de
duas dezenas de pessoas. Eventualmente, Rocha é colocado como se não fosse o
preferido do Presidente, mas sim o senador Marcos Rogério que, aliás, está
mesmo em alta conta no Palácio Presidencial. É bom lembrar que ainda falta
muito para a eleição e que o governo tem tido boa aceitação no interior, mais
do que dizem as informações parciais que têm chegado à Porto Velho. Tudo vale
no jogo político, mas é sempre bom cuidar, para não se esquecer que a população
está de olho e é ela quem vai decidir as coisas. Por falar em interior, quando
se fala em 2022, há um nome que salta entre o eleitorado. Não há pesquisa séria
que não indique Ivo Cassol como um dos preferidos, para voltar ao poder. Ivo
ainda está inelegível, mas há, entre seus seguidores, a esperança de que o STF
decidirá que ele e outros políticos que estão na mesma situação, possam disputar
o pleito do ano que vem. Caso isso aconteça, Cassol vem com tudo. Ele, aliás,
anda conversando com grupos políticos importantes e teria, também, o apoio do
Presidente da República. Na inauguração da ponte sobre o Madeira, na Ponta do
Abunã, Bolsonaro deu a Cassol uma atenção especial. Na volta a Brasília, no
avião presidencial, ao lado da deputada Jaqueline Cassol, irmã de Cassol, o
ex-governador e ex-senador foi saudado por Bolsonaro, que, num vídeo, mandou um
recado carinhoso a ele. O Presidente, pelo jeito, está jogando em vários times
ao mesmo tempo. Teria três possíveis
candidatos (Marcos Rocha, Ivo Cassol e Marcos Rogério), como pretendes ao
Governo, todos seus aliados.
Em outros grupos
políticos, como o dos tucanos, o nome mais quente é o do prefeito de Porto
Velho, Hildon Chaves. Com uma administração enxuta e com muitas obras, que
mudaram o perfil da cidade nos últimos quatro anos e meio, Hildon faz do
canteiro de obras da sua cidade, a plataforma para uma eventual disputa ao
Palácio Rio Madeira/CPA. Das candidaturas com viabilidade eleitoral hoje
(porque é cedo e o quadro pode mudar), podem surgir ainda um ou outro
pretendente com chances, ao menos na teoria. Nomes como o jovem Léo Moraes, com
eleitorado cativo e crescente na Capital; Confúcio Moura, Jesualdo Pires não
decidiram ainda seus rumos. Entre eles, o único que em breve deve se posicionar
é Léo Moraes, sempre bem cotado. 2022 já chegou!
O VILHENENSE BAGATTOLI TAMBÉM JURA TER APOIO DO PRESIDENTE
O caso do
pecuarista Jaime Bagattoli, de Vilhena, é outro que mostra como a política pode
mudar da noite para o dia. Um dos primeiros a incentivar e apoiar a candidatura
de Marcos Rocha ao Governo, na última eleição, ele se lançou como candidato ao
Senado. Quase um desconhecido, antes da campanha, Bagatolli, por muito pouco
não tirou a vaga do duas vezes governador Confúcio Moura. O empresário
vilhenense somou mais de 214 mil votos, quase um fenômeno, para quem, meses
antes, era conhecido apenas na sua cidade e em alguns pontos do Cone Sul,
Bagattoli queria uma fatia do governo do Estado, principalmente na área da
Secretaria da Fazenda. Não conseguiu. Começou ali o rompimento. Nunca os
motivos da dissidência foram publicamente relatados. Agora, Bagattolli é outro
forte adversário de Rocha. Tem proximidade com o presidente Bolsonaro e
eventualmente tem sido recebido pelo chefe da Nação, como ocorreu recentemente.
Da última reunião, Bagattoli também saiu afirmando que tem apoio do Presidente
para suas pretensões futuras. Ele pode entrar na relação dos que concorrerão ao
Governo ou vai novamente ao Senado.
‘
UM POUCO DE ESPERANÇA, COM APENAS SETE ÓBITOS
NO DOMINGO
Desde os piores
dias da pandemia, o domingo, 23 de maio, marcou aquele que o que menor número
de óbitos registrou em 24 horas: sete. Só uma em Porto Velho. Logicamente que,
aos domingos, até por falta de informações vindas das Prefeituras, a Secretaria
de Saúde não computa números atualizados em relação aos casos, recuperados,
mortos e internados em todo o Estado, por causa do vírus. Mas é bom lembrar que
na semana passada, incluindo o domingo anterior, tivemos em seis dias nada
menos do que 101 óbitos, ou seja, quase 17 vidas perdidas a cada dia. Já no
Boletim 430 da Sesau, o total de óbitos aumentou para ..... . Mas, mesmo assim,
com esse novo número do último domingo, embora, claro, se fosse uma só vida
perdida já seria motivo para lágrimas de todos, há uma pequena esperança de
que, nesse momento ao menos, a pandemia esteja perdendo sua força. Mas, nada a
comemorar e sair por aí sem máscara, aglomerando e sem usar álcool gel. Todos
os cuidados precisam continuar. Ainda mais que se fala numa terceira onda da
doença, que pode ser causada pela cepa indiana do coronavírus.
