Terça-feira, 27 de novembro de 2018 - 06h05
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Maurão de Carvalho, deu
uma boa notícia para sua família, ontem à tarde, mas, certeza, ela não é tão
boa para Rondônia. Durante evento realizado no auditório do Senac, em Porto
Velho, em que o homenageado principal era o governador Daniel Pereira, o
parlamentar anunciou sua aposentadoria da política, depois de 27 anos
ininterruptos, dedicados á causa pública. A disputa pelo Governo do Estado,
onde ficou fora do segundo turno por muito pouco, foi a última de Maurão, ao
menos pelo que ele disse no encontro dessa segunda-feira. Ele garantiu que não
aceitará qualquer missão política, seja no Executivo ou no Legislativo e
afirmou que voltará a se dedicar muito à família e, profissionalmente, às
atividades empresariais. Maurão deixa seu nome na história, como um personagem
importante, sério, de propósitos elogiáveis, que dedicou muito da sua vida a
melhorar a vida dos outros, principalmente dos que mais precisam. Foi um
presidente exemplar da Assembleia e o único, até agora, eleito e reeleito por
unanimidade dos seus pares, para comandar o parlamento estadual. Caso mantenha
a decisão, fará muita falta para o Estado.
Por falar em Assembleia, duas questões ainda estão pendentes. A primeira
delas depende ainda de detalhes. Não se sabe ainda se o presidente Maurão vai
entregar, ele mesmo, o novo prédio do parlamento, cuja obra está praticamente
pronta ou se a deixará para ser inaugurada por seu sucessor. Se depender da
maioria dos seus pares, a inauguração será ainda na atual legislatura, que
encerra em 31 de janeiro, como último ato de um presidente que deixará sua
marca para sempre, na história rondoniense, ao entregar o novo e moderno
prédio. A decisão deverá ser tomada no final de dezembro ou meados de janeiro. Maurão vai presidir também a solenidade de
troca de comando do Estado, quando assumirá o Governo o Coronel Marcos Rocha,
substituindo Daniel Pereira. A cerimônia está marcada para a manhã de 1º de
janeiro, uma terça-feira, a partir das 8h30 da manhã, no Teatro Palácio das
Artes. Isso se até lá o Teatro estiver liberado, já que ele funciona algum
tempo e logo em seguida é interditado, como está agora. A outra é sobre a disputa da presidência da
Casa para o próximo mandato. Da porta para fora, o assunto praticamente não
existe. Mas nos bastidores, o assunto fervilha. E vai continuar fervendo até
fevereiro. Afora a composição do novo governo rondoniense, com os nomes ainda
longe de serem anunciados, são as notícias vindas da Assembleia, que tem se
tornado muito importantes nesses dias de transição.
NOVO GOVERNO:
QUATRO NOMES CERTOS
Os nomes da futura equipe de governo de Marcos Rocha ainda estão longe
se serem oficialmente anunciados. Uma fonte muito próxima ao futuro governante
já informou que ele deve comunicar os nomes do seu time no próximo dia 18 de
dezembro, mesma data, aliás, da diplomação dos eleitos, num grande evento
programado para o auditório da Unopar, na avenida Rio de Janeiro. Mas quem
apostar em pelo menos quatro nomes, pode até ganhar uma graninha. Elias Resende
de Oliveira é pule de dez, na linguagem do turfe. Ele estará no primeiro time
do Coronel, embora ainda não se saiba em que posição. Para a Agricultura, só se
não quiser, Evandro Padovani, que foi secretário de Confúcio Moura, era do MDB
e concorreu a deputado federal pelo PSL (fez 26.856 votos), não assumirá o posto.
O terceiro deste quarteto é o jovem empresário Júnior Gonçalves. Ele é hoje, na
equipe de transição, o responsável pela agenda de Marcos Rocha. É publicitário,
mas já anunciou, inclusive publicamente, que não aceitaria assumir a área de
Comunicação do novo Governo. Nos quartéis e proibido falar em apostas, mas
pode-se dizer que há uma torcida forte para que o comando da PM permaneça nas
mãos do coronel Mauro Ronaldo Flôres Corrêa. O próprio futuro Governador já
teria confirmado a nomeação, entre os mais próximos. Em duas áreas nevrálgicas,
Rocha tem alguns nomes, mas ainda não decidiu. Para a Sefin, há pelo menos dois
nomes na disputa, ambos técnicos e servidores estáveis do Estado. A dificuldade
maior, contudo, é em relação à Sedam, envolvida em escândalos e com vários
servidores presos ou afastados. Até agora, dos nomes sondados, nenhum deles
teria o perfil perfeito que o novo Governador pretende na sua equipe.
O GRANDE SUSTO DE
LÉO MORAES
Claro que é bom ser político, ainda mais cheio de votos. Claro que é bom
ganhar eleição, seja para o que for. Até para síndico. Mas há o outro lado da
moeda, que essa coluna já comentou em outras oportunidades. Político bom,
esforçado, que anda para todos os lados, tanto antes quanto depois das
eleições, corre também muitos ricos. Ainda mais os de Rondônia, que andam pela
famosa Rodovia da Morte todos os dias, indo e vindo, andando por todas as
cidades, mantendo contatos com a população, ouvindo suas reivindicações e até
agradecendo a votação que recebeu. Eduardo Valverde, atuante deputado federal e
nome inesquecível foi um dos que perdeu a vida na BR 364, num acidente
terrível, daqueles que se tem noticia todos os dias, em que vidas são levadas
em colisões que sucedem. Nesse final de semana, por pouco o jovem deputado
federal recém eleito, Léo Moraes, não foi mais uma vítima fatal. Uma pessoa que
se envolveu na colisão de três carros ficou gravemente ferida. Léo teve muita
sorte. Certamente a experiência do grande risco de morte que ele correu,
servirá para que, em seu mandato, a tenebrosa situação da 364 faça parte
importante da pauta. Léo sobreviveu, felizmente. Mas há dezenas de outras vidas
que se perderam para sempre. Quando a nossa principal BR será duplicada?