A MATEMÁTICA MOSTRA QUE MILHARES DE DOSES NÃO
FORAM USADAS
Cada vez que se
levantam números de vacinas que chegaram e as que já foram usadas, mais se fica
preocupado com a lentidão com que as doses estão sendo aplicadas, em várias
regiões do Estado. Até o domingo à noite, por exemplo, já haviam chegado a
Rondônia um total de 578.995 vacinas, incluindo a Coronavac, Pfeizer e
Oxford/Astrazenica. O último lote, chegou na quarta-feira, dia 19. Só da
Pfeizer, para Porto Velho. Vamos recorrer à Matemática, novamente, para se
concluir, o quanto ainda estamos demorando para usar todas as doses que já
chegaram. Das praticamente 579 mil que chegaram, até a noite do domingo, 220
mil haviam sido usadas para a primeira dose e outras 112 mil para a segunda
dose. Computemos, então, mais 98 mil vacinas que estariam guardadas para
completar a segunda dose, até atingir as 220 mil da primeira dose. Continha:
220 mil menos 122 mil, igual a 98 mil. Ou seja, são essas 98 mil as que estão
separadas para a dosagem final.
UMA EM QUATRO VACINAS, JÁ NO ESTADO, AINDA NÃO
FORAM APLICADAS
A partir daí,
começa a preocupação. Há um número
incrível de imunizantes – tanto Coronavac quanto Astrazenica quanto Pfeizer,
ainda não utilizados. Cerca de 24 por
cento. Ou seja, uma em cada quatro doses que chegaram a Rondônia, ainda não foi
utilizada. Para chegar nesta conclusão, basta fazer uma nova conta. Uma simples
soma: 220 mil da primeira dose; 122 mil da segunda e outras 98 mil guardadas
para quem só tomou a dose inicial. Soma-se tudo e se chega a 440 mil
imunizantes, entre o que foi usado e o que está reservado. Se foram 579 mil que
chegaram e que 440 mil foram usadas, a diferença é de 139 mil doses. Ou seja,
24 por cento do total de vacinas que chegaram, ao menos até a noite do domingo,
não haviam sido utilizadas. Estão onde, exatamente? Por que só foram aplicadas
76 por cento das doses recebidas? Perguntar não ofende!
FHC MUDA DE IDEIA E JÁ NÃO CHAMA MAIS LULA DE
LADRÃO, COMO ANTES
Nada como um dia
depois do outro, na política brasileira. O ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso guardou grande rancor do PT e de suas lideranças, que durante os oito
anos do seu mandato votaram contra todos, exatamente todos os projetos vindos
do governo tucano, incluindo-se aí o Plano Real, salvador da economia
brasileira dos anos 90, quando vivíamos a hiperinflação. Durante os últimos anos,
FHC se tornou um grande crítico de Lula. Onde fosse, o culpava pela roubalheira
que tomou conta do país durante os governos petistas e há uma série de vídeos
gravados, em que o Fernando Henrique chama Lula de ladrão e responsável pela
(quase) destruição do país. Agora, os dois estão dançando a mesma música, ao
que parece. FHC, mesmo que constrangido, aparece em fotos apertando a mão de
Lula e deixando claro seu apoio ao petista, aquele que o mesmo FHC chamava de
ladrão, como única opção para derrotar Bolsonaro em 22. Um dos melhores
Presidentes que o país já teve, no seu crepúsculo político, pode entrar para a
História como um arremedo de si mesmo. Lamentável!
TSE DIZ QUE NÃO TERÁ TEMPO PARA USAR VOTO
IMPRESSO, CASO APROVADO
Mesmo que o voto
impresso seja aprovado pelo Congresso, o TSE não vai acatar a decisão. Ao menos
para 2022, como querem o presidente Bolsonaro e milhões de brasileiros que
continuam colocando as urnas eletrônicas sob suspeita. A razão não é, ao menos nesse caso, porque o
Poder Judiciário, no caso o tribunal superior que coordena e cuida de tudo das
eleições no país, estaria disposto a confrontar uma decisão soberana do
Congresso. O presidente do TSE, ministro Luiz Fux, além de ministros do próprio
STF, que já opinaram sobre o assunto, como dão pitaco em tudo, alegam, com
alguma razão, que não haveria tempo hábil para mudar o sistema de mais de meio
milhão de urnas eletrônicas e para a compra de outras 500 mil impressoras. O
problema é real. Mas há quem questione: se houvesse alguma mudança nas urnas
para atender demandas dos partidos de oposição, o TSE não daria um jeito de
encontrar tempo para que isso fosse feito para 2022? Novamente, a frase:
perguntar não ofende!
PROJETO DE ACIR TORNA HEDIONDO CRIME CONTRA
JORNALISTAS
Não está fácil
ser jornalista no Brasil. Está, aliás, cada vez mais perigoso, ainda mais num
momento em que o país está dividido entre grupos ideológicos radicais e, para
os profissionais da imprensa que ainda tentam viver da verdade, o trabalho
neste campo minado está cada vez mais preocupante. Por isso, há que se destacar
um projeto de um senador rondoniense que, provavelmente porque os maiores
espaços da mídia são dedicados à guerra política e à pandemia, acabou não
recebendo o destaque que merece. O pedetista Acir Gurgacz, com sua principal
base eleitoral em Ji-Paraná, apresentou proposta para que seja considerado
crime hediondo o homicídio de jornalistas, em função de sua profissão. No ano
passado, para se ter ideia, foram registrados pelo menos 150 ataques a
profissionais da imprensa, enquanto cumpriam seu trabalho e um assassinato. Certamente
é uma boa medida proposta por Acir, embora se saiba como são as leis no Brasil.
Mesmo ao cometer crimes hediondos, bandidos sempre têm seus direitos supervalorizados.
Já as suas vítimas...
PERGUNTINHA
O que você acha
de professores que não aceitam a volta das aulas presenciais na rede pública,
mas estão dando aulas normalmente, quando contratados por escolas da rede
privada?
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