ESTRUTURA METÁLICA
PARA A PONTE
Indignado com o anúncio de que a ponte sobre o Riozinho, na BR 364, em
Pimenta Bueno levara até meses para ser consertada e que, durante todo esse
tempo, o trânsito pesado será desviado, o empresário César Cassol, um dos
maiores empreendedores do Estado, foi pedir apoio ao vice governador eleito, Zé
Jodan, que é da sua cidade, Rolim de Moura. César, Jodan e uma comitiva de
convidados foi até o local da obra, quando o empresário pediu ao futuro vice
que interceda junto às autoridades federais para que o problema seja resolvido
de imediato. Durante a visita, Cassol explicou que há soluções técnicas
relativamente fáceis e rápidas de serem utilizadas, para que a ponte seja logo
liberada ao tráfego, normalizada a ligação do extremo sul com o restante do
Estado, através da sua principal rodovia. César Cassol afirmou, do alto da sua
experiência como construtor de pontes e pequenas hidrelétricas, entre outras
obras, é que uma forma rápida e fácil de resolver o problema, seria a
utilização e uma estrutura metálica, hoje utilizada no mundo inteiro, Jodan
lembrou que o assunto já foi tratado em Brasília, com o Dnit e que há
necessidade de solução urgente, porque as estradas estaduais, utilizadas no
desvio do trânsito, não suportarão o trânsito pesado, nesse período de chuvas.
O assunto da ponte do Riozinho já está na pauta do novo Governo do Estado, que
assume daqui a 36 dias.
JESUALDO E AS
CONTAS APROVADAS
“Minhas contas referentes a 2017 foram aprovadas por unanimidade, sem
ressalvas e com elogios pelo Tribunal de Contas do Estado. Fico feliz em ver
todas minhas contas aprovadas no período que fui prefeito municipal de
Ji-Paraná!” Jesualdo Pires, ex comandante da segunda maior cidade de Rondônia,
que deixou o cargo para disputar uma cadeira ao Senado neste ano (ficou em
quarto lugar, numa campanha solitária e sem dinheiro, conseguindo mais de 195
mil votos), comemorou a decisão do TCE, que durante todo o seu mandato e meio,
considerou todas as contas dele como totalmente regulares. Um dos nomes mais
respeitados da política rondoniense, esse engenheiro que fez sua carreira
profissional e política em nosso Estado, onde está há décadas, ainda não
decidiu seu futuro. O que tem se ouvido na cidade é que a família Pires estará
representada na disputa pela Prefeitura em 2020, porque a esposa de Jesualdo,
dona Lilian Pires, tem sido constantemente sondada por várias lideranças para
que aceite o desafio. Jesualdo não pode disputar a Prefeitura, porque foi
eleito e reeleito. Mas sua esposa estaria disposta a aceitar o desafio.
AS AUDITORIAS E O
PÂNICO GENERALIZADO
Auditoria no BNDES. Auditoria no programa Bolsa Família. Auditoria na
Petrobras e todas as suas subsidiárias. Ampla auditoria nos investimentos
autorizados a dezenas de artistas que encheram os bolsos recebendo recursos da
Lei Rounet e, ao mesmo tempo, cobrando ingessos por seus shows. Auditoria total
e detalhada em relação programa Mais Médicos, envolvendo os cubanos que viveram
em cativeiro no Brasil, enquanto a ditadura cubana levava bilhões de reais para
seus cofres e, na senzala, seus médicos recebiam migalhas. Profunda
investigação no dinheiro público distribuído fartamente para entidades
criminosas e sob suspeita de atos terroristas, como o MST e o MTST. Auditoria
nas verbas públicas gastas com entidades a serviço do PT, como a Central Única
dos Trabalhadores, que sem a grana oficial está, hoje, literalmente quebrada e
prestes a fechar suas portas. E isso é apenas um começo. E é por isso e muito
mais que tem gente desesperada, apavorada, em estado de pânico com a
aproximação do 1º de janeiro, Jair Bolsonaro e sua gestão higienizadora, pronta
para limpar a podridão implantada nesse país, estão chegando.
GARÇON DE OLHO EM 2022
Tem político que está de olho em cargos, disputas de toda a ordem,
projetos de curto prazo. São poucos os políticos que decidem se aposentar da
vida pública, como anunciou que vai fazer o deputado Maurão de Carvalho. Há
aqueles que adoram a política e dela não conseguem sair, fazendo projetos de
longo prazo, de forma a não se afastar da vida e da paixão que encontraram pelo
caminho. Um desses personagens é o deputado Lindomar Garçon, duas vezes
prefeito de Candeias do Jamari e duas vezes deputado federal. Ele não conseguiu
nova reeleição, mas já tem projeto preparado: daqui a quatro anos, vai
novamente disputar uma cadeira na Câmara Federal. Claro que nesses quatro anos
que virão, sem mandato, Garçon terá outras missões. Mas seu alvo principal já
está desenhado desde agora. Dia 31 de
dezembro ele encerra um mandato bastante produtivo e no dia seguinte começa a
trabalhar para a eleição de 2022. O cara tem talento, votos e gosta mesmo da
política!!
PERGUNTINHA
Com mais uma denúncia de que recebeu 1 milhão de reais em propina do governo da Guiné Equatorial, você conseguiu decorar em quantos processos o ex presidente Lula está se transformando em réu?
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